Se o discurso intimidatório, blefado por Lira, neste segunda-feira, soou como música nos ouvidos do centrão, ele desceu quadrado, melhor dizendo, não desceu na goela do brasileiro comum.
O que Arthur Lira quer é algo inédito no mundo, como muito bem explicou Reinaldo Azevedo:
“Lira quer para os parlamentares quase 25% (23,8%) do que sobra de recursos para custeio e investimentos. É uma abstração. Em Portugal, é 0,5%. Na França, 0,1%. Na Coreia do Sul, 0,3%. Congresso sequestra orçamento, mas não responde pelo resultado”
O problema de Lira, em seu último ano como presidente da Câmara, é que é quase um moribundo que, no próximo ano, não terá qualquer poder e, lógico, vende-se de forma hiperinflacionada para mostrar um tamanho que ele está longe de ter nesse momento.
Se ele não é o ex-todo poderoso presidente da Câmara, com o andar da fila, Lira sonda com o fisiologismo do centrão, o que sobrará dele após sua saída do comando da Câmara dos Deputados.
Jogou alto demais e, imediatamente, as redes sociais expuseram o passado e o presente de Lira, um dos políticos mais malquistos desse país, tanto pela esquerda quanto pela direita por suas conhecidas chantagens nada ideológicas.