Mês: julho 2023

Filhos Zero de Bolsonaro voltam à cena em socorro do pai, em declínio

Juntos, para o céu ou o inferno

Bolsonaro não tinha nada de atravessar a rua para pisar em mais uma casca de banana. Mas esse é seu esporte favorito. Orientou o PL a votar contra a reforma tributária porque ela seria derrotada.

O PL deu 20 votos para aprovar a reforma. Ela teria sido aprovada mesmo sem os 20 votos que ignoraram a voz de comando de Bolsonaro. E ele, mais uma vez, esborrachou-se no chão.

Três dos quatro filhos zero correram a se pronunciar para tirar o pai do foco das críticas. O quarto filho, Jair Renan, ainda não o fez. Está ocupado demais com as mocinhas de Camboriú (SC).

Flávio (PL), o Zero Um, defendeu Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, alvo de ataques dos bolsonaristas mais extremados. Tarcísio apoiou a reforma.

Carlos (Republicanos), o Zero Dois, o mais passional dos garotos, bateu duro em Marcos Pereira, presidente do seu próprio partido, que disse que Bolsonaro, hoje, é um político isolado.

Eduardo (PL), o Zero Três, o mais radical e performático deles, disse que “professores doutrinadores” são piores do que traficantes de drogas, oferecendo-se assim para ser processado – e será.

Família que opera unida permanece unida. Vai junta para o céu ou para o inferno.

*Blog do Noblat

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CPI 8 de Janeiro: citação a ‘visita íntima’ a Mauro Cid gera confusão durante depoimento de ex-auxiliar de Bolsonaro

A CPI do 8 de janeiro foi palco de uma confusão após um parlamentar ironizar a pergunta da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Enquanto a senadora questionava Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, sobre visitas que ele recebe onde está preso, é possível ouvir a voz de um parlamentar tentando interromper e falando “visita íntima”, segundo O Globo.

Eliziane desejava saber sobre o motivo de Cid receber a vista de outros ex-auxiliares de Bolsonaro, como o deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde, e Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

— Eu tive acesso a lista de visitantes que o senhor tem recebido. Agora ultimamente o senhor está recebendo mais familiares. Por que Eduardo Pazuello e Fábio Wajngarten estiveram em algumas visitas com o senhor? — perguntou a senadora. Cid decidiu não responder.

Após o comentário sobre visita íntima, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) reclamou do comportamento na CPI.

— Dizer que é visita íntima é um desrespeito ao depoente. Destacaram aqui atrás. É importante que se mantenha a linha aqui — declarou.

Em meio a tentativa de interromper a senadora, o deputado Marcon (Podemos-RS), de oposição, se manifestou e reclamou do conteúdo da pergunta de Eliziane.

— Não tem nada a ver com a CPI, a gente só está aqui perdendo tempo. É lamentável o trabalho que a relatora está fazendo.

O ex-ajudante de ordens está preso por conta do envolvimento em uma suspeita de fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro e familiares. Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ajudante de ordens pode ficar em silêncio durante as perguntas que o incriminam.

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Petrobras leva calote da Forbes & Manhatam, comprador da Six, diz FUP

A Petrobras levou um calote da empresa canadense Forbes & Manhattan, compradora da refinaria do Paraná, SIX. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a Forbes & Manhattan deixou de efetuar o pagamento de cerca de R$ 140 milhões à estatal, resultando na suspensão das atividades do contrato de Suporte Temporário Administrativo e de Apoio Técnico à Operação da Refinaria (TSA).

“É mais um escândalo que ocorre na SIX, onde a Petrobrás estava prestando serviços para a Forbes & Manhatam em um TSA (Suporte Temporário Administrativo e de Apoio Técnico à Operação da Refinaria) que não estava sendo pago, o que demonstra a incapacidade financeira e operacional desse grupo que comprou a refinaria do Paraná na bacia das almas, com a ajuda de ex-gerentes da Petrobrás”, destaca o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.

De acordo com Bacelar, o calote dado pela empresa canadense é estimado em cerca de R$ 140 milhões, e levou a Petrobras a suspender as atividades do contrato de TSA entre a Paraná Xisto S.A (a Unidade de Industrialização do Xisto – SIX) e a estatal.

A suspensão do contrato por falta de pagamento e descumprimento de regras foi comunicada pela Petrobrás por meio de nota aos petroleiros.

A SIX, situada em São Mateus do Sul, no Paraná, foi privatizada em novembro de 2022, ao apagar das luzes do governo Bolsonaro, comprada pelo grupo canadense Forbes & Manhattan (F&M). Pelo contrato, a Petrobrás seguiria administrando a unidade até que a nova empresa constituída (Paraná Xisto) pudesse operar sozinha. Enquanto isso, a Petrobras seria remunerada pelo trabalho.

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Bolsonaro e a banalização do mal

A declaração de Eduardo Bolsonaro contra os professores revela que a morte de mais de 700 mil brasileiros por Covid, por culpa exclusiva de Bolsonaro, foi algo banal para seu clã e adoradores.

Essa banalização não é aleatória, trata-se de um conceito de uma doutrina macabra que está embutida no pacote bolsonarista.

Bolsonaro e seu partido nazista foram responsáveis ​​pela morte e pelo massacre de centenas de milhares de brasileiros por Covid. O genocídio bolsonarista foi uma medida brutal seguida, como doutrina, pelo governo Bolsonaro.

Foram cerca de 700 mil mortos por Covid naquele período.

Bolsonaro, o principal responsável por essa atrocidade, não foi julgado, mesmo depois da CPI do genocídio escancarar a sua total culpa nesse morticínio.

Essa foi a principal obra do governo Bolsonaro. As famílias das 700 mil vítimas do nazismo brasileiro, que sofrem até hoje pela perda de entes queridos, parecem esquecidas pela justiça, mas também pela grande mídia.

O mal que Bolsonaro praticou, foi um mal constante em que ele, além de se negar a comprar as vacinas, usava o aparato estatal para propagar suas sandices a favor da disseminação do vírus, indo pessoalmente às ruas para aglomerar e dar um péssimo exemplo para a sociedade.

Com isso, Bolsonaro, por conta e risco, transformou-se no maior responsável por mortes por covid no mundo. Nenhum outro governante chegou perto do número macabro de mortes que Bolsonaro produziu.

Então fica a pergunta: COMO É POSSÍVEL COMBATER A BANALIDADE DO MAL QUE O BOLSONARISMO CAUSOU SEM PUNIR SEU PRINCIPAL RESPONSÁVEL PELO GENOCÍDIO?

A falta de reflexão crítica sobre essa tragédia, provocada pelo clã Bolsonaro, é assombrosa. O problema é que a ausência de pensamento se traduz na banalidade do mal, nos reiterados crimes cometidos por bolsonaristas, como o de Eduardo Bolsonaro contra os professores.

Eduardo quer reviver o clima de ódio que levou seu pai ao poder e tentar remontar as cenas macabras daquele período.

Algo mais efetivo precisa ser urgentemente feito para que o ódio não ganhe asas novamente em pleno governo de Lula.

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Hacker diz à PF que Zambelli lhe pediu para invadir urna eletrônica ou contas de Moraes

Walter Delgatti Neto também afirma que deputada fez o texto original da ordem de prisão contra Moraes. Procurada, a assessoria dela não se manifestou.

O hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti Netto, disse em depoimento à Polícia Federal que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) lhe pediu para invadir as urnas eletrônicas ou, caso não conseguisse, a conta de e-mail e o telefone de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo o G1.

Segundo o blog apurou, o hacker disse que o pedido foi feito em setembro de 2022, num encontro entre os dois na Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo. À época, as pesquisas mostravam Lula (PT) à frente de Jair Bolsonaro (PL) na corrida eleitoral, e o então presidente da República e seus apoiadores vinham atacando, sem provas, a segurança do sistema eleitoral.

No depoimento, ainda de acordo com a apuração do blog, Delgatti admitiu que não conseguiu acessar o sistema da urna eletrônica nem o celular de Moares, e que não que não encontrou nada de comprometedor na conta de e-mail do magistrado, à qual teve acesso em 2019, quando invadiu aplicativos de outras autoridades.

Preso naquele ano por conta desses acessos, Delgatti foi posto em liberdade, mas voltou a ser detido em junho, por descumprimento de medidas judiciais – ele estava proibido de acessar a internet, mas afirmou em entrevista estar cuidando do site e das redes sociais de Zambelli.

Após a nova detenção, Delgatti foi ouvido pela PF num inquérito que investiga a invasão do sistema de mandados de prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a inclusão de uma falsa ordem de detenção de Moares.

O blog procurou a assessoria de Zambelli, que não se manifestou até a publicação deste post. O advogado de Delgatti, Ariovaldo Moreira, informou que a defesa não iria se manifestar sobre o assunto.

A assessoria de Moraes informou que não comenta investigações em andamento.

Invasão ao CNJ

Delgatti contou que a criação da falsa ordem de detenção de Moraes foi uma ideia dele, como uma espécie de alternativa – já que Zambelli, segundo ele, queria alguma coisa que pudesse demonstrar a fragilidade da Justiça brasileira.

O hacker diz ter contado à deputada que tinha acesso ao sistema do CNJ e sugerido a emissão da ordem de prisão.

Zambelli, segundo o hacker, ficou empolgada, redigiu o documento e enviou para que Delgatti o incluísse no sistema. O hacker afirmou à PF que fez algumas alterações para corrigir falhas de português e emitiu o documento.

Entorno de Bolsonaro teme delação
Como o blog mostrou, a prisão de Delgatti tem assombrado o entorno de Bolsonaro, que teme uma delação. O hacker se reuniu com o então presidente em agosto de 2022 – antes, portanto, do encontro com Zambelli. Na ocasião, o núcleo bolsonarista quis saber detalhes do sistema de urnas eletrônicas.

No depoimento, Delgatti confirmou o encontro com Bolsonaro.

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Paciente amputado das duas pernas é jogado, com fralda, na calçada pelo hospital Pedro II, na Zona Oeste

Um homem que teve as pernas amputadas foi abandonado por profissionais de saúde na porta do hospital municipal em que estava internado em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, na segunda-feira (10/7). Ainda usando uma sonda, o paciente não identificado foi deixado sozinho na calçada, sob o sol e sem qualquer assistência, segundo o Agenda do Poder.

Ele foi encontrado pela professora Tatiana Cristina de Almeida Borges, de 44 anos, após ter sido deixado na porta do Hospital Municipal Pedro II pelos próprios maqueiros da unidade. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que os dois funcionários foram demitidos.

“Nós o encontramos um pouco mais longe da porta do hospital. Os lojistas que estavam lá contaram que os maqueiros falaram que iam deixar em um lugar mais distante para não dar problema para eles. Acontece que a gente que levou ele para a porta. Ele estava de fralda, de sonda, sem condições de resolver nada. Deixaram ele ali podendo pegar uma infecção generalizada, sem amparo”, declarou a professora.

Ainda de acordo com Tatiana Cristina, o homem contou que foi deixado na rua após a assistente social do hospital afirmar que “não poderia fazer mais nada por ele”. A professora alega que ele disse que preferia não passar o contato de familiares.

“Eu fiquei indignada com aquilo tudo, então procurei a coordenação do hospital. Eles me falaram que ele não queria ligar para a família e foi uma escolha dele ir embora”, contou.

“Porém, o homem me contou que a assistente social disse que não poderia fazer mais nada por ele e que ele estava ocupando o leito de uma pessoa que precisava. Sendo assim, ele só falou que poderiam tirá-lo dali. Acontece que ele claramente não poderia ser deixado daquele jeito no meio da rua, jogaram feito lixo”, prosseguiu.

Segundo a coordenação do hospital, o paciente era conhecido da unidade de saúde, e supostamente tinha um “quadro de rebeldia”. O homem teria sido abandonado após deixar um abrigo em Búzios. Além de Tatiana, outras pessoas que passaram pelo local se comoveram com a situação e prestaram auxílio.

“Ele estava em um abrigo em Búzios, sendo cuidado por um pastor, que depois não estava mais conseguindo arcar com os custos e o largou no hospital. Ele não recebe dinheiro nenhum, nada do governo. O próprio hospital acionou o Ministério Público, fizeram esse papel certinho, mas erraram ao deixá-lo nessas condições. Duas pessoas viram aquela cena e começaram a chorar, compraram comida para ajudar”, explica a professora.

A mulher tentou obter mais informações sobre o paciente para fazer o acompanhamento dele, mas o hospital negou o pedido. Depois da intervenção, segundo Tatiana, o homem foi levado novamente para um leito da unidade.

Em nota ao O Globo, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que “há um processo de apuração dos fatos em andamento, e os dois funcionários que levaram o homem para fora do hospital foram demitidos”.

Também à reportagem, o Hospital Municipal Pedro II informou que “tentava articulação com uma instituição de acolhimento para recebê-lo, quando outros funcionários atenderam ao pedido do usuário para ser levado para fora, pois ele se negava a permanecer no hospital, informando que teria alguém para buscá-lo”.

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Assista ao vivo: o depoimento do coronel Mauro Cid na CPMI dos atos golpistas

Ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, coronel Mauro Cid, presta depoimento à CPMI dos atos golpistas.

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Conar abre processo ético contra Volkswagen por uso de imagem de Elis em propaganda

A cantora, que já morreu, aparece fazendo dueto com sua filha graças ao uso da Inteligência Artificial (IA)

O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) instaurou um processo ético para investigar o anúncio em que a Volkswagen usa a imagem de Elis Regina em uma propaganda da marca. A peça é assinada pela agência AlmapBBDO, segundo Mônica Bergamo, Folha.

A cantora morreu em 1982.

Segundo o Conar, a representação foi aberta depois de queixa de consumidores que “questionam se é ético ou não o uso da Inteligência Artificial (IA) para trazer pessoa falecida de volta à vida como realizado na campanha”.

O processo analisará se herdeiros podem autorizar o uso da imagem de uma pessoa que já morreu para uma peça criada por meio de IA em cenas das quais ela não participou em momento algum de sua vida e que são, na verdade, ficcionais.

Na propaganda, Elis Regina aparece dirigindo uma velha Kombi e, como se ainda estivesse viva, faz dueto com a filha dela, Maria Rita, que comanda um outro automóvel.

A publicidade gerou grande polêmica nas redes sociais. Além do uso da Inteligência Artificial, foi lembrado que Elis sempre combateu a ditadura militar no país, enquanto a VW apoiava o regime.

De acordo com o conselho, que regulamenta a atividade das agências de publicidade, o caso será examinado à luz do código que autorregulamenta a propaganda no país, à luz dos “princípios de respeitabilidade, no caso o respeito à personalidade e existência da artista, e veracidade”.

O Conar vai avaliar, portanto, também o fato de a publicidade não ter alertado os espectadores de que usava Inteligência Artificial para criar a cena.

Isso pode ter levado uma parte do público, especialmente aquele mais jovem, que não conheceu a artista, a acreditar que se tratava de uma pessoa real e que Elis Regina ainda estivesse viva.

A publicidade pode, assim, ter gerado confusão entre ficção e realidade. E o Conar vai analisar se ela ultrapassou os limites éticos que toda peça de propaganda deveria seguir.

“Questiona-se a possibilidade de tal uso causar confusão entre ficção e realidade para alguns, principalmente crianças e adolescentes”, diz o órgão.

Segundo o Conar, o caso deve ser julgado em até 45 dias.

Não há hoje no Brasil um regramento definido sobre o uso da Inteligência Artificial (IA), o que torna o desafio do Conar ainda maior.

Segundo a montadora, a campanha fez uso da tecnologia deepfake para retratar Elis, que morreu em janeiro de 1982, aos 36 anos.

À coluna, o produtor musical João Marcello Bôscoli, filho mais velho de Elis Regina, disse que se “emocionou muitíssimo” ao ver o comercial. “Ver a Elis cantando ao lado da filha que ela não viu crescer, isso me comoveu muito”, afirmou.

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Nova gravação de Tony Garcia incrimina Januário Paludo e Carlos Fernando, os mentores da Lava Jato

Joaquim de Carvalho*

Além de Sergio Moro, o empresário Tony Garcia gravou conversas com os procuradores da república. Neste novo trecho, que o 247 divulga com exclusividade, Januário Paludo e Carlos Fernando falam sobre a interceptação de um deputado federal, José Janene, que eles não poderiam investigar.

Era 2005, e Tony Garcia, após três meses de prisão, era um agente infiltrado de Moro e conversava com o então juiz e também com os procuradores da república que trabalhavam sob a coordenação de Moro, o que é ilegal. Como Tony Garcia contou ao 247, sua missão era atrair e gravar ilegalmente 32 autoridades, a maioria com o chamado foro privilegiado.

Na conversa que Tony divulga agora, Carlos Fernando dos Santos Lima demonstra que acompanhava online as interceptações. Carlos Fernando diz que sabia que ele havia conversado com o então deputado federal e também com o advogado Roberto Bertholdo.

Para o empresário e ex-agente infiltrado, isso demonstra que havia algum aparelho para recepcionar a escuta telefônica no próprio Ministério Público Federal em Curitiba.

Normalmente, as escutas são determinadas pela Justiça e monitoradas pela Polícia Federal, que envia os relatórios com o conteúdo da interceptação ao juiz que autorizou a medida.

Onze anos depois dessas escutas, Moro divulgou uma conversa da então presidente Dilma Rousseff com Lula horas depois de ocorrer, o que já levantou, na época, a suspeita de que o procedimento de escuta não seguia o protocolo. Ou seja, o próprio Moro sabia na hora o que seus principais alvos falavam.

No caso do grampo de Dilma Rousseff, sua realização foi ilegal e sua divulgação também, mas nada ocorreu com o então juiz, que pediu desculpas ao Supremo Tribunal Federal, por usurpar a competência da corte. Em 2005, como mostra a conversa gravada por Tony Garcia, a Lava Jato já ultrapassava os limites de sua jurisdição.

A conversa divulgada agora por Tony Garcia também mostra o interesse dos procuradores pelas gravações que o advogado Roberto Bertholdo mantinha em seu poder. Uma delas seria o registro em vídeo da festa da cueca que reuniu, no hotel Bourbon, em Curitiba, desembargadores e garotas de programa, em novembro de 2003.

Segundo Tony, Moro pressionou para ter o vídeo, mas, após consegui-lo, não teria juntado a nenhum processo. Por isso, o ex-agente infiltrado acredita que o então juiz tenha usado o vídeo para chantagear desembargadores do TRF-4, onde passou a ter poder incomum para quem atuava na primeira instância.

Ouça:

*247

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Desaparecendo: Menções sobre Bolsonaro nas redes despencam mais de 80% após inelegibilidade

Um levantamento feito pela agência de inteligência e dados .MAP aponta a queda de 81% nas citações em redes sociais sobre Jair Bolsonaro. Os dados levam em conta os dias que sucederam sua inelegibilidade, segundo Bela Megale, O Globo

Na semana do julgamento que culminou na condenação do ex-presidente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro liderou as menções entre os dias 22 de junho e 2 de julho. Dados da .MAP mostram que o capitão ocupou 51,9% das citações no Twitter e Facebook dos 1,4 milhão de posts analisados por dia pela empresa naquele período.

O número de citações ao ex-presidente, no entanto, caiu para 28,54% entre os dias 3 e 6 de julho, segundo o levantamento.

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