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O papel da internet na guerra da informação

Muitos estão assistindo perplexos à narrativa contra Putin e contra a Rússia que a GloboNews vem empregando como se fosse um posto avançado do Pentágono no Brasil. Ou seja, da própria OTAN.

Não há qualquer espaço para o contraditório. Para os jornalistas da GloboNews, Putin é o representante do Mal e Biden, o cowboy americano que vai matar o índio malvado que comanda o exército russo contra a Ucrânia.

O apatetado presidente da Ucrânia não passa de uma marionete da CIA para condimentar a derrubada de Putin. E os EUA conseguir emplacar alguém menos próximo da China, na tentativa de impedir que o dragão chinês engula a economia americana até 2027, como está previsto nos quatro cantos do planeta.

Uma coisa que ficou evidente é que há um movimento sincronizado sob um único comando, e isso ficou escancarado quando o Ministro das Relações Exteriores da Rússia falava na ONU e a GloboNews transmitia ao vivo, quando a fala dele foi estrategicamente interrompida para, no mesmo instante em que o comandante do Pentágono passa a falar numa outra transmissão da emissora para, nitidamente, bloquear, ou melhor, censurar a fala do representante da Rússia na ONU.

Ou seja, a coisa tem método e vem de fora. Os brasileiros que esperavam ouvir uma única palavra contrária à narrativa massiva da Globo, mais do que se frustraram, tiveram que engolir toda aquela xaropada típica do Pentágono na sua velha e manjada tática de comunicação na guerra da informação.

Ocorre que, assim como o blog Antropofagista, há uma guerrilha bastante ágil da mídia independente que facilmente se conecta com outras mídias internacionais, trazendo a outra versão da guerra, o que promove um relativo equilíbrio de forças.

E é aí nesse ponto que os capitalistas perdem território, que a guerra da informação desenvolve suas novas táticas hegemônicas, na tentativa de bloquear a circulação de dados para que a versão predominante continue sendo a das oligarquias ligadas ao establishment americano.

Nós aqui do blog temos feito uma intensa campanha pedindo aos leitores que colaborem com o nosso trabalho, justamente porque sentimos na pele como estamos sendo censurados, sobretudo no Facebook, antes o maior canal de divulgação e, agora, praticamente as nossas publicações ficam invisíveis, porque fazem parte desse mecanismo de guerra que o capitalismo trava contra a sociedade.

Assim, solicitamos fortemente que os leitores que podem contribuir com qualquer valor, que nos ajudem a manter o nosso trabalho na linha de resistência por uma informação menos maniqueísta e, principalmente, menos rendida ao grande capital internacional.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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