Esta é a 2ª alta consecutiva dos juros, além de ser a maior elevação da Selic desde maio de 2022 — quando o Copom subiu 1 ponto percentual.
A decisão foi unânime, com a concordância de todos os nove integrantes do Copom: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Gabriel Muricca Galípolo, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.
No comunicado, os diretores afirmam que o ambiente externo permanece “desafiador”, em função, principalmente, da conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos. Nesta quarta, foi declarada vitória do ex-presidente Donald Trump, do Partido Republicano, nas eleições de 2024.
“Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário externo, também marcado por menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países, segue exigindo cautela por parte de países emergentes”, diz o texto.
No cenário doméstico, o BC pede “apresentação e execução de medidas estruturais para o orçamento fiscal”. O governo Lula (PT) trabalha na finalização de um conjunto de medidas de corte de gastos, que poderá ser detalhado ainda nesta semana. Segundo o Banco Central, essas medidas contribuirão para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária.
2º aumento seguido
Este é o segundo aumento consecutivo dos juros no país, além de ser a maior elevação da taxa desde maio de 2022 — à época todo o colegiado do BC aprovou um acréscimo de 1 ponto percentual na Selic, que ficou em 12,75% ao ano.