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Em ataque canalha a Boulos, Folha dá aula de fascismo

Uma das piores formas de instrumentalizar a sociedade é aquela que executa sumariamente quem a mídia trata como inimigo pessoal. Assim, impõe sua influência especificamente as classes médias.

Ou seja, escrevem textos quase à capela através de um pensamento rigorosamente tirado do estatuto do fascismo.

Num primeiro momento, tratam todos como iguais para dar uma falsa ideia de isonomia, mas tudo não passa de técnica de persuasão orquestrada, já que, lentamente, vão se modificando, censurando, atacando com pequenas elevações de tom todos os dias.

O que a Folha fez com Boulos hoje foi mais do que partidarizar a história, tratando-o como um bandido repleto de crimes quando, na verdade, o objetivo é a criminalização do MTST, através de Boulos, sem apresentar qualquer comparação entre as duas realidades que gritam em São Paulo, a primeira, todos costumam dizer que é a locomotiva do capitalismo brasileiro e, por isso, a cidade mais rica e potente da América Latina.

No entanto, numa brutal contradição, faz de conta que não sabe que é também a cidade com a maior quantidade de moradores de rua e miseráveis, dividindo espaço, muitas vezes através das formas mais vis, no sentido desumano, na mesma metrópole que se encontra a fina flor da reacionária elite brasileira, a chamada Faria Lima.

Mas canalha e fascista como é, mostrando que quer Boulos longe da prefeitura de São Paulo, por ter liderado o movimento e suas ações, a Folha faz seu jogo baixo, o que já pratica há décadas a fio, que é o fomento ao ódio contra os mais pobres, tratando uma liderança séria como Boulos, como se fosse um bandido, só por ter lutado junto com os degradados, os segregados e os desvalidos.

Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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