Ano: 2021

Bolsonaro, com farda não serve à guerra, com terno, não serve para nada

Com uniforme, seria inútil à guerra porque lhe falta raciocínio lógico; com o terno, não serve à paz.

Jair Bolsonaro só entende a linguagem da ameaça, seja como agente, seja como alvo. E, nesse particularíssimo sentido, agiu bem Arthur Lira, presidente da Câmara. O “mau militar” (segundo Ernesto Geisel) está, como chefe do Executivo, abaixo da crítica: não fosse o morticínio em massa, ele não valeria nem uma boa lista de insultos.

Com uniforme, seria inútil à guerra porque lhe falta raciocínio lógico, e todo tiro sairia pela culatra. Com o terno, não serve à paz. Está talhado para a arruaça e a briga de gangues. Não por acaso, o Exército o chutou. Ocorre que a política o capturou, e a Lava Jato o elegeu presidente. “Ah, foi o povo…” Eu sei. Segundo circunstâncias que não eram de sua escolha.

Até a semana passada, Bolsonaro buscava nos intimidar com um autogolpe. Lembro à margem: tinha parado com a tara “putchista” depois da prisão de Fabrício Queiroz. Voltou a roncar papo quando o STJ livrou a cara de Flávio. Corolário: ele só sabe ameaçar ou ser ameaçado. Há uma pulsão aí, que a psicanálise poderia dissecar, para horror do próprio.

Os mais de 300 mil mortos não conseguiram silenciar sua pregação homicida. O centrão perdeu a paciência e decidiu acenar com o impeachment. Foi o que fez Lira na quarta-feira (24) à noite ao afirmar que estava “apertando um sinal amarelo para quem quiser enxergar”. Observou: “Os remédios políticos no Parlamento são conhecidos e são todos amargos. Alguns fatais”. O remédio fatal de que dispõe o Congresso para quem conduz o país à ingovernabilidade é o impedimento.

Esse tal centrão não é um lugar nem um grupo determinado, mas um espírito. Desde a redemocratização, apoiou todos os governos e garantiu, à sua maneira, que o dinheiro público chegasse às suas bases eleitorais.

Alguns de seus próceres, é verdade, são notórios ladrões, outros não. Mas também há ladrões notáveis fora do grupo. Tenho cá minhas dúvidas, quando noto o apego ao povo de certos especialistas, se uma burocracia formada por “jovens turcos” (pesquisem o sentido da expressão) seria mais sensível aos problemas dos pobres. A minha certeza quando leio a ata do Copom: não!

Lira foi além das metáforas: “Não vamos continuar aqui votando e seguindo um protocolo legislativo, com o compromisso de não errar com o país, se, fora daqui, erros primários, erros desnecessários, erros inúteis, erros que não são muito menores do que os acertos cometidos, continuarem a ser praticados”.

Bolsonaro fez o acordo com o centrão para eliminar o risco de que a penca de crimes de responsabilidade pudesse levá-lo ao impeachment. Todos lucraram. Mas o pacto supõe um mínimo de governabilidade e de eficiência na gestão, que hoje inexiste. O pior, alertam os cientistas, está por vir.

Nesta quinta (25), Bolsonaro e Lira se encontraram. Manso, o presidente fez questão de declarar à imprensa, com sintaxe sempre muito pessoal, que, entre ele e o deputado há “zero problema”. Que se saiba, o outro ainda não anunciou ter desligado “o sinal amarelo”, que enseja “remédios fatais”.
Bolsonaro precisa estar sob ameaça para não ameaçar a democracia.

Mudo de foco, mas não de assunto, já que foi a Lava Jato que trincou a xícara que nos legou o país dos cemitérios. João Pedro Gebran Neto, relator dos casos da Lava Jato no TRF-4, concedeu longa entrevista a esta Folha. Disse que a operação é objeto de uma “guerra de narrativas”. Logo, fala um narrador, não um juiz.

Eu o desafio, de novo, a informar em quais páginas da sentença de Moro, que o senhor endossou, com agravamento da pena, aparecem as provas da denúncia apresentada pelo Ministério Público. Vai que tenham me escapado… Atenção, doutor Gebran! Encontrei lá, e o senhor também, em palavras, o que Deltan Dallagnol esquematizou no PowerPoint. Cobro as provas do que está na denúncia recebida, como exige o devido processo legal. Ou estou errado?

Que o senhor seja um cara batuta e contrário à corrupção, bem, isso eu também sou. Até os corruptos dizem o mesmo. A questão é saber se a Justiça deve ser sequestrada por “jovens turcos”, alguns nem tão decentes. Deve?​

*Reinaldo Azevedo/

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Presidente do STJ planeja operações contra procuradores da Lava-Jato

O clima segue de mau a pior para quem conduziu a Lava-Jato. Na mesma semana em que Sergio Moro foi declarado parcial no caso Lula, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, disse ainterlocutores que apertará a investigação que mira procuradores da Lava-Jato. Segundo pessoas próximas ao magistrado, estão nos seus planos operações de busca e apreensão contra integrantes da extinta força-tarefa.

O presidente da corte não escondeu de aliados sua apreensão com dois habeas corpus levados ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a investigação que ele abriu de ofício, ou seja, por conta própria, sobre os investigadores. Com a negativa dos dois pedidos concedida pela ministra Rosa Weber, porém, o magistrado se sentiu mais seguro para avançar com o inquérito.

O presidente do STJ também se animou com o grande volume de material compartilhado com a corte neste mês. O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, atendeu a determinação de Martins, que solicitou o fornecimento de “todos os arquivos apreendidos e periciados” na Operação Spoofing, que contém as mensagens hackeadas da Lava-Jato. É nesse diálogos que está baseada a investigação do STJ. Com isso, Humberto Martins já tem em mãos todo o acervo das supostas conversas da Lava-Jato e pode usá-lo para embasar ações no seu inquérito.

A investigação no STJ indica que Humberto Martins quer apurar as razões pelas quais ele e seu filho, o advogado Eduardo Martins, foram delatados pelo ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, cuja negociação teve início na força-tarefa de Curitiba.

Como O GLOBO revelou, o inquérito do tribunal cita nominalmente seis investigadores como alvos iniciais. Quatro deles integraram a Lava-Jato de Curitiba: Deltan Dallagnol, Diogo Castor de Mattos, Januário Paludo e Orlando Martello Júnior.

*Bela Megale/O Globo

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Brasil perde posição no ranking dos principais destinos de investimento estrangeiro

Estudo anual feito pela consultoria Kearney aponta que o País perdeu duas posições entre os 25 maiores destinos desses recursos.

A crise econômica e na saúde do Brasil, amplificada pela forma errática como o governo federal conduz as ações de enfrentamento à pandemia, refletiu diretamente no interesse dos investidores estrangeiros em aportar recursos no País.

Um estudo anual realizado pela consultoria Kearney aponta que o Brasil perdeu duas posições no ranking global que avalia os 25 maiores destinos de investimento estrangeiro. No início do ano passado, quando o mundo estava na iminência de mergulhar na pandemia da covid-19, o Brasil ocupava a 22ª posição entre os principais países mais procurados pelo capital internacional.

No levantamento deste ano, realizado entre janeiro e fevereiro, o Brasil caiu para o 24º lugar. Em 2015, o País chegou a ser o 6º principal destino dos investidores internacionais.

O “Índice de Confiança para Investimento Direto Estrangeiro”, levantamento realizado pela consultoria desde 1998, é feito a partir de uma pesquisa realizada com executivos sêniores de empresas de 30 países, de diversos setores econômicos, com receita anual superior a US$ 500 milhões. A análise se concentra nos 25 países com maior potencial de atrair investimentos nos próximos três anos.

Os Estados Unidos lideram o ranking, posição que ocupa há nove anos. Alemanha e Canadá aparecem em segundo e terceiro lugares, respectivamente, como ocorreu em 2020. O Brasil está entre os três únicos emergentes indicados como importantes destinos de investimento estrangeiro direto, com China e Emirados Árabes. De 2020 a 2021, a China caiu da 8ª posição para a 12ª do ranking. Já os Emirados Árabes subiram do 19º lugar para o 15º.

Na avaliação da consultoria, o levantamento revela uma queda significativa no grau de otimismo sobre a economia global, quando comparado com os níveis registrados no início ou na pré-pandemia. O sentimento geral é de cautela e de recuperação de longo prazo nos fluxos de investimentos.

“A perda de confiança no Brasil reflete os desafios enfrentados nos ambientes político e econômico brasileiros, além do efeito natural da pandemia”, diz Sachin Mehta, sócio da Kearney Brasil.

Além da queda da confiança na economia, a maioria das pontuações gerais dos 25 países no ranking caiu, na comparação com os anos anteriores. Apenas 57% dos investidores ouvidos se dizem otimistas em relação ao ambiente econômico nos próximos três anos. No início do ano passado, 72% deles tinham essa percepção.

Em meio à paralisia geral, investidores enxergam algumas possibilidades de investimento, como as áreas de saneamento básico e gás natural. No governo, há expectativa de avanço com algumas concessões na área de infraestrutura.

*Com informações do Estadão

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Bolsonaro acuado? Efeitos do aumento da pressão sobre o presidente na economia e nos mercados

Mercado interpreta “sinal amarelo” de Lira como aceno a impeachment e analistas dizem que a crise política e a pandemia entraram em uma nova fase.

A elevação do tom do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) soou no mercado como um ultimato: ou a postura do presidente muda ou o Centrão desembarca do governo. Ainda que aproximações e rupturas entre o Centrão e o Executivo aconteçam com certa frequência, a sensação entre os analistas é de que a pandemia e a crise política entraram, juntas, em uma nova fase.

A fala de Lira, que disse que os “remédios políticos” do Congresso são “conhecidos”, “amargos”, e alguns, “fatais”, foi interpretada pelo mercado como um aceno, ainda que distante, a um processo de impeachment.

Para Marcio Fernandes, analista político da OhmResearch, é como se o Centrão dissesse que a hipótese de impedimento foi colocada no horizonte. “O mundo político passou os últimos dias fazendo cálculos quanto ao efetivo papel que o presidente poderia ter em uma virtual transição entre o momento atual e as eleições de 2022. Se o presidente não se adequar, a sucessão dos acontecimentos poderia tornar o impedimento um caminho inevitável. O Planalto estaria flertando com o perigo.”

Em relatório, o analista Victor Guglielmi, da Guide Investimentos, lembra que Lira é o único que pode abrir um processo de impeachment contra o presidente. “Lira deixou claro que não é essa a intenção, mas o discurso foi uma nítida ameaça ao presidente, que se recusa a ajustar o seu discurso em torno do isolamento social, a preeminência das vacinas e os tratamentos precoces.”

E essa animosidade não surge ao acaso. “Por que todo mundo inflou a crítica agora, se os erros do presidente na condução da pandemia já estavam presentes?”, questiona Fabio Klein, economista da Tendências. “Por uma confluência de fatores. Teve a carta aberta dos economistas, a entrada de Lula no páreo e a pandemia, que não é um fato novo, mas que agora atingiu um novo patamar de gravidade”, completa.

O Brasil acaba de registrar 300 mil mortes pela Covid-19, sendo o único país do mundo a passar dessa marca, além dos Estados Unidos, que tem uma população superior à brasileira. Hoje, o país é responsável por 11% dos óbitos por coronavírus em todo o mundo.

“Enquanto o presidente falava em tratamento precoce e criticava o lockdown, mas o número de mortes era inferior ao do resto do mundo, a classe política não se preocupava tanto. Mas com o Brasil virando o epicentro da pandemia e a população assustada, esse discurso começou a gerar atrito. Então Lira quis mostrar que eles não estão com o governo nessa piora da pandemia“, afirma Victor Hasegawa, gestor da Infinity Asset.

Em relatório divulgado nesta quinta-feira, a Levante Ideia de Investimentos, vai na mesma linha. “O Centrão, como grupo político, compõe a base aliada do governo, mas jamais estaria disposto a eventualmente compartilhar o ônus de um desastre na gestão da pandemia.”

Mudança de rumo

Com o presidente sob pressão, economistas e analistas alertam para algumas mudanças importantes nos cenários político e econômico.

“Ao perceber o presidente mais acuado, o Centrão ‘vai na jugular’. Os parlamentares se sentem mais confortáveis para peitar o Executivo e a agenda passa a ser pautada pelo Congresso e não pelo presidente”, diz Fabio Klein, da Tendências.

Se de fato o Centrão tomar a dianteira, a dúvida que fica é: qual seria a agenda liderada pelo Congresso? Ainda que os parlamentares tenham dado sinais de que apoiam uma pauta mais liberal, Klein acredita que, com as eleições de 2022 se aproximando e o aumento da pressão de governadores sobre os parlamentares aliados por mais gastos e emendas, medidas de ajuste fiscal perdem espaço.

*Priscila Yazbek/Infomoney

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A ruína do governo Bolsonaro e a derrocada do golpe

Não há crise no governo Bolsonaro, o que há é o desmoronamento do golpe.

Todo aquele material que deu liga ao golpe em Dilma a partir da Lava jato, perdeu unidade e, muitas vezes, entrou em guerra, somando-se a uma crise econômica já existente que ganhou dramaticidade com a pandemia, porque se as lambanças de Guedes já eram evidentes e os resultados do PIB sofríveis, sua atuação na lida com a pandemia foi apimentada por uma série de medidas que otimizaram o quadro trágico que foi instalado no ambiente econômico brasileiro já a partir do governo Temer.

O motivo é a velha receita neoliberal que carrega dois pilares em seus mantras. O primeiro, é o “destruindo que se constrói” e, o segundo, “é verticalizando que se divide”.

Afinal, Guedes é o próprio tecnocrata que repete dogmas de um sistema que trabalha frontalmente contra qualquer conceito de economia, repetindo a mesma receita do governo FHC, utilizando lero lero retórico, imaginando que o que foi trágico no passado seria virtuoso no futuro.

Esse era o centro nervoso do golpe, mas faliu, não há volta, não há crédito, sobretudo para uma mídia que vendeu a badalhoca neoliberal pela milésima vez como novo horizonte.

Nenhum ser minimamente pensante vai achar que a carta dos banqueiros e economistas para Bolsonaro tenha algo a ver com a pandemia. O mote pode ser esse, mas o real motivo é a debilidade total e absoluta da economia, não a partir da tragédia humana que se abate sobre o Brasil, até porque eles sempre darão um jeito para, se for o caso, comprar a vacina com autorização judicial, afinal, para que serve o judiciário brasileiro senão para permitir que a elite se comporte como uma corte dos bem nascidos?

É certo que eles estão preocupados com a paralisação da economia pela falta de vacinas e, por isso, aproveitaram o ensejo para dizer a Bolsonaro que o amor acabou e ele que se vire com seu bando.

A mudança de voto de Cármen Lúcia é o reflexo claro disso.

Moro, o principal operador do golpe em Dilma e Lula, transformou-se num trapo. Agora, ele não é juiz e nem ministro e ainda periga a sua participação na sociedade da empresa americana, Alvarez & Marsal, que trabalha na recuperação fiscal das empresas que a Lava Jato quebrou.

Não há ninguém da suposta direita para substituir um presidente de uma suposta direita extremista porque são todos farinha do mesmo saco, ou melhor, saco da mesma farinha.

O Brasil tem um presidente que sequer tem partido e segue sem ministro da Saúde, porque, na verdade, o que está no ministério da Saúde é uma caricatura de Pazuello e, de lambuja, Bolsonaro tem um animador de crepúsculo econômico chamado Paulo Guedes que, nitidamente está com seu repertório de conversa fiada vencido.

Arthur Lira é um bom termômetro da temperatura do Congresso em relação ao governo Bolsonaro.

Uma coisa é certa, se essa escória que derrubou Dilma, prendeu Lula, elegeu um genocida e tratou Moro como herói, não sabe que caminho tomar, sabe que o seu governo acabou, assim como o seu clã cada dia mais enrolado com a justiça, transformando-se numa incômoda massa falida.

Para qualquer canto que se olha, o caminho de Bolsonaro está fechado. Com o chão mole, se ficar parado, afunda, mas se andar, também afunda.

A direita golpista brasileira é só desolação e agonia.

Fome, genocídio, hiperinflação, recessão, dólar lá na casa do car…, fuga de investidores, corrupção e muito mais.

Bem vindo ao golpe!

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Felix Fischer afronta STF e dá prosseguimento ao caso do sítio de Atibaia

A defesa de Lula acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra medidas proferidas pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça(STJ) Felix Fischer no caso do sítio da Atibaia. Os advogados do petista alegam que o magistrado descumpriu a decisão de Edson Fachin, que anulou as condenações de Lula na Lava-Jato de Curitiba.

A reclamação, enviada a Fachin, aponta que, mesmo após seu despacho sobre a incompetência da Justiça de Curitiba para analisar casos de Lula, Fischer continuou dando seguimento ao processo do sítio no STJ. Após essa data, o magistrado abriu vista para a Procuradoria-Geral República (PGR) se manifestar sobre a ação. Os advogados alegam que a PGR também ignorou a decisão ao lançar ontem um parecer no processo.

Os advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins solicitaram que Supremo casse a decisão de Fischer. Também pedem que o magistrado e a PGR sejam notificados para prestar esclarecimentos sobre terem dado andamento ao caso, afrontando a decisão do STF.

*Com informações de O Globo

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Faltam cilindros de oxigênio e Ministério da Saúde aponta como ‘maior gargalo’

A falta de cilindros de oxigênio para pacientes que fazem o tratamento contra a Covid-19 é apontada pelo Ministério da Saúde como o “maior gargalo” neste momento da pandemia , principalmente para atender unidades de saúde no interior do país e também em pequenos hospitais em capitais.

O secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Luiz Otávio Duarte, disse em audiência pública na Câmara dos Deputados que foi feito um alerta aos secretários estaduais de Saúde que cobrassem das empresas contratadas um plano de contingência. Segundo ele, o ministério não tem informações detalhadas dos contratos para fornecimento de oxigênio e toda hora há uma “surpresa’.

— Há uma grande dificuldade de mapear o Brasil como um todo (..) Eu acho muito importante neste momento de pandemia uma integração do setor público e do setor privado, nós temos que andar juntos — afirmou o secretário.

O assessor especial da secretaria-executiva do Ministério da Saúde, Ridauto Fernandes, informou que o governo está comprando “como alternativa” 5 mil concentradores de oxigênio, um parelho de uso doméstico para ajudar a atender a demanda. Ele justificou que a instalação de miniusinas de oxigênio em unidades hospitalares leva de 30 a 40 dias, a um custo na faixa de R$ 500 mil a R$ 1 milhão, além também que necessidade de manutenção constante.

— Agora estamos em tempo de guerra. Eu gostaria que todos tivessem instalado ( miniusinas), mas infelizmente não há tempo hábil. Teríamos que ter começado isso há anos e comercialmente não seria inviável — afirmou.

Ao ser cobrado das medidas que a pasta está tomando para regularizar o fornecimento do oxigênio, Fernandes disse que a gestão pode ser melhorada, mas que os esforços estão sendo feitos “dia e noite” e que tudo que foi possível está sendo requisitado.

— Quantas miniusinas têm hoje no mercado disponíveis ? Nenhuma. Tudo que tinha nós demos um jeito de requisitar, colocar no avião e apoiar instalação. Quantos cilindros estão disponíveis? Nenhum. Tudo que tinha nós estamos requisitando — afirmou.

Outro problema apontado é a falta e carretas para fazer o transporte do oxigênio para os estados. Fernandes informou que a empresa White Martins, uma das maiores fornecedoras do país, conseguiu comprar 13 carretas usadas e que isso “será um alívio”.

Na audiência, o representante do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), o secretário de Saúde de Tocantins, Edgar Tolin, afirmou que no estado o consumo aumentou em seis vezes. O médico, emocionado, contou que nesta madrugada foi necessário fazer a transferência emergencial de pacientes de Palmas, capital de Tocantins, para que não morressem sufocados com a falta de oxigênio.

— Às 3h eu consegui transferir 12 pacientes, das duas UPAs que eles têm, senão hoje aqui no Tocantins nós já estaríamos com 10 ou 12 óbitos por sufocamento, a palavra é essa .A falta de oxigênio é sufocamento — disse Tolin, questionando também sobre a possibilidade de utilizar outros vasilhames para armazenar o oxigênio.

— Se tiver de transformar cilindros de gás em cilindro de oxigênio que se faça isso — disse o deputado Pedro Westhalen (PP-RS) defendendo medidas urgentes para a crise.

O representante do Ministério da Saúde informou que já existe a opção de usar outro tipos de envaze, como o cilindro de oxigênio industrial desde que seja feita antes uma “purificação” para que possa ser utilizado na área de saúde.

*Com informações de O Globo

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Corregedora da PGR aponta manobra de Aras para blindar aliados e perseguir adversários

Após processo disciplinar começar a investigar aliado de Aras, ele retirou caso da Corregedoria do MPF e enviou ao CNMP, onde possui maioria.

A corregedora-geral do Ministério Público Federal (MPF), Elizeta de Paiva Ramos, escreveu em um ofício interno que uma manobra adotada pelo procurador-geral da República Augusto Aras poderia ser usada “para o atendimento de expectativas pessoais ou políticas” com o objetivo de blindar aliados ou perseguir adversários. É a primeira vez que a própria corregedora do MPF confronta o procurador-geral, apesar de ter sido indicada ao cargo com o apoio dele. A manifestação de Elizeta envolve uma decisão da Corregedoria de investigar um assessor do gabinete do procurador-geral, depois de não encontrar provas em uma acusação feita por Aras contra três procuradores que pediram demissão de sua gestão.

Aras, então, manobrou para retirar o processo da Corregedoria do MPF e enviou o caso ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), onde possui maioria. Na última terça-feira, o plenário do CNMP referendou o pedido de Aras e autorizou a transferência do processo. Em um ofício enviado ao CNMP, a Corregedora-Geral do MPF protestou sobre a manobra e alertou para o risco de uso político da investigação.

“O que não se mostraria razoável seria o traslado investigativo deste para esse órgão, apenas para discordar-se de suas conclusões, ou pior, para o atendimento de expectativas pessoais ou políticas determináveis simplesmente pelo cargo da pessoa investigada, seja para blindá-la, ou pior, para persegui-la”, escreveu Elizeta em um trecho do ofício 209/2021 da Corregedoria.

Procurada pelo GLOBO para comentar, Elizeta afirmou ter sido surpreendida pela ação de Aras.

“O PGR pediu e o Corregedor-Geral (do CNMP) atendeu seu pedido. A questão é complicada e não houve a concordância da Corregedoria do MPF. Essa avocação me deixou verdadeiramente passada! E mais não digo”, afirmou Elizeta, em mensagem enviada à reportagem.

O caso envolve um inquérito administrativo disciplinar aberto a pedido de Aras contra três procuradores que atuaram no grupo de trabalho da Lava-Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR) e pediram demissão por discordâncias com sua gestão: Luana Vargas, Hebert Mesquita e Victor Riccely. Após a saída deles, a equipe de Aras os acusou de vazar informações à imprensa sobre um depoimento da delação premiada de Marcelo Odebrecht que abordava sua relação com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli. Após essa representação, o inquérito administrativo foi aberto pela Corregedoria.

Após meses de apuração, a comissão do inquérito concluiu que não havia comprovação de que os três procuradores teriam sido responsáveis pelos vazamentos, já que outros membros também tiveram acesso às informações. Após tomada de depoimentos, a comissão do inquérito levantou suspeitas de que o responsável pelos vazamentos poderia ter sido um dos mais próximos auxiliares de Aras, o procurador João Paulo Lordelo, porque ele também tinha acesso ao depoimento de Marcelo Odebrecht. Por isso, a corregedora Elizeta de Paiva Ramos determinou a realização de diligências complementares para apurar se havia indícios contra Lordelo. Entretanto, não chegou a haver comprovação do envolvimento de Lordelo com os fatos investigados.

A comissão do inquérito administrativo pediu informações sobre processos do gabinete do PGR e solicitou o depoimento do chefe de gabinete de Aras, o procurador regional Alexandre Espinosa, também de sua extrema confiança. As ações começaram a provocar incômodo na cúpula da PGR. Como o inquérito administrativo começava a se aproximar dos seus aliados, Aras acionou o CNMP, órgão no qual possui maioria, e pediu que o processo fosse retirado da Corregedoria da PGR e enviado para o outro conselho –ação cujo nome técnico é “avocação”.

Procedimento é ‘excepcional’

Por ser composto de representantes de órgãos externos, como o Senado e o Judiciário, o CNMP tem posição hierárquica superior à Corregedoria do MPF, por isso pode determinar a avocação de um processo. Esse procedimento, entretanto, é feito apenas em raras condições nas quais se verifica que a Corregedoria de um dos órgãos do Ministério Público não tem independência suficiente para realizar as apurações.

O corregedor nacional do CNMP, Rinaldo Reis, aliado de Aras, levou o assunto a julgamento na sessão da última terça-feira e obteve a concordância dos demais conselheiros para avocar o processo. Ele forneceu aos demais conselheiros detalhes sobre a investigação e afirmou que o procedimento de avocação era “excepcional”.

Um dos motivos apresentados por Rinaldo foi a composição do Conselho Superior do MPF, onde Aras perdeu a maioria. Seis integrantes do conselho já assinaram ofícios que cobravam providências de Aras para investigar a atuação de Bolsonaro na pandemia e criticavam omissões do procurador-geral da República. Como o processo administrativo da Corregedoria do MPF teria que ser levado para julgamento do Conselho Superior, Rinaldo apontou que poderia haver retaliação a Lordelo apenas pelo fato de ele ser próximo a Aras.

— Poder-se-ia chegar à situação em que a correta apuração no vazamento restaria eclipsada pela discussão da vinculação de irregularidades a um membro auxiliar do excelentíssimo procurador-geral da República, no caso o procurador da República João Paulo Lordelo, como forma de descrédito ou desgaste institucional do próprio gabinete do procurador-geral da República — afirmou Rinaldo durante a sessão, na qual justificou retirar o processo da corregedoria.

*Com informações de O Globo

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Capital da cloroquina, Vitória tem taxa de mortes 47% maior que a do país

Dentre as capitais brasileiras, Vitória (ES) foi a que recebeu a maior quantidade de cloroquina do governo federal, proporcionalmente à população. Foram 54 mil comprimidos de difosfato de cloroquina, quantidade que seria suficiente para medicar 15% dos habitantes da cidade ao menos uma vez.

O dado considera apenas as entregas feitas pelo Ministério da Saúde às capitais, sem levar em conta repasses e compras que possam ter sido feitos pelos governos estaduais e municipais. Em julho do ano passado, a prefeitura de Vitória – como tantas outras, estimuladas pelo governo federal – adotou o uso de cloroquina e ivermectina no tratamento à Covid. Os remédios não têm eficácia comprovada contra a doença.

Até o dia 18 de março, Vitória acumulava uma taxa de 200 mortes por Covid a cada 100 mil habitantes – número 47% maior que a taxa brasileira, que na mesma data havia chegado a 136 mortes por 100 mil habitantes.

Fonte: Dados abertos do governo federal; IBGE; Prefeitura de Vitória; Consórcio de veículos de imprensa.

*Luigi Mazza e Renata Buono/Piauí

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Clésio Andrade, Empresário vacinado às escondidas, foi vice de Aécio e sócio de Valério

Empresário vacinado às escondidas foi vice de Aécio e sócio de Valério.

O empresário Clésio Andrade, de 68 anos, foi um dos vacinados contra a Covid-19 às escondidas em Minas Gerais, segundo reportagem da revista Piauí dessa quarta-feira (24/3). Clésio foi vice-governador de Minas Gerais na gestão de Aécio Neves, entre 2003 e 2006, senador entre 2011 e 2014 e sócio do ex-publicitário Marcos Valério, conhecido por sua participação no esquema do mensalão.

Mesmo com os cargos políticos, Clésio manteve-se na presidência da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Ele foi presidente da organização por 26 anos, entre 1993 e 2019, acumulando também a presidência dos conselhos nacionais do Serviço Social do Transporte (Sest) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat).

Alegando problemas de saúde, o pedido de renúncia foi acompanhado de laudo médico com diagnóstico de necrose no fêmur das duas pernas. Com isso, as acusações contra ele foram remetidas para a Justiça de Minas Gerais

Cinco anos depois, em 2019, a 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), anulou as denúncias contra o ex-senador, que havia sido condenado em primeira instância, encerrando o caso.

No início da década de 1990, Clésio comprou participação em duas agências de publicidade de Belo Horizonte, SMP&B e DNA Propaganda, e colocou o publicitário Marcos Valério para dirigir as duas empresas.

Com Valério, o empresário teria articulado o esquema de fraude e colocado o publicitário para operar o caixa 2 na campanha à reeleição do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo do Estado em 1998.

Vacinação às escondidas

Um grupo de políticos e empresários, a maioria ligada ao setor de transporte de Minas Gerais, e seus familiares tomaram, nessa terça-feira (23/3), a primeira das duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19, em Belo Horizonte.

As vacinas beneficiaram, segundo a reportagem, cerca de 50 pessoas, e as doses foram aplicadas após uma compra por iniciativa própria, sem repassar ao Sistema Único de Saúde (SUS). Já a segunda dose está prevista para daqui a 30 dias. As duas doses custaram a cada pessoa R$ 600.

De acordo com a revista, os organizadores da vacinação foram os irmãos Rômulo e Robson Lessa, donos da viação Saritur. As doses teriam sido aplicadas dentro da garagem de uma das empresas do grupo.

*Com informações do Metrópoles

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