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Opinião

Lira é detonado nas redes depois de chantagear o povo brasileiro pelo orçamento secreto

Se o discurso intimidatório, blefado por Lira, neste segunda-feira, soou como música nos ouvidos do centrão, ele desceu quadrado, melhor dizendo, não desceu na goela do brasileiro comum.

O que Arthur Lira quer é algo inédito no mundo, como muito bem explicou Reinaldo Azevedo:

“Lira quer para os parlamentares quase 25% (23,8%) do que sobra de recursos para custeio e investimentos. É uma abstração. Em Portugal, é 0,5%. Na França, 0,1%. Na Coreia do Sul, 0,3%. Congresso sequestra orçamento, mas não responde pelo resultado”

O problema de Lira, em seu último ano como presidente da Câmara, é que é quase um moribundo que, no próximo ano, não terá qualquer poder e, lógico, vende-se de forma hiperinflacionada para mostrar um tamanho que ele está longe de ter nesse momento.

Se ele não é o ex-todo poderoso presidente da Câmara, com o andar da fila, Lira sonda com o fisiologismo do centrão, o que sobrará dele após sua saída do comando da Câmara dos Deputados.

Jogou alto demais e, imediatamente, as redes sociais expuseram o passado e o presente de Lira, um dos políticos mais malquistos desse país, tanto pela esquerda quanto pela direita por suas conhecidas chantagens nada ideológicas.

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Opinião

Arthur Lira não quer chantagear Lula, mas o povo brasileiro.

A ONG lavajatista Transparência Internacional, é tão transparente quanto a ABIN paralela de Bolsonaro.

Alguém precisa enquadrar Lira lembrando que ele é presidente da câmara e não o Rei Arthur. Lembrar sobretudo que os dois últimos super poderosos presidentes da câmara, Cunha e Maia, hoje não são mais nada.

Lira desqualifica o corpo técnico do governo dizendo que os técnicos não gastam sola de sapato rodando o Brasil. Essa pirueta retórica se iguala ao terraplanismo malandro e tardio do bolsonarismo derrotado. Tudo para desbloquear mais orçamento para fisiologismo vagabundo dele.

Qual brasileiro ou brasileira já viu Lira na rua gastando sola de sapato pra conhecer os problemas de quem ele quer sequestrar as políticas públicas criadas pelo governo Lula? Essa receita de picaretagem carregada de palavrório é um insulto a nossa inteligência.

Lira é só um chantagista barato que posa de esperto. Está assinando seu funeral político, mesmo com todas as vigarices que julga ser eficaz para se eternizar em situação estratégica do país. O malandrão vai dançar porque é um cagado com folha corrida de um membro do clã Bolsonaro.

Lira quer por fim no orçamento da saúde e educação pra ratear a grana pública com o centrão.

Em última analise é isso que está em seu jogo de cena.

 

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Opinião

Vídeo: Em nome da exploração do povo brasileiro, Folha e Estadão atacam Lula e são ridicularizados

Quando se pensa que já leu todos os absurdos vindos das tintas dos jornalões, Folha e Estadão mostram que, no quesito, passando vergonha alheia, o buraco não tem fundo.

Eles atacam Lula e afirmam que o povo brasileiro quer pagar os juros mais altos do mundo, os combustíveis dolarizados e a privatização de tudo.

Assista:

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Economia

Banco Central, independente de quem?

Ora, não é segredo para ninguém que Roberto Campos Netto se informa com banqueiros sobre o humor do mercado. Isso foi dito pelo banqueiro André Esteves em uma palestra.

Agora mesmo, com o Banco Central independente a partir de Temer e, depois, Bolsonaro, gerou mais riqueza ao país? Não. Gerou prosperidade para os ricos nutridos por juros que produziram a miséria de 33 milhões de brasileiros.

Para quem construiu impérios, certamente, os feitos do BC independente fizeram história. Mas para a imensa maior parte da população não há nada a se reconhecer de melhoria com essa independência, tão propalada pela mídia.

Na verdade, o que vimos foram dois governos se solidarizando com os ricos, fazendo caridade com o dinheiro dos pobres.

Então, embora a revelação de que Campos Netto integra um grupo de Whatsapp de ministros de Bolsonaro e, portanto, pode estar sabotando o governo federal, mantendo a maior taxa de juros real do mundo, o que deixa Lula profundamente irritado, segundo a mídia, não é, nem nunca foi novidade para ninguém.

Na realidade, no entendimento dos neoliberais, a responsabilidade da economia brasileira tem que estar nas mãos não de quem toca o país, mas dos banqueiros para imporem taxas de juros que, na vida real, cobram até 1000% ao ano.

Afirmação que pode perfeitamente ser aferida por qualquer um fazendo, online, uma simulação de empréstimo no seu banco.

Ou seja, o BC independente não tem qualquer responsabilidade com a sociedade brasileira, não trouxe nenhum benefício ao país ou aos brasileiros.

Lula não apenas tem que endurecer o discurso contra o presidente do Banco Central, que tudo indica, ajuda a colocar o Brasil na rota de recessão, como tem que devolver o controle ao governo eleito com mais de 60 milhões de votos.

Isso é para ontem, evitando assim que esse BC independente continue causando hecatombe na economia brasileira e ajudando a produzir ainda mais miséria, redução de investimento e emprego.

Sabotagem, em última análise, é ter o BC independente das necessidades do povo brasileiro.

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Opinião

Por que a alegria da TV Cazé contrasta com o ódio permanente da Jovem Pan?

Futebol é futebol, havendo seriedade, qualquer estudo nos leva a dois inevitáveis caminhos, ao ódio e ao amor e, graças ao povo.

O Brasil é potencialmente o país do futebol, mas também do samba e, consequentemente do carnaval e da alegria.

A prova mais clara e o significado do que afirmo, está na onda mais positiva que arrebatou geral os internautas, porque os programas da TV Cazé, no Youtube são de altíssimo astral que encanta o povo brasileiro.

E assim ela vai formando novos espectadores, porque a orientação de Cazé induz à alegria, sem alienação. É um programa que trabalha com a boa fé, mas não se descola da realidade. Esse molde não é nada mais, nada menos do que o próprio extrato equivalente à cultura do povo brasileiro.

Então, não tem jeito de fugir de uma comparação daquele ar de masmorra, de ódio permanente de filhos da miséria intelectual que se transformaram em combustível dos reacionários, tramado e executado sob a batuta do senhor ministro absoluto, Carlos Bolsonaro, para sabotar qualquer fotografia nesse país que não seja páginas e páginas de rancor e ódio.

Mas, graças à população e, junto, um mutirão de amor, essa gente está sendo removida da vida nacional.

Aquele ódio cristalino, comandado por Augusto  Nunes no Pingo nos Is é praticamente um relatório nazista de figuras tão nefastas quanto Nunes, como é o caso do inclassificável mau-caratismo de Guilherme Fiuza, o que fez da Jovem Pan a imagem de um veículo de comunicação sabotador do próprio país.

O pior exemplo dessa revoltante sabotagem foi a campanha criminosa que, a mando de Bolsonaro, fizeram contra a vacina que, em troca, oferecia toda a generosidade dos cofres públicos para manter essa odiosa campanha.

Quem testemunhou isso, a maneira como foi conduzida e, agora, essa gente se encontra no fundo do poço com a derrota de Bolsonaro, sabe que a vitória de Lula fatalmente levaria essa gente à nulidade e, consequentemente, ao golpe mortal.

Nesse ínterim, o que de verdade somos e o que precisamos ser cada dia mais, ou seja, um povo que carrega na sua realidade, a alegria, a gozação, a galhofa que nos dão um norte sereno, mas não menos crítico, viu-se de frente para o espelho com a copa do mundo, o time atuando muito bem e a linha da TV Cazé fechando com chave de ouro toda essa bagagem absolutamente brasileira com uma coragem invejável de fugir da mesmice que vem, há anos, assolando o território nacional.

Por isso, estabelece-se a diferença entre esses dois Brasis, um pequeno, comandado por gente graúda que odeia o povo e o país do futebol, do samba, do carnaval, que decidiu ser o próprio memorial de toda a alegria que envolve o que chamamos de alma brasileira e, assim, abastece os nossos corações de leveza e humor.

Viva a TV Cazé que honra a alegria do povo brasileiro!

Fora a obscura Jovem Pan que jamais fez parte do mapa cultural desse país que, por meio de um financiamento escroque, abasteceu de ódio o que existe de mais reacionário nesse país.

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A nova dos velhacos: nós não somos bolsonaristas, somos povo brasileiro

Baseado na frase de Joseph Pulitzer, “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma”.

Esse público, majoritariamente de classe média, conseguiu forjar um político com as mesmas características, como é o caso de Bolsonaro.

Os bolsonaristas não acreditam em nada do que Bolsonaro fala e, justamente, por ser um cínico contumaz, capaz de mentir sem o menor constrangimento, Bolsonaro mereceu dessa classe formada por brancos, velhos e, na maioria das vezes, ricos, a admiração divina por alguém que consegue ser a síntese da podridão que exala desse meio.

Essa gente diz que é povo, que é patriota e se veste de verde e amarelo, enrola-se na bandeira do Brasil para seguir mentindo com o rabo de fora.

Ora, se há uma coisa a qual essa gente tem ojeriza é do povo brasileiro, até porque costuma ser racista num país em que a população é majoritariamente negra.

O patriotismo dessa gente não chega sequer na página dois porque eles são essencialmente americanófilos. Isso significa importar da cultura americana o que existe de mais clichê e reproduzir uma caricatura grotesca até para um trumpista clássico.

Na verdade, todos sabem que nenhum desses manifestantes que estão em frente dos quartéis sabe o que está fazendo ali.

O ato patriótico com a vestimenta verde e amarela é uma geleia geral, teleguiado pelo Palácio da Alvorada aonde está afugentado Bolsonaro desde que perdeu a eleição, no dia 30, o que não significa que esteja parado, inerte, ao contrário, tenta a todo custo cavar uma anistia pelos crimes cometidos que todos nós sabemos, mas sobretudo pelos que não sabemos, mas que ele certamente sabe da gravidade e suas consequências.

Os ataques aos ministros do STF em Nova York, é missa encomendada, é ladainha cantada pela cúpula do governo Bolsonaro.

Tudo para tentar cavar um perdão naquilo que Augusto Aras não conseguir enterrar.

Por isso essa nova conversa de que essa gente não é bolsonarista, e sim povo, para não dar na pinta o que todos sabem, que é Bolsonaro que está por trás de cada ato desses, no Brasil ou fora dele. Atos, diga-se de passagem, que o verdadeiro povo brasileiro não quer tomar conhecimento tal a insignificância que tem para o Brasil real.

Além do quê, no quesito criatividade, essa velharia rancorosa, que tem o boi na sombra para vagabundear, jamais teve capacidade de produzir um ato minimamente original, porque nunca foi capaz de uma atitude própria.

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Corrupção

Imensa maioria do povo brasileiro acha Bolsonaro corrupto, segundo Datafolha

Não há qualquer surpresa em que somente os bolsonaristas acreditem que Bolsonaro seja honesto. A imensa maior parte do povo Brasileiro sabe que o governo Bolsonaro é um mar de corrupção que a cada dia inclui em seu currículo um escândalo a mais.

Nesta quarta feira(21), o Estadão revelou mais um esquema de grossa corrupção envolvendo os pastores lobistas no MEC do governo Bolsonaro, até grana viva, dessas que compram imóveis, foi escondida em pneus de caminhonete, assim como traficantes fazem com cocaína.

O povo brasileiro não é tolo, sabe muito bem que, se não é a CPI do genocídio ter talhado a compra da vacina Covaxin, o Ministério da Saúde dispensaria uma fortuna por cada dose comprada para encher os bolsos de quem fazia o esquema, na época em que Pazuello era o ministro.

Pazuello, não se esqueçam, é o autor da célebre frase, “Bolsonaro manda, eu obedeço”.

Lógico que o cinismo de Bolsonaro, que fez o maior lobby de compra de armas, “em nome de Deus”, seria fatal, pois o hipócrita, sem dar qualquer explicação, de onde vieram os R$ 26 milhões em dinheiro vivo que bancaram a compra de 51 imóveis, faria com a cara mais lavada do mundo, campanha para acusar Lula de corrupto, sem qualquer prova.

Na verdade, não é preciso gastar muita tinta para dizer, nessa história, quem é o corrupto, porque 70 % dos brasileiros sabem que é corrupto, apenas uma minoria que vota nele, finge não saber.

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Bolsonaro quer transformar o Brasil no Equador de Lenin Moreno

Bolsonaro é cínico, pois sabe mais do que ninguém, que o problema não são simplesmente as vítimas do coronavírus que, na maioria dos casos, são pessoas idosas e com outras comorbidades. Ele sabe que a questão é infinitamente maior e que pode atingir qualquer brasileiro que precisar de um atendimento médico para qualquer tipo de enfermidade se a propagação da doença chegar rapidamente a um pico que leve o sistema de saúde ao colapso, coisa que não está longe de acontecer no Brasil por uma série de razões, mas principalmente por Bolsonaro ter colocado o mercado no centro das suas soluções e não as pessoas, sobretudo das camadas mais pobres da população.

Bolsonaro usa todo o tipo de covardia sórdida para pressionar os pobres a voltarem às ruas para sustentar os lucros de quem ainda segura o seu mandato que, sem dúvida, está por um fio, pois a qualquer momento ele pode ser arrancado da cadeira da presidência da República e ir direto para a cadeia junto com seus três filhos delinquentes.

O fato é que o Brasil corre o risco de assistir coisa muito pior do que vem acontecendo no Equador em função da pandemia da coronavírus, onde corpos estão sendo abandonados nas ruas por não ter condição de fazer um enterro digno. O Brasil, por ter uma extensão territorial continental e pelo número de sua população que é onze vezes maior que a do Equador, pode sofrer uma hecatombe, caso Bolsonaro continue no governo.

Mais estúpido ainda é Bolsonaro imaginar que, num quadro de colapso no sistema de saúde como o que assistimos no Equador, repetindo-se no Brasil, resultando numa catástrofe de proporções infinitamente maiores que no Equador, o exército nas ruas não vai controlar o estouro da boiada, como se as pessoas ficassem todas passivas diante do genocídio incalculável que o coronavírus pode promover no país.

É visível o isolamento de Bolsonaro e sua iminente queda. O general Villas Bôas reclamou que estão todos contra Bolsonaro, não mencionando, no entanto, que hoje o maior aliado do coronavírus no Brasil é justamente o presidente da República.

Assim, não há inimigo maior do povo brasileiro do que o próprio presidente que se revela a cada momento a figura mais abjeta que a direita brasileira, a mídia que vive a serviço do mercado, além de empresários e banqueiros sem vírgula de escrúpulo colocaram no poder.

Somente nas últimas 24 horas, Bolsonaro trabalhou com quatro frentes, dois vídeos fake, o do Ceasa e o da professora do chiqueirinho e de uma enquete produzida pelo gabinete do ódio, pedindo para a população votar se quer ou não a intervenção militar e, vendo que o resultado foi pífio, ridículo para as suas pretensões, Bolsonaro resolveu usar Eduardo e seu capanga Allan dos Santos para convocar uma manifestação de apoio para o dia 5 de abril, próximo domingo, o que pode lhe custar a cabeça, ao contrário do que diz o jornal inglês, The Economist, que o impeachment de Bolsonaro dependerá do número de mortos que ele produzirá com o coronavírus no Brasil.

 

*Charge em destaque: The Economist

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Somente depois da intervenção de Lula, presidente da China, Xi Jinping, aceitou conversar com Bolsonaro

Dois dias depois de Lula enviar uma carta a Xi Jinping se desculpando, em nome do povo brasileiro, pela degradante agressão de Eduardo Bolsonaro à China, assim como Ernesto Araújo, com consentimento de Bolsonaro, o presidente chinês, que não atendeu a mais de um telefonema de Bolsonaro, resolveu, sem dúvida alguma, perdoar o Brasil, em nome dos cidadãos brasileiros e da relação dos governos Lula e Dilma com a China, período em que houve os maiores avanços nas relações diplomáticas e comerciais entre os dois países, culminando na criação do BRICS.

Bolsonaro, lógico, ignorou em seu twitter a intervenção de Lula, assim como a própria Globo fez de conta que a carta de Lula ao presidente chinês nunca existiu.

Mas não há como negar que Lula extraoficialmente, em nome do prestígio que goza com o Partido Comunista Chinês, reatou as relações diplomáticas com a China.

Isso mostra a montanha que separa um estadista como Lula de um imbecil como Bolsonaro.

Lula tem reserva moral na bagagem para fazer tal pedido e ser prontamente atendido pelo líder da segunda maior economia do planeta.

Bolsonaro, de forma vergonhosa, já havia sido espinafrado por um jornal oficial do Partido Comunista Chinês que avisou que não toleraria agressões, lembrando a ele que o Brasil, com Lula e Dilma, estabeleceu relações comerciais extremamente vantajosas. Isso, logo no começo do governo Bolsonaro que, para agradar Trump, de forma estúpida resolveu agredir a China.

O fato é que Bolsonaro não governa nada e a cada dia que passa fica mais desacreditado dentro e fora do país, tendo que contar com o capital político de Lula e Dilma que os credencia a falarem a vários países em nome do povo brasileiro para que Bolsonaro não isole ainda mais o país diante da comunidade internacional. Este é o fato.

Leia aqui a íntegra carta de Lula a Xi Jinping:

São Bernardo, Brasil,
20 de março de 2020

“Caro presidente Xi Jinping,

Em nome da amizade entre os povos do Brasil e da China, cultivada por sucessivos governos dos dois países ao longo de quase cinco décadas, venho repudiar a inaceitável agressão feita a seu grande país por um deputado que vem a ser filho do atual presidente da República do Brasil.

Tal atitude, ofensiva e leviana, contraria frontalmente os sentimentos de respeito e admiração do povo brasileiro pela China. Creio expressar o sentimento de uma Nação, que tive a responsabilidade de presidir por dois mandatos, ao pedir desculpas ao povo e ao governo da China pelo comportamento deplorável daquele deputado.

Como é de seu conhecimento, setores expressivos da sociedade brasileira condenaram aquela agressão, incluindo os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal do Brasil.

Lamento, entretanto, que o atual governo brasileiro não tenha feito ainda esse gesto pelos canais diplomáticos e por meio do próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, que deveria ter sido o primeiro a tomar tal atitude. Seu silêncio envergonha o Brasil e comprova a estreiteza de uma visão de mundo que despreza a verdade, a Ciência, a convivência entre os povos e a própria democracia.

Lamento especialmente que esta agressão tenha ocorrido na conjuntura de um contencioso comercial entre a China e os Estados Unidos, país ao qual a política externa brasileira vem sendo submetida de maneira servil por este governo. Bolsonaro rebaixa as relações do Brasil com países amigos e se rebaixa como reles bajulador do presidente Donald Trump.

Este governo passará, sem ter estado à altura do Brasil, mas nada poderá apagar os laços de amizade e cooperação que vimos construindo desde 1974, quando o então presidente Ernesto Geisel restabeleceu as relações entre o Brasil e a República Popular da China.

Praticamente todos os presidentes brasileiros, desde então, fortaleceram nossa relação nos mais diversos campos. Recordo que, ainda em 1988, o presidente José Sarney assinou os acordos para a construção do satélite sino-brasileiro, que viria a ser lançado no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Em 1994, os presidentes Itamar Franco e Jiang Zemin estabeleceram a Parceria Estratégica Brasil e China, que tem frutificado em benefício mútuo. Desde 2009 a China é o maior parceiro comercial do Brasil. Em meu governo, o Brasil reconheceu a China como economia de mercado e construímos juntos os BRICS, inaugurando um novo capítulo na ordem mundial.

Recentemente, expressei minha solidariedade ao povo e ao governo da China no enfrentamento ao coronavírus. Recebo agora a notícia de que os esforços admiráveis nesse combate resultaram na interrupção, pelo segundo dia consecutivo, da transmissão do vírus em seu país. Parabéns por esta vitória e sigam lutando.

Esta é a verdadeira imagem da China que nós, brasileiros e brasileiras, aprendemos a admirar, numa convivência de mútuo respeito. Um país com o qual desejamos manter e aprofundar as melhores relações de amizade e cooperação, inclusive no combate à grave pandemia que também nos atinge.

Receba minha saudação respeitosa e fraterna, que se estende a todo o povo chinês,

Luiz Inácio Lula da Silva

 

*Da redação

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Carta de Lula ao povo brasileiro: “O país está sendo destroçado por um governo de traidores”

Leia a íntegra da carta de Lula.

Companheiras e companheiros de todo o Brasil,

Sempre acreditei que o povo brasileiro é capaz de construir uma grande Nação, à altura dos nossos sonhos, das nossas imensas riquezas naturais e humanas, nesse lugar privilegiado em que vivemos. Já provamos, ao longo da história, que é possível enfrentar o atraso, a pobreza e a desigualdade, com soberania e no rumo da justiça social. Mas hoje o país está sendo destroçado por um governo de traidores. Estão entregando criminosamente as empresas, os bancos públicos, o petróleo, os minerais e o patrimônio que não lhes pertence, mas ao povo brasileiro. Até Amazônia está ameaçada por um governo que não sabe e não quer defendê-la; que incentiva o desmatamento, não protege a biodiversidade nem a população que depende da floresta viva.

Nenhum país nasce grande, mas nenhum país realizará seu destino se não construir o próprio futuro. O Brasil vai completar 200 anos de independência política, mas nossa libertação social e econômica sempre enfrentou obstáculos dentro e fora do país: a escravidão, o descaso com a saúde, a educação e a cultura, a concentração indecente da terra e da renda, a subserviência dos governantes a outros países e a seus interesses econômicos, militares e políticos.

Apesar de tudo, ao longo da história criamos a Petrobrás, a Eletrobrás, o BNDES e as grandes siderúrgicas hidrelétricas; os bancos públicos que financiam a agricultura, a habitação e o ensino; a rede federal e estadual de universidades, a Embrapa, o Inpe, o Inpa, centros de pesquisa e conhecimento, todo um patrimônio a serviço do país.

O que foi construído com esforço de gerações está ameaçado de desaparecer ou ser privatizado em prejuízo do país, como fizeram com a Telebrás, a Vale, a CSN, a Usiminas, a Rede Ferroviária, a Embraer. E sempre a pretexto de reduzir a presença estado, como se o estado fosse um problema quando, na realidade, ele é imprescindível para o país e o povo.

O mercado não vai proteger um dos maiores territórios do mundo, o subsolo e a plataforma continental; a Amazônia, o Cerrado, o Pantanal. Não vai oferecer acesso universal à educação, saúde, seguridade social, segurança pública, cultura. O mercado não vai construir um país para todos.

A Petrobrás está sendo vendida aos pedaços a suas concorrentes estrangeiras. Já entregaram dois gasodutos estratégicos, a distribuidora e agora querem as refinarias, para reduzi-la a mera produtora de petróleo bruto e depois vender o que restou. Reduzem a produção de combustíveis aqui para importar em dólar dos Estados Unidos. E por isso disparam os preços dos combustíveis e do gás para o povo.

Se a Petrobrás fosse um problema para o Brasil, como a Rede Globo diz todo dia, por que tanta cobiça pela nossa maior empresa e pelo pré-sal, que os traidores também estão entregando? Agora mesmo querem passar a eles os poços da chamada Cessão Onerosa, onde encontramos jazidas muitas vezes mais valiosas que as ofertas previstas no leilão.

Problema é voltar a comprar lá fora os navios e plataformas que sabemos fazer aqui. É a destruição da cadeia produtiva de óleo e gás, pela ação do governo e pelas consequências do que fez um juiz em Curitiba. Enquanto fechava acordos com corruptos, vendendo a falsa ideia de que combatia a corrupção, 2 milhões de trabalhadores foram condenados ao desemprego, sem apelação.

Os trabalhadores e os mais pobres são os que mais sofrem com essa traição. Cada pedaço do país e das empresas públicas que vendem, a qualquer preço, são milhões de empregos e oportunidades roubadas dos brasileiros.

É uma traição inominável matar o BNDES, vender o Banco do Brasil e enfraquecer a Caixa Econômica, indispensáveis ao desenvolvimento sustentável, à agricultura e à habitação. O ataque às universidades públicas também é contra a soberania nacional, pois um país que não garante educação pública de qualidade, não se conhece nem produz conhecimento, será sempre submisso e dependente das inovações criadas por outros.

Bolsonaro entregou nossa política externa aos Estados Unidos. Deu a eles, a troco de nada, a Base de Alcântara, uma posição privilegiada em que poderíamos desenvolver um projeto aeroespacial brasileiro. Rebaixou a diplomacia a um assunto de família e de conselheiros que dizem que a terra é plana. Trocou nossas conquistas na OMC pela ilusão da OCDE, o clube dos ricos que o desprezam. Anunciou um acordo com a União Europeia, sem pesar vantagens e prejuízos, e agora brinca de guerra com os europeus para fazer o jogo de Trump.

Quem vai ocupar o espaço da indústria naval brasileira, da indústria de máquinas e equipamentos, da engenharia e da construção, deliberadamente destroçadas? Quem vai ocupar o espaço dos bancos públicos, da Previdência; quem vai fornecer a Ciência e a Tecnologia que o Brasil pode criar? Serão empresas de outros países, que já estão tomando nosso mercado, escancarado por um governo servil, e levando os lucros e os empregos para fora.

Fiquem alertas os que estão se aproveitando dessa farra de entreguismo e privatização predatória, porque não vai durar para sempre. O povo brasileiro há de encontrar os meios de recuperar aquilo que lhe pertence. E saberá cobrar os crimes dos que estão traindo, entregando e destruindo o país.

É urgente enfrentá-los, porque seu projeto é destruir nossa infraestrutura, o mercado interno e a capacidade de investimento público – para inviabilizar de vez qualquer novo projeto de desenvolvimento nacional com inclusão social. O povo brasileiro terá mais uma vez que tomar seu próprio caminho. Antes que seja tarde demais para salvar o futuro.

Por isso é tão importante reunir amplas forças sociais e políticas, como neste seminário que se realiza hoje em Brasília, junto ao lançamento da Frente Parlamentar Mista da Soberania Nacional. Saúdo a todos pela relevante inciativa que é o recomeço de uma grande luta pelo Brasil e pelo povo.

Daqui onde me encontro, renovo a fé num Brasil que será novamente de todos, na construção da prosperidade, da igualdade e da justiça, vivendo na democracia e exercendo sua inegociável soberania.

Viva o Brasil livre e soberano!

Viva o povo brasileiro!

Luiz Inácio Lula da Silva”

Curitiba, 4 de setembro de 2019