Mês: outubro 2022

Vídeos: Roberto Jefferson troca tiros com a polícia e uma agente é baleada

Um agente da PF do Rio de Janeiro foi baleado em frente a casa do ex-parlamentar.

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), apoiador de Bolsonaro, trocou tiros com a Polícia Federal (PF) neste domingo (24) durante o cumprimento de mandado de prisão do petebista. Um agente da PF do Rio de Janeiro foi baleado em frente a casa do ex-parlamentar.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou prender o ex-parlamentar, investigado pela participação em milícias digitais. O petebista também fez ataques contra a ministra do TSE Cármen Lúcia.

*Com 247

Estadão, como já era esperado, acende vela para Deus e para o Diabo

Estadão, como já era esperado, acende vela para Deus e para o Diabo.

Se assim faz, reforça a moral dos imorais, dos indecentes, numa falsa balança que, na verdade, pesa a favor de Bolsonaro contra Lula.

Para começo de conversa, não há luva de pelica possível que traga uma geografia em que Bolsonaro é vendido como um mero representante da extrema direita tropical, quando, na realidade, Bolsonaro faz parte do submundo do crime carioca, utiliza de um discurso de violência e intolerância da extrema direita para abarcar a maior parte possível de eleitores que sempre foram ligados à direita tucana, principalmente porque hoje não existe mais.

Bolsonaro faz o mesmo com a dita pauta de costumes ou morais, em nome da família, da religião e do conservadorismo, o que não deixa de ser uma gigantesca piada, quando, examinando os preceitos cristãos, bíblicos, Bolsonaro é um anticristo, que se une a pastores charlatães neopentecostais que fazem da fé alheia o segredo do Midas.

Bolsonaro, quando fala de família, pergunta-se qual?, já que ele trocou de mulher e de família três vezes como quem troca de roupa, com um adendo, agressão física a ex-mulher, Ana Cristina Valle, ameaçando-a de morte, o que a obrigou a sair do país junto com o filho, Jair Renan.

Sua fala recente “pintou um clima”, ao se referir às meninas venezuelanas, mostra que família é essa, além de classificá-las como “prostitutas”, certamente para justificar seu assédio.

Essa é a família tradicional. A mesma piada se dá no campo tido como conservador na economia, que perdeu a pose, quebrou o verniz e foi para a esbórnia da gastança, utilizando os cofres públicos para sustentar o apetite e a corrupção do centrão, para quem cantava, junto com Heleno, “se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão”.

Isso é o exemplo de como  camaleônico vive de discurso de ocasião, um tremendo malandro agulha. Isso nada tem a ver com extrema direita, mas sim com o Estado paralelo que as milícias cariocas representam.

Lógico, isso envolve o próprio rei da República, que faz o papel de monarca do centrão, o rei Arthur Lira, que tem na mesma corte peso alto, Ciro Nogueira e Valdemar da Costa Netto, somados a acessórios morais e outros dejetos políticos como Roberto Jefferson e a geleia formada por pastores lobistas, milicianos e outros Barrabares dessa santidade armada por um sujeito que, certamente, é o mais imoral dos brasileiros sob qualquer atividade humana no Brasil atual.

É esse troço que o Estadão, que o Estadão coloca com a mesma medida de Lula

O problema é que o Estadão ainda se sente no dever de entregar a encomenda para a falecida direita brasileira quando esta terceirizou para a grande mídia, a oposição aos governos Lula e Dilma. No mesmo editorial, as carpideiras do jornal, estão de joelhos na lápide do finado PSDB, clamando pela ressurreição do furúnculo neoliberal que foi enterrado com a saída de FHC em 2002.

Depois de tudo o que Bolsonaro fez, o Estadão passa mensagem com o requentado argumento maroto, que Lula e Bolsonaro são faces diferentes de uma mesma moeda.

O fato é que, como se diz por aí, Bolsonaro não vale o que o gato enterra, porque entrega a joia da coroa, ou seja, a pasta da economia, a um neoliberal inescrupuloso que tem pronto um projeto que vazou pela própria grande mídia de sequestro do salário dos trabalhadores, aposentados e pensionistas, desvinculando a inflação da reposição de seus vencimentos.

Ou seja, uma tragédia anunciada e aplaudida pelo Estadão que, no mesmo jornalão, em outra matéria, mostra a esbórnia econômica promovida por Bolsonaro e Guedes para tentar a reeleição, com o orçamento secreto do centrão e auxílios eleitorais que sugará do pescoço suculento dos trabalhadores, aposentados e pensionistas, o sangue que cobrirá o rombo deixado pela milícia de Rio das Pedras instalada no Palácio do Planalto.

Na verdade, a mídia, que foi esbofeteada com a fala despudorada do seu herói de barro, extraído do esgoto moral desse país, Sergio Moro, aceita tudo, contanto que a agiotagem, que os banqueiros e rentistas sigam ganhando rios de direitos, como ganham com Bolsonaro, enquanto o país é devolvido ao mapa da fome com 33 milhões vivendo na mais absoluta miséria.

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O que acontecerá com Bolsonaro por ter chamado as crianças venezuelanas de “prostitutas”?

Aonde foi parar nossa capacidade de indignação diante da monstruosidade de Bolsonaro ter se referido inúmeras vezes às crianças venezuelanas como “prostitutas”?

Ele tem esse direito? Não responderá judicialmente por isso? O Brasil virou terra de ninguém em que o presidente da República insulta, de forma leviana, sabendo que é leviana, crianças numa difamação criminosa, para felicidade dos bolsonaristas e, no dia seguinte, isso é dado como página virada, como se classificar crianças como prostitutas fosse a coisa mais normal do mundo.

A frase “pintou um clima” é criminosa, típica de pedófilos, mas a difamação que Bolsonaro, de maneira venal, imputou a essas crianças, marcará as suas vidas para sempre e de forma profunda.

Desde que Bolsonaro expôs essas meninas, elas não tiveram mais coragem de voltar à escola.

A mídia parece não se importar com essa monstruosidade quando, na verdade, deveria ocupar as manchetes dos principais jornais, da imprensa escrita ou falada. Mas nada foi dito sobre essa barbárie cometida por quem está no comando do mais alto posto da República.

Nada é mais urgente que impedir que Bolsonaro saia dessa à francesa. Foram inúmeras as vezes, em momentos e locais diferentes, que ele se referiu às crianças venezuelanas. O congresso e o judiciário se calaram.

Vejam bem, não é uma acusação subjetiva, essa covardia é carregada de despolimento, é crua, cruel, seca e perversa. Mas parece que está sendo tratada de forma lateral como se fosse corriqueiro e generalizado no país, coisa que não é, sobretudo vindo da maior autoridade da nação.

Era para despertar a ira da sociedade, das redações, de todos os jornalistas e vomitar esse lixo até ele explodir a cadeira da presidência, porém, tudo indica que isso não dará em nada como se fosse uma guerra política de um presidente da República contra crianças venezuelanas.

Então, pergunta-se, até quando? Até quanto? Tudo isso será permitido pelo fato de ser Bolsonaro. Sim, porque esse é o único e exclusivo motivo pelo qual ele não paga por seus crimes mais vis.

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Vídeo: Simone Tebet disse o que tinha que ser dito, o presidente cometeu crime de pedofilia

Aos poucos, as pessoas vão se dando conta de toda a gravidade contida na fala nojenta de Bolsonaro, de que “pintou um clima” entre ele e as crianças venezuelanas, num claro comportamento de um pedófilo.

Mas não para aí. Por inúmeras vezes, repetindo a mesma história, Bolsonaro fez questão de desumanizá-las sabendo que era mentira.

Por que ele fez questão de manter esse comportamento de desqualificá-las? O que ele queria justificar? Esse é um comportamento clássico de um pedófilo, que desumaniza uma  criança para, em seguida, abusar.

Por isso, em várias entrevistas ou falas espontâneas, ele insistiu em chamá-las de prostitutas, como se fossem lixo humana, como se elas merecessem o maior desprezo humano como, por exemplo, o assédio.

A fala pública de Simone Tebet foi perfeita e corajosa, colocando literalmente os pingos no Is, classificando o presidente da República como criminoso e pedófilo.

Quando Bolsonaro disse que pintou um clima, é crime. É mais do que isso, é pedofilia. E lugar de pedófilo é na cadeia. Eu não tenho medo. Já chamei o presidente de covarde e não tenho medo de dizer que ele cometeu um crime.

https://twitter.com/simonetebetbr/status/1583544097205194753?s=20&t=5nJ3I3ZW7Bl_Go3bhBtFrQ

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A irritação de Bolsonaro com Zema

De olho na expressiva votação de Romeu Zema, Jair Bolsonaro deixou para trás a mágoa pelo fato de o governador de Minas Gerais não ter feito campanha aberta para o presidente no primeiro turno e depositou seu futuro nas mãos do mineiro nesse segundo turno. O estado é uma das apostas na corrida presidencial, segundo coluna de Lauro Jardim.

Porém, na primeira missão dada a Zema – a de reunir um número expressivo de prefeitos do norte de Minas para um encontro com Bolsonaro, em Montes Claros, o governador falhou.

O norte de Minas historicamente reúne a maior concentração de eleitores de Lula no estado. Derrotado na região ao final da apuração do primeiro turno, Bolsonaro encomendou a Zema um grande evento na região. E impôs uma condição: antes de subir no palanque para o comício, gostaria de se reunir, a portas fechadas, com o maior número de prefeitos possível para reforçar a necessidade empenho.

Zema então iniciou uma série telefonemas e chegou a gravar um vídeo convocando os prefeitos para o encontro. O esforço foi em vão. Pelo telefone, prefeitos relataram que não teriam como atender o governador sob o risco de comprometerem sua reeleição daqui a dois anos, uma vez que Lula mantém forte influência nos seus municípios.

Ao se deparar com um auditório esvaziado, Bolsonaro não escondeu a irritação e deixou o encontro no norte de Minas sem cumprir a previsão de falar com a imprensa.

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Declarações de Bolsonaro sobre adolescentes da Venezuela transformam a campanha em depravação eleitoral

Istoé – Declarações de Bolsonaro que associam refugiadas adolescentes da Venezuela à prostituição causam uma crise em sua campanha e são exploradas por Lula. Especialistas apontam que associar temas como sexualidade e política, uma prática que ocorre desde o início do atual governo, é uma tática comum em regimes totalitários.

Seguindo à risca a cartilha do autoritarismo, Jair Bolsonaro transformou a difusão do medo em uma de suas mais eficazes armas para se perpetuar no poder. Balizado pela estratégia, durante a campanha, deixou de lado a discussão sobre programas de governo, impulsionou a paranoia sobre o “fantasma” do socialismo e tenta acuar o eleitorado ao repetir incessantemente que, se optar por Lula, o Brasil corre o risco de submergir em uma crise semelhante àquela que assola a Venezuela.

A retórica não tem qualquer fundo de verdade: em 13 anos de governo, o PT não tentou replicar aqui os regimes ditatoriais de países como Cuba, Venezuela e Nicarágua, apesar dos repetidos elogios de Lula aos seus ditadores. Como os delírios do capitão não encontram guarida na realidade, ele opta pela mentira e aposta alto na estigmatização de cidadãos que buscam em solo brasileiro a construção de novos — e mais felizes — capítulos de suas histórias. Em meio à sórdida estratégia eleitoral, nenhum episódio exemplifica melhor a mesquinhez de Bolsonaro do que a falsa acusação de que, após fugirem do regime Nicolás Maduro, meninas venezuelanas, refugiadas em São Sebastião, área carente do Distrito Federal, se prostituem para “ganhar a vida”.

FATO O presidente visitou meninas venezuelanas refugiadas no Brasil, no dia 10 de abril de 2021, um sábado, no bairro de São Sebastião, na periferia do DF, acompanhado pelo general Luiz Eduardo Ramos, na época ministro-chefe da Casa Civil
FAKE Bolsonaro em entrevista ao blog Paparazzo Rubro-Negro, na sexta-feira, 14, chocou o País ao contar uma versão libidinosa sobre a visita à casa de meninas venezuelanas

O caso ganhou repercussão no dia 14, quando, no podcast do canal Paparazzo Rubro-Negro, no afã de popularizar suas mentiras, Bolsonaro declarou que “pintou um clima” ao avistar “umas menininhas bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas” de uma comunidade e contou que entrou na casa delas para checar o que estavam fazendo, sugerindo que as jovens haviam se embelezado para fazer programas. As “suspeitas” do presidente, que nem sequer foram comunicadas às autoridades competentes, logo foram desmentidas.

O Instituto Migrações e Direitos Humanos, que atua há mais de 20 anos junto a pessoas migrantes e refugiadas, esclareceu nunca ter identificado “indícios de redes de prostituição ou de exploração sexual infantil” das venezuelanas. Vinte e uma organizações da sociedade civil, incluindo a Conectas, acrescentaram que ele “promove desinformação sobre a comunidade venezuelana do Distrito Federal”.

Além disso, uma cabeleireira que estava no local da visita de Bolsonaro esclareceu ao portal UOL que, naquele dia, a garagem era palco de uma ação social para a oferta de serviços de salão de beleza às meninas. “O dia que a gente foi lá, foi só para arrumar as meninas [venezuelanas] e fazer o treinamento. Não tinha nada disso não [prostituição]. Achei elas muito responsáveis”, explicou Lu Silva. “Ele [Bolsonaro] só entrou, saiu, fez um debatezinho, falou mal da Venezuela, dizendo que as meninas estavam aqui, sendo bem acolhidas, só isso”, emendou.

A sequência de falsas acusações de Bolsonaro é apenas um dos traços problemáticos da declaração — que, aliás, foi verbalizada pelo menos em três situações distintas. O uso da expressão “pintou um clima”, tradicionalmente empregada em contextos libidinosos, chocou internautas porque foi sacada pelo presidente para se referir a adolescentes. Na internet, após a divulgação do vídeo, usuários levaram aos assuntos mais comentados do Twitter hashtags como “Bolsonaro pervertido” e “pintou um clima?”. O estardalhaço foi tão grande que, em uma medida desesperada, o QG do capitão rapidamente pagou mais de R$ 160 mil por anúncios no Google com a frase “Bolsonaro não é pedófilo”.

Entidades não deixaram o caso passar em branco. O Fórum Nacional de Conselhos e Comitês Estaduais para Refugiados, Apátridas e Migrantes divulgou nota em que aponta que “qualquer ‘clima’, com conotação sexual, envolvendo criança e adolescente, é uma violação de direitos fundamentais”. A entidade acrescentou que o assunto não pode ser explorado por conveniência política, uma vez que se trata de uma pauta séria e os dados são preocupantes: estudos acadêmicos indicam que uma em cada cinco refugiadas já sofreu violência sexual, e o Brasil ocupa a segunda colocação no ranking mundial de exploração sexual.

Gestão de danos

A péssima repercussão resultou na mobilização de uma força-tarefa no QG de Bolsonaro para a contenção de danos eleitorais. Escaladas como bombeiras, Michelle Bolsonaro e Damares Alves, que têm viajado o País em campanha, se apressaram em sair em defesa do capitão. No domingo, em um evento em Aracaju (SE), a primeira-dama declarou que o marido “tem mania” de recorrer à frase “se pintar um clima”, que usa de forma corriqueira, na tentativa de blindá-lo de acusações sobre o cunho sexual da expressão. O jornal O Estado de S.Paulo, porém, contabilizou que, em 128 lives gravadas entre 2019 e 2022, o presidente jamais recorreu à sentença. A ex-ministra dos Direitos Humanos, por sua vez, usou as redes sociais para dizer que estava embarcando do Nordeste rumo a Brasília para “dar uma resposta à altura” das críticas. “Quando Bolsonaro me levou para ser ministra, a ordem foi: ‘Vamos enfrentar a pedofilia, a exploração sexual de crianças e adolescentes’. Aguardem, mentirosos, que nos medem pela régua de vocês”, esbravejou.

“Se as minhas palavras, que, por má-fé, foram tiradas de contexto, de alguma forma foram mal entendidas ou provocaram algum constrangimento às nossas
irmãs venezuelanas, peço desculpas” Jair Bolsonaro, presidente da República

As duas não se movimentaram apenas publicamente. Nos bastidores, articularam uma conversa a sós com lideranças comunitárias ligadas às famílias venezuelanas, com o plano de fazê-las posar em frente às câmeras, fosse para uma fotografia ou um vídeo, a fim de transmitir um clima de “perdão” e “normalidade”. O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência e a Secretaria de Comunicação chegaram a fazer uma varredura em São Sebastião, mas as imigrantes, receosas quanto à exposição e aos desdobramentos do caso, resistiram ao encontro. Cederam somente no final da noite de domingo, quando entrou em cena a embaixadora do governo de Juan Guaidó em Brasília e aliada do Planalto María Teresa Belandria. A conversa, então, acabou agendada para a tarde de segunda-feira.

Segundo apurou a ISTOÉ, o encontro aconteceu em um imóvel ligado a Manoel Arruda, suplente de Damares Alves e presidente do União Brasil no DF — ele é, também, ex-assessor especial do Ministério da Justiça e Segurança Pública, órgão que cuida dos processos de imigração no País. O tête-à-tête ocorreu a portas fechadas, sem a presença de instituições de defesa dos direitos humanos ou de assistência aos migrantes e refugiados na capital e sem captação de imagem e voz. Na conversa, conforme relatos feitos à reportagem, Michelle e Damares repetiram diversas vezes que houve um “mal-entendido” e afirmaram que Bolsonaro jamais quis imputar às jovens a pecha de prostitutas — àquela altura, ainda não havia sido divulgada outra gravação em que o presidente diz, com todas as letras, que as adolescentes faziam “programas”. Apesar das explicações, as venezuelanas negaram-se a gravar vídeos para ajudar a desfazer o mal-estar gerado. Ao contrário, pediram uma retratação pública.

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa, o deputado distrital Fábio Félix (PSOL), que acompanha o caso, afirmou que sua equipe estuda se há brecha legal para defender a investigação de Michelle e Damares por abuso de autoridade, porque, embora as duas não ocupem cargos públicos, valeram-se da influência que exercem pela conexão com o Planalto para persuadir as venezuelanas a ouvirem-nas. “Acho que foi uma violência. Um convite a imigrantes feito por uma primeira-dama, junto a uma senadora eleita, é quase uma convocação. Elas, que estão construindo a vida fora de seu país, acabam, obviamente, se sentindo intimidadas”, comenta.

“O comportamento do Bolsonaro agora, no caso das meninas da Venezuela, é o comportamento de um pedófilo. E por isso é que ele ficou apavorado e tentou se explicar o mais rápido possível” Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à Presidência.

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The Guardian: Traficantes preferem reeleição de Bolsonaro por facilitar acesso às armas

“A vida tem sido mais fácil com Bolsonaro. É mais fácil conseguir armas. Mais fácil conseguir munição”, comentou um traficante.

Nesta sexta-feira (21), o jornal britânico The Guardian publicou texto do jornalista Tom Phillips que relata a preferência de criminosos do Rio de Janeiro pela reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o relato, um traficante de armas disse que Bolsonaro facilitou acesso às armas, referindo-se aos CAC’s (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). O traficante conta que 60% das armas utilizadas hoje no crime são de CAC’s e, inclusive, revelou que teria uma delas em seu carro.

Os relatos são de uma conversa entre um traficante de maconha, um ladrão de banco e um traficante de armas.

“A vida tem sido mais fácil com Bolsonaro. É mais fácil conseguir armas. É mais fácil conseguir munição”, comentou o traficante de armas com os outros dois criminosos.

No entanto, a divisão de opiniões também se impõe na conversa entre os criminosos citados no The Guardian.

Ao mesmo tempo em que preferem a continuidade de Bolsonaro no poder, por conta das facilidades em obter armas e munições, o traficante, por exemplo, se demonstra preocupado com a pobreza agravada pelo governo Bolsonaro e o dia a dia da comunidade à sua volta. “Lula pode roubar – mas pelo menos ele coloca comida no prato das pessoas”, disse. “Para mim e minha família, Bolsonaro é melhor. Mas e as minhas raízes? E as crianças por aqui?”, indagou, “apontando para a favela carente ao seu redor”, reportou Phillips.

As críticas a Lula aparecem com “corrupção” e “comunismo”, palavras repetidas por adversários políticos em campanhas de desinformação. Um dos criminosos se informa pela Jovem Pan, conhecida por disseminar desinformação em sua programação.

O cientista político Felipe Nunes, diretor do instituto de pesquisas Quaest, entrevistado para a matéria, disse que o debate dos criminosos é um retrato fiel do Brasil: uma eleição que colocou brasileiros contra brasileiros, como nunca antes.

*Com GGN

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Como virei quatro votos para Lula em 30 minutos

Estou que é puro entusiasmo, porque ontem à noite, antes de dormir pensei que tinha que fazer algo objetivo para virar votos para Lula.

Hoje, pela manhã, a solução apareceu de estalão. Vendo um funcionário do supermercado explicando para o colega o que aconteceria com seu salário se Bolsonaro vencesse, já que tanto Bolsonaro quanto Guedes confessaram que vão desindexar o salário dos trabalhadores, aposentados e pensionistas da inflação, ou  seja, como ele vai acabar com a renda de milhões de brasileiros.

Pois bem, entrei no assunto e reforcei a fala, e o rapaz resolveu abandonar Bolsonaro e votar em Lula.

Mas não posso atribuir a mim essa vitória, mas sim ao funcionário consciente e munido da responsabilidade de avisar aos seus colegas sobre a bomba que cairia sobre cada um se Bolsonaro obtivesse vitória.

Imediatamente, senti necessidade de fazer o mesmo naquele local. Então, como quem não quer nada, puxei assunto com um senhor que estava ao meu lado, na banca de frutas em que a banana d’água está sendo vendida a R$ 9. Reclamei do preço e disse que, com o segundo aumento da gasolina, na segunda-feira a coisa estará pior para quem for ao supermercado.

Arrematei, imagina Bolsonaro ganhando a eleição e desindexando o salário dos trabalhadores, e o vencimento dos aposentados e pensionistas da inflação. Ele retrucou, Bolsonaro já explicou que isso não mudará nada. Respondi… Se não mudará, por que desindexar? E concluí… Ele está deixando um rombo de mais de R$ 300 bilhões gastos com questões eleitorais. Alguém vai ter que pagar isso. Bolsonaro e Guedes escolheram para pagar esse pato justamente com os trabalhadores, aposentados e pensionistas.

Ele parou uns 3 segundos e disse… Você tem razão, no Bolsonaro eu não voto mais. Continuei… Com Lula tanto trabalhadores, quanto aposentados e pensionistas tiveram aumento significativo em seus vencimentos durante todo o seu governo. Resposta dele… É, terei que votar em Lula.

As outras viradas de voto foram mais simples, mas com a mesma linha argumentativa. Funcionou 100%.

Então, impus-me uma meta, a de virar uns cem votos de Bolsonaro para Lula até o dia 30, e vou cumprir à risca.

Nenhum voto a menos para Lula.

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Governo Bolsonaro corta 87% de doação de leite a famílias na miséria no Nordeste e MG

Uma das principais ações do governo federal no combate à fome no interior nordestino e de Minas Gerais, a distribuição de leite às famílias em extrema pobreza pelo programa Alimenta Brasil (antigo PAA, Programa de Aquisição de Alimentos) foi drasticamente reduzida em 2022. Entre janeiro e agosto, o total de litros distribuídos caiu 87% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Segundo Carlos Madero, Uol, distribuição de leite dentro do programa Alimenta Brasil é executada apenas no território da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), que abrange os nove estados da região Nordeste e o norte e nordeste de Minas Gerais.

A escolha dessa área ocorre pelo maior grau de insegurança alimentar. É na região da Sudene que estão 11 milhões —ou seja, mais da metade— dos 20 milhões de famílias que recebem o Auxílio Brasil.

O programa do leite, como é conhecido, é tradicional no Nordeste há pelo menos duas décadas e, segundo gestores, enfrenta hoje o seu maior desfinanciamento federal e a menor quantidade distribuída.

Em agosto deste ano, por exemplo, apenas 54 produtores venderam ao governo um total de 236 mil litros de leite. Para efeito de comparação, em outubro de 2021, eram 4.443 produtores leiteiros que venderam 5,9 milhões de litros de leite. Em janeiro deste ano, nenhum litro de leite foi comprado.

Entre 2011 e 2012, quando o programa atingiu o ápice, 28 mil produtores vendiam leite ao governo federal. Procurado pelo UOL, o Ministério da Cidadania não comentou os cortes.

Entre 2011 e 2012, quando o programa atingiu o ápice, 28 mil produtores vendiam leite ao governo federal. Procurado pelo UOL, o Ministério da Cidadania não comentou os cortes.

A queda fica clara quando vemos o orçamento investido: neste ano, até agosto, foram apenas R$ 7.453.265,22. O valor é menor, por exemplo, que o gasto em novembro de 2021, quando foram investidos R$ 13.192.481,34. Os dados completos de valores pagos, litros comprados e produtores beneficiados pode ser conferido no site do Ministério da Cidadania (veja aqui).

Critérios Segundo o Ministério da Cidadania, deveriam receber leite as famílias registradas no Cadastro Único, com prioridade àquelas que recebem o Auxílio Brasil. Cada família tem direito de receber até sete litros de leite por semana.

O número de famílias beneficiadas ao longo do programa não é informado já que ele funciona de forma tripartite: os estados assinam convênio com o Ministério da Cidadania e repassam os valores disponíveis para as fábricas ou cooperativas leiteiras que fazem a pasteurização do produto.

A queda também atinge os laticínios, já que cerca de 40% do orçamento é destinado ao pagamento do processo de pasteurização do leite —que pode ser feito pelas próprias cooperativas dos agricultores familiares ou laticínios privados.

Programa do Leite com embalagem e logotipo ainda do PT, na primeira década de 2000 - Arquivo/Governo de Alagoas - Arquivo/Governo de Alagoas

Cortes e fome

Para se adequar aos cortes, prefeituras e estados reduziram o número de famílias ou de volume distribuído e até mesmo pararam de fornecer o alimento neste ano, como no Ceará. Com isso, não só famílias foram afetadas. A merenda e até hospitais foram prejudicados.

“Era uma distribuição muito importante para várias famílias que necessitam do poder público. A gente aqui distribuía também às escolas para merenda e ao hospital”, conta Benedito de Paulo Neto, secretário de Agricultura do município de Mucambo (CE).

Segundo ele, a suspensão começou em fevereiro deste ano. “A gente usava o leite na merenda já para fazer um composto, como uma vitamina. Agora não temos mais e não sabemos quando vai voltar”, diz.

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Fogo tem sido arma usada por ruralistas para expulsar comunidades camponesas e indígenas

Em 2021, foram registrados 142 conflitos envolvendo o fogo criminoso em 132 comunidades, atingindo 37.596 famílias em todo país. Os dados vêm à tona a partir do levantamento da terceira fase do Dossiê Agro é Fogo, após lançamento realizado em Brasília, DF, durante este mês de outubro.

O documento, composto pelo relato de casos, e sistematização de artigos, demonstra que os incêndios vêm sendo utilizados como principal estratégia para a expulsão de comunidades tradicionais de seus territórios, para ampliar as principais fronteiras do agronegócio pelo país.

Os estados com maior número de conflitos por fogo foram Mato Grosso do Sul (26 ocorrências), Mato Grosso (22), Bahia (14) e Rondônia (10), que, juntos, concentram 50,7% dos casos. O Mato Grosso chegou a registrar mais de 7,4 mil km² de incêndios, área equivalente à cidade de São Paulo.

As principais vítimas deste tipo de conflito são os povos indígenas. No MT, das dez áreas protegidas mais desmatadas entre agosto de 2020 e julho de 2021, seis pertencem ao povo Xavante. Além destes, ribeirinhos, comunidades quilombolas, camponesas e famílias Sem Terra também são afetadas.

A maior parte dos conflitos envolvendo fogo no Brasil (54%) está localizado no Cerrado. Nas áreas da Amazônia Legal, que envolve nove estados do Brasil localizados na bacia Amazônica, 44% das comunidades sofreram com conflitos por incêndios.

Governo Bolsonaro aliado a ruralistas batem recorde de destruição

Desde o início do governo de Jair Bolsonaro (PL), o desmatamento no país atingiu cerca de 42 mil quilômetros quadrados de matas nativas, entre 2019 e 2021. O correspondente à área do estado do Rio de Janeiro. O desastre ambiental sem precedentes faz parte do Relatório Anual de Desmatamento no Brasil, divulgado este ano pelo Projeto MapBiomas.

O documento mostra também que no ano passado o desmate foi 20% maior que no ano anterior, indicando que o atual governo bateu recordes de destruição. A partir do levantamento foi possível constatar que a agropecuária foi responsável por 97% do desmatamento no país, o que causa destruição não somente ambiental, mas também que recai sobre a vida dos povos que vivem em tais regiões.

Além disso, o orçamento secreto nas mãos de ruralistas contribui para o crescimento de queimadas. Em 2021, o total de gastos com emendas destinadas ao orçamento secreto (R$ 10,79 bilhões) alcançou mais de quatro vezes os valores destinados ao Meio Ambiente.

“O descontrole das queimadas e do desmatamento é expressão do desmonte da política de fiscalização ambiental do atual governo, sendo esse desmonte do orçamento uma peça importante, mas não única”, apontou Alessandra Cardoso, em artigo publicado no Dossiê. O controle da máquina orçamentária por grupos que querem destruir o meio ambiente é fundamental para tornar a violência contra as comunidades tradicionais algo sistemático.

Nos últimos dois meses, pelo menos, quatro áreas ocupadas por famílias Sem Terra também foram alvos de incêndios

Casos de incêndio em áreas ocupadas por famílias Sem Terra foram registrados em Goiás, Tocantins, Bahia e Rio de Janeiro.

No último mês de agosto, um incêndio destruiu casas, plantações, sistemas de irrigação e a rede elétrica no Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Osvaldo de Oliveira, localizado em Macaé, Rio de Janeiro. Mais de 60 famílias vivem no local, ocupando uma área de mais de 1,6 mil hectares, que ficou destruída pelas chamas que se alastraram rapidamente devido à seca e aos fortes ventos na região.

Não se sabe ao certo a origem do fogo, investigações seguem em curso. Porém, as famílias denunciam que o retardo dos bombeiros em atender as famílias durante o incêndio ampliou os estragos de sua destruição.

Ao mesmo tempo em que denunciam a falta de infraestrutura das estradas que facilitam acesso ao local, agregado a delonga da construção de casas de alvenaria previstas no projeto de desenvolvimento da área, foram agravantes de risco e destruição, já que o fogo sob os barracos minaram as chances de salvaguarda das moradias.

Em 12 de setembro deste ano, as 280 famílias do acampamento Dom Tomás Balduíno, em Formosa, Goiás, foram vítimas de um incêndio que atingiu suas casas, quintais produtivos, roçados e até a barraca de uma Igreja evangélica da comunidade. De acordo com as famílias, o ataque está ligado a fazendeiros da região, que estão insatisfeitos com a presença delas na área.

Mata atingida por queimada em GO Foto: Pablo Vergara

Há inclusive, segundo relatos, uma estratégia de ação bem definida. Primeiro, os fazendeiros fazem a derrubada das árvores maiores, de modo a formar montes de vegetação. Estes montes, chamados de “lerões” são queimados em seguida, dando origem aos incêndios.

No dia 1 de outubro, o acampamento Clodomir Santos de Morais, localizado em Ipueiras, Tocantins, foi atacado com fogo. O fogo, além de destruir as plantações das famílias agricultoras, também danificou parte da vegetação nativa. Foi a segunda vez que o acampamento sofreu ataques de incêndio em menos de um mês, sendo que o outro ocorreu em 21 de setembro.

Na última quarta-feira (12), mais de 20 pistoleiros atacaram o acampamento Antônio Maeiro, na Chapada Diamantina, Bahia. Os pistoleiros atearam fogo nas plantações e barracos, forçando as famílias a saírem de suas casas. O acampamento é referência na produção de alimentos sem veneno e as plantações foram todas dizimadas pelo ataque. As famílias foram agredidas e ameaçadas e tiveram que se refugiar na mata em torno do acampamento para não serem alvejadas.

*Foto destaque: Pablo Vergara

*Com DCM

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