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O zeitgeist brasileiro e a era do ódio

Essa gente bolsonarista que se diz conservadora, liberal é, na verdade, escrava do ódio. Até porque, no Brasil, acontece um fenômeno interessante, que é a casta do funcionalismo público, a que tem os maiores salários, as maiores mordomias, declara-se liberal e, por conveniência ou por osmose, aplaude o discurso neoliberal do Estado mínimo, do Estadinho. Isso sim é o verdadeiro milagre brasileiro.

Pois bem, essa classe média verde e amarela, que tem o racismo e o preconceito de classe arraigado em sua alma, é literalmente o velho que não quer morrer diante do novo que já nasceu. Dá no que dá.

Essa gente não quer saber de preto em universidade, de empregada doméstica com carteira assinada, de pobre virando classe média, dividindo os espaços antes vips e, por isso mesmo viraram presas fáceis para quem de fato tem poder nesse país, que são os banqueiros, os rentistas e os grandes empresários. Ou seja, a própria Faria Lima que espinoteou contra Dilma em 2013, justamente quando ela fez com que os juros caíssem na marra para que o Brasil tivesse uma economia minimamente saudável para se construir artérias mais abertas para os novos fluxos de produção e integração da sociedade.

Este é o nosso choque cultural, de um lado, a imensa maior parte do povo brasileiro que é formada por pobres e remediados e, do outro, o clero dos abastados seguido por gente que passará o resto da vida matriculada na escola da classe dominante sem jamais fazer de fato parte da papa fina do dinheiro grosso.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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