Ano: 2020

O que o Datafolha revelou foi uma grande vitória política da esquerda e uma grande derrota da direita

Não interessa que a população não saiba que foi a esquerda quem conseguiu impor goela abaixo de Bolsonaro o auxílio emergencial de R$ 600 que deu a ele algum chão que havia perdido, justamente porque não conseguiu qualquer apoio do povo em seus 20 meses de governo.

Se parte da esquerda está desolada com o Datafolha, a direita clássica está sem cor, anunciando a falência do governo Bolsonaro.

A obsessão dessa gente pelo Estado mínimo para os pobres é uma doença. Isso faz parte da personalidade mística das classes opulentas no Brasil. Por isso a vitória temporária de Bolsonaro numa pesquisa do Datafolha deixou de cabelo em pé a direita apaixonada por Guedes, que ameaça deixar Bolsonaro se ele continuar a seguir a linha mestra da esquerda, com programas sociais que tragam qualquer benefício a uma legião de pobres e miseráveis nesse país.

A direita não está interessada no ganho político de Bolsonaro, mas em privatizações, cortes orçamentários e um calhamaço de regras neoliberais que Bolsonaro, segundo ela, já abandonou.

É praticamente unanimidade na direita, principalmente entre banqueiros, rentistas e grandes empresários que Guedes já foi para a frigideira e está para pular fora do governo ou mesmo ser pulado por Bolsonaro.

Bolsonaro é pragmático, está enrolado, tem uma família de criminosos e todos os dias pipoca uma notícia nova que envolve a organização criminosa da família que, como mostram os fatos, ninguém se salva. E se isso não importa para os endinheirados, apavora Bolsonaro, porque basta pegar um de seus filhos que o chão dele desaparece de vez. E como ele sabe onde seu calo aperta, está tentando um meio termo impossível entre os interesses da classe dominante e a sobrevivência dos mais pobres.

E é aí que a porca torce o rabo, porque a reação da pesquisa Datafolha mostrando Bolsonaro com a popularidade crescente em função do auxílio emergencial, azedou o fígado de um número infinitamente maior dos abutres da direita do que alguns apressados da esquerda que andam apavorados com a sua “melhora” nas pesquisas.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Para 97,8% dos professores de direito, Moro foi parcial contra Lula, em condenação.

Pesquisa realizada com 283 docentes de Direito de todo o Brasil revela ainda que 96,4% acreditam que houve conluio de setores da mídia com Moro no julgamento de Lula. Para 95,4% reportagens da Vaza Jato devem ser usadas no julgamento da suspeição do ex-juiz pelo STF.

O projeto Suspeição vai além em sua análise, ao mostrar que 80,9% dos docentes acreditam que Sérgio Moro já considerava o ex-presidente Lula culpado, antes mesmo da instrução no processo. Ou seja, já havia pré-julgamento em prejuízo ao réu.

Indagados se a relação de Moro com a imprensa influenciou a opinião pública a respeito da formação da culpa de Lula, 96,4% respondem que “sim”. Apenas 2,83% respondem que a relação de Sergio Moro com a imprensa não suscita falta de imparcialidade.

Para 95,4% dos professores, os diálogos vazados pelo site The Intercept Brasil, no episódio conhecido como Vaza Jato, devem sim serem aceitos pelo STF em pedido de habeas-corpus em favor do ex-presidente, pela suspeição do ex-super-juiz Sérgio Moro.

Em relação ao julgamento, que deve entrar em breve na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), 85,5% acreditam que a conduta de Moro pode ser enquadrada no art. 254 do Código de Processo Penal, especialmente em face do que está consignado em seu inciso IV, que diz que ele pode ter sido parcial ao “aconselhar qualquer das partes”.

Agora, a Família Marinho exige provas do doleiro que delatou.

Para a Globo, delação sem provas no dos outros é refresco.

Bastou Dario Messer, o doleiro dos doleiros, delatar os Marinho que a Globo, que soltou rojão no Jornal Nacional quando Moro condenou Lula por delação sem provas, para Bonner enfatizar que a delação de Messer não veio acompanhada de provas.

Segundo a revista Veja a operação entre doleiro e família dona da Rede Globo teria sido iniciada nos anos 90.

No acordo homologado pela Justiça Federal do Rio, o “doleiro dos doleiros” disse que sua equipe entregava de 2 a 3 vezes por mês valores oscilavam de US$ 50 mil a US$ 300 mil.

O doleiro, no entanto, teria dito que nunca se encontrou com integrantes da família Marinho e não teria apresentado provas dos fatos.

“A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, esclarecemos que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm e nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior. Da mesma forma, nunca realizaram operações não declaradas às autoridades brasileiras”, diz a nota da família Marinho, lida ao vivo por William Bonner.

Agora, a Globo descobriu que para uma delação ser válida, o delator deve indicar provas, não basta a palavra do delator.

Desde quando os donos da Globo exigiram provas de delação contra Lula? Nunca!

Eles davam como verdade absoluta e, se a Globo disse ser verdade, muitos incautos caíram no conto de Moro e sua Lava Jato, parceira da Globo.

 

*Da redação

Para a elite, Bolsonaro pode assassinar 100 mil ou 1 milhão, só não pode furar o teto de gastos

Burlesca e caricata, a elite nativa, cada vez menos nacional, está pouco se lixando se morrerão 100 mil, 200, 300 ou 1 milhão de brasileiros por Covid-19, por culpa do genocida que está sentado na cadeira da presidência, ela não está de olho nos hospitais, porque até então, praticamente não morreu ninguém dos de cima. O que interessa à elite são os cofres do Estado, por isso mesmo comemora a aprovação pelo Senado do projeto que retira R$ 242 bilhões da saúde e da educação.

A maioria dos nossos super ricos sequer mora no Brasil. Seus filhos estudam nas melhores escolas mundo afora e, desde novinhos, já aprendem a dar uma banana para o país que tem uma elite bananeira, herdeira escravocrata que transformou as instituições brasileiras em espelho de sua alma, mesquinha, funesta, inculta e visceralmente selvagem.

Essa gente, como preocupação, tem apenas a de ter um produto que lhe dê margem para vender o mais caro possível para lucrar o máximo que podem. É assim que ela pensa sobre a produção e os trabalhadores brasileiros, quanto mais precarizados, mais lucros darão para os donos da terra.

Não adianta, em plena guerra de Bolsonaro com a Globo, que acirrou nos últimos dias, reclamar da elite dizendo que ela não se importa com os mortos e por que diabos Merval Pereira acha que a elite deve se importar com os mortos pela Covid- 19 se o próprio disse que Bolsonaro não é suficientemente neoliberal para cumprir todas as maldades de Guedes contra o povo brasileiro?

Essa gente nunca mordeu com tanta força o próprio rabo.

O fato é que estão todos numa encruzilhada e a conta não fecha. Bolsonaro, um bandido, sabido por todos que, durante 30 anos, como parlamentar, montou uma organização criminosa com lavagem de dinheiro, funcionários fantasmas, milicianos, assassinos de aluguel, grileiros, madeireiros, garimpeiros em que sua família, contando da atual mulher às duas anteriores e os filhos fazem parte da bandalha. Nada disso teve importância para a Globo na hora de apoiá-lo fervorosamente na eleição de 2018 contando com o antipetismo que se transformou numa verdadeira psicopatia dos Marinho.

Mais que isso, a Globo, que é parte da elite, até hoje não teve coragem de dizer que dois dos maiores vigaristas do país, Paulo Guedes e Moro são os principais responsáveis por colocar um genocida no poder e não diz isso, porque Guedes reza por sua cartilha ultraliberal e Moro, além de entregar a cabeça de Lula numa bandeja aos próprios Marinho para eleger Bolsonaro e ganhar o cargo de ministro, é o candidato dela na eleição de 2022.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Bolsonaro só tem o auxílio emergencial aprovado pelo povo; auxílio proposto pela esquerda no Congresso que ele foi contra e perdeu

Ironicamente, depois de 20 meses de um governo fracassado na área econômica e, consequentemente na prometida política de geração de empregos, depois de uma série de reformas, Bolsonaro ainda soma contra si, além dos crimes de corrupção da família, o título de genocida, por sua conduta criminosa diante da pandemia, tendo apenas o auxílio emergencial como algo que obteve aprovação da sociedade, o que levou ao aumento da aprovação de seu governo.

Para muitos isso é uma vitória de Bolsonaro porque transformou limão em limonada, já que queria dar, no máximo, R$ 200 de auxílio e o Congresso aprovou o projeto, liderado pela esquerda, que elevou o valor para R$ 600.

Lógico que Bolsonaro transformaria esse mata-leão que tomou em obra de seu governo, porque ele suficientemente mau-caráter para exaltar programas sociais nos quais a vida inteira ele cuspiu ódio como o Bolsa Família.

Mais irônico ainda são os bolsonaristas que hoje comemoram o aumento de sua popularidade porque Bolsonaro foi obrigado pelo Congresso a cumprir um programa social da esquerda.

Isso revela o nível de indigência desse governo, não ter um único projeto ou programa além desse que foi aprovado pela sociedade depois de 1 ano e 8 meses de governo. É mesmo coisa de “mito”.

O que precisa ser calculado não é o que Bolsonaro ganhou politicamente com o auxílio emergencial que era contra, mas a reprovação do povo a todos os programas e reformas de seu governo até então. O homem é um portento em fracassos políticos. Precisou ser salvo pela esquerda para continuar sobrevivendo politicamente, aos trancos e barrancos, porque se dependesse das políticas ultraliberais de Guedes, Bolsonaro hoje teria apoio apenas do gado que muge ódio, que gira em torno de, no máximo, 20%.

É isso que tem que ser calculado por uma análise pragmática sobre a tal pesquisa do Datafolha.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Apesar do Datafolha, Bolsonaro está moribundo a dois passos da extrema-unção

Empresários ultraliberais já falam em abandonar Bolsonaro e prisão de Queiroz ganha tempero mais ardido

“Se Bolsonaro acha que vai tirar o lado liberal e continuar com o mesmo apoio dos empresários, está enganado”, diz presidente do Instituto Mises.

Parece que o chão do Palácio do Planalto está minado e a cada passo que  Bolsonaro dá para tentar se segurar na cadeira presidencial, a coisa piora.

Para azedar ainda mais, o ministro do STJ, Félix Fischer, ao decretar a prisão de Queiroz, diz que ele atuou ‘arduamente’ para adulterar provas.

Ou seja, o lado Queiroz de Bolsonaro está do inferno para baixo.

Soma-se a isso os cheques de Queiroz na conta de Michelle e as revelações do Jornal Nacional sobre as ameaças de morte por enforcamento feita por Flávio à ex-dona da loja de chocolate, que hoje pertence ao 01 de Bolsonaro.

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Globonews fez uma matéria mostrando que Carlos Bolsonaro é investigado pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) por suspeita de ter empregado funcionários fantasmas em seu gabinete ainda no primeiro mandato na Câmara Municipal do Rio, iniciado em 2001, o que configuraria crime de peculato.

Junte isso à tentativa de Bolsonaro de acender velas para todos os lados, como quer, atrelando a discussão do Renda Brasil, o programa pensado para substituir o Bolsa Família, à proposta para antecipar medidas de ajuste como forma de cumprir o teto de gastos, tendo que atacar o funcionalismo público para financiar o auxílio emergencial até dezembro e manter sua popularidade ao menos estável debaixo de tantas denúncias envolvendo seu clã e a culpa que terá que carregar pelos mais de 105 mil brasileiros mortos pela Covid-19 em função da sua política da morte durante a pandemia.

Azedando um pouco mais a situação, Bolsonaro solta uma pérola típica de um náufrago em pleno afogamento: “O mercado tem que dar um tempinho também. Um pouquinho de patriotismo não faz mal a eles”.

E mercado lá quer saber de patriotismo!

A declaração bateu como gongo nos ouvidos dos abutres do grande capital.

Agora é espiar de camarote o que vai dar essa geleia geral de um governo moribundo que está a dois passos da extrema-unção.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Mojor Olímpio sobre retorno de Bolsonaro ao PSL: “…mais fácil aceitar a filiação do Lula”

Que a saída de Bolsonaro do PSL foi vista como algo que vai além da traição, não é novidade, mas, os boatos que rondam o fracasso da criação do feudo bolsonarista disfarçado de partido, chama de Aliança Pelo Brasil, chegam a gerar comentários no mínimo inusitados.

Para uma das liderança do PSL, o boato de retorno de Jair Bolsonaro ao partido que o elegeu não passa de uma piada de mau gosto. Comentou:

“É uma reconciliação impossível e, se a maioria do PSL tiver vergonha na cara, não o aceita. Mais fácil o PSL aceitar a filiação do Lula”, declarou o senador ao colunista Tales Faria, do portal UOL.

Segundo o senador Major, o presidente da sigla, Luciano Bivar, o retorno não passa de um boato.

Bolsonarista do MP-RJ pode ter perdido propositalmente o prazo de recurso contra o foro de Flávio Bolsonaro.

A procuradora Soraya Gaia, defensora do foro especial para o filho do presidente, Flávio Bolsonaro, antecipou em três dias o prazo para que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) recorresse da decisão em favor do foro privilegiado no caso da rachadinha. Soraya teria efetuado a alteração da intimação que informava ao MP-RJ da remessa do caso da rachadinha para o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro,  no dia 2 de julho.

Soraya —que já elogiou Bolsonaro nas redes sociais— fez isso ao acessar em uma quinta-feira, 2 de julho, a intimação que informava ao MP-RJ a remessa do caso de Flávio para o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

O acesso dela lançou no sistema o registro de que o MP-RJ tinha tomado oficialmente ciência da decisão, dando início ao que a Justiça chama de fluência de prazo.

Em junho, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio concedeu foro especial a Flávio. Pela decisão, o processo que investiga a prática de “rachadinha” no gabinete dele na Assembleia Legislativa do Rio saiu das mãos do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, e passou para o Órgão Especial do TJ, colegiado formados por 25 desembargadores.

Com o prazo estourado, o MP-RJ tentou o recurso e, obviamente, foi rejeitado.

A ação da procuradora pode ter sido o exemplo mais claro de como a justiça, no Brasil, é uma ação entre amigos e aproximações sociais.

Datafolha mostra apenas que Bolsonaro pega carona, em pelo, na garupa de Lula.

Pra começo de conversa, a única coisa que dá aprovação a Bolsonaro é um projeto ao qual ele foi contra.

A caricatura do Brasil começa a ser revelada quando se abre um jornal e se depara com suas veredas afastadas da realidade aonde os pés nunca estão no chão.

Anos atrás, o jornalista Luis Nassif fez uma previsão que se mostra cada vez mais acertada. Na época, depois de implantadas as políticas sociais de Lula, sobretudo o Bolsa Família, Nassif disse que o país nunca mais seria o mesmo e a direita não teria como se livrar da marca Lula.

Dito e feito. A pesquisa de agora mostra que, em cada três brasileiros, dois acham Bolsonaro mentiroso, imagina isso. O auxílio emergencial, que termina em setembro, foi uma conquista especialmente da esquerda, Psol, PCdoB e PT, na qual Bolsonaro está surfando, mas seu maior apoio ainda vem do empresariado que está com ele em todas as medidas neoliberais que sacrificam os trabalhadores para aumentar os lucros dos patrões.

Essa é a mesma turma que sempre odiou o Bolsa Família. Bolsonaro está diante de um impasse que não é pequeno. Se acabar ou mesmo reduzir muito o valor do auxílio emergencial, verá que seu chão some de vez, porque, mesmo com o apoio 58 % dos empresários, essa parcela da sociedade é ínfima perto de uma multidão de pobres que hoje sustenta sua popularidade em função do auxílio emergencial.

Bolsonaro propôs R$ 200 de auxilio emergencial, o Congresso foi lá e aprovou R$ 600 que Bolsonaro assumiu o bônus como se fosse dele. Normal, sua aprovação subir não diz nada além disso, ou melhor, diz, a população quer algo concreto, mesmo que não seja ele o pai do auxílio, ela teve algum benefício. Não há o que reclamar nem desanimar. Foi uma vitória política da esquerda, mesmo que pareça ser da direita.

Depois disso, o que acontecerá com a aprovação de Bolsonaro se cortar o auxilio como quer a direita que o apoia?

Após 18 meses de mandato, a avaliação de Bolsonaro em pesquisa publicada pelo Datafolha só é um pouco menos pior que a de Collor.

Não se pode esquecer que o silêncio de Bolsonaro sobre a tempestade de cheques de Queiroz que caiu na conta da primeira-dama não pode durar muito tempo, o mesmo já acontece com Flávio com denúncias de compra de imóveis com dinheiro vivo, assim como a ex-mulher de Bolsonaro, quando casada com ele e, para piorar, o Jornal Nacional desta quinta-feira, mostrou uma reportagem em que Flávio manda seu laranja ameaçar a dona da loja de chocolate, por ter denunciado aos donos da franquia da Kopenhagen que ele colocava os preços abaixo da tabela, mas com nota no valor integral, para lavar dinheiro.

Soma-se a isso a decisão de Félix Fischer, do STJ, de mandar novamente Queiroz para a cadeia e, desta vez, junto com a mulher, o que pode sim produzir uma delação contra o clã Bolsonaro.

Por isso, a mídia de direita, que comemora a vitória de pirro de Bolsonaro, está fazendo guerrinha de nervos com a esquerda, porque, na verdade sabe que a pesquisa publicada é algo de momento promovido por uma vitória da esquerda no Congresso contra Bolsonaro, que lhe trouxe somente benefícios de imagem, mas não políticos.

Na realidade, isso só aumenta sua encrenca interna, já que a autofagia que ocorre hoje dentro do governo se dá justamente pela redução ou ampliação dos gastos públicos, sem falar na trágica política de morte que Bolsonaro vem implantando durante a pandemia, o que ainda vai lhe custar um preço muito alto.

O certo é que, como disse Luis Nassif, nunca mais essa direita brasileira vai conseguir se livrar da marca “Lula”.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Homem que vendeu loja a Flávio Bolsonaro relata ameaça; senador critica MP

O antigo dono da loja de chocolates comprada pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse que foi ameaçado ao tentar denunciar um esquema de notas frias no estabelecimento.

A declaração foi dada em depoimento ao MP-RJ (Ministério Público) na investigação sobre um suposto esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) e revelada ontem pelo Jornal Nacional. Em nota, o senador pediu que o MP investigue a conduta de promotores do Caso Queiroz após vazamentos de informações do inquérito, mas não comentou a denúncia.

Cristiano Correia Souza e Silva vendeu a loja para o hoje senador em 2015. Em seu depoimento, Silva diz que foi informado por clientes de que a loja estaria vendendo produtos abaixo da tabela e reportou a prática à sede da Kopenhagen. A empresa confirmou à reportagem que a denúncia era verídica e que multou a loja por isso.

(…) do UOL