Dia: 8 de novembro de 2021

Lira desafia STF, critica OAB e mantém nova votação da PEC dos Precatórios nesta terça-feira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), manteve a votação da chamada PEC dos Precatórios (Proposta de Emenda à Constituição 23/21) para esta terça-feira (9), no Plenário da Casa. Ele disse não acreditar que o Supremo Tribunal Federal (STF) venha a interferir na tramitação da proposta, conforme pedidos feitos em ações judiciais.

A proposta divide opiniões porque estabelece um teto anual para o pagamento dos precatórios – verbas relacionadas a sentenças judiciais condenatórias – devidos pela União. Por conta disso, é apelidada de “PEC do Calote” por oficializar o descumprimento de decisões judiciais.

Lira voltou a afirmar que a margem de apoio à proposta – que também é chamada de PEC do Calote – deve aumentar na votação desta terça, quando espera obter um quórum maior. Na semana passada, o texto-base foi aprovado com 312 votos entre 456 presentes. São necessários 308 para a aprovação.

“Não acredito em paralisação de votação por liminar que venha a obstacular a votação. O Supremo pode se pronunciar depois sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma matéria. Mas interferir no trâmite de uma matéria eu nunca vi acontecer. Espero que não aconteça, porque os Poderes se respeitam, sabem das suas atribuições e competências”, defendeu, em entrevista à Agência Estado.

Arthur Lira argumentou que a votação é uma matéria interna corporis do Poder Legislativo. “Com relação a medidas judiciais, lamento sempre quando você judicializa a política. Você não pode o tempo todo estar ganhando votações de 1 a 312”, disse, referindo-se a um ministro do STF contra 312 deputados. O presidente da Câmara lembrou que sempre teve um bom relacionamento com o Supremo. “Naquela crise institucional dos Poderes, em setembro, sempre atuamos como bombeiros”, afirmou.

Auxílio Brasil

Lira defendeu a aprovação da PEC dos Precatórios para garantir recursos ao programa social Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família. “O grande problema é a fome causada pelo rebote financeiro da pandemia, com desemprego, inflação e aumento do preço da energia e dos combustíveis”, apontou. O objetivo do governo é oferecer um auxílio mensal de R$ 400 a quase 20 milhões de famílias abaixo da linha da pobreza.

Sem a aprovação da PEC 23/21, o pagamento de precatórios deve subir de R$ 54,7 bilhões, neste ano, para R$ 89,1 bilhões, no ano que vem. Se a emenda constitucional for aprovada, haverá um limite de R$ 44,5 bilhões para precatórios no ano que vem. A PEC também muda o cálculo do teto de gastos, abrindo um espaço de R$ 47 bilhões para despesas do governo.

Crítica à OAB

O presidente da Câmara disse que o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, defende os interesses financeiros de grandes escritórios de advocacia ao questionar a constitucionalidade da PEC. A OAB recorreu ao STF contra a votação da PEC 23/21 por acreditar que o texto ofende a separação dos Poderes, por adiar o pagamento de parcela de dívidas cujo pagamento foi determinado pelo Poder Judiciário.

“O presidente da OAB é candidato a governador do Rio de Janeiro, uma situação plenamente incompatível com o cargo que ele exerce. Ele muitas vezes se omite de discussões importantes da sociedade, e a OAB não se manifesta sobre muitas matérias aqui que cuidam da cidadania, de direito adquirido, do devido processo legal”, criticou.

Usina de ações

Arthur Lira reconhece que as decisões judiciais devem ser respeitadas, mas pondera que o pagamento integral de precatórios pode tornar inviável todo o Orçamento da União em 2022. O presidente da Câmara também observa que muitos precatórios já foram negociados e estão na mão de terceiros. “Isso virou uma usina de ações. Todo ano nós temos precatórios, é uma despesa recorrente, anual e permanente.”

O presidente da Câmara também acusou os opositores da PEC de ter motivações eleitorais. “A PEC virou um cabo-de-guerra político. A discussão no Plenário está politizada. Quem não quer dar o auxílio de R$ 400 é porque acha que vai influenciar o processo eleitoral, está levando isso além do aspecto social de 20 milhões de famílias passando fome. Se no ano passado votamos um auxílio de R$ 600, porque não votar um outro de R$ 400?”, questionou.

Senado

O presidente da Câmara lembrou que a PEC apenas oferece recursos temporários para o Auxílio Brasil e voltou a defender a votação pelo Senado da reforma do Imposto de Renda (PL 2337/21), que foi aprovado pela Câmara no início de setembro e poderia fornecer uma fonte de arrecadação permanente para as despesas do programa social, respeitando o teto de gastos.

Lira informou que já conversou sobre a tramitação da PEC dos Precatórios com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. “Há sensibilidade do Senado para votar o tema. A incerteza é muito pior para o Brasil, para o mercado e para especialistas que defendem fundos”, disse.

Manobra

Na semana passada, na tentativa de atrair mais apoios para a chamada “PEC dos Precatórios”, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), editou uma norma oficial para dispensar de registro biométrico parlamentares que estejam em missão oficial fora da Casa.

Com isso, permitiu a participação desses deputados na votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 23/2021. A oposição foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) confrontar a medida.

*Com informações do Brasil de Fato

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Alexandre de Moraes revoga prisão do deputado Daniel Silveira

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes revogou na tarde de hoje a prisão do deputado federal Daniel Silveira, mas, em contrapartida, o proibiu de acessar às redes sociais. O parlamentar foi preso em fevereiro por decisão de Moraes após divulgar um vídeo com ataques a ministros da Corte.

“Diante do exposto, substituo a prisão pelas medidas cautelares a serem implementadas em relação a Daniel Silveira, a seguir enumeradas: (1) Proibição de ter qualquer forma de acesso ou contato com os demais investigados nos Inquéritos 4.781/DF e 4.874/DF, salvo os parlamentares federais; (2) Proibição de frequentar toda e qualquer rede social, instrumento utilizado para a prática reiterada das infrações penais imputadas ao réu pelo Ministério Público – em nome próprio ou ainda por intermédio de sua assessoria de imprensa ou de comunicação e de qualquer outra pessoa, física ou jurídica, que fale ou se expresse e se comunique (mesmo com o uso de símbolos, sinais e fotografias) em seu nome, direta ou indiretamente, de modo a dar a entender esteja falando em seu nome ou com o seu conhecimento, mesmo tácito.”

Na decisão, Moraes diz ainda que “o descumprimento injustificado de quaisquer dessas medidas ensejará, natural e imediatamente, o restabelecimento da ordem de prisão”.

Aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Daniel Silveira foi preso pela primeira vez em fevereiro deste ano, após divulgação de um vídeo com ataques aos membros do STF. Em março, também por decisão de Moraes, Silveira passou para a prisão domiciliar, quando começou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

No início de junho, a PGR pediu a volta do deputado à prisão após repetidas violações ao regime domiciliar. Moraes, então, estipulou fiança de R$ 100 mil a Silveira, que só foi paga no final do mês, um dia depois de o deputado ser preso de novo. Desde então, a defesa de Silveira tem tentado revogar sua prisão preventiva, mas sem sucesso.

Mais recentemente, em 10 de setembro, o ministro Luís Roberto Barroso negou mais um pedido de liberdade apresentado pelos advogados do deputado, alegando não haver indício de ilegalidade ou abuso de poder que justifique a concessão de habeas corpus.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) defendeu a condenação do deputado federal por ameaçar ministros do STF, argumentando que o direito à liberdade de expressão só é absoluto “quando considerações conflitantes mais urgentes não estiverem presentes”.

*Com informações do Uol

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A derrocada do Mec: mais 30 gestores pedem demissão às vésperas do Enem

Pedidos de exoneração chegaram a 32. Órgão que realiza o Enem enfrenta crise às vésperas da prova, marcada para os dias 21 e 28 de novembro.

Marcado para os dias 21 e 28 de novembro, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2021 está sendo organizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A autarquia, vinculada ao Ministério da Educação, atravessa profunda crise.

Os servidores estão em pé de guerra com o presidente da instituição, Danilo Dupas. Desde semana passada, há um processo de desmonte da estrutura e saída de gestores técnicos de suas funções. Nesta segunda-feira (8/11), 30 coordenadores pediram exoneração de cargos comissionados. A debandada começou com 12 nomes, mas o número está sendo atualizado ao longo do dia, com mais adesões.

Na última quinta-feira (4/11), grande parte dos funcionários do Inep deixou o trabalho para participar de um protesto contra Dupas. Os manifestantes acusam o gestor de assédio moral e incompetência.

“O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e os Censos da Educação Básica e da Educação Superior estão em risco, em razão das decisões estratégicas que estão sendo adotadas no âmbito da Presidência do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)”, diz comunicado divulgado pelos representantes dos servidores.

Já são 32 os gestores que pediram demissão do órgão. Na sexta (5/11), o coordenador-geral de exames para certificação do Inep, Eduardo Carvalho, e o coordenador-geral de logística da aplicação, Hélio Junio Rocha Morais, solicitaram exoneração.

Mais gestores planejavam seguir o exemplo, para transformar a demissão coletiva em mais um ato de protesto. A comoção em torno da morte da cantora Marília Mendonça, entretanto, adiou os planos. Nesta segunda, vieram os pedidos.

Segundo apurou o Metrópoles, já assinaram pedido de exoneração de seus cargos os servidores Samuel Silva Souza, Camilla Leite Carnevale Freire, Douglas Esteves Moraes de Souza, Patricia da Silva Honório Pereira, Dênis Cristiano de Oliveira Machado, Alani Coelho de Souza Miguel, Natalia Fernandes Camargo, Gizane Pereira da Silva, Marcela Guimarães Côrtes, Vanderlei dos Reis Silva, Nathália Bueno Póvoa e Hélida Maria Alves Campos Feitosa.

*Com informações do Metrópoles

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Decisão de Kassio Nunes sobre TCE do Rio abre espaço para indicação de Flávio Bolsonaro

A decisão do ministro do STF Kassio Nunes Marques de derrubar o afastamento de um conselheiro do Tribunal de Contas Estadual do Rio de Janeiro, tomada há dez dias, vai abrir caminho para uma indicação de Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) para o tribunal.

Ao anular a medida do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que afastou Domingos Brazão e outros quatro conselheiros do cargo por suspeita de corrupção, no último dia 26 de outubro, Nunes Marques criou um precedente que terá efeito cascata na composição do órgão e poderá abrir a vaga que Flávio quer preencher.

Isso porque, em sua decisão, o ministro do STF considerou que o afastamento cautelar prolongado – Brazão está impedido de exercer o cargo há quase cinco anos – configura constrangimento ilegal.

Segundo Nunes Marques, como não foi condenado nesse período, Brazão está liberado para voltar ao tribunal. Sua recondução, porém, ainda depende de decisão do STJ.

Brazão já foi investigado pela CPI das milícias da Câmara Municipal do Rio e denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Superior Tribunal de Justiça por participação no assassinato da vereadora Marielle Franco. Mas seu afastamento se deu em razão da operação operação O Quinto do Ouro, em 2017. Ele e outros quatro conselheiros do TCE foram acusados de receber propina para fazer vista grossa com as contas do governo estadual nas gestões de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, ambos do MDB.

Como Nunes Marques é relator de pedidos de habeas corpus dos outros conselheiros, o mesmo entendimento aplicado a Brazão deve ser usado no caso deles. Se conseguirem ser reconduzidos, três deles deverão se aposentar. E das três vagas a serem abertas, uma é de indicação do Executivo – a que hoje está ocupada por José Nolasco.

É nessa vaga que Flávio Bolsonaro gostaria de ver seu ex-professor Vitor Marcelo Rodrigues, que hoje é juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio na cota da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Em setembro de 2020, Rodrigues também foi nomeado por Jair Bolsonaro para o TRE por influência de Flávio, depois de ser indicado para a lista tríplice por meio de votação do colégio de desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

Segundo apurou a equipe da coluna, o filho mais velho do presidente já comunicou diretamente o governador Cláudio Castro (PL) que deseja preencher a vaga com seu apadrinhado. Auxiliares de Castro no governo negam que Flávio tenha exigido a vaga, mas a coluna apurou com dois nomes envolvidos nas conversas que o pedido foi feito.

O caminho até as aposentadorias incidentais depende, no entanto, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ministro Nunes Marques rejeitou a recondução de Domingos Brazão ao cargo por entender que o habeas corpus não é o instrumento jurídico adequado para o pedido da defesa.

Castro tem seus próprios planos para o cargo, mas não pode se dar ao luxo de rejeitar um pedido de Flávio Bolsonaro. Ele vem tendo problemas com a bancada bolsonarista no Rio por discordâncias quanto à composição do secretariado, e os parlamentares têm incentivado o vice-presidente Hamilton Mourão a concorrer ao governo.

*Com informações de O Globo

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Todos os candidatos da 3ª via têm um pensamento fútil sobre o Brasil

Não, não falo aqui apenas dos tucanos, Dória e Leite. Mandetta e Ciro, seguem, cada um a seu estilo, a mesma pagada. Moro, nem isso.

O figurino de lobo solitário não veste essa turma.

Na verdade, os apostadores da terceira via, não sabem em que os candidatos a candidatos podem ser úteis.

Falar em Deus, combate à corrupção, família e armas, não surte efeito algum.

Bolsonaro talhou todos esses truques eleitoreiros depois que fez o que fez, ou o que não fez, na pandemia e na economia.

Todos esses sofismas políticos estão desidratados depois de quase 3 anos de governo Bolsonaro.

Como colocar emoção na fala desses pálidos candidatos sem um mínimo de inspiração? Ninguém sabe, ninguém nem se atreve a palpitar.

Dória vai para a televisão mostrar ao povo como fazer o seu chá?

Eduardo Leite vai confiar seus sentimentos à população e acha que isso basta?

Mandetta vai falar de pandemia quando o país estará totalmente livre dela?

Ciro continuará na sua gastura pessoal tentando pintar Lula e Dilma com as cores que escolheu, se isso só fez piorar sua colocação nas pesquisas?

Todas essas figuras representam candidaturas mortas. No máximo, serão candidatos caranguejos andando de lado, ou candidatos Coalhada com seu pique no lugar.

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Globo cai na real que Moro será um fiasco em 2022

O corpo começa a esfriar e as dores começam a aparecer.

Grosso modo, os Marinho já sacaram que Moro não dará nem um caldo ralo.

A camomila acabou, o sofisma de combate à corrupção hoje não vale dois mil reis. A Lava Jato virou sinônimo de picaretagem política, e Moro, que queria se embrenhar no miolo entre Lula e Bolsonaro, ficou só no vácuo.

Moro, que viveu até pouco tempo de carteirada da Lava Jato, não pode mais usar esse embuste, porque todos já sabem que a carteira é falsificada.

Aliás, o STF foi claro nisso, esvaziando e deixando murcha a pose do jeca.

De Moro, não sobrou metade.

Hoje, quando ele abre a boca, causa náuseas e dor no estômago.

Dos outros, como Dallagnol, que anda berrando no Youtube seus “sonhos de um Brasil mais justo” a coisa é ainda pior porque até os Marinho já sabem que ele está em busca de uma imunidadezinha para não ir em cana, já que tem muitos processos nas costas que vão lhe custar muito caro.

Moro, nem de longe tem aquele fogo da inspiração necessária a um candidato a qualquer coisa.

Não é por acaso que, depois de perder sua recompensa no governo Bolsonaro por prender Lula sem provas de crime, anda mais fujão que Allan dos Santos.

Ou seja, não vale uma pratinha furada e não tem mais espinafre para erguer seus músculos de polvilho do ex-Popeye de Curitiba.

Para fechar a fatura, os Marinho acham que Moro, como ministro, foi um nulo para a segurança pública, sem apresentar um rabisco de projeto

Trocando em miúdos, para a Globo, Moro hoje não presta nem pra ser candidato a candidato da terceira via.

Foi de super-herói a ratinho mignon.

Para piorar um pouco mais não sabe chongas de economia para tecer sequer um comentário tolo, como é comum nos candidatos da direita.

Por isso e por mais um monte de porcarias que Moro representa, os Marinho mandaram seus colunistas darem um banho quente no inútil e colocá-lo pra dormir o sono do parvos.

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Urariano Mota: Marighella, o filme

Em 2014, no Recife, tive a honra de participar com Mário Magalhães de um debate sobre “literatura de guerrilha”. Naquele dia, tivemos a mediação do jornalista Inácio França. Eu consegui falar sobre ”Soledad no Recife”, enquanto Mário, sobre “Marighella: o guerrilheiro que incendiou o mudo”. Na ocasião, todos pudemos ver o talento e honestidade de Mario Magalhães ao escrever a biografia do extraordinário guerrilheiro. Assim como soubemos das descobertas da vida do biografado, que não escaparam do trabalho do pesquisador, escritor e jornalista. Mas não podíamos adivinhar o filme que viria dirigido por Wagner Moura.

Sete anos depois, vi ontem Marighella no cinema. Diria mesmo, tive a ilusão de revê-lo como um militante apaixonado, pela intimidade clandestina com que o bravo personagem avulta. A interpretação de Seu Jorge para Marighella é qualquer coisa de extraordinária, e de tal maneira, que nem sentimos a restrição que a direita fez sobre sua cor, que seria muito negra para o mulato histórico. Ora, o mulato Marighella! Na tela, o mulato é negro, negro, negro, a sua presença. Isso quer dizer, em vez da cor, o que vemos é um homem íntegro, inteiro, da mais valente humanidade.

E mais, permitam este alumbramento, que pude notar depois: o personagem Marighella transborda da tela. Se alguém o procurar para além do retângulo branco, o encontrará, porque não só o guerrilheiro é imenso, mas porque a interpretação de Seu Jorge é grande, não cabe nos estreitos limites da tela do cinema.

Buñuel dizia que a cada aparição de Antonio das Mortes no filme de Glauber Rocha, “Deus e o Diabo na terra do sol”, que a cada Maurício do Valle na imagem, o genial espanhol queria pular da cadeira no cinema. De modo semelhante, podemos dizer: a cada fala e presença de Seu Jorge, temos vontade de pular da cadeira e gritar “Marighella, presente!”. Já no começo do filme, desce uma conquista sobre o público: para as cenas do assalto a um trem, canta Chico Science a música “Monólogo ao pé do ouvido”, com os versos.

“Viva Zapata!
Viva Sandino!
Viva Zumbi!
Antônio Conselheiro!
Todos os panteras negras”

A partir daí estamos conquistados pelo casamento plástico e musical em um só assalto. Wagner Moura é um senhor diretor. No escuro do cinema, eu não podia parar as imagens para escrever. Nem pedir luz para escrever num caderninho que levei para as emergências. Mas no escuro, ainda assim, escrevi pelo tato, pelo formato imaginado das letras que escreveria, estas anotações:

A música e Chico Science no começo
Seu Jorge como Marighella. Ótimo!
Fusquinhas e Rural na paisagem.

E com a última frase rascunhada eu quis dizer; carros fusca e rural willys na paisagem, como isso tem um poder detonador da memória da ditadura. Pois numa rural, foi transportado para a morte o Padre Henrique no Recife. Numa rural, existem tantos depoimentos de militantes clandestinos. Aquele veículo era uma estética para os torturadores. E os fuscas estavam presentes na história do Brasil, a transitar da repressão à resistência.

Poucas vezes a história dos anos da ditadura aparece tão bem representada no cinema. Para este artigo, pesquisei as notícias sobre o impacto do filme. Elas oscilavam entre o elogio sem ver a produção nas telas e o mais brutal reacionarismo. Entre os extremos, li no G1: “Mesmo cercado de polêmicas e com alguns excessos, é o filme do ano. Pela parte técnica, já seria um filmão, desses que vale a pena ver: tem ação, perseguição, romance, drama e história”. Mas que imparcialidade! É cômico, é tragicômico, que a jornalista fique entre prestar fidelidade ao grupo que a emprega, pois Marighella é da Globo Filmes, e a própria ideologia conservadora. Marighella e o filme do ano, mas…

Quais seriam as polêmicas e excessos, segundo a notícia? Na verdade, a crítica excede em desconhecimento histórico, como aqui: “O uso da palavra patriota, no entanto, é o que mais chama atenção. Os personagens enchem a boca muitas vezes para dizer que o são. Em uma das cenas, que de fato ocorreu, um guerrilheiro é torturado pela polícia enquanto grita: ‘vocês estão matando um brasileiro’. Quem disse isso em desespero antes de ser assassinado em 1969 foi o operário e guerrilheiro Virgílio Gomes da Silva. No filme, ele se tornou Jorge, interpretado lindamente por Jorge Paz. A intenção é clara: resgatar os símbolos nacionalistas da direita e da extrema-direita e reaproximá-los da esquerda”.

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