Mês: agosto 2023

O que está por trás da mudança de Bolsonaro sobre a retomada das joias

Os advogados de Jair Bolsonaro colocarão em prática uma nova estratégia de defesa e pedirão ao Tribunal de Contas da União (TCU) a devolução das joias que entregaram em março à Caixa Econômica Federal por ordem da corte. A informação foi revelada pela colunista Mônica Bergamo, da “Folha de S.Paulo”. Mas qual a razão deste cavalo de pau planejado pelo ex-presidente?

Segundo envolvidos na decisão, a resposta é objetiva: “é a única tese possível e sustentável nesse momento”.

Jair Bolsonaro foi emparedado pela operação da Polícia Federal realizada neste mês que mostrou venda e recompra de um Rolex e demais peças de um conjunto de joias para devolver ao TCU. O advogado Paulo Bueno, que capitania a defesa do ex-presidente, diz que a manobra não é uma mudança de estratégia, mas um “acréscimo”, diz Bela Megale, O Globo.

A coluna apurou que, após debates e conversas entre membros da defesa e conselheiros jurídicos com o próprio Bolsonaro, ficou evidente que o único caminho viável diante de tantas provas da PF é voltar à carga na tese de que as joias eram bens personalíssimos.

Essa estratégia é vista como um meio para tentar derrubar premissas de crimes que devem ser imputados a Bolsonaro, como peculato, que ocorre quando um servidor se apropria de algo que não é seu, além de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Quando o escândalo das joias foi revelado em março, parte dos advogados do ex-presidente defendeu que ele não entregasse os bens para o TCU e que enfrentasse a causa destacando que as joias eram um bem privado. Um dos argumentos era o de que a corte de contas não tem poder de estabelecer marcos legais e que isso deve ser feito pelo Legislativo. Em paralelo, o senador Flávio Bolsonaro tem afirmado que o Congresso precisa estabelecer leis sobre presentes dados a presidentes.

Questionado pela coluna por que a defesa não insistiu que as joias eram de Bolsonaro e por que não pediu para reavê-las por meio judicial quando as entregou por ordem do TCU, o advogado Paulo Bueno respondeu:

— A gente talvez, nesse momento, esteja sendo mais demandado por esse tópico da defesa, mas não houve mudança (de estratégia). Talvez colocamos uma coisa a mais. O bem está depositado lá foi por iniciativa nossa. A minha linha vai ser dizer ao TCU que esse bem era do acervo privado de interesse público. Se o tribunal entender que não, vamos judicializar — afirmou Bueno.

Perguntado por que antes de vender o Rolex e tentar comercializar outros bens, Bolsonaro não fez a oferta para a União, como é previsto em lei, o advogado disse:

— Não estou entrando nesta questão desses últimos fatos porque não são significativos para mim se vendeu ou não, se recomprou ou não. Nem tive acesso aos autos para responder e decantar isso. Vou responder em tese. Uma coisa é fato: não houve nenhum pedido de preferência por parte de Bolsonaro para a União para vender qualquer coisa. Se tentaram vender ou recomprar é outra história.

Bueno afirma que essa tarefa era “competência do staff de Bolsonaro” e que ele não sabia da demanda:

— Isso é uma irregularidade administrativa. Não se transforma um bem privado em público porque se esqueceu de dar direito de preferência à União. O máximo que pode acontecer é anular o negócio ou ter que indenizar a União. Ao se falar em direito de preferência, isso ratifica que o bem é dele (Bolsonaro).

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Polícia apreendeu celular e HD, diz advogado de Renan Bolsonaro

O advogado de Jair Renan Bolsonaro, Admar Gonzaga, comunicou ao Poder 360 nesta quinta-feira (24) que a Polícia Civil do Distrito Federal efetuou a apreensão do celular, um disco rígido (HD) e anotações pertencentes ao filho de Jair Bolsonaro (PL). Essas ações ocorreram no âmbito das diligências realizadas em relação a alegações de lavagem de dinheiro.

Por meio de um comunicado, Gonzaga declarou que Renan recebeu a notícia com surpresa, mas que mantém tranquilidade absoluta diante da operação em curso. “Não houve condução de Renan para depoimento ou qualquer outra medida. A defesa informa que foi recém-constituída, e que, por isso, não obteve acesso aos autos da investigação ou informações sobre os fundamentos da decisão”. Admar Gonzaga foi ministro efetivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 2017 e 2019, nomeado por Michel Temer (MDB)

Renan Bolsonaro está sob investigação por suspeita de envolvimento em estelionato, falsificação de documentos, evasão fiscal e lavagem de dinheiro. Além dele, outras duas pessoas também foram alvo das buscas realizadas na manhã desta quinta. Conforme informações da Polícia Civil, foram executados dois mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em localidades como Brasília e Santa Catarina. >>> Quem é Maciel Carvalho, amigo e instrutor de tiro de Jair Renan preso nesta quinta

A investigação delineou que o grupo operava por intermédio de um testa de ferro e de entidades fictícias. As autoridades policiais alegam que os suspeitos utilizavam a identidade falsa de Antônio Amâncio Alves Mandarrari para abrir contas bancárias e estabelecer-se como proprietários de entidades jurídicas fictícias. “Os policiais civis ainda descobriram que os investigados forjam relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, usando dados de contadores sem o consentimento destes, inserindo declarações falsas com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, além de manter movimentações financeiras suspeitas entre si, inclusive com o possível envio de valores para o exterior”, diz a polícia.

A ação policial recebeu o nome de “Nexum,” fazendo referência ao antigo instituto contratual do direito romano, que simbolizava a transferência de dinheiro e a transmissão simbólica de direitos. No total, 35 agentes da Polícia Civil de Brasília e Santa Catarina participaram das operações de busca.

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Putin rompe silêncio, envia condolências a família do líder do grupo Wagner e diz que vai investigar queda de avião

Presidente russo fala sobre caso quase 24 horas depois de aeronave cuja lista de passageiros tinha o nome de Yevgeny Prigozhin. Antigo aliado do líder russo, Prigozhin liderou rebelião contra seu governo. Morte ainda não foi confirmada.

Quase 24 horas após a queda de um avião em Moscou cuja lista de passageiros tinha o nome do líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozohin, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, rompeu o silêncio sobre o caso.

Em discurso transmitido pelas TVs do país, Putin, antigo aliado de Prigozhin, enviou condolências a família do líder do grupo de mercenários. A morte, no entanto, não havia sido confirmada por nenhuma autoridade de forma oficial até a última atualização desta notícia.

Na quarta-feira (23), após a notícia de que um avião de passageiros de pequeno porte havia caído nos arredores de Moscou, a imprensa local divulgou que Prigozhin estava na aeronave. Mais tarde, a agência civil de aviação russa confirmou que o líder do grupo Wagner figurava na lista de passageiros e chegou a embarcar.

“(Prigozhin) era uma pessoa com um destino complicado, e cometeu erros graves na vida, mas também procurou alcançar os resultados necessários – tanto para si como no momento em que lhe pedi, pela causa comum, como nestes últimos meses”, declarou o presidente russo.

Sobre a causa ainda desconhecida da queda do avião, Vladimir Putin disse que “é preciso esperar o que dirão os investigadores do caso” e afirmou não ter pressa para solucioná-lo.

Sem mencionar o rompimento recente entre os dois, Putin chamou Prigozhin de um “empresário talentoso” e disse conhecê-lo desde os anos 1990.

Os dois eram fortes aliados, mas romperam após o mercenário liderar uma rebelião contra o governo russo em protesto pela falta de envio de equipamentos e armas a tropas do grupo Wagner que lutam na Ucrânia ao lado da Rússia.

Em discurso após o motim do grupo Wagner, que aconteceu em junho e durou cerca de 24 horas, Putin chegou a chamar seu antigo amigo de um traidor.

A família de Prigozhin também não havia se pronunciado até a última atualização desta notícia.

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O Comparsa

Jair Renan é alvo de uma operação da Polícia Civil do DF sobre suspeita de crime de estelionato e lavagem de dinheiro.

Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi alvo nesta quinta-feira (24) de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal relacionada a um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, segundo a Folha.

Os investigadores cumpriram dois mandados de busca contra Renan, um em Balneário Camboriú (SC), onde ele mora atualmente, e um outro em Brasília.

“Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Distrito Federal e em Santa Catarina. No Distrito Federal as ordens foram cumpridas em Águas Claras e no Sudoeste, em desfavor do alvo principal e dois comparsas”, afirmou, em nota, a Polícia Civil do DF.

Um dos “comparsas” seria Renan, segundo as investigações. Foram apreendidos nos endereços vinculados a ele um celular, um HD e alguns papeis com anotações.

A polícia prendeu o mentor do esquema e tenta capturar um segundo envolvido, que teve decretada sua prisão, mas que se encontra foragido. Essa segunda pessoa, de acordo com a corporação distrital, e também procurado por crime de homicídio ocorrido no Distrito Federal.

O inquérito apontou a “existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, ‘testa de ferro’ ou ‘laranja’, para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas ‘fantasmas’, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas”, diz o comunicado da polícia.

O caso está a cargo da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária, da área de combate à corrupção e ao crime organizado da Polícia Civil do DF. A operação foi batizada de Nexum.

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Um general chora pelos cantos. Outro, cala-se e se esconde

O tenente-coronel Mauro Cid irá depor outra vez. Fardado?

Você ouviria calado mentiras que manchassem sua honra? Ou as repeliria na hora, indignado, e processaria quem as fez?

Comandante do Exército do governo Bolsonaro, depois ministro da Defesa, o general Paulo César Nogueira está calado.

Finge desconhecer que a mando de Bolsonaro, em agosto do ano passado, o hacker Walter Delgatti foi ao Ministério da Defesa.

Delgatti disse à CPI do Golpe que esteve no ministério pelo menos cinco vezes para reuniões com técnicos militares.

À Polícia Federal descreveu a sala onde ocorreram as reuniões e contou que sempre entrava no ministério pela porta dos fundos.

Em pauta, a segurança ou vulnerabilidade das urnas eletrônicas. A Bolsonaro Delgatti disse que as urnas não eram vulneráveis.

Mas Bolsonaro chegou a propor-lhe que montasse uma urna onde, digitado o número 22, do PL, apareceria o 13, do PT.

A falsa urna seria exibida durante os festejos do dia 7 de setembro, em Brasília, e mais tarde no Rio de Janeiro.

Delgatti não topou. E agora que está preso e condenado a 20 anos e 1 mês de cadeia, resolveu contar o que sabe ou diz saber.

Por que o general Paulo Cesar Nogueira não fala? Por que não o desmente, e com toda razão, o achincalha?

Se não quer ele mesmo fazer isso para não se rebaixar a Delgatti, por que não se vale de uma nota ou de um advogado?

O ministro José Múcio Monteiro Filho, que sucedeu a Nogueira no cargo, quer saber quais militares estão sendo investigados.

A Polícia Federal se recusa a dizer porque a investigação corre em segredo de justiça. O ministro Alexandre de Moraes, não diz.

Monteiro Filho alega que assim fica difícil colaborar com as investigações. Tem razão, mas é melhor para ele.

Os militares são uma corporação. Entre eles, predomina o espírito de corpo. Todos se protegem. Ninguém entrega ninguém.

O Exército impediu várias vezes a entrada da Polícia no acampamento dos golpistas porque entre eles havia militares.

A mulher do general Villas Boas, ex-comandante do Exército a quem Bolsonaro deve tantos favores, esteve no acampamento.

E como ela, muitas outras mulheres, filhos de militares da ativa e da reserva, sobrinhos e amigos. A família militar em peso.

O general Mauro Cesar Lourena Cid chora pelos cantos, arrependido de ter-se metido com a venda das joias roubadas.

Seu filho, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, chora pelo pai desde que foi preso em maio.

Autorizado pelo Exército, Mauro Cid apresentou-se fardado para depor à CPI do Golpe. Hoje irá depor a outra CPI. Fardado? A ver.

*Blog do Noblat

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Mensagem de Bolsonaro com conteúdos falsos foi replicada por aliados e abasteceu canais extremistas

Ex-presidente admitiu ter compartilhado o conteúdo e afirmou não ver qualquer irregularidade no que fez.

A mensagem em que Jair Bolsonaro atacou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, levantou dúvidas a respeito da segurança do sistema eleitoral e disseminou informações falsas sobre um instituto de pesquisa foi replicada por pelo menos seis aliados do ex-presidente e canais extremistas, que somam 320 mil seguidores. Além disso, ontem, o ex-titular do Palácio do Planalto não só admitiu ter compartilhado o conteúdo, como demonstrou não ver qualquer irregularidade no que fez.

O caminho das mentiras espalhadas virtualmente por Bolsonaro foi mapeado em duas frentes. Um levantamento do professor da USP e colunista do GLOBO Pablo Ortellado identificou que o texto foi compartilhado no Facebook pelo ex-major e militar reformado Ailton Barros, o deputado federal Cabo Gilberto (PL-PB) e o ex-candidato ao Senado Coronel Menezes (PL-AM). Juntos, eles contam com 234,6 mil seguidores. O estudo mostra que Léo Índio, primo dos filhos de Bolsonaro, divulgou o mesmo conteúdo no Instagram, em que ele era seguido por 51 mil pessoas (hoje a conta está suspensa).

Já no Telegram, o deputado federal André Fernandes (PL-CE) aparece como o primeiro a ter passado adiante a mensagem, de acordo com uma análise do Laboratório de Humanidades Digitais da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O parlamentar esteve na mira do STF por suspeita de ter incentivado os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Ele tem 37,2 mil inscritos e replicou o texto 32 minutos após recebê-lo de Bolsonaro, alcançando 7,4 mil visualizações.

Além desses cinco nomes, o empresário Meyer Nigri respondeu a Bolsonaro dizendo que mandou o texto a outras pessoas. O caso veio à tona a partir da investigação da Polícia Federal. Em junho do ano passado, um contato identificado como “Pr Bolsonaro 8” — que a PF afirma ser do ex-presidente — enviou a Nigri uma mensagem afirmando que Barroso cometeu “interferência” e “desserviço à democracia” por atuar contra a adoção do voto impresso. O texto ainda afirma, sem provas, que o Datafolha estaria “inflando” os números do então pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva para “dar respaldo” ao TSE. Ao final, a mensagem dizia: “Repasse ao máximo”.

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Polícia do DF faz busca e apreensão em casa do 04 de Bolsonaro, Jair Renan

Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é alvo de operação da Polícia Civil do Distrito Federal na manhã desta quinta-feira (24/8). São cumpridos, com apoio da Polícia Civil de Santa Catarina, dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados a ele, um em Brasília e outro em Santa Catarina.

A operação, que mira em um esquema de estelionato, também tem outro alvos e cumpre outros três mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva. De acordo com a corporação, a ação da polícia apura crimes contra a fé pública e associação criminosa.

A Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil, comanda a operação.

*Com informações do Correio Braziliense

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Moro pode hackear a presidência da República, mas Delgatti hackear a República de Curitiba, é crime

Por mais que a unidade corporativista do judiciário seja uma cosa nostra tropical, fica difícil explicar questões latentes na vida nacional.

Sergio Moro, de forma criminosa, hackeou o telefone da presidenta Dilma, editando a gravação de sua conversa com Lula para, de maneira ainda mais criminosa, repassá-la à Rede Globo de Televisão para ser exibida no Jornal Nacional.

Ou seja, a ação do então juiz da 13ª Vara de Curitiba foi 100% delinquente, fora da lei e criminosa, no entanto, Moro seguiu cumprindo à risca sua obstinada caça a Lula, com sua vigarista Lava Jato, sem ser incomodado, mantendo-se impune e intocável.

Não falamos teoricamente do bandido, mas do juiz nessa lógica civilizatória, porém o juiz agiu como tal, sem que um único procurador lhe incomodasse, menos ainda o judiciário.

Teori Zavaski deu, no máximo, um pito em Moro e, lógico, o juiz mau-caráter pediu escusas e tudo voltou a zero a zero, mas ajudou os golpistas a derrubarem a presidenta Dilma.

Vamos colocar um lente nesse episódio que foi desnatado pela mídia para parecer que o crime de Moro, na verdade, foi um ato heroico, assim como a condenação e prisão de Lula, sem nunca apresentar um cisco de prova de seus crimes.

Imagina se fosse Lula e não Moro e Dallagnol que quisesse surrupiar R$ 2,5 bilhões da Petrobrás para a criação de uma suposta fundação privada em que os próprios lavajatistas administrariam em nome, claro, do combate à corrupção.

Se não fosse a então PGR Raquel Dodge e o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, que tiraram deles o pão da boca, os gatunos de Curitiba teriam abocanhado a grana pública bilionária que não se sabe aquilatar.

Mas eles jamais responderam criminalmente pela tentativa de uma espécie de trem pagador do século XXI.

É difícil entender por que Delgatti, por ter hackeado os hackeadores de Dilma, foi condenado a 20 anos de prisão, enquanto os demais seguem arrotando combate à corrupção e outras comédias mais.

Obs. aqui não se teve a intenção, para não abrir demais o leque, falar do que foi revelado na trama macabra entre o juiz Sergio Moro e seu ajudante de ordens, chefe da Força-tarefa, Deltan Dallagnol.

O que se pode dizer, sem medo de errar, é que há uma podridão institucional nesse país de igual monta entre Bolsonaro e seus generais e Moro e seus juízes.

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Vídeo: Bolsonaro é hostilizado em avião: “tá fugindo da Polícia Federal?”

Jair Bolsonaro (PL) foi hostilizado nesta quarta-feira (23) em um voo que partiu de Brasília (DF) com destino à cidade de São Paulo (SP), onde ele deu entrada no Hospital Vila Nova Star para exames de rotina. Uma passageira perguntou se o ex-ocupante do Planalto estava fugindo da Polícia Federal. Outras pessoas aplaudiram Bolsonaro e gritaram ‘mito’.

A Polícia Federal intimou Bolsonaro a prestar depoimento no próximo dia 31 sobre o caso das joias. Também foram intimados Frederick Wassef, advogado do ex-chefe do Executivo federal, e outros auxiliares. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu autorização para a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro (PL), da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

Investigadores apuram a venda ilegal de itens de luxo. Por lei, presentes de outros países devem pertencer ao Estado brasileiro, e não podem ser incorporados a patrimônio pessoal.

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Sou responsável pelas 700 mil mortes de brasileiros sim, qual o problema?

Em última análise, Bolsonaro deixou claro que não acredita que será punido por seus incontáveis crimes, pior, ele tem razão quando diz “mandei, qual o problema?” Em resposta à pergunta da Folha se ele havia mandado fake news para o empresário sem escrúpulos Meyer Nigri, com o pedido de “espalhe ao máximo”.

Ora, não é a mesma Folha que, dia desses, contestou sua possível prisão?

A Folha suprimiu qualquer lembrança recente de um sujeito responsável pelo morticínio criminoso de mais de 700 mil brasileiros, como se as vidas ceifadas de centenas de milhares de pessoas não tivessem qualquer importância, como se ninguém chorasse a perda de seus entes queridos, por culpa exclusiva de um presidente que fez tudo o que podia para não só desdenhar da vacina, como vender aos quatros cantos do país a ideia de que medicamentos ineficazes, como a Cloroquina, curariam as pessoas e, portanto, elas não precisariam tomar vacinas, usarem máscaras e manterem o distanciamento social.

E o que vimos? uma multidão de zumbis verde e amarelo seguir à risca o que um irresponsável, que fazia questão de aglomerar para disseminar e potencializar a contaminação do coronavírus nBrasil como um todo.

Essa irresponsabilidade chegou a matar mais 4 mil pessoas por dia, num país que tem o melhor sistema de vacinação do mundo, tragédia que jamais aconteceria se o Brasil tivesse um presidente responsável, os brasileiros teriam a vacina na hora certa, o que reduziria as mortes a 5%., o que não é pouco. Acontece que Bolsonaro é que banalizou os números para dizer, em outras palavras, que a preocupação com os brasileiros vitimadas pela covid era uma tolice e que isso não tinha a menor importância.

Bolsonaro, não satisfeito, usou bilhões em verba pública para patrocinar canais na internet e no sistema de comunicação do país, como a Jovem Pan, para que seus asseclas reforçassem todas as fake news cretinas e criminosas que Bolsonaro mandava, e ainda diz, “mandei sim, qual o problema?”

Debochou das pessoas com covid e falta de ar sim, era essa a ideia, foi para isso que os bolsonaristas votaram nele, qual o problema?

Pelo jeito, nenhum, porque até hoje não foi responsabilizado por qualquer morte, o que não faz sentido e não tem a menor explicação.

Bolsonaro é bicho, corrupto. Seu clã comprou e exibiu na cara dos brasileiros quatro mansões hollywoodianas, verdadeiros castelos de ostentação que, na compra mais escandalosa de uma delas, a de Flávio, foi justificada dizendo que havia comprado a mansão, avaliada em R$ 16 milhões com os lucros de uma lojinha de chocolates de 30 metros quadrados. O cínico, arrogante, ainda chamou o hacker Delgatti de criminoso, assim como agrediu Renan Calheiros na CPI do genocídio.

Tudo isso se dá porque o clã inteiro carrega com ele a certeza que ficará impune sim, qual o problema? Afinal, a mídia e a justiça brasileiras não veem qualquer problema nos incontáveis crimes praticados por esse selvagem que deveria estar enjaulado há muito tempo, mas ainda esperam provas de que Bolsonaro é um criminoso sim, qual o problema?

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