Dia: 2 de abril de 2024

O hino da república de Curitiba

O que se ouviu nesta segunda-feira na defesa inacreditável fala do relator do julgamento de Sergio Moro, Luciano Carrasco Falavinha, foi algo muito maior e caricato do que muitos hinos de times de fazenda.

Mas, sem o menor constrangimento, o tenor curitibano soprou o diapasão, pegou a reta e foi embora, no seu verborrágico palavrório em defesa de Sergio Moro. Detalhe, sem corar e se lixando para o papel ridículo a que se propôs como o mais ardoroso, vibrante sabujo, que Moro já teve, barrando até Merval Pereira e Demétrio Magnoli.

Certamente, esse episódio estará nos anais da justiça na galeria das maiores anedóticas do sistema judiciário brasileiro.

O sujeito poderia ter adotado um estilo mais galante, mas que nada, partiu para uma espécie de bolsonarismo de arrotos e, hoje, lógico, o sujeito conseguiu ser mais comentado, no sentido mais pejorativo do que seu “cliente”, tal a garantia que de sua boca não sairia um sopro de crítica à conduta delituosa de Moro e que, se houve momentos de ira, foi contra o PT, que não estava em julgamento.

Enfim, ontem o Brasil conheceu essa espécie de hino da sofrência curitibana, num espetáculo tão grotesco que, com certeza, envergonha qualquer habitante do estado do Paraná, pelo menos aqueles que perceberam a tamanha calamidade cultural que isso representou para o estado, depois das ventanias provocadas pelo relator para proteger Sergio Moro e todo o bando da república Curitiba.

A impressão que ele deixou é a de que, no universo paranaense, a justiça está morta e enterrada. Ou seja, o Carrasco pisou na cabeça da justiça brasileira.

Reino Unido convoca embaixador israelense após ataque que matou trabalhadores humanitários

Ministro britânico solicitou investigação rápida e transparente

O Reino Unido convocou o embaixador israelense em Londres na terça-feira (2) por causa do assassinato de trabalhadores humanitários da World Central Kitchen em Gaza, incluindo três cidadãos britânicos.

O Ministro Britânico para o Desenvolvimento e África, Andrew Mitchell, convocou o embaixador de Israel para expor a “condenação inequívoca do governo ao terrível assassinato de sete trabalhadores humanitários da World Central Kitchen, incluindo três cidadãos britânicos”, disse ele num comunicado de imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

“Solicitei uma investigação rápida e transparente, compartilhada com a comunidade internacional, e total responsabilização”, disse Mitchell. “Reiterei a necessidade de Israel implementar imediatamente e urgentemente um mecanismo eficaz de resolução de conflitos para aumentar o acesso humanitário. Precisamos de ver uma pausa humanitária imediata, para obter ajuda e retirar os reféns, e depois progredir no sentido de um cessar-fogo sustentável.”

Na terça-feira, a World Central Kitchen anunciou que sete membros da sua equipa foram mortos num ataque israelense em Gaza e disse que iria interromper imediatamente as suas operações na região, segundo a CNN..

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os militares “atingiram involuntariamente pessoas inocentes”, enquanto as Forças de Defesa de Israel se comprometeram a investigar o ataque “aos mais altos níveis”.

Irã promete punir Israel por ataque ‘desumano’ contra embaixada na Síria

Bombardeio matou ao menos sete membros do Exército dos Guardiães da Revolução Iraniana.

O aiatolá iraniano Ali Khamenei prometeu nesta terça-feira (02/03) “punir” Israel pelo ataque que matou pelo menos 13 pessoas na embaixada do país persa em Damasco, capital da Síria.

Entre as vítimas estão sete membros do Exército dos Guardiães da Revolução e seis cidadãos sírios, segundo a mídia estatal do Irã.

Para Teerã, o bombardeio de segunda-feira (01/03) é responsabilidade do “regime sionista” que mirou o edifício consular da sede diplomática.

“O regime malévolo de Israel será punido pelas mãos dos nossos valentes homens. Vamos fazer com que se arrependam desse crime”, declarou Khamenei.

Já o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, afirmou que esse “crime covarde não ficará sem resposta”. O mandatário condenou o ataque, chamando de “ato desumano e desprezível”.

“Os sionistas precisam saber que não alcançarão seus objetivos atrozes por meio de atos desumanos, mas serão testemunhas do fortalecimento da resistência e do ódio das nações que buscam liberdade”, salientou.

A pedido da Rússia, o Conselho de Segurança da ONU fará nesta terça-feira uma reunião aberta sobre o ataque em Damasco, que arrisca provocar uma escalada da tensão no Oriente Médio.

“Foi um ato de agressão e uma violação da lei internacional”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, enquanto a China ressaltou que “a segurança das sedes diplomáticas não pode ser violada e que a soberania da Síria deve ser respeitada”.

Já o porta-voz da União Europeia para política externa, Peter Stano, disse estar “alarmado com o suposto ataque israelense” e que é “importante mostrar moderação”. “Uma nova escalada na região não é do interesse de ninguém”, acrescentou.

Ataque contra embaixada
O ataque explosivo foi realizado nesta segunda-feira contra o edifício do consulado do Irã em Damasco, capital da Síria, e resultou na morte de um dos principais comandantes da Guarda Revolucionária Iraniana, o general Mohammad Reza Zahedi.

O canal de notícias catari Al Jazeera disse que alguns edifícios anexos ao do consulado também foram afetados pela explosão.

Mercado eleva expectativa de crescimento do PIB para 1,89% em 2024, aponta Focus

Estimativa de crescimento para 2025, no entanto, permaneceu em 2,00%; previsão para o IPCA não apresentou mudanças com relação ao último boletim.

Os economistas consultados pelo Banco Central (BC) melhoraram as expectativas para o crescimento da economia brasileira em 2024.

De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta terça-feira (2), o mercado espera um avanço de 1,89% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. No relatório anterior, a expectativa era de uma alta de 1,85%. A estimativa de crescimento para 2025, no entanto, permaneceu em 2,00%.

Sobre a inflação, a previsão para o IPCA não apresentou mudanças com relação ao último boletim, e deve encerrar 2024 com alta de 3,75%. Em 2025, os economistas preveem para o índice de preços é de um avanço de 3,51%.

Para um prazo mais longo, as projeções de inflação de 2026 e 2027 seguiram em 3,50% pela 39ª semana.

O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos

As previsões também foram mantidas para a taxa básica de juros. A pesquisa semanal mostrou que a Selic deve terminar 2024 em 9,0%. Em 2025, o mercado espera os juros no patamar de 8,50% ao ano.

Já o câmbio, teve um leve ajuste para cima e agora os economistas enxergam que o dólar encerre o ano cotado a R$ 4,95. Na pesquisa anterior, a expectativa era de R$ 4,93. Para o ano que vem, o câmbio segue sendo previsto a R$ 5,00.

Bolsonaro volta a mostrar desespero sobre prisão: “Atirar para matar”

Bolsonaro voltou a repetir o que disse a alguns interlocutores, entre eles um ministro do STF, em 2022, sobre a perspectiva de ser preso.

Jair Bolsonaro voltou a repetir o que disse a alguns interlocutores, entre eles um ministro do STF, em 2022, sobre a perspectiva de ser preso – hoje bem mais próxima, diz Guilherme Amado, Metrópoles.

Da primeira vez, Bolsonaro falou a um ministro do Supremo sobre atirar em quem tentasse prendê-lo, durante uma conversa no Palácio da Alvorada no primeiro fim de semana de agosto. Disse um agitado Bolsonaro na ocasião:

“Eu atiro para matar, mas ninguém me leva preso. Prefiro morrer”, afirmou Bolsonaro na época.

Agora, Bolsonaro voltou a falar em “atirar para matar”, numa conversa recente com um deputado de seu partido. E garantiu que não aceitará ser preso.

A propósito, o ex-presidente costuma flertar com uma bravata. Já disse que não acataria mais ordens no STF, que não haveria eleição em 2022 sem voto impresso e que não aceitaria o resultado do pleito daquele ano se não saísse vencedor.

Lesa Pátria! Avibras é vendida para grupo australiano e acende alerta na defesa nacional

A transferência do controle da Avibras, fabricante brasileira de equipamentos de defesa e tecnologia espacial, para um fundo de investimentos australiano, foi oficializada nesta semana. Esta movimentação marca a perda de importantes ativos tecnológicos brasileiros, incluindo o sistema de artilharia Astros e a tecnologia por trás do veículo lançador S-50, considerado um elemento central no […]

A transferência do controle da Avibras, fabricante brasileira de equipamentos de defesa e tecnologia espacial, para um fundo de investimentos australiano, foi oficializada nesta semana.

Esta movimentação marca a perda de importantes ativos tecnológicos brasileiros, incluindo o sistema de artilharia Astros e a tecnologia por trás do veículo lançador S-50, considerado um elemento central no programa espacial do país.

O governo brasileiro deu sinal verde para a transação, cujos detalhes financeiros ainda não foram divulgados. Esta venda coloca a Defendtex, uma empresa australiana de defesa, como a nova proprietária da Avibras, destacando-se um movimento de aquisição que levanta questões de soberania e autossuficiência tecnológica, diz o Cafezinho.

Especialistas na área de defesa classificam este episódio como um ato de autossabotagem, dado o alto valor estratégico dos ativos e tecnologias agora transferidos para uma corporação estrangeira.

A Avibras, conhecida por sua expertise em sistemas de mísseis e veículos lançadores, representava uma parcela significativa do potencial militar e espacial do Brasil.

Além das implicações imediatas na indústria de defesa, a venda tem considerável peso geopolítico.

A Austrália, parte da aliança militar AUKUS ao lado dos Estados Unidos e do Reino Unido, amplia sua capacidade militar e estratégica na região Ásia-Pacífico através dessa aquisição.

Notavelmente, isso inclui acesso ao míssil MTC, desenvolvido com financiamento público brasileiro, e potencial para uso em submarinos australianos.

A transação ocorre em um contexto onde outros ativos de defesa brasileiros foram negociados com entidades estrangeiras, como a recente venda da SIATT para o EDGE Group dos Emirados Árabes Unidos.

Estes eventos destacam uma tendência de desinvestimento em empresas nacionais de tecnologia de defesa, contrariando práticas globais de proteção e fomento à indústria de defesa interna.

A situação é vista como particularmente preocupante em comparação com episódios anteriores de perda de capacidade industrial e tecnológica, tal como a falência da Engesa, fabricante do tanque Osório, nos anos 90.

Este cenário atual desafia a capacidade defensiva convencional do Brasil e questiona a gestão de suas tecnologias estratégicas em um panorama geopolítico complexo e desafiador.