Mês: outubro 2020

Globo faz matéria sobre seminário do Conjur, dá palanque a Fux e censura fala de Gilmar Mendes sobre Vaza Jato

Numa matéria ridiculamente piegas de Heraldo Pereira, na Globonews, nesta quarta-feira (16), em que o âncora do Jornal das 10 dá aquela chaleirada babosa na fala triunfalista de Fux, a edição do jornal degolou a fala de Gilmar Mendes sobre a reportagem do Intercept que liquidou com a Lava Jato.

Heraldão, se fosse menos bajulador dos donos da casa, lembraria que Fux, o príncipe do topete postiço, nada falou em seu rompante moral que são dele as indecorosas liminares que liberaram R$ 2 bilhões para o Itaú, isso sem falar da censura prévia contra a Folha que faria uma entrevista com Lula em 2018 e a que liberou, em 2017, o auxílio moradia a toda a magistratura que já custou mais de R$ 5 bilhões aos cofres da união.

O fato é que a Globo ignorou, não a reportagem do Intercept, mas o carão que Gilmar Mendes deu no CNJ, CFJ, STJ e TRF-4 pelo silêncio diante do escândalo revelado pela vaza jato em que Dallagnol é flagrado, em áudio, manobrando para colocar no lugar de Moro na Lava Jato um juiz mambembe.

Ou seja, um fato que está na boca do povo é cancelado pelo jornalismo da Globo para não ferir sentimentos e perder aliados.

E assim caminha a grande mídia nativa.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Condução coercitiva de Lula: O dia em que a Lava Jato escancarou que nunca teve provas contra Lula

Só um trouxa cai numa trolagem de internet?

Não. Só se for um abestado da república de Curitiba que nunca conseguiu um cisco de provas dos crimes dos quais acusava Lula e está cego de ódio à caça de qualquer coisa para incriminá-lo.

Condução coercitiva

Em março de 2016, Lula foi levado em condução coercitiva para prestar esclarecimentos.

A ação foi severamente criticada no meio jurídico. Advogados disseram que o ato foi ilegal e espetacularizado. Por outro lado, o Ministério Público Federal defendeu que a condução coercitiva foi legal e visou a segurança de todos.
Mas a história é bem outra como revelou Leandro Demori, do Intercept Brasil.

“Em 2016, começou a circular uma foto do ex-presidente Itamar Franco num contexto distorcido. Atrás do Itamar, tinha um crucifixo que seria obra do [escultor barroco] Aleijadinho, e a suspeita dos investigadores era de que Lula tinha roubado o crucifixo durante o seu mandato. A expectativa era encontrar o objeto na casa de Lula e o prender por roubo. Movimentaram toda a máquina da Lava Jato, mas era uma trolagem da internet”, afirmou Leandro Demori, um dos jornalistas do The Intercept.

Isso significa que todo o circo armado pela Lava Jato que desembocou na condução coercitiva nada tinha a ver com as justificativas apresentadas por Moro, já que a intenção da devassa feita no apartamento de Lula era outra, a de seguir uma pista de internet, mostrando a total incompetência dos procuradores para ao menos não caírem em trolagem infantil. Sem falar que essa atitude afoita foi fruto do desespero de quem estava buscando, a todo custo, qualquer coisa contra Lula por total ausência de provas dos tais crimes que foi acusado até em Power Point por Dallagnol e cia., comandados por Moro.

*Da redação

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Vídeo: Cantanhêde, linha auxiliar do bolsonarismo, pergunta a Boulos o que quer e ouve o que não quer

Para além da natureza estupenda que formigava a língua de Eliane Cantanhêde num plágio do mais sabujo jornalismo do bolsonarismo de aluguel, Augusto Nunes, Cantanhêde decidiu transplantar para o Estadão o bananal de patuscadas que a Jovem Pan ostenta, hoje chamada também de Jovem Pano.

A Jovem Pan, como todos sabem, é paga pela Secom para justificar todas as lambanças de Bolsonaro, usando o PT como isca de gado para seus ouvintes mais devotos.

Como bem disse Boulos, ele está bem grandinho para cair nessa armadilha que é o único argumento que a direita psicótica do antipetismo carrega na alma e no colete da casaca.

Boulos deu uma senhora desancada na medíocre e, por tabela, a comparou com gente do nível de Ana Paula do Vôlei, Augusto Nunes, Guillherme Fiuza, Rodrigo Constantino e outros ratos e baratas do jornalismo Uber.

O mais intrigante nessa história é o tom de censura na hora de Eliane mencionar, de maneira suplicante, em pergunta sobre o que está por trás ou por que razão Boulos, nascido e criado na classe média, meteu-se com os movimento sociais.

O pastiche amodorrante da moça, vestido de dogmas medianos é, sem dúvida, uma marca da podridão que foi criada nesse país a partir de uma ideia de que o cidadão médio é hospedeiro de uma babilônia.

E é aí que está o nosso grande desastre, porque, na verdade, a classe média está sozinha nesse não lugar, nessa aposta vazia que não lhe dá identidade alguma nem do seu passado, nem do presente ou no suposto futuro em que ela sonha ser parte do jet set.

Mas o vício é tanto que a pessoa nem percebe o erro da pergunta, como se as aptidões dependessem de concepções sociológicas de determinada classe social, no caso, a dos pobres.

Por isso, para Cantanhêde, o método oficial e producente que tem que brindar o cidadão médio é o da frieza, do descompromisso, da perversidade e da campanha de ódio contra os pobres.

Mas não sou eu que vou desenhar isso para esse campo político de plástico do qual Cantanhêde é parte. Essa gente, de tão sintética e impermeável, não enxerga a própria nulidade quando se mete a dar opinião divergente em nome de uma espécie de tesouro paulista representado pela classe média bandeirante.

Assista:

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Gilmar Mendes compara força-tarefa a esquadrão da morte e cobra investigação da Lava Jato

Em seminário virtual, Gilmar Mendes não colocou freio ou amarras em sua fala cobrando do CNJ, CJF, STJ e TRF-4 apuração sobre as últimas revelações do Intercept que mostraram, em áudio de Dallagnol, que procuradores da Lava Jato de Curitiba atuaram nos bastidores para que o juiz que vestisse a camisa de aliado sucedesse Sergio Moro na 13ª Vara federal de Curitiba.

Durante a fala, Gilmar disse que algumas forças-tarefas do Ministério Público mais se parecem com esquadrão da morte, agindo, ao mesmo tempo, como polícia e bandido para, em seguida, perguntar aos que participavam da conferência virtual se tinham visto as revelações do Intercept que escancaravam a tentativa de manipulação dos procuradores na hora de escolher o substituto de Moro.

Gilmar foi ainda mais longe, lembrou do episódio em que Raquel Dodge, a então PGR, impediu que a fundação Dallagnol fosse criada com os R$ 2,5 bilhões da Petrobras, reclamando da falta de repercussão na mídia e do silêncio do Conselho Nacional de Justiça, do Conselho de Justiça Federal, do Supremo Tribunal de Justiça e do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Sua fala pode ser vista na 1:17h do vídeo abaixo:

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Rejeição a Bolsonaro só cresce nas maioria das capitais

Salvador é a cidade que mais repudia Jair Bolsonaro, onde ele tem apenas 18% de aprovação. Seus índices são também muito baixos em cidades como Porto Alegre (26%), São Paulo (27%) e Recife (29%).

Pesquisa Ibope divulgada neste sábado (17) aponta que ao governo Jair Bolsonaro é reprovada pela maioria da população em boa parte das capitais do país. Segundo o estudo, os maiores índices de rejeição a Bolsonaro estão localizados em Salvador, Teresina, Porto Alegre, Fortaleza, São Paulo, Recife, Belém, Vitória e Florianópolis. O levantamento, realizado em 25 municípios, é o primeiro feito pelo instituto após o registro oficial das candidaturas que disputam as eleições municipais deste ano.

Em Salvador, o índice dos que consideram o governo Bolsonaro como ruim ou péssimo chega a 62%. Os índices também são muito baixos em cidades como Porto Alegre (26%), São Paulo (27%) e Recife (29%). Para o professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Pedro Mundim, as questões locais exercem influência sobre a avaliação geral.

“Em Salvador, há uma tradição de lideranças do PT na capital ou de partidos de esquerda que talvez explique essa reprovação alta. Ou seja, o que é possível dizer é que há questões locais que afetam esses percentuais. Mas, no geral, as capitais estão relativamente dentro da média geral da pesquisa nacional”, observou Mundim, em entrevista ao G1.

Segundo a última pesquisa nacional realizada pelo Ibope, em setembro, a aprovação do governo Bolsonaro chegou a 40%, contra 29% dos que avaliavam a gestão como regular.

Os maiores índices de aprovações, ainda de acordo com a pesquisa, estão em Boa Vista, Manaus, Porto Velho, Cuiabá e Rio Branco. Já as estão Goiânia, Palmas, João Pessoa, Maceió, Macapá, Belo Horizonte e Natal.

 

*Com informações do 247

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Vídeo: Bolsonaro, de mito a gaiato

Se depois da hecatombe do PSDB, provocada pelo escancarado esquema de corrupção de Aécio, envolvendo a JBS, sua irmã, seus primos, como veio a tona em rede nacional, expondo os intestinos dos tucanos, os ex- eleitores do PSDB recriaram dentro de si uma história de um suposto titan, um gigante adormecido incorporado por Bolsonaro.

Ou seja, a figura do mito não foi uma criação de Bolsonaro, mas um refúgio da classe média reacionária, possivelmente o último deles depois que o principal partido de direita virou pó diante da opinião pública.

Ocorre que Bolsonaro, em quase dois de governo, não tem o que mostrar, ao contrário, produziu escândalos por atacado, mostrados no varejo rigorosamente todos esses dias de governo.

O que se tem é uma militância exaurida que passou esses quase dois anos não tendo qualquer legado para defender do governo do mito, sobrando apenas as justificativas cegas, hoje constrangidas, de todas as merdas feitas pelo mito.

Aquela adoração quase que religiosa, travestida de mitologia, caiu em descrença, tornando Bolsonaro não no que eles acreditavam ser, mas no que ele de fato é, um sinônimo de mentira.

Com isso, Bolsonaro arrastou para o mesmo desmonte figuras que seu governo contratou para defendê-lo na mídia a ferro e fogo sob qualquer circunstância, por mais bizarra que fosse.

Esse capítulo em que foram encontrados R$ 36 mil enfiados entre as nádegas do senador Chico Rodrigues, vice-líder do governo, se não foi exatamente a gota d’água para o fim da paciência dos bolsonaristas com seu “mito”, muitos dos seus eleitores que não são exatamente bolsonaristas, não só jogaram a toalha, como fizeram coro com a chacota em que se transformou seu governo e seus defensores na grande mídia.

A defesa cômica de Augusto Nunes e Rodrigo Constantino, como mostra o vídeo abaixo, dizendo que o vice-líder do governo de Bolsonaro não era parte do governo, mereceu como resposta, no canal do vídeo, uma tempestade de reações bem humoradas tratando os dois sabujos do bolsonarismo como figuras patéticas que sempre foram, mas o que parece, para muitos, é que essa realidade foi despertada agora.

Então, não é só Bolsonaro que está em franco processo de putrefação de sua imagem, mas todo o complexo bolsonarista que envolve a figura do ex-mito. A imagem do mentiroso funesto vai ganhando um tônus que me arrisco a dizer, vai desmoralizá-lo mais.

Bolsonaro hoje não carrega cisco da aura daquele que roncava grosso, que metralhava, que enfrentava os outros poderes. A própria imagem opaca de um Bolsonaro docilizado pela realidade já o desanca, mesmo que saibamos que figuras como Sergio Camargo, da Fundação Palmares e Ricardo Salles, do meio ambiente, que produzem os maiores absurdos do governo, são meros fantoches de Bolsonaro. Eles são a forma que ele encontrou de exercer seu racismo e a destruição das florestas, utilizando, assim como fez com a saúde, com Pazuello, meros bonecos de ventríloquo.

Bolsonaro acabou, pois não tem como reconstruir uma mentira descoberta a partir de outras tantas e não precisa ter uma visão muito aguçada para perceber que seu comportamento está apequenado, amiudado e acovardado, encolhido e com o rabo entre as pernas.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Live de Bolsonaro levou a demissão de funcionário do Facebook nos EUA

A revista New Yorker desta semana trouxe uma reportagem sobre como uma live do presidente Jair Bolsonaro levou à demissão de um especialista em cibersegurança da sede do Facebook, na Califórnia, Estados Unidos.

Foi a transmissão ao vivo em que o presidente disse que o índio “é cada vez mais é um ser humano igual a nós”, em janeiro, que levou David Thiel a travar uma batalha dentro da empresa para provar que a fala continha um “discurso desumanizador”, a fim de tirá-la do ar.

O primeiro passo foi mandar uma mensagem na rede corporativa para denunciar o conteúdo. O vídeo teria sido passado para especialistas em Dublin, na Irlanda, e no Brasil, e não foi retirado, já que a avaliação foi de que as diretrizes não foram violadas.

O especialista de Brasília escreveu que o “presidente Bolsonaro é conhecido por seu discurso controverso e politicamente incorreto”. “Ele está se referindo, na verdade, aos indígenas se tornarem mais integrados à sociedade (em vez de isolados nas tribos).”

Descontente com a decisão, Thiel apelou e conseguiu que quatro ou cinco membros da equipe de políticas de conteúdo o ouvissem por meio de vídeoconferência. Para isso, ele fez uma apresentação de slides explicando por que o discurso de Bolsonaro desumanizava os índios.

Em um dos slides, ele usou uma fala do próprio criador do Facebook para fortalecer o argumento. “Sabemos pela história que desumanizar pessoas é o primeiro passo para incitação à violência. […]Eu levo isso muito a sério e trabalhamos duro para tirar isso da nossa plataforma.”

Entretanto, apesar do apelo, o vídeo não foi retirado. “Em algum momento, alguém do Facebook poderia ter dito ‘nós continuares a abrir exceções sempre que os políticos violarem nossas regras'”, falou Thiel.

Em março, ele decidiu pedir demissão e postou um texto dizendo que o Facebook está se alinhando cada vez mais com com políticos e ricos poderosos para abrir exceções. Depois disso, houve uma proposta para que ele voltasse, dizendo que o vídeo seria excluído, mas ela não foi aceita.

 

*Com informações do Uol

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Em ofício, governo Bolsonaro omite ligação entre Abin e ‘espiões’ em evento da ONU

O governo Jair Bolsonaro omitiu do Congresso o elo entre a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e quatro agentes enviados à COP 25 (Cúpula do Clima das Nações Unidas), em Madri, Espanha, como revelou o Estadão.

O governo ocultou, ainda, a participação de servidores da própria Abin e do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República) na conferência, realizada em dezembro do ano passado.

O Ministério das Relações Exteriores enviou para deputados um ofício, assinado pelo chanceler Ernesto Araújo, no qual os quatro nomes foram identificados como “assessores” da “presidência da República”. O documento sugere que eles estariam envolvidos na rodada de “negociações” da COP 25. Os nomes aparecem sem qualquer ligação com a Abin ou o GSI.

O ofício do chanceler diverge da relação de nomes obtida pelo Estadão por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação). O próprio Itamaraty enviou a lista final de participantes elaborada pelas Nações Unidas.

Nela, os quatro agentes são apontados como “analistas” do GSI. Um quinto participante, o coronel da reserva do Exército Adriano de Souza Azevedo, também consta no ofício como assessor da presidência. Na lista da ONU, ele aparece como “assistente” do GSI. O cargo real de Azevedo é o de assessor de Planejamento e Assuntos Estratégicos da Secretaria Executiva do GSI.

A Abin, dirigida pelo delegado da Polícia Federal Alexandre Ramagem, é subordinada ao GSI, antiga Casa Militar da Presidência. O ministro-chefe do gabinete é Augusto Heleno.

Se uma informação encaminhada por escrito à Câmara ou ao Senado for considerada falsa, o ministro responsável pode vir a responder por crime de responsabilidade.

O Psol acionou a (PGR) Procuradoria-Geral da República por causa da divergência de informações. Na representação, o partido pede ao Ministério Público Federal a apuração de supostos atos de improbidade administrativa e crime de responsabilidade dos ministros Augusto Heleno e Ernesto Araújo.

“O Ministério das Relações Exteriores teve a clara intenção de omitir informações ao Congresso Nacional. É uma tentativa de esconder informações e desviar da tentativa de fiscalização – legítima e legal – por parte do Poder Legislativo”, concluem.

Araújo assinou ofício, no dia 8, atendendo ao requerimento da bancada do PSOL. Na terça-feira passada, o líder da Minoria, José Guimarães (PT-CE), pediu acesso a relatórios de inteligência produzidos pela Abin e questiona detalhes da missão, entre eles quem eram os alvos e se houve alguma orientação aos agentes por parte do Ministério do Meio Ambiente.

“Por se tratar de participação incomum dos agentes da Abin nesse tipo de evento multilateral promovido pelas Nações Unidas, o caso merece melhores explicações por parte do Poder Executivo”, justificou o deputado.

O Secretariado de Mudanças Climáticas das Nações Unidas, afirmou que a responsabilidade pela presença dos agentes na COP é do governo brasileiro.

 

*Com informações do Uol

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Brasil militarizado: Bolsonaro nomeia três militares para autoridade de proteção de dados

O governo de Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou nesta quinta-feira (15) os cinco diretores para a ANPD (Agência Nacional de Proteção de Dados). Três deles são militares.

Entraram na lista de militares o atual presidente da Telebras, Waldemar Gonçalves Ortunho Junior, nomeado presidente da autoridade, Joacil Basilio Rael e Arthur Pereira Sabbat, do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e um dos autores da estratégia nacional de ciberssegurança —ele era cotado há mais de um ano pelo setor.

Os nomes foram publicados em edição extra do Diário Oficial da União desta quinta.

A reportagem fez contato com Sabbat, oficial da reserva, cotado para autoridade há mais de um ano, mas ele não quis dar entrevista.

Rael foi reformado em 2017, segundo publicação no Diário Oficial.

Também foram nomeadas Miriam Wimmer, diretora de Serviços de Telecomunicações no Ministério das Comunicações, nome também já aguardado entre os especialistas, e a advogada Nairane Farias Rabelo Leitão, única representante do setor privado. Ela é sócia de um escritório de advocacia.

Levantamento elaborado pelo Data Privacy Brasil e obtido com exclusividade pela Folha só encontrou a existência de conselheiros flagrantemente militares em órgãos responsáveis pela proteção de dados e internet na Rússia e na China, considerando o recorte das 20 economias mais desenvolvidas do mundo pelo FMI (Fundo Monetário Internacional). Da lista, 16 têm estruturas administrativas para o tema.

Só nos dois países o órgão que lida com proteção de dados e temas relacionados tem a presença de militares. Há um militar no órgão chinês e outro no da Rússia. É importante ressaltar que entidades do tipo não seguem os mesmos padrões de formação no mundo.

Em alguns casos, o tema é tratado em órgãos do governo responsáveis por temas correlacionados, como internet e comunicações em geral. No Brasil, a autoridade é ligada à Casa Civil, mas a lei determina que tenha independência técnica.

“A ANPD reproduz a mesma composição de autoridades de países que são exemplos no quesito de violação de direitos fundamentais, inclusive por meio da legitimação de regimes de vigilância em massa dos seus cidadãos”, diz Bruna Santos, uma das autoras do levantamento do Data Privacy.

Segundo ela, é preocupante que a militarização do órgão confunda duas pautas distintas: segurança da informação e proteção de dados pessoais.

Antes de a ANPD ser regulamentada, o setor privado e as organizações da sociedade civil temiam que ela ficasse no guarda-chuva do GSI, justamente porque proteção de dados e privacidade pressupõem transparência, enquanto o tema de segurança da informação nacional pressupõe estratégia e sigilo.

Os mandatos dos primeiros membros da ANPD serão de dois a seis anos. A segunda formação terá mandatos mais curtos, de quatro anos.

A autoridade tem uma série de atribuições para garantir a eficácia da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), aprovada no governo Temer e em vigor desde setembro deste ano. A entidade foi criada sem aumento de despesa para a União. Os salários dos diretores serão de cerca de R$ 13.500.

A lei diz que a natureza jurídica da ANPD pode mudar em dois anos, ou seja, ela pode vir a ter mais independência do Executivo, que é uma das principais defesas da comunidade técnica que acompanha o assunto. Apesar da vinculação ao governo, a autoridade deve ter autonomia técnica e decisória.

Os membros do conselho diretor agora devem ser aprovados em sabatina no Senado.

A ANPD deve zelar pela proteção de dados e auxiliar na interpretação da lei para os setores público e privado. Ela também tem o poder de sanção, que pode chegar a R$ 50 milhões (as multas só podem ser aplicadas em agosto de 2021).

Entre as funções da autoridade também estão a elaboração de diretrizes para a política de proteção de dados, a auditoria e fiscalização, a promoção de conhecimento à população sobre as normas, ações de cooperação com autoridades de outros países, a solicitação de qualquer informação às entidades do poder público que realizem tratamento de dados e a regulamentação da política de proteção a diferentes setores da economia.

 

*Com informações da Folha

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Ao contrário do que diz Bolsonaro, Chico Rodrigues, pego com dinheiro nas nádegas, participa do seu governo

Nunca o termo “dinheiro sujo” fez tanto sentido, não simplesmente por ser encontrado em volume e odor tão fedorentos nas nádegas do senador Chico Rodrigues, mas também por este ter participação efetiva em um dos esquemas mais obscuros do governo Bolsonaro, dando sentido à forma de operar imitando as milícias cariocas.

O senador Chico Rodrigues (Dem-RR) afastado por 90 dias pelo ministro Barroso tem ainda a seu favor o fato de, numa possível perda do mandato, o filho como seu suplente direto.

Na verdade, esse fato merece, com calma, um outro texto para se entender como os membros dos poderes nesse país organizaram suas formas de caírem para cima sempre que pegos em malfeitos.

Mas aqui o caso, por ora, é a participação do senador, vice-líder de Bolsonaro, que tinha, além da vice-liderança ou por conta dela, o poder de decidir sobre a escolha de diretores sanitários da Funasa para atender aos indígenas.

E para quem pensa que esta é uma função de pouca monta, está profundamente enganado, pois esse lugar estratégico dentro do governo, é disputado a tapa, pois envolve contratação de aviões em que os negócios, de tão obscuros e lucrativos, já deu até em morte entre proprietários desses aviões que prestam serviço ao governo na assistência aos índios.

A rota dos aviões é uma só, já o dinheiro que paga quem opera esse sistema, que é hoje parte da politicagem de Bolsonaro, o mesmo que vestiu o figurino de combatente à corrupção ao lado de Moro, é mais imundo do que o dinheiro encontrado entre as nádegas do senador bolsonarista.

Tudo indica que a podridão que brindou esse tempo todo o senador, que é sim parte do governo Bolsonaro, é muito maior e, sobretudo mais profunda. Talvez não tenha a profundidade do “orifício rugoso” do senador, termo usado pelo presidente da Embratur de Bolsonaro, Gilson Machado Neto, em sua estúpida fala homofóbica de um governo basicamente homofóbico, corrupto e hipócrita.

 

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