Mês: outubro 2022

Lula venceu o debate por nocaute no primeiro round

Qualquer ser humano normal que tem a missão de assistir a um debate eleitoral, consegue manter a adrenalina e a concentração no primeiro bloco, para ser mais exato, no primeiro embate entre os candidatos.

No segundo bloco, as pessoas já estão com o saco um pouco cheio para o candidato atrair a sua atenção.

No terceiro bloco, as pessoas mandam o sujeito às favas. A pipoca já está fria, o visual do palco já não chama mais a atenção e o debate entra no modo lombriga. Isso, quando muitos não desligam a televisão para fugir daquele rescaldo chatérrimo de perguntas importantes que não têm qualquer importância, para respostas com ainda menos importância.

Nas considerações finais é o momento do sprint. E Lula, mais uma vez, bateu em Bolsonaro com machado de cabo curto, ao dizer que, num país que mais produz proteína animal no mundo, é inconcebível que povo pobre esteja na fila do osso.

Lula arremata dizendo que o maior produtor de alimentos do mundo não pode ter 33 milhões de miseráveis passando fome, como Bolsonaro fez com esse contingente de brasileiros segregados por um sistema econômico feito a modo e gosto para a elite financeira do país.

Lula está certíssimo de terminar o debate falando que vai acabar com a miséria, com a fome e que os brasileiros vão sim ter o direito de comer um churrasquinho e beber uma cervejinha.

Voltando ao primeiro round, Lula nem baixou a mão para tratorar Bolsonaro com uma série de cruzados e ganchos. Bolsonaro ficou apoplético e foi à lona.

Lula estava eletrizado e teve 100% de aproveitamento e matou o debate nesse momento. Porque debate é isso e não lacração ou conversa mole de moral da Dona Carochinha, como foi Bolsonaro com a sua cômica agenda de costumes.

O povo acredita menos nesse pervertido falando de moral do que todo o Nordeste, que também não acredita em uma palavra de Bolsonaro sobre ter sido ele o principal responsável por levar água àquela população.

Ou seja, o que se viu depois do primeiro round foi Bolsonaro repetindo as mesmas baboseiras inúteis que sempre pautaram seus alaridos fascistoides.

A sociedade atual é dinâmica, objetiva e Lula foi de uma objetividade sincronizada ao comparar seu governo com o de Bolsonaro já no primeiro bloco. Aí foi até covardia.

Então, meus caros, Lula venceu e venceu bonito, como nas lutas de Tyson que fazia o adversário ver o tempo fechar para ele em fração de segundos e tombar na lona sem chance de ser salvo pelo gongo.

Aquela pergunta sobre universidades e escolas técnicas foi gancho fatal, quando Lula listou a quantidade de campus universitários que fez e as quase cinco centenas de escolas técnicas e perguntou a Bolsonaro, quantas dessas você fez? Ali acabou o debate.

Bolsonaro foi desmoralizado em público.

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Entorno de Moro diz que ex-juiz quer vitória de Lula para tentar Planalto em 2026

Aliados do ex-juiz Sergio Moro afirmam que ele acredita na vitória de Lula contra o presidente Jair Bolsonaro.

Segundo Guilherme Amado, Metrópoles, o entorno de Sergio Moro tem dito que o ex-juiz considera, na verdade, que Lula vai vencer esta eleição, e o apoio a Jair Bolsonaro seria uma forma de tentar roubar do atual presidente a liderança da extrema-direita e, assim, pavimentar uma candidatura ao Palácio do Planalto em 2026.

A considerar o empenho de Moro para eleger Bolsonaro, é pouco crível que o ex-juiz torça pela vitória de Lula. Mas o raciocínio faz certo sentido.

Com Bolsonaro derrotado e mergulhado na avalanche de processos a que terá de responder fora do mandato, Moro estaria livre para tentar ser o principal rosto da oposição ao PT junto ao eleitorado bolsonarista.

Junto ao eleitorado, é bom dizer. No Congresso, dificilmente conseguirá ter relevância: é odiado pela maioria dos seus futuros colegas.

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Vídeos: O criminoso cometendo crime ao vivo e a cores

Não há apelo. Não estamos falando de declarações de ocasião para afirmar uma atitude criminosa de um criminoso, como é o caso de Bolsonaro.

É fácil apanhá-lo. Para tanto, não faltam vídeos, recentes ou antigos, em que Bolsonaro comete crime de inventar mil coisas sobre crianças venezuelanas, por serem venezuelanas.

Pelo choque que a frase causou, “pintou um clima”, dita por um velho podre que não tem o menor pudor com a vida humana, como escancarou na pandemia, inclusive com crianças vítimas de sua sede de morte, não há nada de subjetivo nas falas de Bolsonaro, nem nessa, menos ainda na que ele afirma, incontáveis vezes, que as crianças venezuelanas se arrumavam para se prostituir, que, imprensado pelos jornalistas, exigindo que ele explicasse suas falas levianas e criminosas, ele diz que não tem certeza.

Então, pergunta-se, um presidente da República tem o poder supremo de difamar crianças, acusando-as de prostituição para que nada lhe aconteça?

Essa atitude das instituições de controle de se omitirem diante desse escancarado crime, transforma-se em carvão para estimular ainda mais os arroubos golpistas de quem não conhece qualquer limite na justiça brasileira para seguir cometendo crimes.

Ou será que deixou de ser crime o que Bolsonaro falou na sexta-feira e repetiu na sua live da madrugada, acusando as crianças de se arrumarem para vender seus corpos?

Isso não é uma impressão auditiva ou uma fala tirada de contexto possível que diga que não é crime o que é escancaradamente crime cometido pelo presidente por mais de uma vez contra crianças.

Aqui não se fala da hipocrisia desse criminoso imundo, fala-se do estatuto da criança e do adolescente que está sendo rasgado pela justiça brasileira para não admitir que Bolsonaro disse o que disse.

Não há ser humano com um mínimo de escrúpulo que não se revolte com esse fato macabro, tamanha barbaridade contra crianças venezuelanas.

O solene silêncio do sistema de justiça brasileiro diante sobre esse fato, é inaceitável.

Já era para Bolsonaro estar na cadeia, porque a presidência da República não lhe concebe o direito de cometer esse tipo de crime, de forma recorrente, e seguir impune.

Até quando?

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No debate, Lula usa broche de campanha contra exploração sexual infantil

Lula está usando no debate da Band um broche da Campanha Nacional de Mobilização de Combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, uma flor amarela.

A sugestão foi do ex-governador paranaense Roberto Requião, para aproveitar a crise gerada por Jair Bolsonaro ao dizer numa entrevista que “pintou um clima” entre ele e meninas venezuelanas de 14 e 15 anos.

A crise é considerada pela campanha de Bolsonaro o pior momento da disputa para o presidente.

Essa atitude de Lula foi uma excelente resposta para Bolsonaro que usou o termo “pintou um clima” se referindo às meninas venezuelanas de 14 e 15 anos classificadas por Bolsonaro como “prostitutas”.

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TSE determina que não pode afirmar que Bolsonaro disse que “pintou um clima”, mas Bolsonaro pode chamar as crianças de prostitutas

A frase “pintou um clima” ganhou uma repercussão muito grande no país inteiro porque foi dita por um velho asqueroso de 67 anos, referindo-se às crianças de 14 e 15 anos de idade. Mas não é esse o foco principal do crime maior de Bolsonaro, mas sim de, por duas vezes no podcast e na live que fez de madrugada, dizer que aquelas crianças se arrumaram para a prostituição.

Tudo feito para desqualificar a Venezuela, ele sequer respeitou a infância das crianças. Pior, como nada fez depois esteve com elas que, segundo ele, estavam ali para se prostituir, ele, como presidente da República, prevaricou, pois não acionou o Ministério Público, a Polícia Federal, não veio a público denunciar, não fez live para isso. Bolsonaro queria apenas atacar a Venezuela quando acusou as crianças venezuelanas de venderem seus corpos.

É um crime sórdido, vil, que não é a proibição do TSE de vincular o que ele próprio disse, que reduzirá o horror, principalmente das mulheres com esse monstro que se encontra na cadeira da presidência e ainda quer se reeleger.

A essa altura dos fatos, a própria sociedade já tem o juízo de valor daquela podridão saída da boca de esgoto de Bolsonaro.

Nenhum jornalista sério admite essa avaliação dúbia do TSE, que protege o agressor e não providencia um abrigo para as crianças vítimas de sua calúnia e difamação

Essa história macabra certamente provocará muito mais indignação na opinião pública que estenderá esse assunto nas redes e nas ruas até que o culpado dessa calúnia pague por esse crime horrendo.

Não adianta esse idiota aparecer no debate com um papelzinho dizendo que o TSE entendeu que sua fala foi tirada de contexto, pois a fala é nua e crua. A população tem capacidade suficiente de discernir o que de fato Bolsonaro disse, que certamente lhe custará caro nas urnas.

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Lula a Bolsonaro: “Você é o rei da estupidez e das fake news”

Não resta a menor dúvida sobre a superioridade de Lula no debate. Ele foi muito bem no início e seguiu muito bem durante os demais blocos. Fez várias perguntas a Bolsonaro que não respondeu, por não saber responder, sobre a educação, por exemplo.

Lula, durante praticamente todo o debate, deixou claro o quanto Bolsonaro estava mentindo e mente diariamente.

O ex-presidente Lula chamou o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro de ‘rei da estupidez’ e das ‘fake news’ após fala do mandatário sobre a condução de políticas públicas de combate à pandemia da Covid-19 no Brasil, durante o debate com os presidenciáveis na Band, neste domingo (16).

A verdade é que Lula tem muito a mostrar e Bolsonaro, nada.

Sobre a pandemia, Lula jogou a verdade na cara de Bolsonaro, dizendo que, por culpa dele, morreram ao menos 400 mil pessoas e que ele jamais visitou uma família que perdeu um ente querido para a covid. “Você mentiu sobre a vacina o tempo inteiro, negligenciou a vacina, e o Brasil hoje carrega a pecha de ser o país que tem mais mortes por Covid-19”, disse.

Lula ainda fez críticas sobre a falta de empatia de Bolsonaro com as vítimas da Covid. “O senhor sequer se dignou a visitar uma família que teve alguém que morreu de Covid-19. E depois, só para mostrar que é bonzinho,foi ao enterro da rainha da Inglaterra [Elizabeth II], quando poderia ter visitado centenas de familiares de pessoas que morreram por Covid-19”.

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Bolsonaro recebeu apoio de Gabriel Monteiro, réu por sexo com adolescente

Que Deus te abençoe! Escreve Gabriel Monteiro em apoio ao pedófilo Bolsonaro.

Amigo é amigo e vem logo correndo para dar as mãos salvadoras enfeitadas de pureza.

O comentário leitoso de Gabriel Monteiro diz tudo sobre as pegadas de bandidos que ficaram nus diante de suas hipocrisias.

Gabriel Monteiro, cassado, impedido de se candidatar e réu por sexo com adolescente, defendendo Bolsonaro, merece nota.

Mais do que próximos, vizinhos de atitudes pessoais contra adolescentes e crianças, os dois animais domésticos se entrelaçaram em perfeita harmonia, colocando Deus no foco, como é comum nessa religiosidade arrotada por bandidos.

O nome disso não é solidariedade, a coisa tem outro nome, formação de quadrilha de pedófilos.

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Propaganda eleitoral do PT: Bolsonaro pedófilo

PT usa um trecho pequeno de uma longa e criminosa declaração de Bolsonaro, que não tem outra saída que não seja a de acusá-lo de pedofilia. Não tem como sair dessa enrascada depois da frase dita por ele próprio, “pintou um clima”. Vejam o vídeo.

Assista

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Delegado da PF crítico do PT votará em Lula pela democracia e pelo combate à corrupção

Jorge Pontes, que escreveu livro sobre casos de corrupção nos governos petistas, declarou voto em Lula no segundo turno.

O delegado da Polícia Federal Jorge Pontes, um dos autores do livro “Crime.Gov”, que narra uma série de casos de corrupção nos governos petistas, decidiu votar em Lula neste segundo turno. Em texto exclusivo para a coluna, Pontes descreveu sua escolha como uma decisão “humanística”, em defesa da democracia e contra o desmonte do sistema de combate à corrupção empreendido por Jair Bolsonaro.

“Bolsonaro, que se elegeu na onda moralizatória do combate à essa macrocriminalidade, acabou atuando como o próprio coveiro da Operação Lava Jato, criando um ambiente que a enfraqueceu e a sufocou”, escreveu Pontes, lembrando as trocas de diretores-gerais da PF, a escolha de Augusto Aras e dos ministros do STF Kassio Nunes Marques e André Mendonça.

“Trata-se de um grande retrocesso, isto é, uma sofisticação em relação aos esquemas do mensalão e petrolão, pois garantem a compra de apoio parlamentar, mas com a possibilidade de blindagem total do presidente”, afirmou.

Muitos leitores, amigos e colegas de profissão têm me perguntado como me posicionarei no 30 de outubro, mormente pelo fato de ter sido, junto com o delegado da PF Marcio Anselmo, um dos autores da “tese” da criminalidade institucionalizada, que foi esquadrinhada no nosso “Crime.Gov — quando corrupção e governo se misturam”, obra que aborda inúmeros fatos que envolveram governos do PT, com limite temporal em 2018, e que foi publicada ainda nos primeiros meses de 2019, com o selo da editora Objetiva.

Pois bem, importante colocar que nesse pleito, mais do que em qualquer outro, preponderam — sobre o combate à corrupção — outros temas ainda mais relevantes, como a manutenção das nossas instituições democráticas, o respeito absoluto às cláusulas pétreas da nossa Constituição Federal, enfim, à própria defesa do Estado de direito.

E, no campo das ameaças, o candidato Jair Bolsonaro vem se superando. Além da cooptação política de militares e PMs da ativa — somado ao ingrediente perigoso das milícias — o presidente não se cansa de afirmar, sem meias palavras, que ambiciona uma ruptura institucional, para a qual arrastaria as Forças Armadas, em uma aventura golpista cujo desfecho não podemos imaginar. A prova cabal do risco que corremos com o atual presidente

foi o seu último delírio, ao mencionar que cogita uma mudança na composição do Supremo Tribunal Federal, que foi exatamente um dos expedientes operados desastrosamente por Hugo Chávez na Venezuela. Essa foi, sem sombras de dúvidas, a mais grave ameaça perpetrada contra a democracia brasileira desde a promulgação da Carta de 1988.

Como enfatizamos, o clash final dos dois candidatos envolve elementos que transcendem em muito a questão da corrupção, como a própria defesa da democracia, cuja manutenção acaba (também) permeando a capacidade do Estado de enfrentar tais delitos. Até porque as autocracias e os Estados totalitários definitivamente não enfrentam crimes cometidos por atores poderosos e nucleares.

E Bolsonaro, que se elegeu na onda moralizatória do combate à essa macrocriminalidade, acabou atuando como o próprio coveiro da Operação Lava Jato, criando um ambiente que a enfraqueceu e a sufocou. O presidente interferiu inúmeras vezes na Polícia Federal, trocando cinco diretores-gerais e afastando dezenas de investigadores. Escolheu um péssimo procurador-geral da República, fora da lista tríplice do MPF, e ainda fez duas escolhas sofríveis para o Supremo Tribunal Federal.

E não parou por aí, pois vemos o orçamento secreto — aprovado sob os auspícios de Bolsonaro — como a quintessência da institucionalização da corrupção. Trata-se de um grande retrocesso, isto é, uma sofisticação em relação aos esquemas do mensalão e petrolão, pois garantem a compra de apoio parlamentar, mas com a possibilidade de blindagem total do presidente. A corrupção pode — e até deve — ser detectada na ponta, mas esse modelo conseguiu dar abrigo justamente a quem vai lucrar com a venda do apoio parlamentar, que é o chefe do Executivo.

O orçamento secreto

foi um avanço das estruturas e plataformas que se locupletam com dinheiro público e pode ser considerado praticamente a “legalização dos desvios de recursos”. Não tardará a constar, nos livros que estudam corrupção e o crime institucionalizado, como um case exemplar.

Por outro turno, os governos do PT, em que pese terem sido “gestores” dos esquemas do mensalão e petrolão, nunca sequer ensaiaram trocar o diretor-geral da PF, que teve tranquilidade e autonomia para desenvolver a Lava Jato, que alvejou de forma estrutural a elite política do país, atingindo partidos de todas as matizes ideológicas, principalmente os que davam sustentação ao governo.

E como se ainda não bastassem todos esses pontos, o presidente foi desastroso no enfrentamento à pandemia do Covid-19, atrasando a compra de vacinas e não demonstrando nenhuma sensibilidade ou empatia pela dor e sofrimento das quase 700 mil vidas ceifadas pelo vírus. E também foi extremamente lesivo ao desmontar deliberadamente as estruturas de combate e fiscalização dos delitos ambientais na Amazônia, pondo em risco sua cobertura florestal e sua fauna, e acentuando a condição

do Brasil de pária internacional, ao aprofundar a degradação ambiental naquela região, que recebe atenção especial de todo o planeta.

Desta feita, derrotar Bolsonaro nas urnas não é mais uma questão de natureza política ou ideológica, mas uma decisão sobretudo humanística.

Enfim, muitos dos votos que estão indo para Lula são, em realidade, votos para a democracia. Por isso, personalidades publicamente críticas ao PT, como é inclusive o meu caso, estamos declarando apoio nesse sentido.”

*Com Metrópoles

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