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Sergio Moro, o herói marmota

Quando se diz que a Lava Jato foi a maior farsa jurídica do planeta, sabe-se que é um exagero, é colocar azeitona na empada de um provinciano transformado em cowboy pela Globo.

Sergio Moro é muito inferior à forma com que é tratado.

Essa imagem em destaque é seu retrato oficial. Na verdade, Moro traduziu como poucos a mediocridade do nosso sistema de justiça que não cabe nem adjetivo para explicar o que boa parte do judiciário representa.

A mídia criou um figurino para o sujeito e, junto, um dicionário com três palavras para que ele não se enrolasse e revelasse o jeca que sempre foi.

Na imagem, sua vaidade salta aos olhos justamente por mostrar o bocó característico com inteligência entre o boboca e o infantil. Mas é esse sujeito que foi considerado herói nacional pela classe dominante brasileira, tão corrupta quanto ele.

Moro, praticamente escreve, eu sou um bocó, um deslumbrado, no sentido mais cafona, bronco, boçal e bruto que a ignorância e a incultura podem produzir.

O tolo, que ainda tentou se vender com uma sofisticação fascista, com vestimenta toda preta, quebrou o verniz, sobretudo quando se transformou num político espalhafatoso, exageradamente ofensivo naquilo que a vulgaridade tem de mais ridículo.

Mas é para esse cafona, brega, chinfrim, matuto, que foi o dado o título de herói nacional por uma mídia tão rastaquera quanto o idiota ostentação.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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