Em evento em SP, Lula rebateu críticas de que estaria cansado; presidente está em viagem há 1 semana: “quero ver quem aguenta o meu ritmo”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu nesta sexta-feira (5/7), críticas de que estaria “cansado”. “Quero ver se quem fala que eu estou cansado, que está sentado com a bunda na cadeira escrevendo, se tem coragem de levantar e ir para a rua para andar”, disse Lula durante inauguração do novo campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em Osasco, na Grande São Paulo.
O presidente está em viagem há uma semana, inaugurando obras no Sudeste e no Nordeste. Ele viaja ao Paraguai e à Bolívia neste fim de semana.
“Então, se alguém achar que o Lulinha está cansado, pergunte à dona Janja. Ela é testemunha ocular. Quando falo que tenho 70 anos de idade, energia de 30 e tesão de 20, estou falando com conhecimento de causa”, disse o presidente.
Ele ainda postou no X (antigo Twitter): “Para quem acha que eu estou cansado, acompanhem a minha rotina, a minha agenda, vejam os eventos, transmissões, reuniões, viagens de trabalho. Quero ver quem aguenta o meu ritmo”.
“Economia não vai quebrar”
Na mesma agenda pública, Lula disse que “a economia não vai quebrar” porque seu governo tem responsabilidade fiscal e social.
“Os comentaristas políticos falam: ‘o Lula fala demais’. Que bom que eu falo demais, porque houve um tempo em que eu não falava. Não adianta criar caso comigo. Não adianta falar de responsabilidade fiscal. Porque se tem uma coisa que eu aprendi com dona Lindú [mãe do presidente] foi ter responsabilidade fiscal. Cuidar do meu pagamento, do meu salário, da minha família. E hoje minha família é o Brasil. São 213 milhões de filhos que temos que cuidar”, disse o presidente.
“Só vai dar certo se a economia estiver arrumada. Se a gente fizer igual àquela pessoa que joga dinheiro fora no cartão de crédito, a economia vai quebrar. E, no meu governo, não vai quebrar. Porque nós temos responsabilidade de cuidar desse país”, completou Lula.
A declaração do presidente se dá em um momento em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atua para apaziguar os ânimos entre Lula e o mercado financeiro, após uma série de críticas do petista ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, por causa da taxa de juros.