Ano: 2023

Guilherme Estrella: “Lula precisa da mobilização social para garantir a soberania do povo sobre a Petrobras”

O geólogo e ex-diretor de Exploração da Petrobras, Guilherme Estrella, considerado o “Pai do pré-sal”, que participou do programa Conversas com Hildegard Angel, 247, abordou questões referentes à geopolítica, história do petróleo no Brasil e soberania nacional.

Estrella resgatou que “a Petrobras surgiu no intuito de levar ao povo brasileiro um espírito nacionalista e soberano, que garantisse ao mesmo tempo autossuficiência do país em energia”.

No entanto, o geólogo ressaltou que a Petrobras passou por um duro golpe com a penetração dos EUA, através da operação Lava Jato, com o pretexto de investigar práticas de corrupção na empresa. “Praticaram ilegalidades no porto de vista jurídico, que envolveu o departamento de justiça americano, rasgaram a Constituição, destruíram nossa indústria de engenharia, derrubaram uma presidente democraticamente eleita [Dilma Rousseff] e prenderem o presidente Lula sem provas”.

Ao analisar o início do terceiro governo Lula, Estrella destacou que é fundamental o “diálogo com a população” para explicar a importância da estatal no dia a dia do brasileiro e reverter as políticas cometidas contra a empresa no último período. “O presidente precisa de mobilização social para garantir a soberania do povo sobre a Petrobras”.

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MST elabora dossiê contra Ricardo Salles e outros deputados da CPI

Em parceria com organizações de luta pela preservação do meio ambiente, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) está elaborando um dossiê contra Ricardo Salles (PL-SP) e outros deputados que vão compor a CPI instalada no Congresso que tem os ativistas do campo na mira, segundo a Folha.

Segundo apurou o Painel, a cúpula do movimento definiu que não adotará postura passiva diante da CPI e organiza ofensiva para combater discursivamente os ruralistas, que articularam a criação da comissão e são maioria nela.

O dossiê faz parte dessa estratégia, e está sendo elaborado com a colaboração de organizações sociais ligadas à causa da preservação do meio ambiente. O De Olho nos Ruralistas, observatório do agronegócio no Brasil, será um dos colaboradores.

A passagem de Salles, relator da CPI, pelo Ministério do Meio Ambiente será um dos focos de pesquisa.

Ele pediu demissão da pasta em junho de 2021, pressionado por investigação sobre suposto favorecimento a empresários do setor de madeiras por meio da modificação de regras com o objetivo de regularizar cargas apreendidas no exterior e pelos altos índices de desmatamento.

A tática do MST pode gerar desgaste à imagem de Salles no momento em que ele tenta viabilizar sua candidatura à Prefeitura de São Paulo em 2024. Guilherme Boulos (PSOL), deputado federal, já manifestou a intenção de participar da eleição, e também pode ser atingido pela CPI —Salles tem afirmado que a CPI do MST pode chegar ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), que tem o psolista como principal líder.

Outra frente já definida como alvo pelo MST é o possível envolvimento do presidente da CPI, deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), em atos antidemocráticos no Rio Grande do Sul.

Em novembro de 2022, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul colocou o nome de Zucco em uma lista enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) de pessoas que estimularam ou participaram de bloqueios de estradas e ruas, além de mobilizações no entorno de quartéis, após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial.

Na quarta-feira (17), como mostrou a revista Veja, Alexandre de Moraes, ministro do STF, determinou que a Polícia Federal investigue o caso do deputado federal.

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Bolsonaro na corda bamba, com medo do que Mauro Cid possa contar

Mentir é uma doença contagiosa

O celular do tenente-coronel Mauro Cid é mais loquaz do que seu dono. O que significa que o dono, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro nos últimos quatro anos, guarda na memória mais segredos do que os encontrados pela Polícia Federal no seu celular.

É por isso que Bolsonaro bate e assopra em Mauro Cid, inseguro quanto à melhor forma de tratá-lo. Ora o repele, ora o afaga. Mauro Cid calou-se no depoimento à Polícia Federal – quem falou foi sua mulher sobre a fraude nas carteiras de vacinação.

Mas ele será convocado novamente a depor. Bolsonaro treme só a saber disso. Delação? Os novos advogados de Mauro Cid garantem que ele jamais delatará ninguém. Colaborar, porém, é outra história, e ele já estaria colaborando com as investigações.

Que diferença há entre delatar e colaborar? É uma questão hermenêutica, e advogados são craques nisso. A palavra “delação” perdeu prestígio ao longo dos anos da Lava-Jato. Cedeu o lugar a “colaborar”, menos forte e mais simpática.

Desde que Mauro Cid foi preso, há 15 dias, Bolsonaro, indiretamente, referiu-se a ele dizendo de início:

“Ao que tudo indica, alguém fez besteira”.

Depois, disse:

“Foi um excelente oficial do Exército”.

E depois:

“Peço a Deus que ele não tenha errado, e cada um siga sua vida”.

E depois ainda:

“Não quero acusá-lo de nada”.

Por fim, elogiou-o e disse considerá-lo “um filho”.

ai algum espera ser traído por um filho. Elevado à categoria dos quatro filhos Zero de Bolsonaro, Mauro Cid deveria mirar no exemplo deles. Ou seja: obedecer ao pai acima de tudo, do Brasil e até mesmo de Deus, se for o caso; jamais duvidar de sua sabedoria.

Compreender que o pai sempre os protegerá, mas no limite, se absolutamente necessário para salvar-se, poderá sacrificar um deles. Carlos, o Zero Dois, carrega a ferida profunda de ter derrotado a própria mãe ao se eleger vereador por exigência do pai.

A ferida sangra até hoje. Carlos nunca gostou de política, e não gosta. De vez em quando, ameaça deixá-la, mas o pai não permite. Flávio anunciou que se candidataria a prefeito do Rio, mas que a última palavra seria do pai. Por enquanto, o pai disse não.

A pergunta de milhões de reais, ou de dólares, é: o que fará Mauro Cid? O patriarca dos Bolsonaro é um exímio carrasco. Quantas cabeças não decepou até aqui para preservar a sua? Começou a entregar mais uma, desta vez por meio de sua mulher.

À revista Veja, Michelle, ao falar sobre as milionárias joias ofertadas ao casal pela ditadura da Arábia Saudita, citou o almirante Bento Albuquerque, ex-ministro das Minas e Energia e portador dos presentes; o de Bolsonaro entrou ilegalmente no país

Michelle afirmou que houve uma falha de comunicação entre as assessorias de Bento e a do seu marido. E que ela e Bolsonaro só ficaram sabendo da situação entre novembro e dezembro de 2022. No caso de suas joias apreendidas pela Receita, comentou:

“O erro aconteceu no fato de a assessoria do Ministério de Minas e Energia não ter comunicado a minha assessoria, já que era um presente endereçado à primeira-dama. Se a assessoria do ex-ministro Bento tivesse entrado em contato, a gente verificaria os trâmites legais para ficar com o presente ou colocar no acervo da Presidência”.

Dito de outra maneira: nem Bento Albuquerque, nem assessores dele tiveram a gentileza de avisar à Michelle que as suas joias haviam sido retidas pela Receita, e a Bolsonaro que as joias dele estavam guardadas em um cofre do ministério há quase um ano.

Mentira pega. Michelle foi contaminada pelo marido.

*Blog do Noblat

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Tumulto deixa pelo menos 12 mortos em estádio de futebol de El Salvador

Centenas de torcedores tentavam acessar ao estádio Cuscatlan; na confusão, vítimas foram esmagadas.

Um tumulto deixou pelo menos 12 mortos e centenas de feridos neste sábado (20), em San Salvador, capital de El Salvador. O incidente ocorreu no Estádio Cuscatlan, durante o jogo entre Alianza e FAS, pelas quartas de final. O Diretor do Sistema Nacional de Proteção Civil, Luis Alonso Amaya, disse que a confusão teria acontecido devido ao excesso de venda de bilhetes, investiga-se se parte desses eram falsos, diz a Folha.

Muitas pessoas ainda tentavam acessar ao estádio quando os portões foram fechados. Com a confusão, alguns torcedores do Alianza derrubaram o portão do setor geral e adentraram ao local do jogo para se salvar e pedir ajuda. A partida foi suspensa aos 16 minutos do primeiro tempo.

De acordo com a Polícia Nacional Civil, foram realizados cerca de 500 atendimentos, entre feridos e pessoas com colapsos nervosos após o susto. Em torno de 100 pessoas foram encaminhadas para hospitais da cidade com sinais de asfixia.

No Twitter, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, disse que realizará uma investigação exaustiva para punir os responsáveis. “Todos serão investigados: times, dirigentes, estádio, bilheteria, liga, federação, etc. Quem quer que sejam os culpados, eles não ficarão impunes”, publicou.

A Federação Salvadorenha de Futebol (Fesfut) lamentou o ocorrido e informou que todo o futebol nacional está suspenso neste domingo (21).

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Uma ideia para Deltan Dallagnol

Agora que teve o mandato cassado, ex-procurador pode tentar outra carreira.

Bernardo Mello Franco*

Durou pouco a carreira parlamentar de Deltan Dallagnol. O ex-procurador tomou posse como deputado em 1º de fevereiro. Foi cassado na última terça-feira, em decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral.

Os ministros entenderam que ele cometeu fraude ao antecipar a saída do Ministério Público Federal para escapar da Lei da Ficha Limpa.

Quando deixou o cargo de procurador, Dallagnol respondia a 15 procedimentos no Conselho Nacional do Ministério Público: nove reclamações disciplinares, uma sindicância, um pedido de providências e quatro recursos.

A renúncia impediu que as investigações fossem adiante, o que vedaria o registro da candidatura. O ex-coordenador da Lava-Jato disse que o TSE fez “futurologia”, pois não era possível prever o desfecho dos casos. Faltou lembrar que ele já havia sido condenado pelo mesmo CNMP em dois processos administrativos disciplinares.

A incursão eleitoral não foi uma ideia impensada. Dallagnol já discutia uma candidatura ao menos desde 2016, quando pontificava como um desinteressado fiscal da lei. Em mensagem revelada pelo Intercept Brasil, ele escreveu que seria “facilmente eleito” senador pelo Paraná. Em outro diálogo, gabou-se de ter ouvido que a política estaria em seu “destino”.

Enquanto fazia planos, o procurador usava o discurso anticorrupção para enriquecer. “Vamos organizar congressos e eventos e lucrar, ok?”, disse para a mulher, em mais um chat que explica muito sobre a República de Curitiba.

No recém-lançado “Operação impeachment”, o cientista político Fernando Limongi faz um inventário das ações da Lava-Jato para emparedar e inviabilizar o governo de Dilma Rousseff.

Depois de festejar o afastamento da presidente, a força-tarefa amargou uma derrota quando a Câmara desfigurou as chamadas Dez Medidas contra a Corrupção. Em tabelinha com o MPF, um dos filhos de Jair Bolsonaro recorreu ao Supremo para anular a votação.

“O fato de Eduardo Bolsonaro ter sido o autor da ação que visou dar nova vida às Dez Medidas é significativo. Mostra bem que os vínculos entre a Lava-Jato e a direita radical são antigos e estreitos”, escreve Limongi.

Curiosamente, o Zero Três reapareceria ao lado de Dallagnol na quarta-feira, quando o deputado cassado fez um pronunciamento recheado de ataques ao TSE. O ato uniu a bancada bolsonarista em desagravo ao ex-procurador.

Em 105 dias no Congresso, Dallagnol seguiu à risca a cartilha da extrema direita. Difundiu teorias conspiratórias sobre o 8 de janeiro e foi acusado de calúnia ao insinuar que o ministro Flávio Dino teria feito acordo com o narcotráfico para visitar uma favela.

Para assustar o eleitorado religioso, o ex-procurador também propagou a mentira de que o PL das Fake News censuraria versículos da Bíblia. Agências de checagem mostraram que a informação era falsa, mas ele nunca se corrigiu.

Em entrevista à GloboNews após a cassação, Dallagnol fez novos ataques ao TSE, disse ser vítima de um complô e atribuiu sua entrada na política a uma “cosmovisão cristã”. “A partir da Parábola dos Talentos, entendi que o que o melhor que poderia fazer com aquilo que Deus colocou nas minhas mãos era servir o povo através do Parlamento”, afirmou.

Agora que perdeu o mandato, ele pode tentar a carreira de pastor.

*O Globo

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Gilmar Mendes sobre Moro: O Brasil produziu um ser curioso, o combatente da corrupção que gosta muito de dinheiro”

Ministro do STF afirmou que tanto Sergio Moro como Deltan Dallagnol enriqueceram ao longo do processo da Lava Jato.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, concedeu uma importante entrevista ao jornalista Mário Vitor Santos, no programa “Forças do Brasil”, da TV 247, em que criticou veementemente a Operação Lava Jato e seu impacto na sociedade brasileira. Mendes afirmou que, em Curitiba, onde a operação estava baseada, “as pessoas ficavam presas até o momento em que fizessem delações. E aí eram soltas”. Essa prática, segundo ele, contribuiu para o que considera como “o maior escândalo mundial em termos de Judiciário que foi a Lava Jato”.

Além disso, o ministro do STF insistiu na necessidade de investigar não só a Lava Jato, mas também seus desdobramentos, como o ocorrido no Rio de Janeiro, onde o juiz Marcelo Bretas, segundo Mendes, era “a nova feição do malandro carioca”. Ele expressou alívio pelo afastamento de Bretas e esperança de que ele “nunca mais volte ao Judiciário”.

Mendes criticou ainda o apoio maciço da imprensa à operação, acusando os meios de comunicação de fornecer “imunidade a esses personagens”. Para certos setores da imprensa, ele afirmou, a Lava Jato era tratada como “a Santíssima Trindade”, e exortou aqueles envolvidos a fazerem autocrítica.

O ministro considerou este período “um momento muito baixo da nossa história e também da história da imprensa brasileira”, com “personagens chinfrins em matéria intelectual assumindo a liderança do Brasil”. Ele criticou a pressão para adotar “as 10 medidas da República de Curitiba”, propostas por integrantes da Lava Jato.

Revisão do processo de seleção de juízes federais – Mendes chamou a atenção para a necessidade de revisão do processo de seleção de juízes federais, ao citar como exemplo as carreiras de Sergio Moro e Marcelo Bretas. Ele questionou a conduta desses juízes, levantando preocupações sobre possíveis conflitos de interesse, particularmente em relação à empresa de consultoria Alvarez & Marsal, que empregou Moro após sua saída do judiciário brasileiro.

Finalizando, o ministro destacou que ainda existe um “lavajatismo enrustido” na mídia brasileira e acusou a Lava Jato, com a ajuda da mídia, de entregar o poder a “bandoleiros”.

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Bolsonaro perdeu mais de 5 milhões de seguidores entre dezembro e maio

Análise das redes de Bolsonaro no Facebook, no Instagram e no Twitter mostra que ex-presidente deixou de ser seguido por 5 milhões de perfis, segundo o Metrópoles.

Jair Bolsonaro perdeu mais de 5 milhões de seguidores entre dezembro e maio. A análise dos perfis do ex-presidente no Facebook, no Instagram e no Twitter foi conduzida pela agência de marketing Ativaweb.

Segundo o levantamento, as perdas de Bolsonaro ultrapassam 2 milhões de perfis só no Instagram. Ele também apresentou redução de 4,5 pontos percentuais no engajamento nesta rede social.

Os perfis de Bolsonaro começaram a encolher após a ida do ex-presidente para Orlando, nos Estados Unidos, e o silêncio que marcou o período pós-eleição.

O estudo, no entanto, mostra que as crises enfrentadas pelo ex-presidente reanimaram a militância bolsonarista no meio digital. Até o dia 12 deste mês, Bolsonaro conversava com menos de 1% de seu público nas redes sociais, mas apresentou pico de interações nesta semana, quando depôs na Polícia Federal.

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Arnon de Mello e a morte do senador Kairalla, por Luís Nassif

Foi a foto da família, velando o corpo do Senador, que se impregnou na minha memória.

Luis Nassif*

Dia desses, o Globo publicou, do seu acervo, o episódio da morte do senador José Kairala, assassinado pelo também senador Arnon de Mello, pai de Fernando Collor. O episódio é curioso.

Lembrei-me de um certo dia nos anos 80, quando Fernando Collor ainda não se aventurara a se candidatar à presidência.

Estávamos na nossa roda de choro no Bar do Alemão, quando chega o jornalista Nicodemus Pessoa, o Pessoinha, acompanhado de um sujeito alto, forte. Pessoinha era um alagoano de pequena estatura, amigo de todos, uma das pessoas mais queridas do jornalismo em São Paulo.

Quando deu o intervalo, apresentou seu amigo:

Queria apresentar a vocês Pedro Collor de Mello, filho do senador Arnon de Mello.
Imediatamente uma luz bateu na minha memória, provavelmente acesa por um algum capeta provocador. E, com alguns chopps a mais obstruindo o desconfiômetro, lembrei-me do episódio trágico, que li através de O Cruzeiro quando tinha 13 anos de idade:

Nossa, lembro-me que seu pai matou o senador Kairalla no Senado.
O tema me impactou tanto me lembrei até do nome do infeliz senador.

Imediatamente, Pedro Collor levantou-se e me chamou para a briga. Os demais amigos do bar o contiveram e a roda continuou.

Com o tempo, fui reunindo mais dados sobre o episódio. E me aprofundei mais no tema quando escrevi a biografia de Walther Moreira Salles. Arnon foi sócio dele e de Roberto Marinho no Parque Lage. E Arnon era frequentador assíduo da Poços de Caldas nos anos 30.

Nos arquivos de Moreira Salles descobri uma reportagem de Arnon sobre um almoço na Caixa D’Água, em Poços, reunindo Getúlio e todos os presidentes de província. Reportagem detalhada, muito bem escrita, inclusive nos detalhes das declarações lisonjeiras de políticos para Getúlio. Em certo momento, apareceu um astrólogo no almoço prevendo que Getúlio seria o imperador do Brasil. Um dos puxa-sacos montou uma coroa com galhos de árvores que colocou na cabeça de Getúlio. Ali foi o ensaio final para o golpe do Estado Novo.

A reportagem foi para O Jornal, de Assis Chateaubriand. Anos depois, Arnon tornou-se sócio de Roberto Marinho. Aí não sei as circunstâncias nem a história sobre sua fortuna familiar.

O que sei, e que foi contado por Homero de Souza e Silva, o grande amigo e sócio de Moreira Salles, é que tinha uma inimizade mortal com o governador de Alagoas Silvestre Péricles de Góes Monteiro, irmão do general Góes Monteiro, figura central do Estado Novo.

Arnon candidatou-se ao governo de Alagoas, venceu as eleições e chamou Homero para ser seu Secretário. Homero me contou que, na despedida do governo, Silvestre Péricles forrou todos os ambientes do Palácio de Governo com merda.

Em 1950, O Cruzeiro havia enviado o repórter David Nasser e o fotógrafo Jean Manzon para preparar um perfil de Silvestre Péricles. A primeira declaração do governador foi retumbante:

“Sou a fera que vocês procuram”, foram as suas primeiras palavras, sem estender a mão para cumprimentos. Em seguida perguntou: “Sabe como recebo aqui os jornalistas indiscretos?”
David Nasser tentou amenizar a conversa e disse acreditar que seriam bem recebidos. A resposta foi na lata>

Jornalista, aqui, eu trato a chibata.

No meio da entrevista abriu o paletó e exibiu um revólver calibre 38.

Anos depois, Arnon foi eleito Senador. Silvestre já era senador e anunciou que, no primeiro discurso de Arnon, entraria na sala e lhe daria um tiro.

Aí entra outra particularidade de Arnon, que me foi narrada pelos seus amigos poços caldenses. Ele era dotado de um medo físico até da própria sombra. Tinha medo dos cavalos da cidade. Eleito governador, tinha tanto medo de atentados que pagava um irmão para dormir no seu quarto, fazendo-se passar por ele. Isso pode explicar o início de campanha de Fernando Collor insistindo no seu “saco roxo”.

Por isso, quando Silvestre entrou no Senado, Arnon sacou de uma arma e, trêmulo, desfechou o primeiro tiro. A bala resvalou na mesa do senador José Ermírio de Moraes – e o trecho a seguir me foi contado por antigos auxiliares dele. José Ermírio se abaixou, escondeu-se embaixo da mesa e, como era muito corpulento, ficou entalado, dando certo trabalho para ser libertado.

O segundo tiro acertou o senador Kairala, jovem de 39 anos, substituto do senador titular, que estava de licença. Era seu último dia no Senado e levara mulher e filhos para acompanhá-lo. Kairala recebeu a bala destinada a Silvestre Péricles, ao se atirar sobre ele para impedir o revide.

Foi a foto da família, velando o corpo do Senador, que se impregnou na minha memória.

A noitada no Alemão termina com Pedro Collor sentado, bêbado feito um peru, e Pessoinha de pé, em frente a ele, passando a maior bronca. De pé, Pessoinha ficava na altura de Pedro, sentado:

Você é a vergonha do Nordeste. Te trago aqui para te apresentar meus amigos e você me faz passar essa vergonha.
E Pedro aceitando a bronca de cabeça baixa.

Segundo me informa o jornalista Olimpio Cruz, a viúva de Kairalla criou os filhos trabalhando como empregada e faxineira em Brasilia nos anos 70 e 80. O filho – o garoto da foto – tornou-se um grande médico em Brasilia.

Duran te algum tempo, ela processou Arnon para custear o estudo do quatro filhos. Nada conseguiu.

*GGN

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Após queda dos combustíveis e gás de cozinha, Lula quer anunciar carros populares mais baratos

Representantes das montadoras já se reuniram com o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin.

Após a queda dos combustíveis e no gás de cozinha, o governo federal quer agora anunciar no dia 25 de maio, Dia da Indústria, uma medida para baratear os carros populares. Nos últimos dias, representantes de ministérios e do setor discutiram possíveis alternativas para reduzir os preços, segundo o G1.

A intenção de baratear carros populares foi manifestada publicamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante discurso no dia 4 de maio.

No início da semana, representantes das montadoras se reuniram com o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin.

Governo e empresas discutiram algumas opções, ainda sem chegar a um formato final.

Os executivos frisaram para o governo que as montadoras já têm muita pouca margem de lucro nos carros populares e que, por isso, seria difícil reduzir os preços nas fábricas. A margem, segundo as empresas, são maiores no carros mais caros.

Alckmin já sinalizou que o pacote também deve incluir medidas de apoio à indústria de caminhões.

Saque do FGTS

O caminho defendido pela indústria é a possibilidade de os trabalhadores poderem sacar uma parte do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) — 10% ou 15%, por exemplo. E usar esse valor para trocar o carro usado por um novo.

Isso poderia ser feito via medida provisória, caso haja consenso dentro do governo.

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