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O passeio de Boulos no Roda Viva

Tivemos ontem, dois fatos antagônicos que a imprensa industrial faz um exame superficial. A qualidade de Boulos no Roda Viva e a qualidade nenhuma de Marçal, na GloboNews, espelhado em Bolsonaro.

Colocando um de frente para o outro, o que se pode afirmar é que Marçal é uma vertigem digital, que não tem qualquer relação com a população brasileira.

Como político, é filho de uma chocadeira chamada algoritmo, que opera a favor de quem paga para impulsionar suas mentiras e até crimes e, por outro lado, opera contra quem não paga para viralizar nas redes sociais.

Infelizmente, sem qualquer desconto, essa é a realidade de uma internet que suga a riqueza da produção real do país para um ambiente que vive de um processo especulativo na base de todo o tipo de demanda publicitária que fabrica celebridades tóxicas que alimenta o reacionarismo nacional.

De Marçal, já falamos muito, é preciso falar da qualidade e elegância intelectual de quem tem um histórico de quem botou a mão na massa para ajudar as camadas mais pobres da população, Guilherme Boulos.

É fácil comparar, basta ver a entrevista de Boulos no Roda Viva e a de Pablo Marçal na GloboNews ou ainda ler a biografia de Boulos e do Marçal.

Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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