A bandalha do governo militar de Bolsonaro assombra o planeta

Imagina um leitor dos EUA lendo, como leu sobre o Brasil, no Whasington Post, que comandante do exército norte-americano havia se associado aos trumpistas para promover atos terroristas nas sedes dos poderes daquele país.

Não dá sequer para pensar, mesmo o mais sábio dos engenhos conseguiria formular um plano que tivesse apoio dos militares contra a sua democracia.

E não me venham explicar bobagens sobre essa disciplina férrea que domina a filosofia das Forças Armadas americanas. Isso é matéria disciplinar primeira.

Como o norte-americano vai imaginar que ele, que paga pesados impostos para manter um pesadelo a cada dia, vai pensar que um soldado, que lhe custa um preço alto de trabalho, de sol a sol, pode apontar o dedo e as armas para quem lhe garante sustento e ainda ser condecorado por tal “heroísmo”?

A questão que não quer calar é, como brotou o bolsonarismo dentro de uma instituição que expulsou Bolsonaro por bandalha e terrorismo e, agora, o mesmo quer abalar a República, comandando, de Orlando, atos terroristas no Brasil a partir de acampamentos em território militar?

Agora, imagine um general dos EUA, negar ao Ministro da Justiça e ao Ministro da Defesa, acesso para que a polícia prendesse os golpistas logo após o ato.

É disso que se trata a crítica que se espalha pelo país sobre o comportamento dos oficiais ligados a Bolsonaro, que agiram para salvar os golpistas que vilipendiaram as sedes dos três poderes da República.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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