Ano: 2020

Governo Bolsonaro, através de Pazuello, repassou verba da Covid-19 para entidades que não tratam a doença

Pasta destinou dinheiro para clínica de olhos, maternidades e hospitais psiquiátricos sem leitos para pacientes contaminados pelo coronavírus.

O Ministério da Saúde decidiu repassar parte de R$ 2 bilhões de recursos emergenciais destinados ao controle do avanço da pandemia da Covid-19 a entidades, Santas Casas e hospitais filantrópicos que não atendem pacientes com a doença.

Entre os beneficiados estão maternidades, clínicas dos olhos, hospitais psiquiátricos e associações beneficentes.

A destinação foi feita por meio de duas portarias editadas pela pasta em maio deste ano, 1.393 e 1.448, assinadas pelo ministro Eduardo Pazuello, então interino na Saúde.

A medida foi destacada em relatório produzido em outubro pelo Cosems-SP (Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo).

O órgão afirmou que “uma representativa parcela destes recursos foi destinada a entidades que atuavam em áreas não diretamente relacionadas ao enfrentamento da pandemia”.

Segundo o conselho, isso gerou dificuldade na aplicação dos recursos pelos gestores da saúde, “uma vez que a necessidade dava-se em outras áreas”.

Da lista dos beneficiados pelas portarias, seis hospitais e abrigos psiquiátricos receberam R$ 7,6 milhões.

Sete maternidades atendidas por associações de proteção à maternidade e à infância ganharam R$ 4,2 milhões.

Uma entidade filantrópica que fornece serviços de oftalmologia como “instrumento de inclusão social” de Goiás, por exemplo, recebeu R$ 188 mil. Em seu site, o grupo diz que os atendimentos são feitos por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), convênios médicos e particulares.

Outro centro que oferece serviços de oftalmologia, em Londrina (PR), recebeu R$ 181 mil. A instituição diz ter principal foco no atendimento de pacientes do SUS, mas não tem tratamento para Covid.

Já um hospital de psiquiatria no município de Arapiraca (AL) recebeu R$ 2,5 milhões, e um albergue noturno que atende psicóticos e dependentes de álcool e drogas, em Loanda (PR), R$ 819 mil. Ligado à comunidade espírita, o local não atende pacientes com Covid-19, conforme informado por telefone.

Uma federação espírita em Curitiba recebeu R$ 722 mil. A ONG repassou o valor a um hospital psiquiátrico ligado à comunidade da denominação religiosa. A unidade informou, ao telefone, que não atende pacientes com coronavírus.

Uma maternidade de Buíque (PE), que recebeu R$ 923 mil, também disse não dispor de leitos para Covid. Quem liga para a unidade em busca de tratamento para a doença ouve que deve procurar um hospital do município.

Outra maternidade que fica no município de Rio Verde, interior do estado de Goiás, e recebeu R$ 766 mil, informou que recebe pacientes com coronavírus “só se a mãe estiver em trabalho de parto”.

Apesar de não terem leitos para a Covid, algumas destas unidades argumentaram que tiveram de aumentar gastos com equipamentos de proteção individual, aumento da jornada de funcionários, além de adaptações para manter o distanciamento social. Também afirmaram que ainda não aplicaram todos os recursos recebidos pelo governo e ainda fazem estudo de como utilizar.

Em paralelo, a ocupação de leitos de UTI para pacientes graves da Covid-19 no país voltou a preocupar. Um levantamento publicado pela Folha na terça-feira revelou que, em quase duas semanas, a taxa de ocupação dos leitos de UTI para Covid-19 em hospitais privados paulistas passou de 55% para 84%.

​A alta também é observada nas internações em geral por Covid, segundo o SindHosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo). No país como um todo, a taxa de ocupação por pacientes infectados estava em 74,7% em 33 instituições entrevistadas.

O presidente do Cosems-SP, Geraldo Reple Sobrinho, afirmou que não participou da decisão sobre as entidades que receberiam os valores.

Ele alertou para uma possível dificuldade na prestação de contas. “Elas deverão comprovar em que estão empregando esses recursos para ações do tratamento da Covid”, disse.

De acordo com a portaria nº 1.393, o auxílio financeiro emergencial é destinado a entidades que participam de forma complementar do SUS, “com o objetivo de permitir-lhes atuar de forma coordenada no controle do avanço da pandemia da Covid-19”.

O Ministério da Saúde afirmou, em nota, que estabeleceu auxílio financeiro emergencial às Santas Casas e hospitais filantrópicos sem fins lucrativos “para apoiá-los no controle do avanço da pandemia”.

A pasta disse ainda que o recurso foi repassado em duas parcelas, por meio do Fundo Nacional de Saúde aos fundos estaduais e municipais, e usado em ações para combater a pandemia “como a compra de medicamentos, suprimentos, insumos e produtos hospitalares”.

Também foi aberta a possibilidade de aquisição de equipamentos e a realização de pequenas reformas e adaptações físicas para aumento da oferta de leitos de terapia intensiva.

“Os critérios de rateio dos recursos financeiros da primeira parcela se deram pelo quantitativo de leitos SUS cadastrados de entidades que estavam nos planos de contingência dos estados, Distrito Federal e municípios.”

No caso dos hospitais mencionados pela reportagem, o órgão afirmou que foram contemplados por serem entidades filantrópicas e por atenderem o disposto na Lei nº 13.995/2020, em especial o artigo 1, parágrafo 1º.

O texto diz que o critério de rateio deve ser feito considerados os municípios brasileiros que têm presídios.

Também foram levados em conta, segundo a pasta, os dados epidemiológicos oficiais do Ministério da Saúde, quanto à incidência de casos da Covid-19 por região e a evolução da pandemia. Além do número de leitos SUS e valores da produção dos serviços ambulatoriais e hospitalares de média e alta complexidade.

 

*com informações da Folha

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Bolsonaro estimula o “novo cangaço”

No purgatório em que vivemos no Brasil, afligidos por tantos males, vamos deixando alguns acontecimentos em segundo plano, deixando de conectá-los com suas causas políticas, vale dizer, com a responsabilidade que por eles têm o desgoverno de Jair Bolsonaro.

Esta semana, por exemplo, bandos armados e violentos aterrorizaram os moradores de Criciúma (SC) e Cametá (PA). Para estourar caixas eletrônicos do Banco do Brasil, eles chegaram em carros blindados, portando armas pesadas, como fuzis exclusivos das Forças Armadas ou importados, gastando munição a rodo para assustar a população. Moradores foram humilhados e usados como reféns ou como escudos. Os vídeos feitos pelos habitantes mostram a similaridades dos métodos. A diferença foi que em Cametá eles acabaram estourando a máquina errada e não conseguiram levar o dinheiro. Mas deixaram um morador morto na ação.

Estes casos não são isolados. Ações semelhantes já aconteceram este ano em outras cidades do Pará, como Ipixuna, e do interior de São Paulo, como Araraquara e Botucatu. E também no interior de Minas e em alguns pontos do Nordeste. De lá veio o apelido de “novo cangaço” para estas ações violentas e rápidas, com uso de armas pesadas e de explosivos, tomada de reféns e cerco aos quarteis ou delegacias. Assim agiam também, com menor poder de fogo, os cangaceiros que espalharam o terror pelo Nordeste no final do século XIX e começo do século XX.

Muitas causas têm sido apontadas, como a chegada do final do ano, quando bancos movimentam muito dinheiro, a busca de compensação por quadrilhas ou organizações criminosas que “faturaram” pouco durante a pandemia, entre outras. Mas certo mesmo é que nestas ações chama a atenção o grande volume de armas e explosivos utilizados, e a presença de fuzis e outras armas de uso exclusivo das Forças Armadas. E isso tem uma relação clara com a política bolsonarista de flexibilizar as regras para posse, uso e circulação de armas no país.

E onde estavam os órgãos de inteligência (ABIN) e de segurança (Polícia Federal e outras polícias) que não foram capazes de perceber que num mesmo período houve um número enorme de roubos de carros blindados? Ah, estavam muito ocupados, principalmente com a defesa de familiares do presidente, como o encrencado senador Flávio Bolsonaro. Ou colaborando com a elaboração de listas de antifascistas ou de detratores de ministros do governo.

Nesta quinta-feira, o deputado Eduardo Bolsonaro foi fotografado com uma arma na cintura durante uma visita ao Palácio do Planalto. Entrar armado no palácio presidencial é proibido mas certamente isso deixou de valer para filhos do presidente. Eduardo não perde chance de fazer proselitismo a favor das armas, seja com gestos ou com declarações.

Desde o início, o governo vem tomando medidas em série para flexibilizar a posse de armas, inclusive as de uso exclusivo das Forças Armadas. Bolsonaro acabou com o controle e o rastreamento de munições, liberou quantitativo maior para compra de munição, e armou e municiou, descontroladamente, os clubes de tiro, que potencialmente podem ser usados para armazenagem e distribuição de armas e munição para milícias e para o crime organizado. O “novo cangaço” recebe uma inegável ajuda das medidas tomadas por Bolsonaro.

Em abril passado ele revogou três portarias do Exército, importantes para o controle de armas. A de número 46 estabelecia a criação do SisNaR (Sistema Nacional de Rastreamento de Produtos Controlados). Neste sistema deveriam ser lançados mais de 380 itens controlados pelo Exército. Ele revogou também a portaria 60, que previa a identificação e marcação de todas as armas de fogo produzidas no país ou importadas, que passariam a ter inscritos dados como nome do fabricante, país de origem, calibre, número de série, ano de fabricação e modelo. Revogada foi também a portaria 61, que estabelecia mecanismos de controle de embalagens e cartuchos, obrigando os fabricantes e comerciantes a manter um banco de dados sobre todas as operações, importações, expedições, vendas, movimentação e eventuais sinistros envolvendo munições. Um general do Exército demitiu-se da função em protesto contra a revogação dos controles.

Outra medida armamentista do governo foi o aumento, quantitativo e qualitativo, das armas que podem ser adquiridas por pessoas físicas ou pelos CACs (colecionadores, atiradores e caçadores), o que inclui os clubes de tiro. O ex-sargento Ronnie Lessa, aquele vizinho de condomínio de Bolsonaro que está preso e é tido como um dos assassinos de Mariele Franco, tinha autorização para comprar armas e munições, pois possuía um certificado de CAC. Outro que tinha a mesma regalia era o miliciano Adriano da Nóbrega, de forte conexão com Fabrício Queiróz e o gabinete de Flavio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, o vale da “rachadinha”.

Estelionato eleitoral também é isso. Bolsonaro, na campanha, prometia jogo duro contra o crime. No cargo, vem tomando medidas a favor do armamento da população – que supostamente deve cuidar da própria segurança, desistindo da proteção do Estado. E com isso turbina a violência, inclusive em novas modalidades, como o “novo cangaço”.

 

*Tereza Cruvinel/Jornalistas pela Democracia

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O silêncio ensurdecedor da Globo sobre a última trapaça de Moro com uma empresa americana

Quanto tempo o Jornal Nacional gastaria se fosse Lula e não Moro que virasse sócio de uma empresa norte-americana que trabalha com a recuperação fiscal da Odebrecht, OAS, entre outras?

Pois bem, sendo Moro, a Globo repete o padrão “blinda Lava Jato”, como fez quando o Intercept vazou os diálogos entre Moro, Dallagnol e demais procuradores da Lava jato. Na época, a justificativa era o fajuto escapismo de que as informações tinham sido passadas por uma fonte supostamente criminosa.

Sim, a Globo, que se lambuzou de vazamentos criminosos de delações fabricadas pela Lava Jato contra Lula e Dilma, tomou nesse momento um banho de “ética”, resolveu assumir o lado da “legalidade”, esquecendo-se inclusive, que foi receptadora e divulgadora de um grampo criminoso de Moro contra a instituição Presidência da República, já que o alvo a ser atingido era tanto Dilma quanto Lula.

Agora, diante desse escândalo que envolve Moro e uma empresa norte-americana de recuperação fiscal que presta consultoria a muitas empreiteiras que a Lava Jato, sob o comando de Moro, quebrou, a Globo, através do seu silêncio, somente sublinha o quanto uma atitude como essa de Moro é criminosa, e o quanto Moro trabalhou de caso pensado e quanto tudo isso vai lhe render em termos financeiros.

Quando os Marinho têm a pachorra de omitir um escárnio como esse, eles provam ainda que o tal instituto Innovare não passa de uma arquitetura institucional privada da Globo para controlar o judiciário a modo e gosto dos seus interesses e de quem ela tem como cliente.

O fato é que há um pacto de sangue entre a Lava Jato e as Organizações Globo, o que reforça cada vez mais que a operação não foi outra coisa, senão uma arma contra a democracia sintetizada pelo falso combate à corrupção e uma dose cavalar de manipulação.

O fato de os Marinho se omitirem os torna cúmplices de Moro e vão se afogando abraçados ao seu pupilo curitibano.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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“2021 será literalmente catastrófico”, prevê Assembleia Geral da ONU

A pandemia afetando, principalmente, populações mais vulneráveis, autoridades destacaram que 2021 deve atingir uma verdadeira catástrofe humanitária.

“2021 será literalmente catastrófico, com base no que estamos vendo a esta altura”, afirmou chefe do Programa Mundial de Alimentos (PMA), David Beasley, durante a reunião especial sobre a Covid-19, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta sexta (04).

Com autoridades de alto escalão para lidar com o enfrentamento da epidemia do coronavírus no mundo, os representantes alertaram que a chegada da vacina não acabará, imediatamente, com a pandemia em si, que já infectou 65 milhões de pessoas em todo o mundo.

Ao afetar, principalmente, a população mais vulnerável, as autoridades da Assembleia Geral destacaram que o ano de 2021 deve atingir contornos de uma verdadeira catástrofe humanitária, já provocando este ano um aumento de 40% no número de pessoas que necessitaram ajuda humanitária. As entidades apelaram pela ajuda de financiamento de 35 milhões de dólares para lidar com a fome, que está “batendo na porta” de dezena de países, afirmou Beasley.

Segundo o chefe do Programa Mundial de Alimentos (PMA), 2021 deve ser “o pior ano de crise humanitária desde o início das Nações Unidas”, criada há 75 anos, e que não será possível “financiar tudo”, fazendo com que as atuações sejam focalizadas, “priorizando os icebergs do Titanic”.

Sobre o anúncio da agência reguladora de medicamentos do Reino Unido, aprovando a vacina da Pfizer contra Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) comemorou que as notícias trazem “um impulso” que “nos faz ver a luz no fim do túnel”, mas alertou que é só o começo e que não deve haver uma percepção de que a pandemia acabou.

“A verdade é que muitos lugares hoje estão testemunhando uma transmissão muito alta do vírus, o que coloca uma enorme pressão sobre hospitais, unidades de terapia intensiva e profissionais de saúde”, disse Michael Ryan, chefe de emergências da OMS.

A diretora do Departamento de Imunizações, Vacinas e Produtos Biológicos da Organização, Kate O’Brien, ressaltou, ainda, que a princípio “nenhum país terá um estoque suficiente de vacinas” para todas as pessoas sejam imunizadas.

Já a ONU destacou que a chegada da vacina também deverá ser mediada com cuidado, para que “países ricos não atropelem os paises pobres em uma corrida por vacinas”. De acordo com o secretário-geral da ONU, António Guterres, as vacinas contra Covid-19 devem ser disponibilizadas para todos e pediu que os países ricos ajudem as nações em desenvolvimento no combate e recuperação da pandemia.

 

*Com informações do GGN

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No Senado, PT garante vacinação gratuita e universal contra Covid-19

Plenário do Senado acatou a emenda da bancada do PT e aprova garantia da vacinação gratuita e universal contra a Covid-19 para toda a população brasileira. “O acesso à imunização é um marco civilizatório e, portanto, deve alcançar todas as cidadãs e cidadãos do país”, afirma Rogério Carvalho, líder no Senado.

O plenário do Senado acatou a emenda da bancada do PT e aprovou a garantia da vacinação gratuita e universal contra a Covid-19 para toda a população brasileira, nesta quinta-feira (3). A proposta foi incorporada ao Projeto de Lei 4023, que definiu diretrizes sobre a distribuição de vacinas.

“A partir da nossa proposta, este importante insumo, que vai proteger os brasileiros da Covid-19, que é a vacina, estará disponível para todos, sem distinção”, afirmou o líder da bancada no Senado, Rogério Carvalho. “O acesso à imunização é um marco civilizatório e, portanto, deve alcançar todas as cidadãs e cidadãos do país”, reforçou.

A emenda dos senadores petistas garante que o acesso às vacinas – a serem aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – seja um direito de todos e dever do Estado, abrangendo, de forma gratuita, a integralidade da população brasileira. A proposta aprovada defende, ainda, a observação da prioridade de grupos mais vulneráveis, de acordo com parâmetros científicos.

Para Rogério Carvalho, o Brasil tem as condições logísticas e de infraestrutura para imunizar toda a população a partir do Programa Nacional de Imunização, que é referência internacional.

“O que precisamos agora é de celeridade. O governo precisa definir, o quanto antes, com quais vacinas vai trabalhar, para quais públicos, com que prazo e planejamento, para que a cobertura vacinal seja a mais eficiente possível. A saúde da população brasileira é prioridade absoluta”, afirma o líder do PT, que também é médico.

Em pronunciamento, o senador Humberto Costa (PT-PE) se mostrou indignado com a situação da pandemia no Brasil e se disse preocupado com os prazos anunciados pelo Ministério da Saúde para iniciar vacinação contra a Covid-19.

“O presidente da República e o seu governo como um todo sabotou as inúmeras medidas para que nós minimizássemos o sofrimento da população brasileira, especialmente evitar as milhares de mortes. É um quadro que não tem antecedentes na história do Brasil”, destacou o senador.

Humberto falou sobre o cronograma de vacinação anunciado pelo governo Bolsonaro: “A decisão de levar a vacinação para março, exatamente no momento do recrudescimento da pandemia, e ainda na chamada primeira onda, que não acabou, já está provocando um colapso no sistema de saúde, especialmente em alguns lugares, como Rio de Janeiro e São Paulo”.

O senador e ex-ministro da Saúde elogiou o artigo do ex-presidente da Anvisa, Gonçalo Vecina, publicado na ‘ Folha de S. Paulo’, na quinta-feira, concordando com as preocupações quanto à demora na definição da vacina a ser usada no país.

“Essa sabotagem e incompetência do atual governo não precisa seguir logo agora, que quatro vacinas foram testadas. O Brasil deveria, o mais rápido possível, se habilitar a receber estas quatro vacinas, obviamente depois de devidamente aprovadas e registradas pela Anvisa, e imunizar o quanto antes a população brasileira”, finalizou.

*PT no Senado

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Gabinete do ódio, o ministro Moro sabia de tudo e nada fez

Se a contratação de Moro por uma consultoria americana, é um escárnio, a participação passiva no gabinete do ódio do ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, não pode passar em branco.

Aqui não se fala simplesmente de algo que esteja em choque com o plano ético, como no caso da empresa norte-americana, Alvarez & Marsal da qual Moro se tornou sócio e que atua na recuperação fiscal das empreiteiras que a Lava Jato, comandada por Moro, destruiu.

Tanto o Estadão quanto o Globo, que fizeram matéria e editorial sobre o gabinete do ódio, parecem se esquecer de um fato extremamente grave sobre o gabinete do ódio, que é a participação passiva de Moro, enquanto ministro, que tem o mesmo peso dos blogueiros aliados ao governo para fomentar o ódio e até golpe de Estado de dentro do Palácio do Planalto.

Não venham agora dizer que a redação dos jornalões se esqueceu quem era o todo-poderoso ministro da Justiça e Segurança Pública, até porque todas as manifestações, sobretudo a do quartel-general do exército, no forte apache de Brasília, Moro ainda era ministro de Bolsonaro e viu, de alguma forma, as manifestações antidemocráticas com discurso de um pré-golpe, e se calou.

Não adianta simplesmente falar de uma milícia digital que pregava intervenção militar sem citar Moro, porque, além de ministro da Justiça, ele também comandava a pasta da Segurança Pública e, em momento algum, em sua justificativa na saída do governo, Moro citou esse fato. E se tinha o elo do gabinete do ódio com Bolsonaro, naturalmente existia o elo de Bolsonaro com seu ministro Sergio Moro.

Todos sabiam que Carlos Bolsonaro, junto com Eduardo, comandava o gabinete do ódio, só Moro não sabia?

Para piorar, Moro diz que, durante sua gestão no governo Bolsonaro, ouviu dizer que ouvir falar de gente de dentro do Palácio do Planalto, do alto comando do governo, que lá dentro funcionava o comando do gabinete do ódio. Hora nenhuma a mídia cobra o que seria correto Moro ter feito, denunciar o complô contra as instituições democráticas como ministro da Justiça e Segurança Pública, porque, antes de servir o governo Bolsonaro, ele estava ali para servir o país e à democracia brasileira. Portanto, é obrigação do seu cargo.

Então, não tem como a mídia e o STF fingirem que as digitais de Moro não estejam no chamado gabinete do ódio.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Valor Econômico: PIB per capita deve levar dez anos para voltar ao nível do governo Dilma em 2013

Renda por habitante do país deverá terminar o ano em R$ 33,3 mil, a mais baixa desde 2009

A forte recessão deste ano deve reduzir o PIB per capita brasileiro de tal forma que uma recuperação ao nível de 2019, antes da pandemia, deve ocorrer apenas em 2023. Para voltar ao mesmo patamar de 2013, o melhor ano desse indicador, será necessário mais uma década, de acordo com cálculo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

 

*Com informações do Valor Econômico

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Youtuber bolsonarista revela acesso a bastidores no Planalto

Em entrevista, dono do canal Foco do Brasil afirma que Alvorada é ‘local de apoiadores’; em pouco mais de um ano, canal faturou R$ 1,76 milhão.

O youtuber bolsonarista Anderson Rossi, dono do canal Foco do Brasil, afirma que o acesso a áreas restritas do Palácio da Alvorada ocorre por conta da “simpatia” do presidente Jair Bolsonaro por sua equipe.

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Rossi afirma que dois de seus funcionários se identificam junto aos seguranças e, em seguida, vão para áreas internas da residência oficial em que o presidente conversa com apoiadores, e longe da imprensa tradicional.

“Simplesmente entramos e nunca fomos bloqueados. Inclusive, como todos sabem, também somos apoiadores. Ali é local de apoiadores”, afirma Rossi, referindo-se ao espaço, dentro de um cercadinho, onde a militância bolsonarista costuma aguardar o presidente. “Nós gravamos com o celular o Alvorada desde quando começaram os apoiadores (a irem até a porta do Palácio para conversar com o presidente), já faz bastante tempo”, completou.

O próprio presidente deixou claro que é dele a ordem para que a imprensa não acompanhe suas entrevistas, e que apenas seus apoiadores acessem o conteúdo de seus pronunciamentos. “Eu não respondo a perguntas (da imprensa). Aqui já é particular, por assim dizer, minha propriedade. Lá fora, imprensa”.

O canal de Rossi faturou US$ 330 mil (o equivalente a R$ 1,76 milhão na cotação atual de câmbio) em monetização entre março de 2019 e maio de 2020, segundo relatório da Polícia Federal.

 

*Com informações do GGN

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Ex-presidente do STF se diz perplexo com manobra da Corte a favor de Maia e Alcolumbre

Deputado constituinte e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim afirmou ter ficado “perplexo” com a discussão na Corte sobre a possibilidade de os presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), se reelegerem nos cargos. Contrário à recondução, ele citou que a Carta Magna de 1988, que ajudou a elaborar, é clara ao abordar a questão.

“Não é assunto para se estar discutindo porque tem uma regra expressa na Constituição”, afirmou Jobim em entrevista ao Estadão, de sua casa em São Paulo, onde se recupera após contrair covid-19. Aos 74 anos e parte do grupo de risco da doença, ele disse estar bem, apenas com sintomas leves, como cansaço.

O julgamento de uma ação do PTB que trata sobre o tema foi iniciado pela Corte na madrugada desta sexta-feira no plenário virtual. Os ministros têm até o dia 14 para declarar seus votos. Hoje pela manhã, no entanto, 5 dos 11 integrantes da Corte já disseram ser a favor da possibilidade de reeleição no Congresso. Apenas um, Kássio Nunes Marques, fez a ressalva de que no caso de Maia, que já foi reeleito duas vezes no cargo, não há a possibilidade de mais uma recondução.

Na conversa com o Estadão, Jobim afirmou que a possibilidade de reeleição no Congresso não deveria nem ser considerada pelo Supremo. “Tem regra expressa na Constituição (contra reeleição)”, repetiu o ex-presidente da Corte, que ocupou a cadeira que hoje é de Luiz Fux entre 2004 e 2006. No ano seguinte, Jobim assumiu o Ministério da Defesa, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, cargo que também ocupou no início da gestão de Dilma Rousseff. Antes, já havia sido ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso.

Um dos poucos políticos no País com passagens destacadas pelos três Poderes – Executivo, Judiciário e Legislativo -, Jobim argumentou que admitir a reeleição no Congresso “é desconsiderar a Constituição Federal”. Ele se refere ao § 4º do artigo 57 da Constituição, que diz: “Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente”.

O então deputado esteve ao lado de Ulysses Guimarães, que presidiu a Assembleia Nacional Constituinte, entre 1987 e 1988, e conheceu o “espírito do legislador” ao cunhar a regra sobre a reeleição no Legislativo. Segundo Jobim, o veto foi uma “decisão pessoal” de Ulysses, chamado até hoje de “pai da Constituição” que garantiu ao País seu mais longo período democrático.

“Eu me lembro das razões”, contou Jobim. “A decisão do ‘Doutor Ulysses’ era para evitar a perpetuação de presidentes.” O ex-presidente do STF afirmou ainda que, na época, foi citado como um dos objetivos da regra se evitar a repetição de precedentes, como a chamada “emenda Flávio Marcílio”, apresentada em 1979, ainda durante a ditadura militar, que permitia a reeleição no comando das duas casas do Legislativo. O então deputado Flávio Marcílio, da Arena, partido ligado aos militares, ocupou por três vezes a presidência da Câmara.

“Está tudo muito claro”, reforçou Jobim, que participou do processo de elaboração do Regimento da Assembleia Nacional Constituinte e foi sub-relator da Comissão de Sistematização.

Em seu voto a favor da possibilidade de reeleição de Maia e Alcolumbre, o relator da ação, ministro Gilmar Mendes, considerou que a proibição à reeleição no Legislativo surgiu no regime militar. Ele argumentou que a emenda constitucional que liberou a recondução do presidente da República, em 1997, permitiu um “redimensionamento” de toda a Constituição.

Até o início da tarde, outros três ministros haviam concordado com esse entendimento. São eles: Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski. Na prática, os votos abrem caminho para que Maia e Alcolumbre concorram à reeleição em fevereiro de 2021, quando está marcada a disputa pela cúpula do Congresso. Maia nega ser candidato a mais dois anos à frente da Casa.

 

*Com informações do Estadão

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Vídeo: Precisamos falar do gabinete do ódio de Ciro Gomes

Ciro saiu da Arena, mas a Arena não saiu dele. O cara se transformou num coquetel que mistura Bolsonaro, Aécio, Moro, Allan dos Santos, Carluxo e Olavão. Ciro não tem limites e desempenha o papel de dividir a esquerda da qual ele não é parte.

Assista:

 

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