Dia: 4 de setembro de 2020

Globo tem amnésia de que Moro, como cão de guarda, abonou Bolsonaro quando estourou a 1ª informação do COAF sobre o clã

A Globo agora criou uma versão que está na boca de todos os seus comentaristas, de que a Lava Jato começou a ser destruída por Bolsonaro quando o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta de Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

Nesse momento, dezembro de 2018, Bolsonaro nem tinha assumido a presidência e, muito menos Moro a pasta da Justiça e Segurança Pública mesmo que já se pronunciasse como ministro e, como tal, deu essas declarações: “Sobre o relatório do Coaf sobre movimentação financeira atípica do senhor Queiroz, o senhor presidente eleito já esclareceu a parte que lhe cabe no episódio. O restante dos fatos deve ser esclarecido pelas demais pessoas envolvidas, especialmente o ex-assessor, ou por apuração.”

Moro disse ainda que não tinha “esse papel” de comentar ou de interferir em casos específicos. “O ministro da Justiça não é uma pessoa para ficar interferindo em casos concretos”, afirmou. “Vou colocar uma coisa bem simples. Fui nomeado para ministro da Justiça. Não cabe a mim dar explicações sobre isso. Eu acho que o que existia no passado de um ministro da Justiça opinar sobre casos concretos é inapropriado”.

Então, que a Globo arrume outra desculpa esfarrapada para mandar seus comentaristas como Eliane Cantanhêde e Camarotti tagarelarem, porque essa de que Moro passou a ser vítima de perseguição política por Bolsonaro depois da 1ª denúncia de corrupção envolvendo o clã, é piada pronta e ofende a inteligência alheia.

O que a Globo não quer engolir azedo, é que a Lava Jato, com a qual ela tinha parceria na manipulação da sociedade, chegou ao fim porque foi, nacional e internacionalmente, desmoralizada pelos crimes cometidos por Moro e Dallagnol, sobretudo contra Lula.

Simples assim.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

Procuradores desmascarados: “Lava jato” de SP omitiu distribuição viciada em demissão simulada

Ao simular renúncia a cargos que não existem, fora do imaginário popular, um grupo de procuradores da franquia paulista da “lava jato” tentou imputar à nova chefe do 5º Ofício Criminal da Procuradoria da República em São Paulo, Viviane de Oliveira Martinez, a criação de entraves ao avanço das investigações. Mas deixaram de mencionar que a maior contrariedade do grupo com a procuradora Viviane foi ela ter desvendado e demonstrado os métodos do grupo: a distribuição viciada de processos e o desrespeito ao princípio do promotor natural.

O método adotado pela “lava jato” de São Paulo para abocanhar processos é contestado desde que a força-tarefa foi criada, em 2017, e o próprio CNMP teve que freá-lo. Autorizado por Rodrigo Janot, o esquema desleal foi ressuscitado e durou até agora. Mas isso os procuradores não disseram no ofício enviado ao procurador-geral da República, Augusto Aras, nesta quarta-feira (2/9) com o pedido de desligamento.

Em reportagem publicada em 10 de julho deste ano, a ConJur revelou documento em que Viviane Martinez demonstra o modus operandi da franquia paulista da “lava jato”. De acordo com a procuradora, em ofício remetido ao PGR, embora tenha sido concebida apenas para fornecer auxílio a procuradores naturais que atuam em determinados feitos, a investigação em SP funciona como uma unidade que concentra e distribui processos segundo critérios que não têm previsão legal.

Martinez diz que, desde que assumiu a chefia do 5º Ofício, em março deste ano, constatou que há “um contingente muito grande de processos que foram remetidos à FTLJ-SP (força-tarefa da “lava jato” em São Paulo) sem passar pela livre distribuição, dos quais muitos não são conexos na forma estabelecida na PR-SP e deveriam ser livremente distribuídos”.

A prática, que viola os preceitos constitucionais de isonomia, impessoalidade e do promotor natural, ocorria de modo indiscriminado desde 2017, quando ficou determinado pela então chefe do 5º Ofício, Anamara Osório da Silva, que qualquer processo com a grife “lava jato” deveria ser diretamente remetido à força-tarefa. A partir daí, o grupo lavajatista passou a funcionar como uma espécie de filtro prévio à distribuição, decidindo quais feitos com a etiqueta “lava jato” deveriam, ou não, ser retidos.

O fenômeno ganhou corpo — a “lava jato” paulista fagocitou o 5º Ofício. De acordo com o ofício enviado por Martinez a Aras, a “lava jato” paulista já concentrava no início deste ano o equivalente a 25% de todos os atos processuais sob responsabilidade dos seis ofícios mais antigos da capital paulista.

O acervo, de 255 atos processuais — dos quais 98 são ações judiciais; 11 são procedimentos extrajudiciais e 46 são inquéritos policiais em andamento —, só é equiparável ao do 6º Ofício, que tem em suas mãos 214 atos.

O acervo do 6º Ofício, entretanto, é composto, em sua maioria, por investigações, não por ações judiciais e extrajudiciais. Quando apenas as ações são levadas em conta, os seis ofícios mais antigos de SP, juntos, têm um acervo de 142 processos, enquanto a “lava jato”, sozinha, tem 98.

O narrado drible às regras ordinárias de distribuição fez com que a “força-tarefa” paulista se tornasse um centro gravitacional seletivo de casos. “Com uma autonomia investigativa própria, a FTLJ-SP, se continuar vinculada ao 5º Ofício Criminal da PR-SP, fará com que o acervo cresça em progressão geométrica”, prossegue Martinez.

“Na hipótese de Vossa Excelência ter a intenção de manter a FTLJ-SP como um órgão de atuação central dos casos da ‘operação lava jato’ ou um órgão destinado a investigações autônomas e inteligência, me coloco à disposição para redistribuir os feitos que não foram livremente distribuídos ao 5º Ofício Criminal da PR-SP”, propõe a procuradora como solução ao acúmulo.

A peça foi enviada a Aras em resposta a uma solicitação feita pelo PGR aos braços da “lava jato” no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Aras pediu o compartilhamento de dados estruturados e não-estruturados das unidades.

Em sua resposta, Martinez afirma que é “inconfundível a atuação do 5º Ofício Criminal” em relação à “lava jato”. Tanto é assim que, após ter pessoalmente recebido a requisição de Aras, Martinez encaminhou o pedido com “um mero ‘cumpra-se'”, mas foi, ato contínuo, “interceptada pelos colegas da força-tarefa”, que a “lembraram que a requisição era dirigida a eles”.

Agora, os demissionários que criaram um grupo isolado, inclusive com relação à chefe do 5º Ofício, dão a entender ao CNMP que foram prejudicados pela postura de uma procuradora que, ao fim e ao cabo, apenas está seguindo as normas.

Representação
O modus operandi descrito por Martinez corrobora uma representação assinada pelo procurador Thiago Lemos de Andrade e remetida ao Conselho Nacional do Ministério Público em 11 de março deste ano.

Segundo o documento, os expedientes que chegam à PR-SP com o rótulo “lava jato” são direcionados à FTLJ-SP sem a prévia distribuição na unidade, em flagrante descumprimento às regras de organização interna aprovadas pelo Conselho Superior do MPF.

O estratagema consistiu em inventar um “extravagante Ofício Virtual”, que serve de pretexto para escapar dos preceitos constitucionais da isonomia, da impessoalidade e do promotor natural.

Em julho, o CNMP apreciou a representação. Na ocasião, o conselheiro Marcelo Weitzel Rabello de Souza deferiu liminar ordenando que a “lava jato” paulista cessasse a distribuição viciada de processos.

“Entendo que restou caracterizado neste momento preambular a figura do fumus boni juris, haja vista a existência de normas próprias a reclamarem a distribuição dos feitos naquela unidade paulista, diversa da que se propôs recentemente quando relacionadas a matérias com o timbre de lava jato”, afirmou na decisão.

Distribuição viciada desde a origem
Segundo narrou Lemos de Andrade, em setembro de 2015, circulou na rede de mensagens eletrônicas da Procuradoria da República de SP (PR-SP) uma mensagem segundo a qual, a pedido da procuradora Anamara Osório Silva, à época chefe da PR-SP, autos de desmembramento da “lava jato” em outros estados deveriam ser enviados ao seu gabinete, ao invés de passarem pela livre distribuição.

Após sua mensagem causar surpresa e reações contrárias entre os procuradores, os autos foram distribuídos livremente, via sorteio, ao 16º Ofício Criminal da PR-SP. O caso deu origem à apelidada “operação custo brasil”.

Em 2018, outro e-mail veio à tona: todos os novos autos com menção à “lava jato” deveriam ser enviados à Anamara, não mais chefe da PR-SP, mas agora procuradora lotada no 5º Ofício Criminal.

Dessa vez ela obteve êxito, tendo recebido a Notícia de Fato 1.34.001.004550/2017-19, um dos vários anexos desmembrados do acordo de delação premiada da construtora Odebrecht. Para receber apoio na condução da notícia de fato, Anamara solicitou à Procuradoria-Geral da República a criação do que se tornaria a força-tarefa da “lava jato”.

Com isso, criou-se uma regra: desde então, os feitos que levam o rótulo “lava jato” são todos enviados à força-tarefa paulista, ainda que não haja nenhuma previsão permitindo tal concentração de processos.

Na representação enviada ao CNMP, Lemos de Andrade diz que, se os procuradores respeitassem seus próprios critérios — admitindo que um mesmo ofício pudesse concentrar casos da “lava jato”, o que não é permitido, mas ainda assim é feito — os autos desmembrados deveriam, por prevenção, ser remetidos ao 16º Ofício, que recebeu o primeiro caso, e não ao 5º.

 

*Do Conjur

 

 

 

MP investiga fantasmas e laranjas entre funcionários de Carluxo que receberam R$ 7 milhões

O Ministério Público do Rio de Janeiro investiga 11 servidores do gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) como supostos funcionários fantasmas na Câmara do Rio. De acordo com uma reportagem da Globonews, eles teriam recebido um total de R$ 7 milhões, desde 2001.

O canal afirma que o valor, que não foi atualizado pela inflação, está anexado à investigação por peculato contra o filho do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo a Globonews, um funcionário identificado como Guilherme Hudson recebeu quase R$ 1,5 milhão no intervalo de 10 anos. Ele faria um trajeto diário de cinco horas de ida e volta para levar a mulher, Ananda Hudson, para estudar. Ela também fez parte do gabinete e recebeu R$ 117 mil em um ano e cinco meses.

O MP tenta esclarecer como ele fazia para cumprir suas obrigações como servidor. Ele teria dito em depoimento que sua função no gabinete era de assessoria jurídica e análise da constitucionalidade de projetos de lei apresentados.

Segundo a Globonews, um funcionário identificado como Guilherme Hudson recebeu quase R$ 1,5 milhão no intervalo de 10 anos. Ele faria um trajeto diário de cinco horas de ida e volta para levar a mulher, Ananda Hudson, para estudar. Ela também fez parte do gabinete e recebeu R$ 117 mil em um ano e cinco meses.

O MP tenta esclarecer como ele fazia para cumprir suas obrigações como servidor. Ele teria dito em depoimento que sua função no gabinete era de assessoria jurídica e análise da constitucionalidade de projetos de lei apresentados.

Além disso, ele afirma ter tido poucos contatos por e-mail com Carlos Bolsonaro e não tem nenhum documento guardado do período em que trabalhou para o filho do presidente. Guilherme Hudson teria virado chefe de gabinete após a prima e ex-mulher do presidente Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Vale, deixar o posto.

A Globonews ainda diz que, entre os 11 funcionários que tiveram os vencimentos informados ao MP, Ana Cristina ocupa o quinto lugar, com aproximadamente R$ 670 mil.

A reportagem também mostrou o caso do militar da reserva Edir Barbosa Goes. Ele, que ainda trabalha como assessor do vereador, disse ao MP que sua função era entregar informativos sobre as atividades do vereador na Zona Oeste do Rio. As entregas seriam feitas de porta em porta e nas filas dos bancos. Para cumprir a função, ele recebeu R$ 1,5 milhão em 11 anos. Segundo a reportagem, o último salário foi pago em maio do ano passado, no valor de R$ 17 mil.

A investigação também cita servidores idosos que moram em outros municípios e até estados, o que impossibilitaria o cumprimento do trabalho. Uma mulher de 72 anos e moradora de Nova Iguaçu, chamada Diva da Cruz Martins, teria recebido R$ 3 mil por mês entre 2003 e 2005.

“Eu não encontrava com ninguém. Eu ia lá e voltava, não sei nem quem trabalhava lá. Não sei nem quem era funcionário, quem não era”, teria dito ela.

A Globonews diz que procurou a defesa do vereador Carlos Bolsonaro, mas ninguém quis se pronunciar uma vez que a investigação está sob sigilo da Justiça. Já Edir Goes afirmou que não iria falar.

Enquanto isso, a defesa de Ana Cristina Valle afirmou o valor citado na reportagem diz respeito a vários funcionários que trabalharam por quase duas décadas no gabinete do filho do presidente e que não há indícios de que ela tenha sido funcionária fantasma.

Por último, em nota enviada ao canal, a Câmara dos Vereadores do Rio afirmou que possui um portal da transparência para que a população tenha acesso aos dados das atividades e que também podem ser consultados a quantidade de servidores, lista nominal de funcionários e salários.

A Câmara também reafirmou “o compromisso com a publicidade e a transparência das informações, como princípio fundamental para o aprimoramento da democracia”.

 

*Do Uol

 

Como o Rio pode dar certo sendo sede do Clã Bolsonaro, da Globo, Crivella prefeito e Witzel governador?

Não bastasse a tragédia do Rio de Janeiro ser a sede do que se tem de pior em termos de caráter, (referindo-me aos três políticos que figuram na foto em destaque, além da Globo, é claro), agora estoura mais um escândalo de corrupção do clã Bolsonaro.

Carluxo, com seus fantasmas e laranjas, não nega a raça e mostra que aprendeu a lição direitinho dentro de casa com o papa da picaretagem, Jair Bolsonaro.

Quando se lembra que estavam todos juntos, Globo, Crivella, Witzel na campanha de Bolsonaro em 2018, ao lado dos filhos picaretas do vigarista mor dos fantasmas e laranjas, entende-se porque o Rio de Janeiro está como está.

Que lugar no planeta sobrevive a essa gente toda unida?

São os Marinho lavando dinheiro com Dario Messer e posando de vigilante da moral paratatá, é o corrupto Witzel dando tiro na cabecinha de preto e pobre nas favelas “contra o crime”, é Crivella que representa o próprio charlatanismo de Edir Macedo que também tem sede no Rio, e o clã que vai dos filhos às ex-mulheres e atual mulher de Bolsonaro.

Faltou mencionar que trata-se da mesma cidade em que mora ninguém menos que Queiroz, o gerente geral do clã que contrata milicianos e famílias para participarem da farra com milionárias verbas públicas.

Como o Rio chegou a esse ponto, ninguém explica, mas uma coisa é certa, um troço desses nunca vai dar certo em nenhuma parte do planeta.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Plano econômico de Bolsonaro o aumento de mais 30% no preço dos alimentos é pedir patriotismo aos comerciantes

A criação da nota de R$ 200 é um sinal claro da desvalorização da nossa moeda não só diante do mundo, mas diante de nós mesmos.

Dizer que os preços dos alimentos básicos que fazem parte da mesa dos brasileiros subiram mais de 30%, é ser muito generoso, pois muitos produtos tiveram aumento de 100%. É só olhar a linha de queijos, frios, carne bovina, suína. Arroz e feijão, que não tem graça comentar, principalmente quando se lembra quanto custavam esses produtos no período de Lula e Dilma e qual o poder de compra dos trabalhadores de hoje comparado ao de 2014, quando no governo Dilma o salário mínimo no Brasil chegou a ter o maior poder de compra da história no momento em que, paralelamente, o país viveu o pleno emprego. A isso essa gente chama de “quebrar o Brasil”.

Mas o que todos querem saber, principalmente a imensa massa dos mais pobres, é sobre um plano econômico que faça com que esses preços voltem a patamares minimamente decentes.

E Bolsonaro teve a cara dura de dizer que vai pedir aos “conscientes comerciantes” para serem patriotas.

Imagina-se o que seria isso, pedir para o comerciante, todas as vezes em que o for aumentar os preços para atender à sua ganância, que ele cante o hino nacional, faça ordem unida, anuncia o aumento e, em seguida, grita sentido! Descansar!

Sim, é uma coisa dessa que governa o Brasil e foi eleito com apoio maciço dos comerciantes mais gananciosos do país, a quem Bolsonaro clama por patriotismo em sua declaração bufa de quem acaba explicando porque o país está nessa merda de fazer gosto.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

68% dos brasileiros querem saber: por que Queiroz depositou R$89 mil na conta Michelle Bolsonaro?

Pesquisa PoderData mostra que 68% dos brasileiros acham que o presidente Jair Bolsonaro deve explicar os depósitos de R$ 89.000 feitos por Fabrício Queiroz e sua mulher, Márcia Aguiar, na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Para 19%, o chefe do Executivo não deve nenhuma explicação.

Queiroz é investigado por suposto esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando o agora senador pelo Republicanos era deputado estadual no Rio de Janeiro.

Segundo reportagem da revista Crusoé, o ex-assessor repassou R$ 72.000 a Michelle Bolsonaro de 2011 a 2016. Já Márcia Aguiar teria feito depósitos no valor de R$ 17.000 em 2011.

O PoderData explicou o tema aos entrevistados. A pergunta teve o seguinte enunciado: “Há informações de que o ex-assessor Fabrício Queiroz e sua mulher depositaram R$ 89.000 na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Na sua opinião, o presidente Jair Bolsonaro deveria explicar o que foram esses depósitos?”.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é realizada em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Os dados foram coletados de 31 de agosto a 2 de setembro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 509 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Os questionamentos sobre os depósitos de Queiroz e Márcia a Michelle se intensificaram no fim de agosto.

“Vontade de encher sua boca de porrada”, disse Bolsonaro em 23 de agosto a 1 repórter da Globo que lhe perguntou sobre os repasses à primeira-dama. A declaração figurou entre os assuntos mais comentados do Twitter. Internautas também replicaram a pergunta em seus perfis milhares de vezes.

A declaração do presidente foi criticada por congressistas, integrantes do Judiciário e entidades da sociedade civil.

O PoderData separou recortes para as respostas à pergunta sobre a necessidade de 1 esclarecimento de Bolsonaro sobre o tema. Foram analisadas as respostas por sexo, idade, nível de instrução, região e renda.

Os mais jovens (de 16 a 24 anos), os que têm nível superior de ensino e os nordestinos são os que mais acham que Bolsonaro deve explicar os repasses à primeira-dama. São 77% os que fizeram essa afirmação em ambos os grupos. A taxa também é maior entre quem recebe mais de 10 salários mínimos: 78%.

Já os que ganham de 5 a 10 salários mínimos (32%), os sulistas (29%) e os que têm 60 anos ou mais (26%) são os que menos pedem esclarecimentos do presidente.

Avaliação de Bolsonaro X depósitos de Queiroz

Os que avaliam positivamente o presidente da República são também os que mais acreditam não haver a necessidade de explicações de Bolsonaro sobre as movimentações bancárias.

Do grupo que considera o trabalho do chefe do Executivo “bom” ou “ótimo”, 41% acham que Bolsonaro não precisa explicar os repasses para a conta da primeira-dama.

Já entre os que rejeitam o presidente (avaliando-o como “ruim” ou “péssimo”), 91% querem que o caso seja esclarecido.

No grupo do “regular”, essa taxa também é alta: 82% querem explicações, enquanto 8% acham não ser necessário.

 

*Com informações do Poder 360

 

 

 

Rodrigo Maia rompe com Paulo Guedes e só quer diálogo com o Planalto

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em entrevista à CNN nesta quinta-feira (3) que um almoço que teria com dois secretários do ministro Paulo Guedes foi cancelado e que a sua interlocução a partir de agora será apenas com o Palácio do Planalto.

“A interlocução agora é com o [ministro-chefe da Secretaria de Governo Luiz Eduardo] Ramos”, disse o deputado, em entrevista ao repórter Chico Prado, após receber o projeto do governo para a reforma administrativa das mãos do ministro-chefe da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira.

Maia ainda elogiou Ramos e atribuiu ao trabalho dele o avanço da pauta legislativa de interesse do governo Bolsonaro. “Pelo menos comigo, a relação com o ministro Ramos tem sido muito positiva e muito transparente”, comentou.

O fim do seu diálogo com o ministro da Economia não vai, segundo Maia, atrapalhar a agenda de votações da pauta econômica na Câmara dos Deputados.

“Eu não transfiro problema pessoal para a minha função como presidente da Câmara, como deputado federal”, afirmou Rodrigo Maia. “Meu compromisso é com o presidente da República”, completou.

O deputado diz que a exigência de uma comissão especial para a tramitação da Reforma Administrativa, apresentada nesta quinta, não é uma retaliação. Segundo Maia, esse é o trâmite ideal para que a proposta não possa ser questionada na Justiça.

“Se eu queimar etapa, a oposição vai ao Judiciário e ganha, porque regra é para ser cumprida”, disse o presidente da Câmara.

A respeito da proposta apresentada, Rodrigo Maia disse que os parlamentares vão discutir a inclusão do serviço público do Poder Legislativo, que não foi abarcado pelo texto do governo federal.

 

*Guilherme Venaglia/CNN

 

O porquê de um diretor da Globo dizer que a anulação da condenação de Lula é inevitável

A morte da Lava Jato, significa o começo do fim do fascismo brasileiro.

De que a Lava Jato era uma operação policial fascista, ninguém tem dúvida, tanto que Moro era ídolo dos bolsonaristas e ninguém é ídolo de uma horda de fascistas tribais por acaso.

Mas justiça seja feita. Se Bolsonaro, como presidente, é fruto da Lava Jato, Moro é fruto da mãe de todas as farsas, a do mensalão.

Ali tudo começou. Não foi por acaso que o Instituto Innovare, criado pelos Marinho em 2004, para cooptar a alta cúpula da magistratura, investiu de cara no STF contra Lula.

A farsa do mensalão foi criada para derrubar Lula. Alguma dúvida?
E se não conseguiram, deram um grande passo para criar pouco mais de um ano de seu fim, a Lava Jato.

Tudo cronometrado. Tudo compassado. Moro, que tinha trabalhado como assistente de Rosa Weber, no STF, foi um aluno aplicado da farsa que deu o pontapé inicial para o surgimento do ódio fascista no Brasil. Lembrando, sempre com a criação, direção e supervisão das organizações Globo.

E se Rodrigo Cebrian, um diretor da Globo, elogia o comentário de Jorge Pontual no programa “Em Pauta”, da Globonews, sobre a desmoralização internacional de Moro e Dallagnol e acrescenta que a anulação da condenação de Lula é inevitável ou o Brasil se transforma num novo Irã, é porque ele sabe que a fórmula usada pelos banqueiros magnatas, empresários endinheirados e os reis da mídia que se acham os donos do destino do povo brasileiro, deu o que tinha que dar.

Mas Moro entra para a história como juiz que, além de corrupto e ladrão, foi um fascista comparável a Joaquim Barbosa que, assim como Moro, recebeu premiação da Globo pelos serviços prestados a oligarquia, mas como Barbosa, agora Moro é dispensado porque também não tem mais serventia.

https://twitter.com/rodcebrian/status/1301197681705050114?s=20

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Os segredos da advogada que conviveu com Fabrício Queiroz

Em entrevista à Veja, Ana Rigamonti confirma que Frederick Wassef era o “Anjo” e diz que sofre ameaças.

Quando Ana Flávia Rigamonti viu Fabrício Queiroz pela primeira vez, em junho do ano passado, não tinha a menor ideia de quem ele era nem desconfiou que estava diante de um dos personagens mais intrigantes da República. Um mês antes, ela havia recebido uma proposta de trabalho de Frederick Wassef, advogado do presidente Jair Bolsonaro. Os dois se conheceram nos tribunais, atuaram juntos em algumas causas e estudavam estender a parceria. Wassef propôs que ela trocasse Ipiguá, cidade no interior de São Paulo com 5 000 habitantes, pela capital. Sugeriu também que, enquanto ela procurasse um imóvel para alugar, poderia morar no próprio escritório dele, em Atibaia, que funcionava numa casa confortável, localizada num lugar afastado e tranquilo, que nem parecia escritório.

Pouco tempo depois de se instalar, Rigamonti foi informada que teria companhia. Dividiria o espaço com uma pessoa que estava doente e precisava de um lugar para ficar. A advogada só soube mais tarde que o homem que falava pouco, quase não saía de casa e se apresentava como “Felipe” era o famoso Fabrício Queiroz. Escondido desde que explodiu o escândalo da rachadinha, o policial aposentado estava sendo investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como suspeito de ter comandado um esquema de arrecadação de parte dos salários dos funcionários do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho do presidente.

Ao descobrir a verdadeira identidade do vizinho de quarto, a advogada, de início, ficou preocupada. Mas ela logo se aproximou de Márcia de Aguiar, esposa de Queiroz, que a tranquilizou, explicando que o marido não oferecia qualquer risco e que não era foragido da Justiça. Rigamonti acabou se transformando na única companhia de Queiroz. Os dois iam ao mercado juntos, cozinhavam juntos e gastavam o tempo de confinamento conversando. Ela chegou a acompanhar o ex-­policial a um tratamento médico num hospital e até emprestou o próprio carro para que ele viajasse ao Rio de Janeiro para visitar a família. As regras da casa eram rígidas.

Queiroz foi orientado a não utilizar o telefone celular nem qualquer cartão de crédito. As compras deveriam ser feitas apenas em dinheiro. Ao sair na rua, era obrigatório usar óculos e boné. Certa vez, ele esqueceu o disfarce e foi reconhecido dentro de um supermercado. Ficou assustado quando alguém sussurrou seu nome, mas serviu de lição. Para não ser seguido, costumava se deslocar de uma cidade para outra durante a madrugada. Sempre discreto, o ex-policial não comentava praticamente nada da vida pessoal, especialmente sobre sua relação com a família Bolsonaro. Dizia apenas que era muito amigo do presidente, por quem tinha um sentimento de gratidão, e que o senador Flávio Bolsonaro, seu ex-­chefe, era “muito gente boa”. Todos os dias acompanhava o noticiário e gostava de falar de política.

O confinamento e as rígidas regras de segurança aos poucos foram se transformando em problema. A defesa de Queiroz apostava que conseguiria anular a investigação do caso da rachadinha. A ideia era manter o ex-­policial escondido até que isso acontecesse. Em novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou uma ação que poderia resultar no arquivamento do inquérito. Nesse período, Rigamonti e Márcia trocaram uma série de mensagens por telefone. “A gente não é foragido. Ah, que saco. Eu já não estou aguentando mais essa situação, amiga. Não estou. Ganhando ou não ganhando, o nosso nome vai ficar na mídia, o nome do Queiroz vai ficar na mídia por muito tempo”, desabafou a mulher do policial aposentado.

Essa troca de mensagens cita que um tal “Anjo” havia traçado um plano para que Queiroz sumisse dali em caso de derrota no STF. A ideia era que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro se mudasse com a família para uma casa alugada em Atibaia. Rigamonti chegou a procurar algumas opções de imóveis, em endereços mais discretos. Mas a mulher de Queiroz resistia à proposta. Conforme VEJA revelou em agosto, Rigamonti disse para Márcia: “Ele (Queiroz) falou para o ‘Anjo’ que não aguenta mais isso, que está cansado e que ele quer ir embora”. O ex-policial acabou sofrendo uma derrota no Supremo. O clima ficou muito tenso. No mesmo mês, o Ministério Público fez uma busca na casa de Márcia e apreendeu o celular dela, onde foram encontradas as mensagens citadas nesta reportagem. Em junho deste ano, Queiroz foi preso sozinho dentro do escritório de Wassef na Operação Anjo.

Pelo contexto das mensagens, promotores desconfiam que o tal “Anjo” seja Frederick Wassef. Em entrevista a VEJA, o advogado negou. “Nunca alguém me chamou de Anjo. Nunca o presidente Bolsonaro me chamou de Anjo e duvido que ele chamou alguém de Anjo na vida. Ninguém na família Bolsonaro me chamou de Anjo e eu nunca tive apelido de Anjo. Agora, se alguém inventou isso, eu não sei”, afirmou, ressaltando ter dado abrigo a Queiroz por razões humanitárias. Na época, o ex-po­licial fazia tratamento contra um câncer. Logo depois da prisão de Queiroz, VEJA também questionou Ana Rigamonti sobre a identidade do “Anjo”:

A senhora é o “Anjo”? Isso não faz nenhum sentido.

Quem criou esse apelido? Não fui eu que criei esse apelido. Não sei o que significa esse apelido e quem inventou esse apelido. Quando conheci o Queiroz e a Márcia, esse apelido já existia. Não fui eu que inventei. Eram eles que usavam esse apelido.

Eles usavam esse apelido para se referir a Frederick Wassef? Sim.

A senhora sabe por que eles se referiam a Wassef como “Anjo”? Como eu te falei, desde quando eu os conheci, já era chamado assim.

Entre eles? Wassef, Márcia e Queiroz? Isso.

Procurada novamente por VEJA, a advogada disse que não queria mais falar sobre o assunto. “As pessoas me vincularam ao caso simplesmente porque eu estava ali no local e conheci as pessoas. Caí de paraquedas nessa história. Foi uma situação muito difícil para mim e para minha família”, desabafou. Após a prisão de Fabrício Queiroz, Rigamonti recebeu ameaças e foi aconselhada a esquecer o que viu e ouviu no escritório de Atibaia. Ela voltou a morar em Ipiguá e, no momento, ganha a vida vendendo lingerie.

 

*Da Veja

*Foto destaque: Veja

 

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00
Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

 

 

Fim da Lava Jato: Moro se confessa derrotado por Lula

Vendo suas aspirações políticos vazarem entre os dedos, sua reputação destruída pelos próprios crimes que cometeu e que se tornam cada vez mais explícitos, Moro, novamente, utiliza Dallagnol para, através da revista onde escreve, confessar que seu projeto de poder apodreceu.

A finada Lava Jato está enterrada na cova que Moro e Dallagnol cavaram com os próprios pés.

Com uma chamada vitimista, imagina isso, o todo poderoso Batman usa o menino prodígio para sublinhar a própria sentença, “Eles conseguiram”. E segue a chorumela: “Os inimigos da Lava Jato agora têm o troféu que buscavam há tempos. Deltan Dallagnol deixa a Força-tarefa no momento mais delicado da operação com ataques de todos os lados”.

Leia-se, o feitiço virou contra o feiticeiro, Moro quis ser mais esperto que o próprio Moro.

Em seu grito de guerra contra Lula, a grande personalidade inventada pela Globo, virou pó. Lógico que Moro usa Aras como um álibi perfeito como quem não soubesse, como ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, quem condenou e prendeu Lula para que o chefe de Aras chegasse à cadeira da presidência.

Dallagnol, apresentando-se como o espelho de Moro, vende-se como mártir da luta do bem contra o mal, quando, na verdade, o vigarista foi desmascarado quando os próprios conselheiros do CNMP que livraram sua cara, taparam o nariz na hora dos votos que, usando a prescrição, o salvaram da condenação. Ou seja, Dallagnol ganhou, mas não levou.

Como tem plena consciência de que a condenação de lula foi política e que toda a arquitetura da Lava Jato foi desenhada para este fim, sua derrota política no CNMP justamente para Lula que o processou por um pornográfico power point, Dallagnol, assim como Moro, não teve como ignorar a vitória daquele que eles, na limitação mental que têm, acreditavam que tinham vencido, o que mostra a pequenez intelectual dos dois e a grandeza política de Lula.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas