Mês: maio 2023

Arnon de Mello e a morte do senador Kairalla, por Luís Nassif

Foi a foto da família, velando o corpo do Senador, que se impregnou na minha memória.

Luis Nassif*

Dia desses, o Globo publicou, do seu acervo, o episódio da morte do senador José Kairala, assassinado pelo também senador Arnon de Mello, pai de Fernando Collor. O episódio é curioso.

Lembrei-me de um certo dia nos anos 80, quando Fernando Collor ainda não se aventurara a se candidatar à presidência.

Estávamos na nossa roda de choro no Bar do Alemão, quando chega o jornalista Nicodemus Pessoa, o Pessoinha, acompanhado de um sujeito alto, forte. Pessoinha era um alagoano de pequena estatura, amigo de todos, uma das pessoas mais queridas do jornalismo em São Paulo.

Quando deu o intervalo, apresentou seu amigo:

Queria apresentar a vocês Pedro Collor de Mello, filho do senador Arnon de Mello.
Imediatamente uma luz bateu na minha memória, provavelmente acesa por um algum capeta provocador. E, com alguns chopps a mais obstruindo o desconfiômetro, lembrei-me do episódio trágico, que li através de O Cruzeiro quando tinha 13 anos de idade:

Nossa, lembro-me que seu pai matou o senador Kairalla no Senado.
O tema me impactou tanto me lembrei até do nome do infeliz senador.

Imediatamente, Pedro Collor levantou-se e me chamou para a briga. Os demais amigos do bar o contiveram e a roda continuou.

Com o tempo, fui reunindo mais dados sobre o episódio. E me aprofundei mais no tema quando escrevi a biografia de Walther Moreira Salles. Arnon foi sócio dele e de Roberto Marinho no Parque Lage. E Arnon era frequentador assíduo da Poços de Caldas nos anos 30.

Nos arquivos de Moreira Salles descobri uma reportagem de Arnon sobre um almoço na Caixa D’Água, em Poços, reunindo Getúlio e todos os presidentes de província. Reportagem detalhada, muito bem escrita, inclusive nos detalhes das declarações lisonjeiras de políticos para Getúlio. Em certo momento, apareceu um astrólogo no almoço prevendo que Getúlio seria o imperador do Brasil. Um dos puxa-sacos montou uma coroa com galhos de árvores que colocou na cabeça de Getúlio. Ali foi o ensaio final para o golpe do Estado Novo.

A reportagem foi para O Jornal, de Assis Chateaubriand. Anos depois, Arnon tornou-se sócio de Roberto Marinho. Aí não sei as circunstâncias nem a história sobre sua fortuna familiar.

O que sei, e que foi contado por Homero de Souza e Silva, o grande amigo e sócio de Moreira Salles, é que tinha uma inimizade mortal com o governador de Alagoas Silvestre Péricles de Góes Monteiro, irmão do general Góes Monteiro, figura central do Estado Novo.

Arnon candidatou-se ao governo de Alagoas, venceu as eleições e chamou Homero para ser seu Secretário. Homero me contou que, na despedida do governo, Silvestre Péricles forrou todos os ambientes do Palácio de Governo com merda.

Em 1950, O Cruzeiro havia enviado o repórter David Nasser e o fotógrafo Jean Manzon para preparar um perfil de Silvestre Péricles. A primeira declaração do governador foi retumbante:

“Sou a fera que vocês procuram”, foram as suas primeiras palavras, sem estender a mão para cumprimentos. Em seguida perguntou: “Sabe como recebo aqui os jornalistas indiscretos?”
David Nasser tentou amenizar a conversa e disse acreditar que seriam bem recebidos. A resposta foi na lata>

Jornalista, aqui, eu trato a chibata.

No meio da entrevista abriu o paletó e exibiu um revólver calibre 38.

Anos depois, Arnon foi eleito Senador. Silvestre já era senador e anunciou que, no primeiro discurso de Arnon, entraria na sala e lhe daria um tiro.

Aí entra outra particularidade de Arnon, que me foi narrada pelos seus amigos poços caldenses. Ele era dotado de um medo físico até da própria sombra. Tinha medo dos cavalos da cidade. Eleito governador, tinha tanto medo de atentados que pagava um irmão para dormir no seu quarto, fazendo-se passar por ele. Isso pode explicar o início de campanha de Fernando Collor insistindo no seu “saco roxo”.

Por isso, quando Silvestre entrou no Senado, Arnon sacou de uma arma e, trêmulo, desfechou o primeiro tiro. A bala resvalou na mesa do senador José Ermírio de Moraes – e o trecho a seguir me foi contado por antigos auxiliares dele. José Ermírio se abaixou, escondeu-se embaixo da mesa e, como era muito corpulento, ficou entalado, dando certo trabalho para ser libertado.

O segundo tiro acertou o senador Kairala, jovem de 39 anos, substituto do senador titular, que estava de licença. Era seu último dia no Senado e levara mulher e filhos para acompanhá-lo. Kairala recebeu a bala destinada a Silvestre Péricles, ao se atirar sobre ele para impedir o revide.

Foi a foto da família, velando o corpo do Senador, que se impregnou na minha memória.

A noitada no Alemão termina com Pedro Collor sentado, bêbado feito um peru, e Pessoinha de pé, em frente a ele, passando a maior bronca. De pé, Pessoinha ficava na altura de Pedro, sentado:

Você é a vergonha do Nordeste. Te trago aqui para te apresentar meus amigos e você me faz passar essa vergonha.
E Pedro aceitando a bronca de cabeça baixa.

Segundo me informa o jornalista Olimpio Cruz, a viúva de Kairalla criou os filhos trabalhando como empregada e faxineira em Brasilia nos anos 70 e 80. O filho – o garoto da foto – tornou-se um grande médico em Brasilia.

Duran te algum tempo, ela processou Arnon para custear o estudo do quatro filhos. Nada conseguiu.

*GGN

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Após queda dos combustíveis e gás de cozinha, Lula quer anunciar carros populares mais baratos

Representantes das montadoras já se reuniram com o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin.

Após a queda dos combustíveis e no gás de cozinha, o governo federal quer agora anunciar no dia 25 de maio, Dia da Indústria, uma medida para baratear os carros populares. Nos últimos dias, representantes de ministérios e do setor discutiram possíveis alternativas para reduzir os preços, segundo o G1.

A intenção de baratear carros populares foi manifestada publicamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante discurso no dia 4 de maio.

No início da semana, representantes das montadoras se reuniram com o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin.

Governo e empresas discutiram algumas opções, ainda sem chegar a um formato final.

Os executivos frisaram para o governo que as montadoras já têm muita pouca margem de lucro nos carros populares e que, por isso, seria difícil reduzir os preços nas fábricas. A margem, segundo as empresas, são maiores no carros mais caros.

Alckmin já sinalizou que o pacote também deve incluir medidas de apoio à indústria de caminhões.

Saque do FGTS

O caminho defendido pela indústria é a possibilidade de os trabalhadores poderem sacar uma parte do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) — 10% ou 15%, por exemplo. E usar esse valor para trocar o carro usado por um novo.

Isso poderia ser feito via medida provisória, caso haja consenso dentro do governo.

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Biden deseja se reunir com Lula para discutir propostas para paz na Ucrânia, afirma assessor do presidente americano

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse neste sábado (20) que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deseja se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para falar sobre a guerra da Ucrânia durante a cúpula do G7, em Hiroshima, no Japão, diz o Agenda do Poder.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também propôs a Lula uma reunião bilateral durante a cúpula dos líderes no Japão.

A agenda de Lula divulgada pelo governo brasileiro para o domingo (21), último dia de atividades do encontro, não prevê a reunião com o presidente americano.

Além de Lula, Sullivan afirmou que Biden também deseja conversar com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, sobre o mesmo assunto. Modi se reuniu com Zelesnky neste sábado. O presidente ucraniano pediu que o governo indiano deixe a posição de neutralidade e reconheça a violação do território da Ucrânia pela Rússia.

Neste sábado (20), Lula se reuniu com o presidente da França, Emmanuel Macron, e com o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz.

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Como Deltan, Moro também deve perder mandato

Senador teria gasto mais de R$ 10 milhões em prestação de serviços pré-campanha presidencial desde o fim de 2021, segundo o GGN.

Mais que a cassação de Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e Sérgio Moro (União-PR), deputado federal e senador, respectivamente, o advogado Luiz Eduardo Peccinin espera que ambos fiquem inelegíveis por oito anos como pena pelos abusos de poder cometidos em período pré-eleitoral.

Dallagnol já teve o mandato cassado na última terça-feira (16) e está inelegível até 3 de novembro de 2029, no entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por ter pedido exoneração do cargo de procurador da República e, assim, se livrar de 15 procedimentos administrativos no Conselho Nacional do Ministério Público.

Agora é a vez de Moro. Eleito senador em 2022, o ex-juiz da Operação Lava Jato estava em pré-campanha desde o fim de 2021. Inicialmente, ele almejava o cargo de presidente. Mas acabou se contentando, por iniciativa própria, com uma posição no Congresso.

Pré-campanha

“O que temos aqui é basicamente o seguinte: Moro fez uma pré-campanha para presidente da república e se elegeu senador. Com isso, ele naturalmente acumula o dinheiro. Desde o fim de 2021, ele começou a participar de eventos, palestras, viajou à Europa”, explica Peccinin.

De acordo com a imprensa, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) foi o responsável por custear viagens internacionais do ex-juiz e ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PL). Girão, inclusive, será intimado para apresentar os comprovantes de pagamento das diárias de Moro e justificar a origem do dinheiro.

“Moro contratou mídia training, contratou gestor de redes sociais. Contrataram todo um corpo de assessoria para ele”, continua Peccinin.

Filiado ao Podemos e com aspirações ao Executivo Federal, Moro firmou dois contratos, que somam R$ 10 milhões. O advogado relata que descobriu esta prestação de serviço porque elas foram parcialmente pagas e são cobradas na Justiça.

Roupa suja

No dia 31 de março de 2022, Moro deixa o Podemos. Mas a mudança para o União Brasil não foi bem aceita pelo antigo partido, tendo em vista a troca pública de farpas.

Enquanto o ex-juiz lavajatista acusou o Podemos de corrupção, os líderes do partido responderam que não tinham nenhuma obrigação de pagar os luxos exigidos por Moro, como ternos, óculos, bolsa da sua mulher e viagens.

Luiz Eduardo Peccinin vai trazer esta lavação de roupa suja para o Judiciário. “Como moro gastou o limite do limite na campanha dele, qualquer R$ 1 que sair agora na despesa da pré-campanha já vai passar do limite. Ele não gastou só R$ 3 milhões como está no limite de gasto. Gastou muito mais.”

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Lula ao Lado de Biden, critica ‘formação de blocos antagônicos’ e cobra reforma da ONU

Após primeiro discurso do Brasil no G7, sai comunicado sobre segurança alimentar com ‘apoio à exportação de grãos da Ucrânia e da Rússia’

HIROSHIMA – Sentado ao lado do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez seu primeiro discurso na cúpula do G7, na tarde deste sábado (20), horário local, em uma sessão cujo tema era a cooperação internacional para enfrentar crises globais, diz a Folha.

Em crítica ao próprio G7 —grupo que reúne algumas das maiores economias desenvolvidas—, afirmou que a solução para as ameaças sistêmicas atuais “não está na formação de blocos antagônicos ou em respostas que contemplem um número pequeno de países”.

Citando o “retrocesso” da paralisação da Organização Mundial do Comércio (OMC), sem creditar nominalmente os Estados Unidos, afirmou que “não faz sentido convocar emergentes para resolver as crises do mundo sem atender às preocupações deles”.

E “sem que estejam adequadamente representados nos principais órgãos de governança global”, acrescentou, retomando a cobrança por uma reforma na composição de instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Conselho de Segurança das ONU.

Trouxe o exemplo da crise argentina. “O endividamento externo que vitimou o Brasil no passado e hoje assola a Argentina é causa de desigualdade e requer do FMI que considere as consequências sociais de suas políticas de ajuste”, afirmou.

A sessão de trabalho na qual o discurso foi feito resultou em um comunicado sobre a crise de segurança alimentar, assinado tanto por líderes dos países-membros do G7, como os EUA, quanto por convidados, como o Brasil. O texto foi negociado pela chancelaria brasileira para buscar neutralidade.

Os líderes listam as ações que pretendem tomar, “em cooperação com a comunidade internacional, para fortalecer a segurança alimentar e nutricional global”. Concentram-se na “crise imediata”, citando a Guerra na Ucrânia, que “agravou ainda mais o quadro” pós-pandemia.

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Silêncio de Mauro Cid não impede que seu celular fale pelos cotovelos

Fim de carreira para um oficial que desonrou a farda do Exército.

Só o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, preso há 15 dias, sabe exatamente o que seu celular pode estar contando à Polícia Federal. Ou, a essa altura, já contou.

Informações vazadas dão conta de que o celular já falou sobre o golpe de 8 de janeiro, que culminaria com a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Falou que Moraes seria levado para um local incerto e não sabido, próximo a Brasília. Uma vez devolvido ao poder pelos militares, Bolsonaro governaria por meio de decretos.

O celular falou longamente sobre o esquema de pagamento de despesas de Michelle, um tipo de rachadinha que causou muita preocupação a Mauro Cid. Michelle manteve-o mesmo assim.

Não bastasse, o celular falou sobre as joias milionárias contrabandeadas da Arábia Saudita e do empenho de Bolsonaro em reavê-las. Parte delas, ele conseguiu reaver, e escondeu.

Loquaz, o celular entregou a história da falsificação da carteira de vacinação de Bolsonaro e de Laura, sua filha, para que o ex-presidente pudesse circular livremente nos Estados Unidos.

O que disse, ontem, à Polícia Federal, a mulher de Mauro Cid, o celular havia antecipado com riqueza de detalhes. Em breve, Mauro Cid voltará para casa. Seu celular delatou por ele.

or acaso, faltou que o celular confirmasse que a fraude da carteira de vacinação de Bolsonaro foi feita por encomenda de Bolsonaro? Talvez. O que dirá Mauro Cid quando for interrogado de novo?

Correrá o risco de desmentir seu celular? Será capaz de assumir sozinho a culpa por falsificar a carteira de vacinação do seu ex-chefe? Queria fazer-lhe uma surpresa? Fez? Esqueceu de fazer?

Que vergonha para o Exército ter em seus quadros um falsificador de carteira de vacinação; um alto oficial que assumiria o comando de uma unidade militar estratégica e de grande poder de fogo.

Ao confessar que viajou aos Estados Unidos com a falsa carteira de vacinação que seu marido lhe deu, a mulher de Mauro Cid quer diminuir o tamanho de sua pena. Porque ela é também criminosa.

Para o tenente-coronel não há salvação. Sua carreira terminou. Não haverá mais lugar para ele no Exército. Será excluído com desonra. Muito triste para seu pai, general da reserva.

É no que dá servir com tanta devoção a quem já foi afastado do Exército por má conduta e só reabilitado depois que se elegeu presidente.

*Blog do Noblat

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Itamaraty boicotou agenda de Bolsonaro com líderes para evitar vergonha

Jamil Chade*

A rede de diplomatas brasileiros no exterior operou para tentar impedir que o Brasil fosse alvo de constrangimento durante a gestão de Jair Bolsonaro. Embaixadores do alto escalão do Itamaraty confirmaram que, nos quatro anos do governo, houve uma ação deliberada para evitar marcar reuniões com líderes estrangeiros durante cúpulas a que eventualmente Bolsonaro fosse convidado e, assim, reduzir o risco de crises e vergonhas.

Neste fim de semana, em Hiroshima, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai aproveitar a cúpula do G7 para se reunir com os líderes de Alemanha, França, Indonésia, FMI, Índia, Austrália, Vietnã e da ONU, além dos anfitriões japoneses.

No caso de Bolsonaro, a ordem interna no Itamaraty era a de “contenção de danos”. Ou seja, não fazer esforço para pedir encontros com os estrangeiros, quando houvesse um evento no qual vários líderes estariam no mesmo local. E, depois, esses diplomatas alegavam internamente que não tiveram respostas em relação aos tímidos pedidos realizados.

Do lado dos estrangeiros, eram raros os pedidos de encontros com Bolsonaro, salvo no caso de governos liderados pela extrema-direita. O resultado: um crescente isolamento e condição de pária.

O esquema era diferente em caso de viagens bilaterais, consideradas como mais fáceis de serem controladas e com uma agenda detalhada. Mas, quando o palco era uma cúpula, o temor era de que um sucessão de encontros seria um risco.

Um primeiro alerta surgiu quando, poucas semanas depois da posse em 2019, Bolsonaro viajou para o Fórum Econômico Mundial, em Davos. Naquele momento, o Itamaraty fez uma programação intensa ao então presidente e conseguiu para Bolsonaro o palco central do evento. Num espaço que ele teria 40 minutos para discursar, o brasileiro falou por apenas seis minutos.

Mas o susto maior foi quando, nas reuniões bilaterais, os experientes diplomatas entenderam que a relação de Bolsonaro com os estrangeiros poderia abrir potenciais crises ou, no mínimo, afetar a imagem internacional do Brasil.

Um dos episódios ocorreu com Shinzo Abe, o então primeiro-ministro japonês. Em Davos, Bolsonaro fez um comentário para o líder asiático considerado como completamente deslocado sobre uma ex-namorada de origem japonesa. Por alguns instantes, a sala ficou em um tenso silêncio, enquanto uma interpretação era feita ao primeiro-ministro. Abe riu, gerando um alívio generalizado entre diplomatas. Mas o episódio foi tido como um sinal amarelo do que poderiam ser os encontros.

Em outras ocasiões, o que chamava a atenção era a falta de assunto entre Bolsonaro e o líder estrangeiro, principalmente quando os encontros não tinham uma agenda definida. Um dos momentos de constrangimento foi ainda o jantar oferecido pelo presidente chinês Xi Jinping ao brasileiro, em 2019. Fontes apontam que os dois praticamente não se falaram durante todo o jantar.

Como resultado, Bolsonaro repetia encontros sempre com os mesmos líderes estrangeiros, sempre que viajava para encontros como a Assembleia Geral da ONU ou outros fóruns.

O isolamento foi de tal dimensão que, em 2021 no G20 em Roma, Bolsonaro se viu diante de líderes com os quais ele nem sequer trocava impressões sobre a situação internacional.

*Uol

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A incrível história de uma menina que foi mãe aos 5 anos ainda emociona

O ginecologista e pesquisador peruano, José Sandoval Paredes, relatou, em 2002, o caso de Lina Medina Vásquez no livro “Mãe aos cinco anos”

A história da menina Lina Medina Vásquez, seguramente, é uma das mais terríveis já registradas na medicina. No mês de maio do longínquo ano de 1939, o que parecia impossível e absolutamente surreal, aconteceu.

Lina tinha apenas 5 anos de idade e vivia na cidade de Antacancha, no Peru, onde morava com os pais e oito irmãos.

Em um determinado dia, o corpo da menina começou a apresentar mudanças estranhas, que despertaram a curiosidade dos demais moradores do local. O abdômen de Lina crescia de forma anormal e seus pais resolveram levá-la a um curandeiro.

Nesse momento, a gestação da menina já era de 7 meses. A notícia foi tão chocante que logo o fato foi parar nas primeiras páginas dos jornais do país.

Praticamente um mês depois, Lina foi submetida a uma cesariana. O menino nasceu com 2,7 quilos e 48 cm. O recém-nascido recebeu o nome do médico, responsável por salvar duas vidas.

Com isso, Lina Medina Vásquez se tornou a mãe mais jovem do mundo, aos 5 anos, 7 meses e 21 dias. Na cidade onde vivia, a menina se transformou em uma espécie de Virgem Maria. A questão é que ela foi vítima de estupro. Porém, nunca se soube quem foi o autor. Seu pai chegou a ser investigado, mas não havia provas suficientes contra ele. A menina, por sua vez, manteve o silêncio.

Depois, descobriu-se que Lina sofria de um raro distúrbio. Segundo a Academia Americana de Obstetrícia e Ginecologia da época, ela iniciou a puberdade quando tinha alguns meses de vida. Antes dos 3 anos, começou a menstruar.

O filho de Lina foi criado pelos avós e cresceu pensando que a mãe era sua irmã. A família revelou a história quando Gerardo completou 10 anos.

História trágica vira livro

O ginecologista e pesquisador peruano, José Sandoval Paredes, em 2022, resolveu investigar o caso e foi até Antacancha para descobrir o que tinha ocorrido com aquela menina e seu bebê.

Lina trabalhava como secretária em uma clínica, era casada e tinha outro filho. Gerardo, o primogênito, havia falecido em 1978, em consequência de uma estranha doença na medula óssea.

Foi quando ele decidiu escrever um romance, que foi mais um testemunho médico do que uma ficção. Após muita investigação, Sandoval Paredes publicou o livro “Mãe aos cinco anos”. Seu objetivo foi relatar a história de Lina e denunciar os maus-tratos do governo peruano para com ela, pois chegou a prometer uma pensão vitalícia, que nunca saiu do papel, e ela ainda foi despejada para a construção de uma estrada.

Até recentemente, Lina morava em um bairro pobre de Lima, capital peruana, segundo informações do Infobae. Faz 84 anos que ela se tornou a mãe mais jovem do mundo e os dados ainda estão registrados no Guinness Book of Records.

*Com Forum

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Dallagnol cassado e Collor condenado são personagens políticos criados pela Globo

Assista:

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