Ano: 2020

Os segredos da advogada que conviveu com Fabrício Queiroz

Em entrevista à Veja, Ana Rigamonti confirma que Frederick Wassef era o “Anjo” e diz que sofre ameaças.

Quando Ana Flávia Rigamonti viu Fabrício Queiroz pela primeira vez, em junho do ano passado, não tinha a menor ideia de quem ele era nem desconfiou que estava diante de um dos personagens mais intrigantes da República. Um mês antes, ela havia recebido uma proposta de trabalho de Frederick Wassef, advogado do presidente Jair Bolsonaro. Os dois se conheceram nos tribunais, atuaram juntos em algumas causas e estudavam estender a parceria. Wassef propôs que ela trocasse Ipiguá, cidade no interior de São Paulo com 5 000 habitantes, pela capital. Sugeriu também que, enquanto ela procurasse um imóvel para alugar, poderia morar no próprio escritório dele, em Atibaia, que funcionava numa casa confortável, localizada num lugar afastado e tranquilo, que nem parecia escritório.

Pouco tempo depois de se instalar, Rigamonti foi informada que teria companhia. Dividiria o espaço com uma pessoa que estava doente e precisava de um lugar para ficar. A advogada só soube mais tarde que o homem que falava pouco, quase não saía de casa e se apresentava como “Felipe” era o famoso Fabrício Queiroz. Escondido desde que explodiu o escândalo da rachadinha, o policial aposentado estava sendo investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como suspeito de ter comandado um esquema de arrecadação de parte dos salários dos funcionários do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho do presidente.

Ao descobrir a verdadeira identidade do vizinho de quarto, a advogada, de início, ficou preocupada. Mas ela logo se aproximou de Márcia de Aguiar, esposa de Queiroz, que a tranquilizou, explicando que o marido não oferecia qualquer risco e que não era foragido da Justiça. Rigamonti acabou se transformando na única companhia de Queiroz. Os dois iam ao mercado juntos, cozinhavam juntos e gastavam o tempo de confinamento conversando. Ela chegou a acompanhar o ex-­policial a um tratamento médico num hospital e até emprestou o próprio carro para que ele viajasse ao Rio de Janeiro para visitar a família. As regras da casa eram rígidas.

Queiroz foi orientado a não utilizar o telefone celular nem qualquer cartão de crédito. As compras deveriam ser feitas apenas em dinheiro. Ao sair na rua, era obrigatório usar óculos e boné. Certa vez, ele esqueceu o disfarce e foi reconhecido dentro de um supermercado. Ficou assustado quando alguém sussurrou seu nome, mas serviu de lição. Para não ser seguido, costumava se deslocar de uma cidade para outra durante a madrugada. Sempre discreto, o ex-policial não comentava praticamente nada da vida pessoal, especialmente sobre sua relação com a família Bolsonaro. Dizia apenas que era muito amigo do presidente, por quem tinha um sentimento de gratidão, e que o senador Flávio Bolsonaro, seu ex-­chefe, era “muito gente boa”. Todos os dias acompanhava o noticiário e gostava de falar de política.

O confinamento e as rígidas regras de segurança aos poucos foram se transformando em problema. A defesa de Queiroz apostava que conseguiria anular a investigação do caso da rachadinha. A ideia era manter o ex-­policial escondido até que isso acontecesse. Em novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou uma ação que poderia resultar no arquivamento do inquérito. Nesse período, Rigamonti e Márcia trocaram uma série de mensagens por telefone. “A gente não é foragido. Ah, que saco. Eu já não estou aguentando mais essa situação, amiga. Não estou. Ganhando ou não ganhando, o nosso nome vai ficar na mídia, o nome do Queiroz vai ficar na mídia por muito tempo”, desabafou a mulher do policial aposentado.

Essa troca de mensagens cita que um tal “Anjo” havia traçado um plano para que Queiroz sumisse dali em caso de derrota no STF. A ideia era que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro se mudasse com a família para uma casa alugada em Atibaia. Rigamonti chegou a procurar algumas opções de imóveis, em endereços mais discretos. Mas a mulher de Queiroz resistia à proposta. Conforme VEJA revelou em agosto, Rigamonti disse para Márcia: “Ele (Queiroz) falou para o ‘Anjo’ que não aguenta mais isso, que está cansado e que ele quer ir embora”. O ex-policial acabou sofrendo uma derrota no Supremo. O clima ficou muito tenso. No mesmo mês, o Ministério Público fez uma busca na casa de Márcia e apreendeu o celular dela, onde foram encontradas as mensagens citadas nesta reportagem. Em junho deste ano, Queiroz foi preso sozinho dentro do escritório de Wassef na Operação Anjo.

Pelo contexto das mensagens, promotores desconfiam que o tal “Anjo” seja Frederick Wassef. Em entrevista a VEJA, o advogado negou. “Nunca alguém me chamou de Anjo. Nunca o presidente Bolsonaro me chamou de Anjo e duvido que ele chamou alguém de Anjo na vida. Ninguém na família Bolsonaro me chamou de Anjo e eu nunca tive apelido de Anjo. Agora, se alguém inventou isso, eu não sei”, afirmou, ressaltando ter dado abrigo a Queiroz por razões humanitárias. Na época, o ex-po­licial fazia tratamento contra um câncer. Logo depois da prisão de Queiroz, VEJA também questionou Ana Rigamonti sobre a identidade do “Anjo”:

A senhora é o “Anjo”? Isso não faz nenhum sentido.

Quem criou esse apelido? Não fui eu que criei esse apelido. Não sei o que significa esse apelido e quem inventou esse apelido. Quando conheci o Queiroz e a Márcia, esse apelido já existia. Não fui eu que inventei. Eram eles que usavam esse apelido.

Eles usavam esse apelido para se referir a Frederick Wassef? Sim.

A senhora sabe por que eles se referiam a Wassef como “Anjo”? Como eu te falei, desde quando eu os conheci, já era chamado assim.

Entre eles? Wassef, Márcia e Queiroz? Isso.

Procurada novamente por VEJA, a advogada disse que não queria mais falar sobre o assunto. “As pessoas me vincularam ao caso simplesmente porque eu estava ali no local e conheci as pessoas. Caí de paraquedas nessa história. Foi uma situação muito difícil para mim e para minha família”, desabafou. Após a prisão de Fabrício Queiroz, Rigamonti recebeu ameaças e foi aconselhada a esquecer o que viu e ouviu no escritório de Atibaia. Ela voltou a morar em Ipiguá e, no momento, ganha a vida vendendo lingerie.

 

*Da Veja

*Foto destaque: Veja

 

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Fim da Lava Jato: Moro se confessa derrotado por Lula

Vendo suas aspirações políticos vazarem entre os dedos, sua reputação destruída pelos próprios crimes que cometeu e que se tornam cada vez mais explícitos, Moro, novamente, utiliza Dallagnol para, através da revista onde escreve, confessar que seu projeto de poder apodreceu.

A finada Lava Jato está enterrada na cova que Moro e Dallagnol cavaram com os próprios pés.

Com uma chamada vitimista, imagina isso, o todo poderoso Batman usa o menino prodígio para sublinhar a própria sentença, “Eles conseguiram”. E segue a chorumela: “Os inimigos da Lava Jato agora têm o troféu que buscavam há tempos. Deltan Dallagnol deixa a Força-tarefa no momento mais delicado da operação com ataques de todos os lados”.

Leia-se, o feitiço virou contra o feiticeiro, Moro quis ser mais esperto que o próprio Moro.

Em seu grito de guerra contra Lula, a grande personalidade inventada pela Globo, virou pó. Lógico que Moro usa Aras como um álibi perfeito como quem não soubesse, como ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, quem condenou e prendeu Lula para que o chefe de Aras chegasse à cadeira da presidência.

Dallagnol, apresentando-se como o espelho de Moro, vende-se como mártir da luta do bem contra o mal, quando, na verdade, o vigarista foi desmascarado quando os próprios conselheiros do CNMP que livraram sua cara, taparam o nariz na hora dos votos que, usando a prescrição, o salvaram da condenação. Ou seja, Dallagnol ganhou, mas não levou.

Como tem plena consciência de que a condenação de lula foi política e que toda a arquitetura da Lava Jato foi desenhada para este fim, sua derrota política no CNMP justamente para Lula que o processou por um pornográfico power point, Dallagnol, assim como Moro, não teve como ignorar a vitória daquele que eles, na limitação mental que têm, acreditavam que tinham vencido, o que mostra a pequenez intelectual dos dois e a grandeza política de Lula.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Frederick Wassef, o homem que sabe demais

Enquanto a vida de milhões de trabalhadores desempregados é ignorada por Bolsonaro e o Brasil assiste a pobreza se alastrar, assim como a pandemia causando a morte de mais 124 mil pessoas, ele se preocupa com as causas pessoais ligadas ao submundo do crime. Um território em que é perpetrado um regime de mentiras, extorsões e picaretagens.

E é nisso que o presidente da República está metido até o pescoço.

Se Bolsonaro não responde por que Queiroz depositou R$ 89 mil na conta de Michelle, Frederick Wassef, o advogado do clã que, a pedido do chefe, escondeu Queiroz em sua casa em Atibaia, responde e sabe muito mais, segundo o próprio, que deixa vazar para a mídia que tem um arsenal de conversas gravadas com Bolsonaro, capaz de jogar pelos ares o capitão de milícia que ocupa o Palácio do Planalto.

Assim, como vive com a faca do mercado na nuca, Bolsonaro é refém não só de Queiroz, mas também do advogado da família, que tinha, entre outras atribuições típicas de um advogado de porta de delegacia, isolar Queiroz, afastando-o o máximo possível dos holofotes da mídia e, sobretudo, da justiça.

Em contrapartida, obtém, através de familiares laranjas, contratos milionários com o Palácio do Planalto, o que mostra mais do que seu poder de barganha, mas uma força explosiva que Wassef tem com a coleção de gravações de conversas suas com Bolsonaro.

O Anjo custa muito mais caro aos cofres públicos do que se imagina e ele sabe como ninguém usar a mídia para mostrar os dentes para Bolsonaro quando não é atendido naquilo que quer e no tempo que quer.

É o que está acontecendo agora quando Wassef vaza para a imprensa seu poder de fogo.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

 

Seis anos blindando tucanos e Lava Jato paulista agora diz que se demite porque a chefe blindou o Serra?

Então, quer dizer que a demissão coletiva de sete integrantes da Lava Jato de São Paulo, mais cedo, foi a tentativa da procuradora Viviane de Oliveira Martinez de adiar a Operação Revoada, deflagrada no dia 3 julho, contra o senador José Serra e sua filha Verônica Serra?

É essa a versão que Moro vendeu para o seu blogueiro oficial? Ora, seis anos de Lava Jato dentro de São Paulo e não descobriu nada dos tucanos e, agora, sai com uma dessa?

Aonde vai enfiar aquele discurso que Dallagnol martelava quando era cobrado sobre a parcialidade dos lavajatistas que simplesmente ignoraram a corrupção do PSDB que o país inteiro sabia, de que os crimes do PSDB tinham sido prescritos?

Pior ainda é Moro continuar até tempos atrás tendo a cara de pau de dizer que não investigava o PSDB porque não era base dos governos do PT. Agora ele solta uma dessa para o seu blogueiro de estimação que está em clara campanha eleitoral para a presidência em 2022 .

E aquela frase cretina, de quem é? “melindra alguém cujo apoio é importante”, quando mandou Dallagnol encerrar as investigações do Instituto FHC, como revelou o Intercept.

Por que não teve debandada dos procuradores quando Dallagnol, com certeza, lhes passou essa ordem de Moro? Agora vem com essa xaropada no momento em que Dallagnol, desmoralizado, tira o time de campo e que a Lava Jato praticamente acabou?

Que falta de inspiração desses picaretas! Só mesmo com muita proteção da mídia esses pilantras chegaram até aqui.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

Nem Gabeira aguentou o sorumbático Gabeira e dormiu ao vivo e a cores na Globonews

Não há nada mais monótono que as platitudes de Gabeira. Trivialidades é com ele mesmo.

O comentarista, que diz aquelas coisas importantes que não têm importância nenhuma, hoje foi flagrado dormindo, ao vivo, na Globonews e o DCM que nos conta essa cômica situação:

DCM – O comentarista da GloboNews Fernando Gabeira protagonizou uma cena insólita ao vivo, mas absolutamente compreensível.

Num painel modorrento com Gerson Camarotti e Cristiana Lôbo, César Tralli perguntou ao veterano jornalista o que ele havia achado da rejeição, na Câmara do Rio, de abertura do impeachment de Marcelo Crivella.

Gabeira estava dormindo, após passar o programa inteiro pescando. Despertou assustado.

— É comigo?

Camarotti deu um sorriso sarcástico diante da saia justa.

— Isso, vamos aproveitar que você já está no Rio de Janeiro, respondeu Tralli.

Gabeira saiu-se com um sambarilove sobre a “resiliência do Crivella” e a relação com deputados e vereadores e a “associação do estado com a igreja ter sido superada na Idade Média”.

Tudo sob um efeito sonoro fruto de um eco estranhíssimo.

Poucas vezes Gabeira esteve tão certo na vida.

 

*Da redação

 

 

Depois de tudo o que se sabe dos crimes e ilegalidades de Moro, Cármen Lúcia e Fachin manterão o voto contra Lula?

Num país em que a palavra de um bicheiro vale mais do que a de um juiz, no quesito, vale o que está escrito, em que as pessoas são julgadas por aquilo que a mídia diz que é e não o que verdadeiramente é, atropelando, com isso, a própria constituição para atender a uma democracia de mercado aonde o que é central numa civilização é o mercado e não o homem, o judiciário hoje, mais do que em qualquer outro período, faz parte da política, digo, política com “p” minúsculo.

A justiça sempre toma decisões que privilegiam uma ínfima parcela da sociedade, formada por banqueiros e rentistas, que viu, depois do golpe em Dilma, a ampliação extraordinária de suas fortunas em desconsideração a uma massa da população com todos os tipos de problemas referentes a essa vergonhosa desigualdade que cresceu enormemente com a chegada de Bolsonaro ao poder.

Tudo isso, no entanto, foi condimentado pela manipulação de informação que produziu uma gigantesca atrofia na consciência coletiva da classe média e, junto, falsificou-se um combate à corrupção que, no fim, revelou-se corrupto.

Ainda dentro desse formato “heroico”, Moro mereceu de Cármen Lúcia e Fachin a salvação de seu trabalho imundo contra Lula. Mas a partir desses votos, um vulcão de denúncias comprovadas de ilegalidades e crimes da Lava Jato, comandada por Moro e Dallagnol, entrou em erupção, fazendo com que a anulação do julgamento de Lula seja inevitável, porque todos sabem que ele sofreu um julgamento político e que Cármen Lúcia e Fachin seguiram as ordens desse mesmo julgamento político.

Contudo, os ventos mudaram não só por obra de manifestos de juristas do mundo inteiro, assim como no Brasil, contra as atitudes de Moro e Dallagnol que, de tão desmoralizado, teve que pedir exoneração da Lava Jato, que não há mais sentido o voto dos dois ministros do STF em favor das ilegalidades e crimes de Moro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Vídeo: O mais lacaio dos jornalistas contratados por Bolsonaro deveria mudar seu nome para Rodrigo Constrangino

Não se sabe quanto custou o passe desse liberal de dois neurônios que exalta o deus mercado e demoniza o Estado. Passou disso, não contem com uma ideia qualquer dessa caricatura de jornalista.

O vídeo em que ele se põe a gargalhar com a fala do, não menos antipetista, Josias de Souza, num claro desrespeito ao colega de profissão e de bandeira, provocando em Josias uma resposta de repulsa ao vivo, mostra que, mesmo fazendo parte de uma seleção considerada a pior que já se teve no país no jornalismo de esgoto como Augusto Nunes, Alexandre Garcia, JR Guzzo, Guilherme Fiuza, entre outros do mesmo quilate, Constantino vem se destacando em sua rastejante humilhação ao Palácio do Planalto, sob o comando de Bolsonaro.

Constantino deveria mudar o nome para Rodrigo Constrangino, tal a sensação que ele causa de constrangimento em quem o assiste.

O mercado do lodo deve estar muito disputado, porque o sujeito perdeu qualquer limite da pieguice chapa branca, da retórica que busca dar moldura natural a todas as patifarias de Bolsonaro, inclusive no que gerou a discussão entre ele e Josias de Souza, que foi o seu negacionismo infantil sobre os mais de 124 mil mortos pela Covid no Brasil, porque não traz qualquer argumento, mesmo que seja de teoria da conspiração saída da cabeça de algum pirado, para defender o patrão e o próprio salário.

Arrisca-se um palpite de que ele cumpre o papel mais imundo do que Fiuza na defesa de Bolsonaro, o que não é pouca coisa. Até os veteranos treinados dentro das redações para lamber botas de ditadores militares, como Augusto Nunes e Alexandre Garcia, perderam a parada para Constantino, tal o papel degradante que ele, sem o menor pudor, se propõe a cumprir por um lugar ao sol no Palácio do Planalto.

 

*Da redação

 

Preferido dos Bolsonaros para o MP do Rio fez campanha para o presidente

Com a manutenção pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) do afastamento por 180 dias de Wilson Witzel do governo do Rio, crescem as esperanças da família Bolsonaro de que o governador em exercício, Cláudio Castro, seja o responsável pela indicação do novo chefe do MP (Ministério Público) fluminense. Castro está alinhado com o presidente Jair Bolsonaro e com seu filho, o senador Flávio, que é investigado pelo MP no caso da rachadinha da Assembleia Legislativa.

Nos meios políticos, o nome tido como preferido do presidente e seus filhos é o procurador Marcelo Monteiro. Como mostrou a jornalista Fernanda Alves, no jornal O Globo, ele é um dos autores do livro ‘O inquérito do fim do mundo’, com um texto onde critica a investigação das fake news tocada no Supremo Tribunal Federal pelo ministro Alexandre de Moraes.

Monteiro participou de atos da campanha de Jair Bolsonaro à Presidência, postou nas redes sociais fotos fazendo “arminha” com a mão próximo ao boneco que simula o ex-presidente Lula com roupa de presidiário, e tem também fotos junto com Flávio Bolsonaro.

A coluna constatou também o alinhamento ideológico de Monteiro com o presidente em lives recentes de que participou em canais bolsonaristas no YouTube, como PHvox e Senso Incomum.

No entanto, isso não depende apenas da decisão de Castro. A indicação do procurador-geral é feita pelo governador, mas restrita a uma lista tríplice dos mais votados pelos integrantes do MP.

Para que os planos da família Bolsonaro prosperem, é necessário que entre os mais votados esteja alguém afinado com a sua linha política. Restaria ao governador em exercício, Cláudio Castro, a tarefa de indicá-lo para o cargo.

O alvo principal de Monteiro é o STF, a quem acusa de “ativismo judicial”, o que coincide com as críticas mais frequentes nas redes sociais de apoio ao presidente.

Sobre o que chama de “ativismo judicial” do STF

“Eles estão administrando o país. Fecha tudo e entrega a chave dessa porcaria pra eles”.

“O Supremo tem ultrapassado todos os limites”

“O Senado tem que se mexer, é o Senado a quem cabe o processo de impeachment por crime de responsabilidade de ministros do Supremo”.

“Na faculdade onde eu leciono, cujo corpo docente inclui dois ministros do Supremo, houve um movimento para que nós, a faculdade como um todo, manifestasse o seu integral apoio ao Supremo contra as ameaças à democracia provenientes da Presidência da República. Tive que mandar mensagem no grupo de WhatsApp: ‘por favor, excluam o meu nome'”.

Ironizando saída de Celso de Mello do Supremo no final do ano

“A ausência de Celso de Mello vai preencher uma lacuna extraordinária. Que Deus ilumine o presidente Bolsonaro para que faça escolhas adequadas”

STF suspendeu operações policiais nas favelas do Rio sem prévia comunicação

“Você vê 1.400 comunidades dominadas pelo crime organizado. Aí o Supremo em vez de dizer ‘tirem os criminosos daí’, diz ‘tirem a polícia daí’. Isso é a mistura de ativismo judicial com barbárie”.

 

*Chico Alves/Uol

 

 

Aprovação do governo no Nordeste cai depois de viagens de Bolsonaro à Região

Pesquisa PoderData indica que a estratégia de Bolsonaro de intensificar a agenda de viagens ao Nordeste surtiu efeito contrário do que se buscava e aprovação do governo no Nordeste cai depois de suas viagens à região.

Caiu, e não foi pouco.

Aprovação caiu 8 pontos percentuais em 15 dias. 50% desaprovam governo na região.

O levantamento mostra que a aprovação de Bolsonaro que vinha em trajetória de alta passou de 48% para 40% em relação ao último levantamento, realizado de 17 a 19 de agosto. .

Os dados foram coletados de 31 de agosto a 2 de setembro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 509 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é realizada em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Em relação ao trabalho individual de Bolsonaro na Presidência, são 31% dos nordestinos que o avaliam como “ótimo” ou “bom”. Houve queda de 7 pontos em duas semanas.

A avaliação positiva de Bolsonaro na região está 7 pontos abaixo da avaliação nacional (39%). Já a rejeição ao seu desempenho está 9 pontos acima da média geral (34%).

*Com informações do Poder 360

 

Por que Witzel pode ser afastado e Flávio Bolsonaro não? Não é por falta de crime 

Por que o governador do Rio, Wilson Witzel, pode ser afastado e o senador do Rio, Flávio Bolsonaro, não pode?

Falta de crime é que não é, muito menos de chocolate, fantasmas, laranjas e imóveis, muitos imóveis para provar que o 01 do clã, em termos de corrupção, deixa Witzel com cara de boboca.

Afinal, estamos falando de aliados que se ajudaram mutuamente na última eleição, usando as mesmas armas para atirar na cabecinha do contribuinte que sua muito para pagar seus impostos e vê a dupla da “nova política” fazer barba, cabelo e bigode nos cofres públicos.

Formalismos numa hora dessas em que o STJ deu um bico na constituição para cassar o mandato do governador genocida, é piada. Pau que deu num genocida, tem que dar no primogênito do outro genocida.

A continuar assim, sem nada acontecer com Flávio, ficará claro que Bolsonaro está por trás do afastamento de Witzel dando ordens ao judiciário brasileiro de dentro do Palácio de Rio das Pedras.

Ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina, mas a justiça pode obrigar o clã Bolsonaro a responder, por que Queiroz depositou R$ 89 mil na conta de Michelle?

*Da redação