Mês: outubro 2024

O risco de uma guerra nuclear e de um céu branco

No limite, pode ocorrer um inverno nuclear no qual o céu ficará branco.

Em declarações recentes, Putin com referência à guerra que move contra a Ucrânia que se defende com cada vez mais armas potentes dos USA e da OTAN, declarou: “se houver um perigo existencial para meu país, usarei armas nucleares”.

Certamente não serão as estratégicas com devastador poder de destruição.Provocaria uma retaliação dos USA com o mesmo tipo de armas. Isso, provavelmente, liquidaria grande parte da vida humana e da biosfera.

Mas Putin usaria as táticas, mais limitadas, mas também com efeitos altamente destrutivos. A ameaça não parece ser um blefe, mas uma decisão tomada por todo o corpo de defesa da Confederação Russa.Bem disse o Secretário Geral da ONU António Guterrez,ao abrir em setembro os trabalhos: “Estamos nos aproximando do inimaginável – um barril de pólvora que corre o risco de engolir o mundo”. Se isso vier ocorrer, surge o grave risco de uma escalada perigosíssima para o nosso futuro.

No limite, pode ocorrer um inverno nuclear no qual o céu ficará branco (na expressão de Elizabeth Kolbert:O céu branco: a natureza de nosso futuro,2020) por causa das partículas radioativas. As árvores mal poderiam fazer a fotossíntese, garantindo-nos o necessário oxigênio e a produção de alimentos seria altamente afetada. Tal catástrofe poria em risco a vida humana e a biosfera.

O assunto é por demais ameaçador para não lhe darmos importância. Toby Ord,filósofo australiano lecionando em Oxford, escreveu um livro minucioso sobre os riscos presentes:Precipice:Existencial Risk and the Future of Humanity (2020). Isso não é alarmismo nem catastrofismo.Mas devemos ser realistas esperançosos e eticamente responsáveis. Já temos a experiência do que tem sido o maior ato terrorista da história, quando os USA sob Truman lançaram duas bombas nucleares simples sobre Hiroshima e Nagasaki que dizimaram em minutos duzentas mil pessoas.

Depois criamos armas muito mais devastadoras e ainda o princípio de autodestruição como o chamou o falecido e eminente cosmólogo Carl Sagan. O Papa Francisco em sua alocução na ONU no dia 25 de setembro de 2020, advertiu por duas vezes da eventualidade do desaparecimento da vida humana como consequência da irresponsabilidade em nosso trato com a Mãe Terra e com a natureza superexploradas. Na encíclica Fratelli tutti (2020) afirma com severidade:”estamos todos no mesmo barco,ou nos salvamos todos ou ninguém se salva(n.32).

O prêmio Nobel, Christian de Duve, em seu conhecido Poeira Vital (1997) atesta que “de certa forma, nosso tempo lembra uma daquelas importantes rupturas na evolução, assinaladas por extinções maciças”(p.355). Antigamente eram os meteoros rasantes que ameaçavam a Terra; hoje o meteoro rasante se chama ser humano dando origem a uma nova era geológica,o antropoceno e na sua fase mais aguda, o atual piroceno (as grande queimadas).

Théodore Monod, talvez o último grande naturalista moderno, deixou como testamento um texto de reflexão com esse título: E se a aventura humana vier a falhar (2000)? Assevera: “somos capazes de uma conduta insensata e demente; pode-se a partir de agora temer tudo, tudo mesmo, inclusive a aniquilação da raça humana” (p. 246). E acrescenta: “seria o justo preço de nossas loucuras e de nossas crueldades”(p.248).

Se tomarmos a sério o drama mundial, sanitário, social e o aquecimento crescente, na era do piroceno, esse cenário de horror não é impensável.

Edward Wilson, grande biólogo, atesta em seu instigante livro O futuro da vida (2002): “O homem até hoje tem desempenhado o papel de assassino planetário…a ética da conservação, na forma de tabu, totemismo ou ciência, quase sempre chegou tarde demais (121).

Vale ainda citar um nome de grande respeitabilidade James Lovelock, o formulador da hipótese/teoria da Terra como Super-organismo vivo, Gaia,com um título que diz tudo: A vingança de Gaia (2006). Em sua passagem pelo Brasil declarou à Veja:” até o fim do século 80% da população humana desaparecerá. Os 20% restantes vão viver no Ártico e em alguns poucos oásis em outros continentes, onde as temperaturas forem mais baixas e houver um pouco de chuva…quase todo o território brasileiro será demasiadamente quente e seco para ser habitado ” (Paginas Amarelas de 25 de outubro de 2006).

Bem ponderou o maior pensador do século XX Martin Heidegger,num texto publicado 15 anos após sua morte, consciente do risco planetário:”Só um Deus nos pode salvar”(Nur noch ein Gott kann uns retten).

Não basta esperar em Deus, pois ele não é um tapa-buraco face às irresponsabilidades humanas, mas sim, cuidar do ser humano enlouquecido, pôr limites a uma razão que virou irracional a ponto de forjar meios de se autodestruir. Confiamos que face à esta catástrofe, haja um mínimo de sabedoria e de contenção nos tomadores de decisões.

Depois que matamos o Filho de Deus que se fez homem, nada é impossível. Mas Deus, não os detentores de armas de destruição em massa é o senhor da história e do destino humano.Ele pode das ruínas criar um novo céu e uma nova Terra, habitada por seres humanos transfigurados, cuidadores e amigos de toda vida.É a nossa fé e esperança.

O comportamento criminoso de Pablo Marçal é fruto da impunidade do clã Bolsonaro

Pablo Marçal é uma espécie de Bolsonaro com adição de pimenta. Essa é a sua aposta. Suas práticas, todos sabem, começou no mundo do crime aos 17 anos, fraudando contas bancárias de velhinhos e, sem qualquer piedade, roubar-lhes o último centavo, aplicando uma técnica de persuasão.

De lá para cá, tudo indica que Pablo Marçal enriqueceu na velocidade de um trem bala, mas sempre com seu método tradicional de enganar as pessoas, assim como fez com os velhinhos.

Ao invés de perfumado, Pablo Marçal se apresenta como alguém mais fétido que o clã Bolsonaro. Ou seja, ele aparece com uma nova forma de bolsonarismo mais tóxica, mas com maior rendimento político, levando a canalhice a um lugar inimaginável até para os padrões do clã criminoso que comandou o Brasil nos últimos quatro anos.

Como coach, suas técnicas são ridículas, patéticas, o que encanta os idiotas são suas frases de efeito tiradas de para-choque de caminhão, além de mais um monte de mentiras bíblicas e provérbios corporativos que não param em pé diante da realidade. Ou seja, tem que tem 100% de lucro, como é o caso de roubo.

Marçal aposta todas as fichas na sua escola do crime, porque ninguém da família Bolsonaro sofreu qualquer punição por uma fieira de crimes de toda ordem.

É o ditado, se não existisse a mídia na farsa do mensalão, não existiria Barbosão, muito menos a farsa da Lava Jato, menos ainda Moro e Dallagnol, estes, é sempre bom lembrar, tentaram surrupiar R$ 2,5 bilhões da Petrobras.

De forma subsequente, sem Moro, não existiria Bolsonaro presidente e, muito menos, Moro ministro e, depois, senador. É a velha máxima de “uma coisa puxa a outra”.

Lógico, Marçal, que praticamente nasceu no ninho bolsonarista, carrega outras particularidades. Mas a essência do seu comportamento, ainda mais agressivo e despudoradamente criminoso, baseia-se no estilo fascista de Bolsonaro, contando com a absoluta certeza que gozará da mesma impunidade que seu mestre gozou até então.

Na verdade, Marçal é o último produto político da mídia industrial.

O ‘suposto’ aprendizado do jornalismo pós-barbárie de Bolsonaro é nulo

As fragilidades que apontam para uma falsificação é que deveriam dar o tom das chamadas.

Depois da campanha de 2018 e dos quatro anos de Bolsonaro, a imprensa não aprendeu nada. O jornalismo declaratório – que reproduz sem contexto acusações infundadas, com o pretexto de que está apenas noticiando uma declaração, mesmo que criminosa – continua dando a tônica de boa parte da cobertura política. Foi assim com “Bolsonaro diz que vacinas não funcionam” ou “Bolsonaro afirma que fraude está no TSE”. E continua.

O caso mais recente é do documento falsificado divulgado por Pablo Marçal (PRTB), um candidato que, repetidamente, vem adotando um comportamento criminoso, sob o olhar complacente da Justiça Eleitoral, já normalizado no noticiário. Marçal e seus comparsas falsificaram um laudo que aponta, de forma mentirosa, uso de cocaína por Guilherme Boulos (PSOL) em 2021.

Em nome de uma isenção hipócrita, o jornalismo é usado como cúmplice de um ato criminoso (e, aqui, dou o benefício da dúvida, atribuindo mais culpa do que dolo). Títulos davam um tom (“Marçal divulga suposto laudo que aponta uso de cocaína por Boulos”), enquanto as próprias matérias demonstram as fragilidades da falsificação. A suposta notícia, dessa maneira, presta um desserviço.

As fragilidades que apontam para uma falsificação é que deveriam dar o tom das chamadas, já que a maior parte dos leitores não passa do título ou da manchete. E a imprensa já tinha tais fragilidades em mãos, tanto que apareciam no meio do texto!

No jornalismo, a notícia tem sempre um lead. Na cobertura escrita, é o primeiro parágrafo de um texto noticioso, onde o principal fato já é informado (basicamente: o que aconteceu, com quem, quando, como, onde e por quê).. Os demais parágrafos têm complementos, desdobramentos, repercussão, informações complementares. Evidências de uma falsificação em um documento tão grave divulgado por um candidato a dois dias da eleição é que são o lead, não a divulgação em si, como a imprensa inicialmente noticiou.

No dia seguinte, o tom da cobertura mudou. Veículos de imprensa passaram a trazer já no título que o documento era uma falsificação grosseira. O problema é que o dia seguinte quase sempre é tarde demais.

*André Graziano/ICL

Chega a Beirute o voo da FAB que trará o primeiro grupo de brasileiros que fogem do conflito no Oriente Médio

Segundo lista informada pela Globonews, 229 brasileiros e familiares voltarão ao Brasil nessa primeira viagem..

Pousou às 11h22 (horário de Brasília) deste sábado (5), no aeroporto de Beirute, o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que vai repatriar brasileiros e seus familiares que fogem do conflito entre Israel e o Hezbollah. A capital libanesa vem sendo alvo de bombardeios das forças israelenses, o que levou os brasileiros a pedirem seu resgate. Entre os passageiro, há dez crianças de colo. A lista divulgada pela Globonews é de 229 passageiros que retornarão ao Brasil.

A operação, que faz parte da missão Raízes do Cedro, estava prevista para ocorrer na sexta-feira (4), mas foi adiada por razões de segurança, devido aos bombardeios realizados por Israel na região, em meio ao conflito com o grupo extremista Hezbollah.

A aeronave KC-30 partiu da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, na quarta-feira (2), chegou a Portugal no mesmo dia e decolou para Beirute às 6h55 (horário de Brasília) deste sábado.

Cerca de 3 mil brasileiros querem deixar o Líbano

A operação foi organizada pelo governo brasileiro após conversas entre o presidente Lula e o chanceler Mauro Vieira, que estavam no México para a posse da presidente Claudia Sheinbaum. Desde a semana passada, a embaixada brasileira em Beirute tem intensificado os contatos com a comunidade local para identificar os cidadãos interessados em retornar ao Brasil.

Aproximadamente 3 mil brasileiros demonstraram interesse em deixar o Líbano, muitos dos quais são residentes da capital e do Vale do Bekaa, regiões diretamente afetadas pelos conflitos.

Ou a justiça eleitoral acaba com a candidatura de Pablo Marçal ou Marçal acaba com democracia

A cultura do crime não anda aos saltos, nem para frente, nem para trás.

Aquele Pablo Marçal, que há 20 anos foi condenado por fraude bancária, em que roubava velhinhos aposentados direto em suas contas, graduou-se, virou um bandido profissional, no sentido mais amplo da palavra.

Agora, Marçal coloca a democracia do Brasil em risco se não tiver sua candidatura cassada imediatamente.

Seu crime contra Boulos foi repudiado até por Malafaia, que é um notório adversário político da esquerda e, consequentemente de Boulos.

Assim como Boulos, Malafaia pede prisão imediata do delinquente Pablo Marçal por vários crimes cometidos num único ato de falsificação de documento de um médico morto há 2 anos, sendo imediatamente desmascarado e amplamente divulgado para que a sociedade saiba o ripo de criminoso de crimes que ele pratica.

Lógico, todos com um mínimo de consciência querem ver um delinquente fora da disputa por se tratar de um criminoso contumaz, o que deixa claro que não tem limites na sua ambição delituosa.

Pablo Marçal, com esse crime, mostra que seu caso é de polícia, de justiça e não de política, porque, se nada for feito imediatamente contra esse sacripanta, a democracia brasileira pagará um preço incalculável. Nem o maior bandido desse país foi tão ousado e debochado com as leis vigentes.

A conferir,

Tensões no Oriente Médio: EUA e Reino Unido lançam ataques aéreos e navais contra Houthis no Iêmen

Bombardeios atingem capital Sanaã e bases militares do grupo, intensificando tensões na região.

Os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram uma série de ataques aéreos e navais contra o grupo Houthi em três cidades sob seu controle no Iêmen, incluindo a capital Sanaã e o porto estratégico de Hodeida. De acordo com informações divulgadas pelo Metrópoles, as ofensivas teriam atingido sistemas de armas, bases e outros equipamentos militares pertencentes ao grupo, que é apoiado pelo Irã.

Os bombardeios, confirmados por fontes militares dos EUA, focaram em alvos estratégicos, como o aeroporto de Hodeida e a base militar de Katheib, controlada pelos Houthis. No total, mais de 12 locais foram atingidos, com relatos de três ataques na província de Bayda e quatro em áreas da capital, Sanaã.

Nas últimas semanas, os Houthis realizaram cerca de 60 ataques a embarcações no Mar Vermelho, alegando apoio à causa palestina, intensificando a tensão no Oriente Médio.

Cid Moreira, a Globo e a síndrome de Marçal

O uso da morte de Cid Moreira é o principal assunto na Globo, o que nada tem a ver com respeito ao ex-âncora do Jornal Nacional, ao contrário, isso não cheira bem, mesmo sendo ele o porta-voz do paraíso que a Globo vendia da ditadura, numa espécie de moto contínuo para perpetuação de quem transformou a emissora numa potência e império de comunicação.

Os Marinho agem assim, sempre agiram, sempre viram negócio em tudo. E assim foi durante todo o regime militar quando tudo se moveu do então todo poderoso, Roberto Marinho, que sempre se vendeu como Midas na condição de empresário da comunicação. Para tanto, bastava a Globo colocar a mão na cabeça de um artista ou uma subcelebridade para que seu passe virasse ouro, mesmo que, na vida real, poucos nomes gozaram desse “estrelato”, dessa beatificação, produzida pelo pior instrumento da cultura de massa nesse apaís, vem da mesma receita do “sucesso” dos negócios que Marçal vende para os incautos.

Na verdade, a Globo sempre produziu mais criaturas do que criadores, muito mais doença do que cura, muito mais burrice do que sabedoria, como é a essência do capitalismo que adora colocar em pedestal o que “deu certo”, algo ínfimo diante do que dá errado, das empresas que abrem e fecham de uma forma praticamente automática.

Sim, esse é o ponto que deixa o capitalismo com o rabo de fora. Por isso, esse assunto jamais virá à baila no país de Alice. Sem dizer que, mesmo os que conseguiram sobreviver nessa ciranda de fogo, poucos herdeiros, quando raramente acontece, sobrevivem mais de dois anos.

Não importa o nome, Roberto Marinho ou Pablo Marçal, cada um a seu tempo, sempre venderam soberba capitalista, mentiras a granel “pequenas empresas, grandes negócios”, que se transformaram em espinhaço de serra.

Ainda não se pode dizer que o gigante da comunicação jaz por terra, sua espada sangrenta ainda dobra os joelhos de muitos inimigos.

Novelistas por natureza, ainda vendem sua logomarca por conta da velha rivalidade criada por eles entre um suposto comunismo e o capitalismo brasileiros.

Aliás, vendo-se ferrado no quesito rejeição, Pablo Marçal saca a mesma ladainha anticomunista, mostrando que sua situação é gravíssima para todo lado que olha.

Então, a utilização do velho major do Jornal Nacional, que mereceu a atenção mais que generosa é, na verdade, um toque e outro muito mais para falar da Globo do que do próprio âncora.

É nessa pegada que Marçal vende seu paraíso para os tolos.

Direita sai menor da eleição

Clique em internet não ganha jogo, diria João Saldanha.

Os candidatos da direita, todos sabem, em debates, se ficarem mudos afundam, se abrirem a boca, afundam também. Não foi sem motivos que Bolsonaro correu da raia dos debates em 2018 com medo de Haddad.

Ou seja, nada de novo no front.

Tivemos algumas situações que mereceram comentários, como a ripada que Ramagem deu em seu padrinho político no estado do Rio, Claudio Castro, em um sopro de sincericídio, classificando o bolostrô de medíocre. Mas isso não reconfigura o mapa da disputa. Fica só nas gargalhadas que provoca.

Nunes é aquilo, uma mironga crua, sem sal e sem recheio.

Marçal tem Marçal como principal aliado e também inimigo.

A direita não tem menu. Não tem projeto pra nada, só o de poder.

Lacração, já deu no saco. Poucos aderem a essas caras e bocas com chamadas escandalosas nas redes. Os atributos dos candidatos de direita têm um modelo padrão. Ninguém tem categoria para sair jogando. É dar bico para onde o nariz aponta.

Na verdade, nem um rascunho, ou um rabisco de projeto político é visto com candidatos de direita.

O resultado não poderia ser outro, a direita sai menor, mais usada e desgastada dessas eleições para prefeito depois do velório político de Bolsonaro.

Pior. não tem mais no Brasil, outra categoria de direita.

Tudo é uma meleca só.

Como sempre, o debate na Globo foi meia-bomba

Marçal esteve mal, fazendo papel de realizador do aquém do além, num debate monótono em que o candidato mais polêmico, visando, na reta final da campanha, uma diminuição de sua rejeição, tenta sobreviver para, ao menos, chegar ao segundo turno.

Os acenos de Marçal sempre foram a partir de suas picaretagens, principalmente aquela mais famosa dos coachs “milionaríssmos, que é a tal chave da permissão, em que o sujeito pode ser muito bem informado, gozar de todas as vantagens para enriquecer, mas é pobre porque não se permite ser rico.

Parece ridículo, e é, mas é essa a tática principal que os maiores vigaristas desse universo de grandes charlatães usam para conquistar os idiotas mais ambiciosos.

Então, essa palavrinha mágica, permissão, precisa ser ativada, porque, além de rico ou muito rico, o sujeito ainda terá condições de espantar tigres, dar soco na fuça do tubarão e enfrentar crocodilo debaixo d’água, sem falar da manutenção de um helicóptero em pane durante um voo.

Marçal é uma espécie de Zé Bonitinho do mal e, sem suas gabolices, paga o preço da rejeição maior do que a adesão, o que deixou o sujeito com as mãos atadas.

Tábata Amaral se manteve numa posição mais aguerrida, com propostas concretas para São Paulo.

Nunes, com aquele ar vampiresco, segue no estacionamento.

Boulos, o mais bem posicionado, deixou claro que não quer arriscar sua ida para o segundo turno com um comportamento que pode ser mal interpretado pelo eleitorado.

Datena fez questão de se mostrar invisível em comentários de ora veja.

O fato é, que o tão esperado debate da Globo, foi, como sempre, um troço sem graça, sem viço, sem brilho, por isso faltou emoção, porque todos estavam bem abaixo do tom se comparar com o primeiro debate na Band, em que o coração, para o bem ou para o mal, falava mais alto.

Sobrou “razão” e faltou emoção.

Pablo Marçal, na disputa eleitoral, mostrou que está muito mais canalha do que há 20 anos quando foi condenado e preso por roubo em banco

A mais recente pesquisa Datafolha tem um velho dito popular contra Marçal: malandro demais vira bicho.

Pablo Marçal, durante a disputa eleitoral, conseguiu fundir seu passado criminoso, que lhe custou condenação à prisão por fraude a banco para roubar velhinhos aposentados com um candidato canalha, que deixou claro que suas práticas criminosa há 20 anos, seguem a mesma lógica delinquente com muito mais potencial do banditismo de tempo atrás.

Na verdade, Marçal, com suas próprias atitudes nefastas do crime organizado, provou que está hoje na disputa da prefeitura de São Paulo como jamais esteve.

Em sua guerra total contra candidatos, mídia ou quem ele classifica como inimigo, Marçal se expôs demais. Sua rejeição segue num crescente, como mostrou ontem a pesquisa Datafolha, não deixa dúvidas de que essa é também a percepção do eleitorado paulistano.

Isso deixa claro que as técnicas de persuasão digital, via redes sociais, tem um limite de efetividade muito menor do que muitos acreditavam. Com todas as técnicas, inclusive ilegais, que Marçal utilizou na campanha, sua imagem só piorou pesquisa após pesquisa, revelando o crescimento muito maior rejeição do que aprovação.