Mês: junho 2023

Mensagens de Cid mostram dia a dia negacionista no Planalto na pandemia

Mensagens do grupo da ajudância de ordens mostra como a pandemia do coronavírus era tratada no Palácio do Planalto.

No grupo de WhatsApp da ajudância de ordens do Palácio do Planalto durante o governo Jair Bolsonaro, há um retrato preciso do negacionismo que predominava no governo sobre a pandemia do coronavírus.

O conteúdo consta da quebra de sigilo das mensagens do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, agora analisadas pela Polícia Federal (PF).

A Covid-19 era chamada de “peste” ou “peste chinesa” pelos assessores. Em 25 de fevereiro de 2021, o ajudante de ordens Osmar Crivellati informou: “Silvio [Kammers] deu positivo o exame de COVID (sic), disse que está bem, sintomas normais da peste”, segundo Guilherme Amado, Metrópoles

Cid respondeu: “Perfeito!”. Kammers também fazia parte da ajudância de ordens.

Embora os ajudantes de ordens tenham se mobilizado no velório e na assistência à família de Kammers, o Palácio do Planalto tentou abafar a notícia e só publicou sobre a morte no Diário Oficial da União (DOU) cinco dias depois.

No dia 5 de março, o grupo tomou conhecimento de que a esposa do motorista Frota ligou e pediu ajuda para conseguir uma vaga de internação em um hospital em Brasília — supõe-se que para seu marido, que estava doente.

O mês de março foi um dos mais letais da pandemia, com hospitais lotados. Naquela época, o governo Jair Bolsonaro estava atrasado na compra de vacinas, disponíveis em outros países em escala muito maior do que no Brasil.

O grupo também espalhava desinformação sobre o tema. Em 23 de março de 2021, Cid enviou informações falsas sobre a eficiência do “tratamento precoce”, termo que bolsonaristas usavam para se referir a remédios comprovadamente ineficazes defendidos por eles.

“O protocolo do tratamento precoce funciona!”, disse mensagem encaminhada por ele. “Principalmente se for aplicado corretamente, por pessoas idôneas, como foi o caso do médio militar, tenente Canela, nesse depoimento emocionado do paciente. Mais uma vez, #BolsonaroTemRazao.”

Em junho, quando outro assessor do Planalto adoeceu, Cid buscou saber se ele estava “tomando tudo” de medicação possivelmente se referindo a drogas ineficazes.

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Tony Garcia revela que Moro chantageou a rede Walmart para receber multa de R$ 10 milhões em processo contra ele

O empresário paranaense Tony Garcia, ex-deputado estadual, revelou nesta sexta-feira (2), em entrevista à TV 247, uma série de ilegalidades cometidas pelo ex-juiz suspeito e atual senador, Sérgio Moro, na condução de processos contra ele na Lava Jato. O empresário firmou acordo de delação premiada e revelou ter gravado conversas com o ex-governador do Paraná Beto Richa a mando de Sergio Moro.

Em um dos casos, em 2006, Sérgio Moro condenou Tony Garcia a seis anos de prisão por crime contra o sistema financeiro, por suposta participação em irregularidades que levaram à falência do Consórcio Nacional Garibaldi. Além da pena de prisão, Moro condenou Garcia a pagar uma multa de R$ 10 milhões.

Em entrevista ao jornalista Joaquim de Carvalho, Tony Garcia contou que, na época, disse a Moro que não tinha o dinheiro para pagamento da multa e revelou a existência de um contrato da sua família com a rede de supermercados estadunidense Walmart, pelo qual haveria recebíveis num prazo de 40 anos. “Eu falei para ele: ‘Sergio, só tem um jeito de eu pagar: tem um contrato da família, de 70 anos, com o Walmart. Eles pagaram 30 anos adiantado e tem ainda 40 anos para pagar. Se você falar que vai penhorar essa coisa deles para pagar a dívida, eles têm um monte de passivo ambiental no país e não querem ter uma demanda judicial, se você me ajudar a fazer isso, eu vendo esses 40 anos pelo preço que você está pedindo, pago e está tudo certo’”, disse Garcia na entrevista.

“E ele simplesmente fez isso. E amedrontando, até que o presidente do Walmart veio ao Brasil, junto com o advogado, e eles compraram e depositaram na Justiça”, afirmou o empresário Tony Garcia. “Ou seja, isso é legal? Ele usou isso para chantagear o Walmart. E foi assim que eu cumpri o acordo e o processo transitou em julgado”, completou o empresário.

“Moro fez de Curitiba a Guantánamo brasileira”

O empresário revelou um episódio em que prestou depoimento a Moro, com a participação dos procuradores Carlos Fernando dos Santos Lima e Januário Paludo, ambos da Lava Jato. “Quando eu disse que tinha interesse em fazer o acordo, ele [Moro] gravava, com um gravador comum. Quando eu respondia alguma coisa que não interessava para ele, ele desligava o gravador e chamava atenção dos advogados, que eu não tinha que falar assim, que eu tinha que falar que era propina. Ele botava na minha boca o que eu tinha que falar”, afirmou Garcia.

Tony Garcia comparou o método utilizado por Moro e pelo procuradores da Lava Jato como a tortura praticada pelos Estados Unidos na prisão de militar de Guantánamo, que ficou mundialmente conhecida por diversos casos de tortura de presos e agressões aos direitos humanos após os ataques de 11 de setembro de 2001.

“Eu estava preso, era pai de uma criança de um ano. Me jogaram num porão da Polícia Federal. Moro fez de Curitiba a Guantánamo brasileira. Ele fazia os mesmos métodos de tortura psicológica para tirar de você, preso, o que ele queria”, acrescentou o empresário.

Em outro trecho da entrevista, Tony Garcia revelou que o ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que condenou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato, era alvo de chantagem de Moro e dos procuradores da Lava Jato. Além disso, o empresário revelou ainda que desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) também foram chantageados, depois de participar de uma “festa da cueca” com prostitutas em Curitiba.

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Vídeo: Deputada acusa bolsonarista Gustavo Gayer de assassinato

Gayer expôs Silvye Alves, também apoiadora de Bolsonaro, por ser uma representante goiana a votar favoravelmente à MP dos Ministérios. Ela, então, o rebateu com fortes acusações.

A deputada federal Silvye Alves (União-GO) fez pesadas acusações contra o colega bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) após ele ter exposto o nome da parlamentar em seu Instagram como uma das representantes goianas a votar favoravelmente à MP dos Ministérios do governo Lula (PT). Gayer chegou a afirmar que Silvye (também bolsonarista) e outros deputados que votaram pelo reordenamento dos ministérios “se venderam ao PT”.

Em vídeo, a deputada rebateu Gayer e o chamou de “covarde, canalha, moleque, bêbado, sem escrúpulos”. Ela, então, o acusou de ter matado duas pessoas e ter deixado uma terceira paralítica em um acidente no qual ele estaria dirigindo bêbado: “você não tem escrúpulos. Você matou duas pessoas, bêbado… deixou uma terceira paralítica e sequer deu assistência. E cinco meses depois, você invadiu com o carro, bêbado novamente, um ponto de ônibus, graças a Deus não tinha ninguém”.

“É um cara que fala que é honesto, mas recebe auxílio moradia. É um cara que fala que não usa dinheiro público, mas gasta mais de 15 mil reais da sua verba de gabinete para bancar suas redes sociais. Fala que é honesto mas contratou uma empresa que funciona no mesmo endereço que a empresa do jovem filho”, disparou Silvye. Assista abaixo:

*Com 247

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Tony Garcia delata Deltan e mais três procuradores por atos ilegais na Lava Jato

Peça chave na prisão do ex-governador Beto Richa em 2018, o delator Tony Garcia trouxe à tona novas denúncias contra Sergio Moro e procuradores da força-tarefa de Curitiba, em relação a ilegalidades cometidas durante a Operação Lava Jato.

No próximo dia 9, Tony Garcia prestará um novo depoimento à Justiça, no qual detalhará suas queixas contra Moro e os procuradores da Lava-Jato. Além de Moro, o delator cita os procuradores Deltan Dallagnol, Carlos Fernando, Januário Paludo e Diogo Castor, informa a Veja.

Em um depoimento sigiloso, Garcia afirmou ter registrado conversas comprometedoras entre o ex-governador e outras autoridades, a mando de Moro e dos procuradores envolvidos na operação. As provas foram iniciadas clandestinamente e, segundo o delator, foram produzidas em troca de promessas de benefícios na Justiça. Garcia também alega que era obrigado a omitir essa parceria ilegal de seus advogados.

Ainda de acordo com a reportagem, as manifestações de Garcia contra Moro, Deltal e os procuradores da LavaJato, estão agora documentadas em uma petição recentemente enviada ao gabinete do ministro Dias Toffoli no Supremo Tribunal Federal (STF).

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CNJ pode levantar destruição de provas da Lava Jato pelo juiz Bonat

Luis Nassif*

Está nas mãos do corregedor do Conselho Nacional de Justiça, Luiz Felipe Salomão, abrir a caixa preta da Lava Jato.

Há dois caminhos nítidos. Um, o levantamento das manipulações de provas na 13a Vara e na 8a Turma do Tribunal Regional Eleitoral da 4a Região. Outro, a consulta do Spoofing, o banco de dados integral levantado pelos hackers em cima dos aplicativos da operação – o que saiu na Vaza Jato não representa mais que 5% do total.

Em Curitiba, o ponto central de investigações deverá ser na apuração da destruição de provas, perpetrada por procuradores com a anuência do juiz Luiz Antonio Bonat, que sucedeu Sérgio Moro na 13a Vara.

Em sua última manifestação no Supremo Tribunal Federal, o Ministro Ricardo Lewandowski decidiu que os sistemas da Odebrecht – Drousys – foram manipulados.

Notícias já davam contas de que, até um ano antes de terem acesso formal aos sistemas, os procuradores receberam cópias dele através de acordo informal com autoridades suíças. Lembre-se que o principal procurador suíço foi afastado do cargo, tornou-se advogado e veio oferecer seus serviços a empresas brasileiras.

Ora, o que Lewandowski fez, além de anular os sistemas como provas, foi denunciar o crime de manipulação. E os vestígios do crime estavam nos 8 HDs guardados pela 13a Vara, sob comando de Bonat. Segundo informações divulgadas, os HDs foram destruídos – não simplesmente apagados, reformatados, mas destruídos a golpes de marreta -, porque, segundo Bonat, ocupariam muito espaço. Provavelmente não seriam suficientes para encher uma caixa de sapatos.

Bonat alega que transferiu o conteúdo para um lugar seguro. É o mesmo que pegar uma camisa manchada de sangue e mandar para a lavanderia antes de recolher como prova.

Tem mais.

Moro e os procuradores recorriam a espionagem ilegal para obter informações. Uma delas foram os gravadores escondidos em celas de presos da operação. F|oram mantidos em sigilo até a gestão Eduardo Appio. Agora, são públicos.

O segundo foram os grampos efetuados pelo doleiro Alberto Youssef, a mando de Moro.

O terceiro – mais grave – a delação do empresário e playboy Tony Garcia, que grampeou autoridades ilegalmente a mando de Sérgio Moro.

Segundo a reportagem da revista Veja, “Tony Garcia diz que atuava para atingir alvos escolhidos por Moro e que prestava contas das ‘missões’ ao ex-juiz e a procuradores da força-tarefa”

Tem-se um roteiro amplo para saber até onde foi a ocultação de provas n a 13a Vara, depois da saída de Moro e no período Bonat.

*GGN

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Ex-assessor de Lira alvo de operação da PF trabalha na liderança do PP e tem salário de R$ 14,7 mil

Luciano Cavalcante, ex-assessor do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), alvo da Operação Hefesto da Polícia Federal, trabalha na liderança do PP na Casa. Pela função recebe R$ 14,7 mil de salário. Luciano foi indicado para ser assistente técnico no setor em março de 2017, quando o próprio Lira era líder do PP.

A operação da PF investiga suposto superfaturamento na compra de equipamentos de robótica para escolas públicas em Alagoas.

Adeus ao Aerolula? Por que o presidente quer viajar em um novo avião
Em abril, após descontos, Luciano ganhou quase R$11 mil pelas funções desempenhadas na Câmara. Ele trabalha por lá desde 2017. Como mostrou o Estadão, o grupo de deputados mais próximos a Lira viu na ação da PF um movimento que pode interessar a adversários políticos no Estado e até mesmo ao Palácio do Planalto, que trava uma queda de braço contra o presidente da Casa.

Para não se indispor com o governo e com a PF, os aliados apontam, sob reserva, alguns fatos recentes que indicariam movimentos para fragilizá-lo. Lira segurou o quanto pôde a votação da Medida Provisória de Lula que reestruturou a Esplanada. A MP acabou sendo aprovada em cima da hora, no último dia de vigência.

A operação Hefesto se debruça sobre fraudes que teriam ocorrido entre 2019 e 2022. No centro das suspeitas está a empresa Megalic Ltda. Segundo a PF, a companhia foi apenas intermediária na compra dos kits de robótica pelos municípios alagoanos. O entre os sócios da empresa está Edmundo Catunda, pai do vereador de Maceió João Catunda, aliado de Lira.

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Agressão a repórter da Globo, Delis Ortiz, partiu de militar do Exército

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) identificou que o segurança apontado como suposto agressor da jornalista Delis Ortiz, da TV Globo, durante a entrevista com Nicolás Maduro é um membro de uma organização militar do Exército Brasileiro, segundo conta Lauro Jardim, do jornal O Globo. A descoberta veio à tona após a apuração realizada pelo próprio GSI, que revelou que o agressor estava trabalhando em um serviço coordenado pelo órgão, de acordo com o 247.

De acordo com informações obtidas, existe um decreto que estabelece as normas para atuação conjunta entre o GSI e o Exército Brasileiro na segurança do presidente da República em eventos realizados em Brasília. Diante disso, o GSI decidiu abrir uma sindicância para averiguar o episódio, colhendo depoimentos dos envolvidos. Além disso, o órgão pretende convidar a jornalista Delis Ortiz para expor sua versão dos fatos.

Uma das medidas adotadas pelo GSI será a análise das imagens disponíveis, a fim de averiguar se existem indícios de transgressão disciplinar ou mesmo a ocorrência de um crime durante a agressão à jornalista. A instituição ressaltou seu compromisso em conduzir uma investigação minuciosa e imparcial.

Por sua vez, o Exército Brasileiro afirmou que afastou os militares cedidos à segurança presidencial e presentes no episódio até que o processo investigativo seja concluído. O efetivo total do evento contou com a presença de 193 militares, incluindo a área externa. A instituição manifestou sua disposição em colaborar com a investigação em curso.

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Lira criou uma crise para manter governo como refém

De acordo com O Globo, Arthur Lira, presidente da Câmara, é uma figura que articula problemas para manter o governo como prisioneiro do Congresso.

Ao cair da noite de quarta-feira, Lira saiu do seu veículo no Congresso. A reunião já havia sido iniciada antes das dez da manhã, porém os parlamentares aguardavam a chegada do líder máximo da Câmara.

Entre um mar de microfones, ele comunicou que havia uma “insatisfação generalizada” com o Palácio do Planalto. Logo depois, lançou a ameaça de não votar a Medida Provisória que reestrutura governo. Com desdém, afirmou que não se tratava de um assunto crucial para a nação.

Caso a Medida Provisória não tivesse sido aprovada, a equipe de Lula seria desfeita. Dezessete ministérios desapareceriam e a estrutura da Esplanada dos Ministérios voltaria ao formato estabelecido durante o mandato de Jair Bolsonaro, que foi derrotado nas eleições.

Lira pressionou o presidente a abrir os cofres para o centrão. Somente nesta terça-feira (30), o Palácio do Planalto liberou uma quantia de R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares. Mesmo assim, ele ficou tenso até o final da votação, que se estendeu até a madrugada de quinta-feira. “Foi (um processo) doído, foi doloroso”, admitiu o líder do governo, José Guimarães.

O “chefão” do centrão possui habilidade em criar obstáculos para depois oferecer soluções fáceis. Ele transformou a reestruturação dos ministérios, que sempre foi um direito dos vencedores das eleições, em uma mercadoria negociada a um preço exorbitante.

Para evitar uma derrota constrangedora, o governo teve que abrir mão de algumas demandas importantes, e ainda corre o risco de ser obrigado a fazer concessões ainda maiores.

Os aliados do líder da Câmara sussurram uma lista extensa de demandas. Ele deseja recuperar o controle sobre o Orçamento, substituir o ministro das Relações Institucionais e destituir o titular dos Transportes, que é filho de seu maior rival político em Alagoas. Além disso, ele está disposto a aceitar o Ministério da Saúde, que já havia tentado obter durante o período de transição.

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Mauro Cid debochava de pedidos de Carlos para viajar com o pai

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro preso pela Polícia Federal, Mauro Cid debochava de pedidos de Carlos Bolsonaro em mensagens.

Mensagens trocadas entre Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e Célio Faria, ex-chefe de Gabinete da Presidência, em 2021, mostram que os pedidos do vereador Carlos Bolsonaro para acompanhar o pai nas viagens oficiais da Presidência da República eram tratados com deboche por Cid, segundo Guilherme Amado, Metrópoles.

No dia 27 de setembro de 2021, uma semana após a ida de Bolsonaro para a Assembleia-Geral da ONU, Cid disse a Faria que Carluxo gostaria de acompanhar o pai em viagens, mas que não havia sido convidado.

“O Carlos gostaria de acompanhar o pai nas viagens… Mas não foi convidado… Acho que seria interessante dar um toque no PR [presidente]”, escreveu Cid para Faria no WhatsApp.

O ex-chefe de Gabinete de Bolsonaro disse então que não sabia do desejo de Carluxo e que o vereador só seria convidado se avisasse que gostaria de integrar as comitivas. Cid, então, demonstrou que o desejo de Carluxo era ser convidado pelo próprio pai:

“Mas ele quer que o presidente convide. Entendeu?! Hahahahaha… Na guerrilha…”, debochou o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Faria não respondeu.

Naquele ano, Carluxo não integrou a comitiva presidencial para a Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. Dos filhos, apenas Eduardo Bolsonaro acompanhou o pai.

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Delator acusa Moro e procuradores da Lava Jato de obrigá-lo a fazer escutas clandestinas de autoridades

Em novo desdobramento do caso que levou à prisão do ex-governador do Paraná Beto Richa, em 2018, o delator Tony Garcia apresentou denúncias contra o ex-juiz, ex-ministro de Bolsonaro e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e procuradores da força-tarefa de Curitiba, diz o Agenda do Poder.

Segundo o depoimento sigiloso de Garcia, obtido pela Veja, ele teria gravado clandestinamente o ex-governador Richa e outras autoridades da República a pedido de Moro e dos procuradores da Lava Jato, chefiados por Deltn Dallagnol.

Garcia afirma que as evidências, obtidas de forma ilegal, eram produzidas em troca de promessas de benefícios na Justiça. O delator alega que era obrigado a manter em segredo a parceria ilegal com Moro e omitir tal informação de seus advogados.

As acusações contra o ex-juiz foram feitas em depoimento à juíza Gabriela Hardt no ano de 2021, porém o caso ficou parado na 13ª Vara Federal de Curitiba até ser remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo juiz Eduardo Appio, atualmente afastado do cargo.

Ao ser procurado para comentar as acusações, Moro negou veementemente: “Tony Garcia é um criminoso que foi condenado, com trânsito em julgado, por fraude e apropriação indébita. A pedido do Ministério Público e com supervisão da Polícia Federal, resolveu colaborar com a Justiça em investigação de esquemas de tráfico de influência e corrupção , ocasião na qual foi autorizado a gravar seus cúmplices. Este tipo de diligência é autorizada pela lei. Nunca houve qualquer escuta clandestina de conhecimento do senador, à época juiz, Sergio Moro”.

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