Mês: abril 2023

No Oriente, Lula “abalou Bangu”. Bolsonaro está em rota segura para ficar por lá

Luís Costa Pinto*

No Brasil, a esfuziante e pragmática agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China e aos Emirados Árabes só surpreendeu os recalcitrantes da oposição e da mídia conservadora (para não dizer “extremista de direita”) que insistem em fazer olhos cegos e ouvidos moucos à nada sutil mudança qualitativa operada na percepção da imagem e do papel do País nos diversos foros internacionais de decisão das políticas globais.

No exterior, sobretudo nos Estados Unidos, causou espécie a assertividade e a independência dos discursos do líder brasileiro sobre a necessidade de o mundo abandonar o padrão-dólar para as trocas comerciais internacionais entre blocos e Nações e adotar cestas de múltiplas moedas e acerca da urgência de união dos países e dos escassos estadistas vivos (ele mesmo e o Papa Francisco, por exemplo) em torno de um processo de construção da paz que ponha fim a conflitos como a guerra da Ucrânia.

Donald Trump, porta-voz e vanguarda da extrema-direita, e todos os veículos de mídia que ecoam as vozes imperiais do Mercado Financeiro Internacional como The Wall Street Journal, Washington Post e The Economist, tendo por aqui o jornal Folha de S Paulo como ventríloquo de suas teses pedestres e sabujas, ecoaram uma espécie de temor sem fundamentos de a viagem de Lula ter feito o “satélite” Brasil sair da órbita dos EUA para gravitar sob a atração imperialista da China. Tamanha bobagem desqualifica quem acredita nela. Porém, aqueles que a formulam sabem exatamente aonde querem chegar: na disseminação do medo interno, entre os brasileiros, de que estejamos nos desplugando do Ocidente velho conhecido para aderir ao Oriente que seria “incerto”.

O presidente Lula, em pouco mais de 100 dias de Governo, não só venceu um golpe de Estado (8/01) e restaurou o poder das instituições republicanas como retomou políticas públicas bem-sucedidas (Bolsa Família, Mais Médicos, Minha Casa, Minha Vida) e devolveu ao Brasil o papel e a dimensão de indutor de movimentos no tabuleiro estratégico internacional. Não é pouco: é demais, em pouquíssimo tempo. E isso, caríssim@s leitores, dir-se-ia se ainda vivêssemos sob o manto diáfano da Guerra Fria: abalou Bangu!

Em 2 de agosto de 1958, o arsenal do Exército localizado no bairro Deodoro, Zona Norte do Rio de Janeiro, foi destruído por um incêndio. As munições ali guardadas explodiram. Registraram-se centenas de mortos e feridos. O impacto das explosões foi sentido a quilômetros de distância do paiol, no bairro de Bangu. A imprensa da época não se cansou de registrar que a explosão “abalou Bangu”. Em 1999, uma telenovela da Rede Globo restaurou e eternizou a expressão ao fazer uma personagem suburbana usá-la de forma irônica para dizer que algo fazia sucesso em toda a cidade e, consequentemente, no Brasil.

O sucesso do périplo oriental do presidente Lula abalou o “Bangu” que vive inerte e imóvel no recesso da alma da mídia tradicional brasileira e nos políticos locais que carecem de visão sofisticada e de olhar com um campo de visão de 360º sobre o mundo. Na turma de fora, sobretudo dos EUA, acendeu o sinal de alerta para a dimensão global e independente do espírito da liderança brasileira. De volta ao Brasil, o Lula 3.0 ligou o motor de suas obsessões planetárias. Construir uma cesta de moedas global para sustentar o comércio internacional e restaurar a paz no Leste europeu são o dínamo dessa engrenagem.

E Jair Bolsonaro, o homúnculo abjeto que esteve à frente do mais ruinoso governo (ou desgoverno) da História da República no quadriênio 2019-2022 onde entra nesse artigo? Aqui, no pé (porque artigo não tem rodapé). A semana que passou, durante a qual o Ministério Público Eleitoral confirmou a certeza já formada dentro do Tribunal Superior Eleitoral de que Bolsonaro deve ser punido com a inelegibilidade já na primeira das 12 ações movidas contra ele com esse mesmo propósito, foi dura para as viúvas e os órfãos do bolsonarismo. O ex-presidente também viu crescerem as evidências de cometimento de crime, por parte dele, na tentativa de se apropriar indevidamente de jóias enviadas de forma esquisita e inapropriada pelo regime tirânico da Arábia Saudita para o “casal Bolsonaro”. Novos capítulos dessa desairosa trama novelesca dos crimes do bolsonarismo estarão em tela ao longo da semana. O presidente Lula, que voltou do Oriente com a envergadura de um gigante, contempla lá de cima os esgares de um Jair Bolsonaro que se esquiva da Justiça como um rato.

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Carlos Bolsonaro anuncia que deixará de comandar redes sociais do pai: ‘Tratado de modo que nem um rato mereceria’

Vereador disse que decisão foi tomada pensando numa nova fase da sua vida.

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) anunciou neste domingo que deixará de administrar as redes sociais do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele não disse quando irá deixar os perfis e afirmou que a decisão foi tomada pensando numa nova fase da sua vida, diz O Globo.

“Após mais de uma década à frente e ter criado as redes sociais de @jairbolsonaro, informo que muito em breve chegará o fim deste ciclo de vida VOLUNTARIADO. Pessoas ruins se dizem as tais e ganham muito com o suor dos outros que trabalham de verdade e isso não é exceção (sic) aqui”, anunciou, nas redes.

Apontado pelo próprio ex-presidente como um dos principais responsáveis por sua chegada ao Palácio do Planalto, Carlos Bolsonaro reclamou de um suposto tratamento que recebia, sem entrar em detalhes. Afirmou “ser tratado de modo que nem um rato mereceria” e que não acredita “mais no que me trouxe até aqui”.

“Difícil ficar sozinho anos e ser tratado de modo que nem um rato mereceria. Anos de muita satisfação pessoal e tenho certeza que de muita valia para pessoas boas e também às mais ingratas e sonsas”, escreveu.

Antes das eleições de 2018, Carlos já detinha a senha do Twitter de Bolsonaro, rede social em que o presidente é mais ativo e por meio da qual propagou a maior parte da narrativa que ajudou a elegê-lo chefe do Executivo federal. Ele administrou essa conta e e outras plataformas do pai, como o Instagram e o Facebook, nos últimos anos.

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A esquerda tem que parar de dar palco para um nada político como Bolsonaro

Tempos atrás, falei aqui que o bolsonarismo era uma vertigem e que acabaria quando Bolsonaro fosse chutado nas urnas. Cadê os bolsonaristas?

Bolsonaro não é, nunca foi, e nunca será uma liderança política, que fará de massa.

Se Bolsonaro fosse 1% do que a mídia criou em torno de seu nome, não perderia as eleições, mesmo comprando 60% dos votos e usando a máquina pública.

O que levou Bolsonaro ao poder em 2018, foi uma conjunção de fatores que nunca mais se repetirá. Nem aqui, nem na Cochinchina nem em lugar nenhum do mundo.

Nos quatro anos de governo, tudo em Bolsonaro foi falso, mentiroso e pérfido. Por isso virou um saco vazio depois que perdeu o poder.

Aonde foram parar os bajuladores fardados depois da derrota vexatória de Bolsonaro?

É preciso falar do anonimato instantâneo. É gigantesca a quantidade de celebridade instantânea que voltou ao nada depois da derrota de Bolsonaro, por exemplo, Augusto Nunes, Zé Maria sei lá do quê, Ana Paula do Vôlei, Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino, Lacombe, Caio Coppolla, Adriles Ninguém, JR Guzzo, e muitos outros famosos no mundo bolsonarista enquanto Bolsonaro mandava e desmandava nas instituições brasileiras, viraram pó de merda.

Essa gente toda fez mais uso de Bolsonaro que Bolsonaro dela. Oportunistas baratos que ganharam muita grana pública via Secom. Lógico que a queda brutal da Jovem Pan merece nota, mas isso será feito numa outra oportunidade.

Mas, cá pra nós, ver essa gente podre sumir do mapa com a derrocada do bolsonarismo artificial, não tem preço.

Se a direita vai tentar outro golpe?

Claro que vai. Como Temer e Bolsonaro chegariam ao poder sem golpe?

Daí achar que essas duas assombrações, que chegaram ao poder da forma mais suja, podem retornar, é delírio e até imprudência.

O Brasil tem um grande inimigo para enfrentar, um sabotador profissional bancado pela Faria Lima, chamado Campos Neto.

A esquerda tem que bater sem parar em Campos Neto por sequestrar nosso desenvolvimento com a agiotagem oficial do Banco Central.

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Appio reduz sigilo de inquérito sobre suposta agente infiltrada da PF

Conjur – O juiz Eduardo Appio, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, reduziu o sigilo de um inquérito da Polícia Federal que apurava se a contadora Meire Bomfim da Silva Poza atuava como “agente infiltrada” a serviço de investigadores da operação “lava jato” na capital paranaense.

Ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores da “lava jato”, Poza teria atuado como “infiltrada” para a Polícia Federal, conforme reportagem publicada pela revista CartaCapital em julho de 2018.

De acordo com a publicação, Poza mantinha contato direto com agentes da Polícia Federal em São Paulo. O objetivo seria esquematizar ações de busca e apreensão da operação, que teve início em março de 2014.

A decisão de Appio é da última quinta-feira (15/4). Nela, o juiz federal afirma que o inquérito foi arquivado há mais de um ano e que, por isso, não existe motivo para a manutenção do sigilo.

“Ante tais considerações, reduzo o nível de sigilo imposto ao presente inquérito na medida em que, já tendo sido devidamente arquivado (…), não se vislumbra qualquer providência adicional de investigação no presente momento”, disse o juiz, atual responsável pelos processos da “lava jato”.

“O Judiciário não pode se converter em um leal guardião dos segredos da República, especialmente quando envolvem potenciais e supostamente graves ilegalidades (segundo a portaria que início à investigação da PF)”, completou o juiz.

A investigação à qual Appio se refere foi aberta pela Polícia Federal para apurar a relação entre a contadora e o delegado da PF Marcio Anselmo. Na reportagem de 2018, a CartaCapital relatava que Poza e o delegado escolhiam quem seria alvo da operação e para qual jornal ou revista os vazamentos de detalhes da “lava jato” seriam encaminhados.

Os autos do inquérito policial registram, entre

outros pontos, que Meire Poza procurou a Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da PF em São Paulo para mostrar documentos referentes a movimentações “estranhas” de uma das empresas do doleiro Youssef.

O inquérito descreve também que o delegado de São Paulo informou à contadora que iria passar o telefone dela ao responsável pela “lava jato”; e que, em 25 de abril de 2014, ela foi procurada pelo delegado Anselmo e que os dois passaram a ter contato frequente e a colaborar na operação.

O inquérito foi arquivado após manifestação do Ministério Público Federal em 2 de março de 2017, em documento assinado pelo procurador regional da República Januário Paludo. Na peça, o MPF alega “atipicidade dos fatos noticiados” e diz que “o máximo que pode ter ocorrido é excesso de confiança ou ingenuidade dos agentes policias no trato com Meire Poza”.

“Dos elementos coligidos ao presente inquérito policial, verifico que Meire Poza não foi utilizada como ‘agente infiltrada’. As conversas mantidas entre Meire e os agentes policiais inserem-se entre as medidas investigativas empregadas para viabilizar o resultado útil de eventual busca e apreensão, tendo sido restritas ao objeto investigado”, diz o documento.

Um dos mais influentes membros da “lava jato”, Paludo atuou na operação desde seu início. O grupo “Filhos de Januário”, que ficou famoso após a divulgação das conversas entre membros da força tarefa e o ex-juiz Sergio Moro, no episódio conhecido como “vaza jato”, faz referência a Paludo.

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A Lava Jato é indissociável do mandato parlamentar de Moro (e do de Dallagnol também!)

Eugênio Aragão*

“O juiz Moro e o senador Moro são um só personagem”, aponta Aragão.

O grande esforço do ex-juiz e hoje senador Sérgio Moro se concentra, não em fazer política no sentido propositivo e saudável, mas em defender-se de diatribes do passado. Pudera. Sérgio Moro, qual seu parceiro do Ministério Público Deltan Dallagnol, não passa de um burocrata maçante, sem domínio da fala e muito menos da retórica e que não tem nenhum carisma social. Só conquistou o mandato parlamentar por conta de sua midiática atuação de magistrado “justiceiro” na Operação Lava-Jato.

Mas Sérgio Moro preferiu a simonia. Vendeu sua jurisdição à política partidária mais rasteira. E o plano, ainda que de forma atabalhoada bem a seu estilo, deu certo. Chegou ao Senado como “Juiz Sérgio Moro” em sua propaganda eleitoral, mesmo que juiz já não fosse, pois entregara o cargo em troca da pasta da justiça no governo Bolsonaro, numa manobra que evidenciou o objetivo pessoal: chegar ao verdadeiro poder (não aquele de mandar o meirinho notificar as partes de seus mofados e empoeirados processos).

Como senador desfruta, agora, de foro privilegiado, ou de “prerrogativa de função”, numa linguagem mais técnica. É corolário da imunidade parlamentar, pôr-se a salvo de juízes de piso que, como ele o foi, queiram conquistar notoriedade à custa da destruição da reputação de gente célebre. Rigorosamente, apenas o STF pode com ele. Não seus potenciais alter-egos.

Mas, curiosamente, Sérgio Moro dispensa a prerrogativa, como se dela pudesse dispor. Vale-se de interpretação jurisprudencial, segundo a qual o foro especial se restringiria aos atos praticados no exercício e em função do mandato, mas não os anteriores a este. Certamente também usa o argumento, o parceiro Dallagnol. E por que será?

Porque hoje, sepultada a malfadada operação-espetáculo, há juízes em Curitiba. Busca-se saber a fundo quais as motivações táticas de cada decisão tomada pelo magistrado politiqueiro. E a procura de razões táticas não podem estar dissociadas da estratégica: chegar ao poder.

Eis que surgem ao senador fantasmas do passado. O advogado Tacla Durán tem muito a dizer e quer desesperadamente reconstruir sua reputação vilipendiada. Vendo o esforço como risco a seu projeto político, Moro deseja que o Tribunal Regional Federal, onde tem amigos, confisque do magistrado correto a caneta, por sua suposta suspeição ao ter, após provocado pela parte, deferido o esclarecimento almejado.

Moro não nega ter interesse em obstar a atuação jurisdicional em prol do esclarecimento dos fatos. O certo seria ele insistir muito nesse esclarecimento, pois, se tivesse com consciência limpa, seria o primeiro interessado em afastar de si a imputação que possa lhe pesar, a de ter destruído injustamente a reputação de Tacla Durán. Mas de Moro não se pode esperar tanto. Ele quer melar.

Isso explica sua ojeriza pelo STF, para onde o juiz de Curitiba provocado por Durán remeteu o imbróglio. O mesmo STF já identificara a desastrada (para dizer o mínimo) atuação de Sérgio Moro, para declará-lo suspeito por inimizade com o Presidente Lula. Ali, o ex-juiz não engana ninguém.

Por isso mesmo que o STF deve afirmar sua competência. Afinal, o contexto é um só: para chegar a senador, Moro usou de seu cargo. Sua atuação interesseira na primeira instância é indissociável do mandato que hoje exerce.

Não há, agora, nenhum exagero em vincular potenciais mal feitos passados do ex-juiz ao presente exercício de seu mandato parlamentar. Mesmo que se acolha a limitação jurisprudencial, eventuais atos praticados pelo juiz Moro o foram teleologicamente direcionados ao mandato do senador Moro. E, declarando-se parte – só assim se legitimaria para opor exceção de suspeição contra o diligente juiz de Curitiba, deverá seu pleito ser decidido no STF.

O juiz Moro e o senador Moro são um só personagem. E o Tribunal Regional Federal, onde atua o pai do genro e sócio de Moro, deve abster-se de ajudar a melar o pedido de Tacla Durán. Agora há juízes em Brasília também.

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Bolsonarismo tenta crescer no Nordeste em meio a brigas e dissidências

Aliados de Bolsonaro miram espólio de votos do ex-presidente e tentam se firmar como líderes da direita em seus estados.

Segundo a Folha, derrotados em disputas para governos estaduais no Nordeste no ano passado, aliados de Jair Bolsonaro (PL) miram o espólio de votos do ex-presidente e tentam se firmar como líderes da direita conservadora em seus estados.

O movimento é liderado sobretudo por ex-ministros do governo Bolsonaro, que atuam para consolidar bases eleitorais e ganhar capilaridade fora dos grandes centros urbanos.

Nomes como o senador Rogério Marinho (RN), os ex-ministros João Roma (BA) e Gilson Machado (PE), e o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (AL), trabalham para estruturar os diretórios locais do PL com o objetivo de pavimentar candidaturas para as eleições de 2024 e 2026.

O desafio não é pequeno. Em 2022, os estados do Nordeste deram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma frente de 12,5 milhões de votos no segundo turno contra Bolsonaro, determinante para a vitória do petista.

Ao mesmo tempo, o campo conservador no Nordeste enfrenta disputas internas com embates entre o “bolsonarismo raiz” mais radical, os neobolsonaristas, além dos quadros históricos do PL.

As dissidências são outro problema: prefeitos do PL começam a migrar para partidos aliados a Lula, assim como deputados estaduais do partido passaram a fazer parte da base aliada de governadores de esquerda.

O ex-presidente acompanha as movimentações e mantém o Nordeste em seu radar. Após voltar ao Brasil no fim de março, sinalizou que quer percorrer a região onde teve seu pior desempenho nas urnas.

Aliados exaltam obras como a transposição do rio São Francisco, cujas obras chegaram a 90% de andamento em governos anteriores, e programas como o Auxílio Brasil, que foi novamente substituído pelo Bolsa Família.

“Nós temos a obrigação de defender o legado de Bolsonaro no Nordeste”, afirma Marcelo Queiroga, paraibano e ex-ministro da Saúde.

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Vídeo: Ex-político e irmão são mortos a tiros ao vivo na televisão na Índia

O ex-político indiano Atiq Ahmed, 60, e seu irmão, Ashraf, foram mortos a tiros ao vivo na televisão indiana na noite de ontem.

Atiq conversava com repórteres quando alguém apontou uma arma para a cabeça dele e atirou. O caso aconteceu em Prayagraj, no norte da Índia.

Ele era ex-parlamentar e estava preso desde 2019, condenado por vários crimes, como sequestro e extorsão. Ele estava sendo levado ao hospital algemado e escoltado pela polícia quando atiradores, que se passaram por jornalistas, atiraram à queima-roupa.

Ele era ex-parlamentar e estava preso desde 2019, condenado por vários crimes, como sequestro e extorsão. Ele estava sendo levado ao hospital algemado e escoltado pela polícia quando atiradores, que se passaram por jornalistas, atiraram à queima-roupa.

Três pessoas foram presas, informou o agente de polícia Prashant Kumar, sem informar o nome dos supostos atiradores. “Eles foram detidos e estão sendo interrogados”, disse.

Assassinos gritaram palavras de ódio contra muçulmanos, minoria étnica na Índia a qual pertenciam os irmãos. A polícia ainda não confirmou se o caso foi motivado por intolerância religiosa.

*Com Uol

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Lula afirma que relação do Brasil com a China entra “em outro patamar”

Presidente volta de viagem à Ásia com contratos de parceria assinados com os chineses e com os Emirados Árabes Unidos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorna ao Brasil após cumprir agenda e assinar diversos acordos de cooperação com a China e os Emirados Árabes Unidos.

“Bom dia! Retorno ao Brasil hoje com a certeza de que estamos voltando à civilização. Nos Emirados Árabes, fechamos acordos que somam R$ 12,5 bilhões. Na China foram 50 bilhões. E, mais importante, reabrimos as portas do mundo para mais avanços para o nosso país”, afirma o presidente nas redes sociais.

Entre as possibilidades a serem abertas na relação com a China, o presidente brasileiro citou o aumento da presença de chineses nas universidades brasileiras e de brasileiros nas instituições de ensino chinesas.

Outros pontos destacados foram as parcerias no processo de transição energética, com o potencial brasileiro de produzir energia limpa, e na área de conectividade, considerando o compromisso do governo de universalizar o acesso à internet banda larga nas escolas públicas de todo o país.

“Não temos escolhas políticas ou ideológicas. Temos escolha de interesse nacional, do povo brasileiro, da indústria nacional, de nossa soberania”, disse Lula, ao afirmar que o Brasil precisa buscar seus interesses e necessidades para construir acordos possíveis.

Ao deixar a China rumo aos Emirados Árabes Unidos, Lula afirmou que sai do país satisfeito e que sentiu “uma extrema vontade” do presidente Xi Jinping e dos ministros em melhorar a interação com o Brasil.

“Eu acho que nossa relação estratégica vai se aperfeiçoando cada vez mais. E nós não precisamos romper e brigar com ninguém para que a gente melhore”, disse.

*GGN

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Armação: Zanin é alvo de tentativa de extorsão para impedir sua indicação ao STF

Uma babá que trabalhou durante um mês na casa dos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins fez gravações na residência, inclusive de crianças menores de idade, e propôs uma ação trabalhista logo após deixar o trabalho, com a clara intenção de sabotar a possível indicação de Zanin a uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Ela atuou na residência entre os dias 1º de fevereiro e 1º de março deste ano, período em que Zanin estava ausente de São Paulo.

Um dia depois de ser dispensada, em 2 de março, ela já havia constituído o escritório Andrade & Gaidargi, de São Paulo, para defender seus interesses. Na ação, ela que recebeu quase R$ 10 mil pelos serviços prestados, pede uma indenização adicional de R$ 100 mil por supostas horas extras não pagas e supostos danos morais. A ação também afirma que “o reclamado Cristiano Zanin recentemente foi indicado para o Supremo Tribunal Federal, acarretando diversas críticas atualmente” – o que deixa claro o viés político da ação. Na petição, ela também afirma não ter provas ou testemunhas contra Zanin. Não há qualquer conduta ou acusação atribuída a Zanin. Ele é colocado na ação como responsável financeiro.

Na semana passada, no dia 12 de abril, o advogado Rinaldo Gaidargi, em conversa com a advogada Lourdes Lopes, do escritório Zanin Martins, disse que o caso poderia ser resolvido por R$ 35 mil para não ser levado à imprensa. Na mesma conversa, o advogado diz que já teria sido procurado pelo portal Terra e em seguida pela Folha de S. Paulo, mas ressalta que sua intenção não seria criar problemas.

Zanin, que praticamente não teve contato com a babá e não foi gravado, não cedeu à chantagem e a nota sobre o caso foi publicada neste domingo pela Folha de S. Paulo, gerando repercussão negativa para o próprio jornal, por se tratar de ação jornalística com claro viés político. Confira, abaixo, a íntegra do diálogo que revela a tentativa de extorsão:

Dr. Rinaldo: Olá.

Dra. Lourdes: Olá, boa tarde, por gentileza o Dr. Rinaldo.

Dra. Lourdes: Dr. Rinaldo, boa tarde. Quem fala é Dra. Lourdes, sou sua colega, trabalho no escritório Zanin Martins, sou sua colega, o senhor ligou aqui?

Dr. Rinaldo: É Doutora Lourdes, não é? Acabei de falar também com a Dra. Julia.

Dra. Lourdes: Falou com a Dra. Júlia?

Dr. Rinaldo: Dra. Julia Caldas. Mas tudo bem.

Dra. Lourdes: Mas ela entrou em contato com o senhor?

Dr. Rinaldo: É… É… Dra. Lourdes, vamos lá.

Dr. Rinaldo: Eu tô ligando porque patrocino uma reclamante e ela está movendo, nós estamos movendo ação contra o Dr. Zanin. Uma ação trabalhista de uma babá. Por que eu tô ligando doutora? Por que assim. Os meios de mídia estão procurando o nosso escritório para fazer uma reportagem e isso não nos interessa. Então não é isso o fito, não queremos isso, nós pedimos sigilo nessa ação porque tem alguns áudios lá, não sei por que o juiz não deu porque tem alguns áudios lá. Nós pedimos sigilo. Então. Estou entrando em contato para evitar maiores prejuízos de mídia.

Dra. Lourdes: Doutor, deixa só interromper um minutinho. Esse caso eu tenho conhecimento da existência inclusive tenho conhecimento da existência de áudios lá envolvendo gravações de crianças né, e nós estamos adotando providências porque há aí infrações ao Estatuto da Criança e do Adolescente. Então é realmente importante esse contato.

Dr. Rinaldo: Sim, por isso mesmo que tô ligando. Para ver se a gente pode resolver. Porque está partindo para um lado que não, não agrada. Gente em cima. Isso daí a gente não tem interesse nenhum. O que for de interesse da reclamante será pago e resolvido.Tá. Aí se for do interesse da doutora existe o celular particular a gente passa a tratar e tentar resolver.

Dra. Lourdes: Eu vou fazer o seguinte. Vou consultar no caso a Dra. Valeska para verificar se há interesse. Eu retorno nesse número é o seu particular?

Dr. Rinaldo: É o meu particular doutora. Dr. Rinaldo.

Dra. Lourdes: Tá bom Dr. Rinaldo. Só uma pergunta. O senhor já teria alguma proposta, algum valor em mente, alguma coisa assim? Porque com isso eu já ganho tempo também nos contatos.

Dr. Rinaldo: Ah tá. Tem sim doutora. Oh. A reclamante aceita 35 mil. Não é um valores exorbitantes (sic). É um valor assim justo. Dá até para a gente resolver. Não sou de passar um valor alto, pra ficar fazendo leilão, a gente já tem tentar logo resolver.

Dra. Lourdes: Perfeito Dr. Rinaldo, ok. Eu anotei o seu número, vou fazer contato com a Dra. Valeska e eu retorno o quanto antes, tá bem?

Dr. Rinaldo: É que ontem ligou o Terra tá, e hoje ligou a Folha. Então tá tomando um partido que isso não é agradável. A gente não quer fazer mídia em cima de ninguém. Não é esse o interesse. Então eu falei assim, eu vou ligar, vou tentar resolver, né.

Dra. Lourdes: Muito obrigada pelo contato, eu retorno.

Dr. Rinaldo: Muito obrigado a senhora ter me ligado também. Boa tarde.

Na mesma nota, a Folha de S. Paulo faz referência a outras duas ações trabalhistas movidas contra Cristiano e Valeska em 2017. Em nenhuma delas há qualquer acusação contra Cristiano Zanin e os casos foram encerrados com o pagamento arbitrado pela Justiça.

*Com 247

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A reação de Bolsonaro ao novo despacho de Moraes

Saiba a reação de Jair Bolsonaro ao novo despacho de Alexandre de Moraes, do STF, mirando a suposta participação nos atos de 8 de janeiro.

Não foi só a determinação para depor à PF, sobre o 8 de janeiro, que irritou Bolsonaro. O texto do despacho assinado por Alexandre de Moraes, considerado duro, desagradou tanto quanto.

“A oitiva de JAIR MESSIAS BOLSONARO, nos termos indicados pelo Ministério Público, é medida indispensável ao completo esclarecimento dos fatos investigados”, escreveu Moraes. A apuração, ressaltou o ministro no despacho, busca apurar crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.

Após tomar conhecimento do despacho, Bolsonaro fez uma recomendação a aliados. Que evitem abordar publicamente o assunto. A avaliação é que, no momento, atritar com o STF não é uma boa escolha. Até porque, em caso de decisão monocrática desfavorável assinada por Moraes, o ex-presidente recorrerá ao colegiado da corte.

Apesar das instruções, Carlos Bolsonaro fez uma postagem ontem sobre o assunto. Compartilhando reportagem sobre o despacho de Moraes, escreveu o vereador:

“AHAHAHAHAHAH… Esse país é uma piada!”

Gozando da plena confiança do pai, Carlos é, também, responsável pelas redes sociais de Bolsonaro.

 

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