Mês: setembro 2023

CPMI investiga fornecedor de armas do governo Bolsonaro e descobre elo com garimpeiro

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro vai investigar fornecedor de armas para o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O colegiado vai mirar em um dos principais vendedores de armas e coletes de marcas estrangeiras para a gestão, Franco Giaffone, que venceu licitações que somam cerca de R$ 331 milhões. A informação é do Estadão.

O sucesso de Giaffone em contratações públicas colocou o empresário na mira do colegiado. Ele chamou atenção por vendas para o Ministério da Justiça e para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o mandato de Bolsonaro.

A compra dos itens fabricados no exterior só foi possível por conta das medidas do ex-mandatário, que flexibilizaram a importação de produtos do tipo. A CPMI acredita que o mapeamento dos elos do fornecedor é fundamental para esclarecer informações sobre outros alvos.

Giaffone é representante da austríaca Glock, que fabrica pistolas; da indiana MKU, fabricante de coletes; e da americana Axon, de armas de choque. Ele foi um dos principais nomes no mercado durante o governo Bolsonaro e um dos mais beneficiados pela abertura promovida pelo ex-presidente.

O colegiado pediu ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que forneça relatórios sobre suas movimentações bancárias. O documento produzido pelo órgão aponta transações suspeitas, como negócios com Edimar Pereira da Silva, ex-vereador de Curionópolis (PA) que tem histórico de atividade garimpeira no sudeste do Pará.

Entre agosto de 2021 e julho de 2022, Edimar transferiu R$ 120 mil para Giaffone. No mesmo período, ele movimentou R$ 40 milhões entre depósitos, saques e transferências. O ex-vereador foi preso por suspeitas de envolvimento em esquema de roubo de combustível e extração ilegal.

O que o povo brasileiro ganhou quando a Globo transformou os tribunais em programa de auditório?

Ora, as pessoas que estão reclamando de Lula por ter dito que o voto do STF deveria ser secreto, como é nos EUA, já se esqueceram que a Globo transformou os tribunais brasileiros em programa de auditório?

Já se esqueceram que o STF, comandado por Joaquim Barbosa, transformou-se em júri de programa de calouros, com direito a gongadas e buzinadas?

Já se esqueceram que a mesma Globo premiou Barbosa e Sergio Moro por terem feito justo o que os Marinho, como mostra a imagem em destaque?

O Brasil chegou a esse inferno bolsonarista justamente por conta disso. E não é uma questão da sociedade estar ou não amadurecida para discutir leis que são, em última análise, atribuição de juristas.

Qual mortal entendeu o significado das geniais teorias do domínio do fato, de Barbosa, e a de Moro, ato de ofício indeterminado?

Nenhum. Esses embustes jurídicos, aplaudidos pela Globo em seus programas desconsiderou o princípio das leis, a prova do crime.

Pois bem, diante da falta de provas, Barbosa sapecou sua teoria para condenar e prender José Dirceu e José Genoíno. Por outro lado, Moro usou do mesmo artifício para barganhar a cabeça de Lula em troca de uma super pasta no ministério de Bolsonaro, já que as pesquisas apontavam a vitória de Lula já no primeiro turno.

Ora, Moro seria senador se não fosse a publicidade da Globo. Agora, juntam-se Moro e Globo para dizer que Lula teve um devaneio e que a transparência do STF é inegociável.

O engraçado é que a mesma Globo e o mesmo Moro enfureceram-se com Delgatti e Intercept quando foram reveladas as conversas promíscuas entre o juiz Sergio Moro e o procurados Deltan Dallagnol para condenar Lula sem prova, obrigando o STF a anular o julgamento, sendo Moro sentenciado como juiz parcial.

O que o Brasil ganhou com isso? A eleição de Bolsonaro, o aniquilamento da economia, o genocídio, comandado por Bolsonaro, de mais de 700 mil brasileiros. A devastação da Amazônia e o comércio ilegal de madeira. O massacre do povo Yanomami. Os 33 milhões de brasileiros devolvidos ao mapa da fome, sem falar do vulcão de corrupção e roubo de joias envolvendo Jair Bolsonaro.

Sejamos francos, e perguntemos para os Marinho, por que não colocam em debate público o que é discutido entre juristas dentro do Instituo Innovare? Instituto criado e administrado pelo Grupo Globo, que 99,99% dos brasileiros não têm ideia de sua existência e muito menos que os Marinho criaram esse troço para tentar influenciar os juízes de todas cortes desse país.

Bolsonaro, o amigo da onça: Cid diz que Bolsonaro o arrastou para a lama

Enquanto todos comemoram hoje o dia do amigo, num áudio, compartilhado nas redes, aparece Mauro Cid dizendo a Fabio Wajngarten, que seu amigo Bolsonaro o arrastou para a lama.

Todos sabem que uma das marcas de Bolsonaro, é a traição, sobretudo com “amigos” que caíram em desgraça para defender Bolsonaro fora dos canais oficiais.

A conversa de Cid com Wajngarten, o ex-ajudante de ordens, no popular, diz que Bolsonaro é um mega alemão, Wajngarten concorda com ele.

´É o preço que se paga por andar com e dar cobertura a ratos.

Ora, o capitão foi expulso das Forças Armadas por ameaça de atos terroristas, prometendo espalhar bombas pelos quartéis e explodir a estação de tratamento de água do Guandu, que abastece a cidade do Rio de Janeiro, recebeu como condecoração um manifesto do comando do exército, espalhado nos quartéis, alertando os soldados para não se misturarem com Bolsonaro.

A previsão estava correta, fora da cadeia, que é seu lugar de mérito, Bolsonaro abusou da trairagem com seus supostos amigos, Daniel Silveira que o diga, assim que foi preso, Bolsonaro o colocou na banca de promoção, de forma fria e calculada, e seu nome nunca mais foi balbuciado por Bolsonaro.

É o mérito dos super heróis que Bolsonaro criou para lhe servir de cães de guarda.

Certamente, o facínora que presidiu o Brasil nos últimos quatro anos, achava-se indestrutível, mas, na verdade, acabou entregando na bandeja a cabeça dos que o julgavam amigo. Bastava cair em desgraça que Bolsonaro nem consultava uma segunda opção, dizia que a ajuda estava longe de seu alcance para fazer frente com o judiciário e atirava seus aliados aos leões o mais rápido possível.

Lógico, sua memória deletava o “compadre” fiel .

Mauro Cid não é um traído exclusivo, muitos foram arrastados para a lama, outros foram enterrados por ela na horizontal, deixando claro que uma legião de tolos, que deu a Bolsonaro crédito de amigo, mesmo sem confessar publicamente, hoje, como Mauro Cid, está arrependida.

Bolsonaro nunca foi amigo de ninguém, sempre foi amigo da onça.

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Governo Tarcísio assume “vingança institucional” na Operação Escudo

Defensoria e Conectas acionaram a Justiça contra abusos dos militares que atuam na Operação no litoral paulista.

A Defensoria Pública de São Paulo e a ONG Conectas Direitos Humanos ingressaram na madrugada de segunda-feira (5) com uma ação civil pública para que a Justiça do Estado obrigue o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) a instalar câmeras corporais nos uniformes de policiais que atuam na Operação Escudo, que ocorre no Guarujá e na Baixada Santista, litoral paulista.

No despacho encaminhado à Vara da Fazenda Pública, as entidades ressaltam que a operação, iniciada em 27 de julho após a morte do policial Patrick Bastos Reis, oficial da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), da Polícia Militar, já fez 27 vítimas fatais e efetuou mais de uma centena de prisões – neste último caso, de “jovens, negros e sem antecedentes“, que em sua maioria não envolveu a apreensão de armas e tampouco a apreensão de drogas.

À época em que a operação foi deflagrada, o governo Tarcísio sustentou oficialmente que sua finalidade seria a de “combater o tráfico de drogas e o crime organizado” no litoral e, por isso, a ação seguiria por tempo indeterminado.

No entanto, desde o início da operação, “há relatos de execuções sumárias, tortura, invasão de domicílios, destruição de moradias e outros abusos e excessos praticados pelas forças de segurança“, de acordo com o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH).

Em meio a situação, Defensoria encaminhou cinco ofícios à Secretaria de Segurança Pública (SSP) solicitando esclarecimentos e recomendando o uso de câmeras corporais “para que as abordagens sejam capturadas e passem por controle pelas autoridades competentes”.

Foi então que, em uma de suas respostas, a SSP assumiu que a Operação Escudo “é uma iniciativa de resposta imediata das Forças de Segurança do Estado diante de atos de violência direcionados a Agentes Públicos do Estado, independentemente do segmento ou esfera da Administração Pública a que pertençam (Agentes de Força de Segurança, Poder Judiciário, Ministério Público etc.)”.

No final de julho, moradores de comunidades afetadas pela ação policial relataram que a própria PM prometeu que 60 pessoas seriam assassinadas em forma de vingança pela morte do soldado da Rota.

Na ação civil pública, os autores destacam que a ação se trata de fato de uma “vingança institucional”, seguindo os moldes à de um “esquadrão da morte“.

“Importante destacar que esse modus operandi não é novo e remonta ao ‘Esquadrão da Morte’, como relatado por [jurista] Helio Bicudo ao expor como a morte de um agente de segurança instaurou uma lógica de vingança institucional [nos anos 1960] que ‘despertou nova onda de histeria na Secretaria da Segurança Pública, de tal modo que voltou a soar a promessa de que, a cada investigador morto, dez marginais pelo menos deviam pagar o crime com a própria vida’“, relembra a Defensoria e a Conectas.

*GGN

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Chega a 21 o número de mortes no Rio Grande do Sul por causa de ciclone extratropical, confirma governador

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), confirmou na tarde desta terça-feira (5), que foram registradas 21, após passagem do ciclone extratropical que atingiu o estado na véspera. Somente em 15 óbitos foram na cidade de Muçum.

De acordo com a Defesa Civil estadual, o efetivo do Corpo de Bombeiros Militar foi vistoriar residências na cidade e localizou 15 corpos, nesta terça-feira (5), diz o G1.

Outras seis mortes foram confirmadas entre segunda e terça, em cidades do Norte do estado.

Os alagamentos e estragos por conta das fortes chuvas afetaram mais de 50 cidades. Foram registradas fortes rajadas de vento, aumento do nível dos rios. Por conta disso, pessoas ficaram desabrigadas.

Enquanto a frente fria avança em direção a São Paulo, o ciclone extratropical que se formou no Rio Grande do Sul deve se afastar do Brasil nesta terça-feira (5), como informa o Climatempo.

Mas os pontos altos das serras ainda podem ter rajadas em torno de 100 km/h, até o vento diminuir no decorrer da tarde.

Em Santa Catarina, um homem morreu após o carro em que estava ser atingido por uma árvore durante a tempestade e ventos de até 110 km/h. Outras três pessoas ficaram feridas em Balneário Camboriú e Itajaí, no Litoral Norte.

De acordo com o mais recente balanço divulgado pela Defesa Civil do RS, o número de desabrigados é de 426. São 215 desalojados. As cidades mais atingidas são das regiões Norte, Serra e Vale do Taquari.

Enquanto a frente fria avança em direção a São Paulo, o ciclone extratropical que se formou no Rio Grande do Sul deve se afastar do Brasil nesta terça-feira (5), como informa o Climatempo.

Mas os pontos altos das serras ainda podem ter rajadas em torno de 100 km/h, até o vento diminuir no decorrer da tarde.

Na live semanal, feita pela manhã desta terça, o presidente Lula falou sobre as chuvas no estado. “Queria dar um comunicado ao Rio Grande do Sul. Amanhã (quarta-feira, dia 6), o chefe da Defesa Civil irá ao Rio Grande do Sul. E mais uma vez, dizer ao povo gaúcho que estamos prontos para ajudar naquilo que for necessário”.

Com a melhoria das condições de voo, ainda pela manhã os helicópteros da Brigada Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal serão utilizados nas ações de apoio aos municípios afetados.

A Defesa Civil estadual informou que segue apoiando os municípios, no monitoramento dos riscos hidrológicos e, nessa etapa pós eventos, nas ações de ajuda humanitária que forem necessárias.

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Defensoria compara ação da PM em Guarujá a ‘Esquadrão da Morte’ e aciona Justiça para obrigar uso de câmeras

Órgão afirma que Operação Escudo se pautou por ‘vingança institucional’ e que governo reforça violações de direitos ao não obrigar que policiais usem o equipamento.

A Defensoria Pública de São Paulo e a organização da sociedade civil Conectas Direitos Humanos ingressaram na madrugada desta terça (5) com uma ação civil pública pedindo que a Justiça obrigue o governo de São Paulo a instalar câmeras corporais nos policiais que atuam na Operação Escudo, deflagrada em Guarujá e em outras localidades da Baixada Santista, segundo Mônica Bergamo, Folha.

Elas seriam necessárias para garantir às autoridades competentes, como previsto em lei, “o controle externo do uso da força”, afirmam os defensores.

No caso de impossibilidade de atendimento do pedido, o órgão defende que a operação seja suspensa.

Com 27 mortos, a ação policial já é considerada a mais letal depois do Massacre do Carandiru, chacina em que 102 presos foram assassinados por PMs em 1992.

O número de homicídios por agentes de segurança pública na Baixada já se iguala ao de mortos por policiais em todo o estado de SP nos meses de abril (26) e junho (27).

Houve relatos de execuções sumárias, tortura, invasão de domicílios, destruição de moradias e outros abusos e excessos das forças de segurança, de acordo com o Conselho Nacional de Direitos Humanos.

“Contudo, em apenas uma ocorrência há menção de um policial militar ferido e nenhuma outra traz qualquer referência a viaturas atingidas por disparo de fogo”, registra a Defensoria.

Na ação apresentada à Justiça, os defensores relatam uma série de evidências de abuso de poder e uso desproporcional da força por PMs deslocados para atuarem na Baixada.

De acordo o órgão, “a postura adotada pela administração pública estadual em relação ao uso das câmeras corporais durante a Operação Escudo reforça o cenário de violações de direitos”.

Segundo a própria Secretaria de Segurança Pública de SP (SSP), do total de ocorrências letais da operação, apenas seis envolveram policiais de batalhões que dispõem desse tipo de equipamento.

Em somente três delas, no entanto, as imagens teriam fornecido elementos suficientes para a análise das ocorrências. Em outras duas foram alegados problemas técnicos, e uma das câmeras não trouxe dados relevantes.

“Tal informação causa preocupação porque sabe-se que as nove primeiras ocorrências de morte por intervenção policial foram praticadas por agentes da Rota, batalhão já equipado com câmeras corporais, sendo necessário, portanto, que se esclareça a razão desses agentes não estarem com o equipamento durante as ações da Operação Escudo como medida de tornar mais transparente a atuação policial e garantir o controle externo do uso da força pelas instituições”, reforçam os defensores.

A Defensoria Pública afirma que não teve acesso, até o momento, às imagens das câmeras corporais disponíveis, e pede ao Estado que as envie ao órgão.

Os boletins de ocorrência registrados na operação, e consultados pela coluna, mostram que, em praticamente todos os homicídios, os investigadores ouviram como testemunhas apenas os próprios policiais envolvidos nas mortes.

“Não bastasse esse quadro de violações de direito, chama atenção a postura adotada pela administração pública estadual em relação ao uso das câmeras corporais durante a Operação Escudo. Apesar da mobilização de 600 policiais militares, a Secretaria de Segurança Pública descartou o uso de câmeras por parte dos agentes de segurança envolvidos na operação na Baixada Santista”, dizem ainda os defensores, citando entrevista coletiva da SSP.

Ofícios foram enviados à Secretaria de Segurança Pública do governo Tarcísio de Freitas recomendando o uso de câmeras corporais “para que as abordagens sejam capturadas e passem por controle pelas autoridades competentes”. Não houve sequer resposta, relatam os defensores.

Além disso, a Defensoria afirma que os esclarecimentos dados pelo governo a outros questionamentos sobre a operação reforçam que os órgãos de segurança se pautaram por uma “vingança institucional” pela morte do PM da rota Patrick Bastos Reis, de 30 anos. E não por uma atuação racional e técnica.

Patrick foi alvejado por tiros em Guarujá no dia 27 de julho.

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Lula anuncia que, no Dia da Amazônia, vai demarcar terras indígenas

No Dia da Amazônia, O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (5) que vai anunciar novas demarcações de terras e novas áreas de proteção ambiental. Sem dar detalhes sobre a lista, Lula disse que as medidas serão assinadas em cerimônia no Palácio do Planalto nesta terça com as ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, segundo o G1.

“Hoje é o Dia da Amazônia, dia 5 de setembro é o Dia da Amazônia. Vai ter uma atividade no Palácio do Planalto com a ministra Marina, com a ministra Guajajara, nós vamos demarcar algumas terras indígenas, algumas áreas de proteção ambiental. Vai ter coisa importante para a gente avisar hoje”, declarou.

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Ex-funcionário do Planalto diz que Mauro Cid sempre tratava presentes de Estado como bens pessoais de Bolsonaro

Ex-braço-direito sempre dizia que itens recebidos eram personalíssimos – o que permitiria ao mandatário levá-los quando deixasse o cargo, afirma Marcelo Vieira, ex-chefe do gabinete de documentação histórica.

Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tratava todos os presentes recebidos ao longo do governo como personalíssimos – ou seja, de propriedade privada do ex-presidente, segundo Andreia Sadi, G1 .

A afirmação é do gabinete de documentação histórica da Presidência da República, Marcelo da Silva Vieira, em entrevista exclusiva ao Estúdio i, da GloboNews.

“O Cid já chegava dizendo que aquilo era personalíssimo. E eu falava assim: ’pelo amor de Deus, isso não é personalismo”, afirmou Vieira. “Passei quatro anos explicando isso para ele. E ele continuou. eu não sei se ele não entendia ou se entrava por um ouvido e saía pelo outro.”

Questionado sobre se Cid tinha uma visão distorcida sobre o que era personalíssimo ou não, Vieira se reserva a dizer que “ele tinha a interpretação dele”.

O que são itens personalíssimos
Os itens personalíssimos são aqueles que o presidente pode usar enquanto está no cargo e pode levar consigo quando deixar o cargo. Normalmente, são itens de menor valor ou de consumo, como roupas, alimentos e perfumes.

Itens de valor, como os relógios de luxo e outros itens de valor, pertencem à União e não podem ser levados pelos mandatários quando deixam o cargo.

Mensagens de posse da PF mostram Marcos do Val tramando a prisão de Moraes e o impeachment de Lula

Mensagens interceptadas pela Polícia Federal revelam que um senador da República agiu para prender o ministro Alexandre de Moraes, do STF. O diálogo de WhatsApp foi encontrado no celular de Marcos do Val e remete a fevereiro deste ano.

O aparelho foi apreendido no âmbito do inquérito do STF que apura suposto planejamento de golpe de Estado por parte do senador Marcos do Val, de Bolsonaro e do ex-deputado Daniel Silveira. Foi com base nas mensagens encontradas no telefone interceptado que investigadores da PF pediram a prisão de Do Val a Alexandre de Moraes, em junho. As informações são de Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Em dois de fevereiro, uma pessoa identificada como “Elmo” enviou uma mensagem a Do Val às 11h24: “O que precisar de nós é só falar. Se precisar estar aí com vc, é só falar. Tamo junto na alegria e na tristeza”.

O senador responde: “Estou há dois anos trabalhando para prender Alexandre de Moraes”.

Pouco depois, Elmo encerra: “Batalha dura”. O interlocutor seria irmão de Do Val.

Um outro diálogo, entre o senador e seu pai, Humberto, também chamou a atenção de investigadores. Nele, há citação ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Olha os relatórios do que provocamos na imprensa Brasileira em um único dia! Superou as expectativas, e a primeira fase foi concluída. Essa missão foi provocar a imprensa e a sociedade para pedir aos seus representantes no Congresso as assinaturas para a abertura da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) sobre o dia 08 de janeiro!”, escreveu Do Val no fim da tarde do dia 25 de fevereiro.

Na troca de mensagens, continuou o senador:

“Disse que não imaginava que faria isso e os generais não paravam de ligar para ele, para dizer que descobriram as minhas ações e parabenizando. Disse que a CPMI irá dar início ao fim do Lula e Xandão. Lula, acredito que conseguimos impeachment, o Xandão vai perder a força e vai mergulhar”.

Neste momento da conversa, Do Val não detalha a Humberto quem seria o sujeito por trás do verbo “disse”. Na sequência, Do Val finaliza:

“Bolsonaro está muito feliz. E impressionado de eu ter feito tudo sozinho”.

No pedido de prisão preventiva de Marcos do Val feito a Alexandre de Moraes, policiais citaram suposta tentativa do senador de atrapalhar as investigações. No celular apreendido, a PF destacou mensagens enviadas pelo parlamentar ao senador Sergio Moro e ao deputado Eduardo Pazuello explicando como pretendia afastar Moraes do inquérito dos atos golpistas.

Os investigadores relatam que Do Val compartilhou com os dois parlamentares uma cópia de sua oitiva à Polícia Federal:

“Esse meu depoimento, eu incluo o ministro AM [Alexandre de Moraes] e tecnicamente ele é obrigado a sair da relatoria dos Atos antidemocráticos”, diz uma primeira mensagem.

Em seguida, Do Val continua:

“Temos que passar para os influenciadores que o Senador do Val abriu o caminho para o afastamento do ministro e para o impeachment do Lula”.

Em nenhum momento, a PF aponta qualquer irregularidade por parte de Moro ou Pazuello no referido caso.

Um outro diálogo destacado pela PF faz referência ao procurador-geral da República, Augusto Aras. No relatório, os investigadores afirmaram que Do Val dizia a interlocutores ter um “núcleo duro” na Procuradoria-Geral da República para dar “início a ações criminais contra Moraes”.

Vela algumas das mensagens de posse da PF:

A Polícia Federal, contudo, pontuou que os diálogos com integrantes da PGR passaram longe de retratar qualquer relação de proximidade.

“Em nenhum momento foram identificadas mensagens que possam traduzir a formação de uma espécie de equipe entre o Senador e a PGR, a fim de tomarem alguma medida contra o Ministro Alexandre de Moraes. Na verdade, nas conversas com esses interlocutores, Do Val envia o mesmo repertório de mensagens que encaminha para uma variedade de contatos”, diz a PF no relatório enviado ao ministro do STF.

“Não há sequer resposta ou diálogos que permitam demonstrar proximidade entre Do Val e os Procuradores da República sobre o assunto. Augusto Aras, por exemplo, reserva-se no direito de responder Do Val em mais de uma vez com a mensagem: ‘Prerrogativas de Senador hão de ser defendidas pelo Senado’”.

 

Basta surgir um fato novo sobre o caso Marielle para Adélio ser lembrado e Bolsonaro se internar

É no mínimo estranho que todas as vezes que aparece um fato novo sobre o assassinato de Marielle Franco, o nome de Adélio, nitidamente impulsionado por algum mecanismo ligado a Bolsonaro e, lógico, os bolsonaristas delinquentes não só espalham, como se esbaldam nas teorias da conspiração, argumento único desses malucos fascistas.

Outra coisa que assombra no caso de Marielle e outros escândalos que envolvem Bolsonaro, é a internação hospitalar imediata de Bolsonaro para cirurgias na próxima segunda-feira.

O interessante é isso ocorrer cinco dias após a publicação de uma reportagem na Agência Pública por Jamil Chade e Bruno Fonseca, intitulada “Governo Bolsonaro escondeu caso de homem detido em Cancún acusado da morte de Marielle”, publicado também aqui no blog.

Ora, todas as vezes que o nome de Marielle vem à tona, junto vem o nome de Ronnie Lessa, vizinho de 50 metros da casa de Bolsonaro no Vivendas da Barra.

Então, vem a pergunta, se Bolsonaro não tem nada a ver com isso, por que, ao invés de publicizar esse fato, colocou toda a máquina do governo para esconder? Qual é o propósito?

Por que os bolsonaristas não comentam essa nova revelação sobre a morte de Marielle? Ao contrário, Bolsonaro, como inúmeras vezes, quando se viu em apuros, correu para se internar, o que nos dá o direito de não acreditar que haja realmente enfermidade nessa sua nova internação.

É muita coincidência para ser coincidência.

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