Ano: 2024

Depoimento de ex-comandante do Exército à PF nesta sexta é chave para esclarecer papel de Bolsonaro em trama golpista

A Polícia Federal colhe hoje um depoimento considerado “chave” para as investigações que buscam identificar como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) atuou dentro do Palácio da Alvorada nas discussões sobre a minuta do golpe, informa o colunista Valdo Cruz, do portal g1. E, também, em relação aos acampamentos em frente aos quartéis, principalmente em Brasília.

Trata-se do depoimento do ex-comandante do Exército Freire Gomes, o último general a chefiar a instituição na gestão Bolsonaro.

Segundo a delação de Mauro Cid, o general Freire Gomes participou das conversas sobre a minuta do golpe com o então presidente Jair Bolsonaro, mas se recusou a aderir a qualquer intentona golpista, irritando os militares aliados de Bolsonaro, como o general Braga Netto.

O candidato a vice na chapa de Bolsonaro ofendeu, com palavrões, Freire Gomes por ele não se juntar a uma tentativa de intervenção militar segundo mensagens obtidas pela Polícia Federal.

Além disso, Freire Gomes terá de responder sobre o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. Foi ele quem deu a ordem para que o acampamento não fosse desmobilizado.

A PF quer saber se a ordem partiu dele ou se ele recebeu uma ordem superior para interromper o trabalho da PF e da Polícia Militar do DF, que estava, no final de 2022, desmontando o acampamento.

O depoimento do ex-comandante do Exército será complementar ao do general Estevam Theophilo, classificado pelos investigadores como muito produtivo.

Segundo investigadores, o general Theophilo relatou que não tinha poder para dar ordens para tropas, apenas coordenar as suas ações depois de acionadas. Segundo ele, era necessária uma ordem para que as tropas entrassem em ação. Aí, ele faria o trabalho de coordená-las.

Freire Gomes será ouvido na condição de testemunha. Ele não é investigado. Na avaliação dos investigadores, ele teve papel importante para evitar o uso das tropas do Exército em qualquer aventura golpistas, mas precisa explicar por que não denunciou o que estava sendo tramado dentro do governo.

Dentro do Exército, ele conta com o apoio da cúpula da instituição, que, por outro lado, avalia que o general precisa dar as explicações sobre o que aconteceu principalmente nos últimos meses do governo Bolsonaro.

Mesmo com apoio da Globo ao genocídio em Gaza, imagem de Israel desaba no Brasil

As bases essenciais para se cometer um genocídio como Israel faz na Palestina, desde 1948, se não estão totalmente desfeitas, caminham a passos largos para o aniquilamento total da propaganda sionista diante do planeta.

No Brasil, a mídia corporativa, sobretudo a Globo, que é o maior império de comunicação de massa do país, não é mais suficiente para segurar um tsunami mundial de repúdio ao Estado terrorista de Israel contra a população civil da Palestina, principalmente crianças e mulheres.

É importante frisar que a mudança de status de Israel de posição positiva para negativa, no Brasil, tem um grande significado, já que aqui o monopólio sionista nas redações do mundo midiático é escancaradamente vergonhoso.

E, se mesmo assim, a imagem de Israel e seus nazisionistas, despencou de 52% para 39%, no Brasil, dá para imaginar como estão se movendo as pacas tectônicas na comunidade internacional contra os assassinos de Israel, com tendência de esse estado de putrefação acelerado da imagem dos sionistas israelenses, piorar muito, na medida em que os cachorros loucos do governo de Netanyahu, seguirem vociferando, ao estilo nazista, contra os palestinos e as imagens covardes do exército terrorista de Israel se espalharem pelo mundo, mostrando, ao vivo e a cores, como agem os nazisionistas contra uma população inocente e desarmada.

Nojo! Talvez seja a palavra mais usada pela comunidade internacional para designar as atitudes nazifascistas que vêm se descortinando, dia após dia, contra quem sempre achou que poderia, através de suas propagandas pela mídia mundial, eternizar suas mentiras e manipulações.

Depois da internet, o mundo mudou completamente, somente os arrogantes sionistas de Israel, não viram.

Globo teve que mostrar que Lula tem razão sobre o genocídio israelense em Gaza

Salta aos olhos o constrangimento, na Globonews, em admitir que Lula tem razão em afirmar e reafirmar que Netanyahu pratica genocídio contra os palestinos, aos moldes de Hitler contra os judeus. Até porque a fonte da Informação oficial vem do próprio Estado terrorista de Israel.

Então, aquela história de que Lula deveria pedir desculpas públicas, como queria Netanyahu e as “cabeças coroadas” do jornalismo pró-sionismo da Globo, cai por terra.

Andreia Sadi, Marcelo Lins e Guga Chacra, noticiaram o horror vivido por palestinos famintos, que foram metralhados, na tentativa que conseguir alimentos no caminhão de ajuda humanitária.

Até agora, admite-se que 112 morreram, sem informar o número de feridos, mas certamente, o número de mortos deve ser bem maior e o de feridos assombrará a comunidade internacional.

Na GloboNews, ninguém falou em genocídio, pois é o mesmo que dar razão a Lula, já que a emissora disse um monte de asneiras sobre sua fala. O portal G1, do mesmo grupo Globo, tentou inutilmente, ao contrário do El País, da Espanha, dizer que foi um tumulto que provocou a morte de dezenas de palestinos, que resultou na comemoração de israelenses nas redes sociais, acompanhada de galhofa, dizendo que estão aguardando o início da antropofagia, em que os palestinos comeriam os próprios pares para não morrerem de fome.

Esse nível de crueldade nazifascista dos sionistas de Israel já havia sido em manifesto por um dos mais ilustres judeus da história, Albert.  Einstein, no New York Times.

Fosse escrito hoje, Netanyahu e os asseclas que o rodeiam, diriam que Eisntein é uma pessoa não grata em Israel.

O fato é que esse massacre, ao vivo, desta quinta-feira deixou o mundo ainda mais horrorizado.

“Lula é voz da razão e seu papel é garantir paz e estabilidade”, diz presidente da Guiana

Líderes se reunirão na quinta-feira (28) para tratar impasse envolvendo Essequibo, região reivindicada pela Venezuela.

O presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, afirmou nesta quarta-feira (28) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem a responsabilidade de proporcionar liderança na América do sul e garantir a paz e a estabilidade da região.

Irfaan Ali havia sido questionado pela reportagem da CNN a respeito do papel do presidente Lula na intermediação das discussões sobre Essequibo, área rica em petróleo que corresponde a dois terços da Guiana e que é reividicada pela Venezuela.

“Penso que ele tem uma grande responsabilidade sobre os seus ombros no sentido de proporcionar liderança regional. Ele já tem feito isso. Ele estendeu a mão tanto para a Guiana quanto para a Venezuela”, afirmou.

“Ele [Lula] é uma voz estável, uma voz da razão, e penso que o seu papel é garantir que a paz e a estabilidade permaneçam e para garantir que todas as partes respeitem e ajam dentro dos limites do direito internacional e do respeito pelo direito internacional”, disse Ali.

Em seu discurso no encerramento da cúpula dos chefes de governo da Comunidade do Caribe, Lula afirmou que cabe aos países da região mantê-la como zona de paz. “Temos o desafio de manter nossa autonomia em meio à rivalidade geopolítica. Cabe a nós manter a região como zona de paz”, disse.

No final de dezembro, o Reino Unido decidiu enviar um navio de guerra para a Guiana como demonstração de apoio diplomático e militar. O país, o único de língua inglesa na América do Sul, é ex-colônia britânica e membro da Comunidade Britânica.

A decisão gerou reações na região. Nicolás Maduro reforçou suas tropas na fronteira com a Guiana e afirmou que a entrada de um navio de guerra britânico nas águas da costa da Guiana viola o “espírito” de um acordo alcançado entre os dois países.

Maduro disse, na ocasião, que a decisão do Reino Unido “perturba a felicidade e a tranquilidade da família venezuelana” e simboliza uma “ameaça militar de Londres contra o país sul-americano”.

À época, o governo brasileiro informou acompanhar com preocupação o desdobramento. O Brasil atua buscando facilitar o diálogo entre os dois países, defendendo que a solução deve ser bilateral.

Naquela ocasião, o governo disse acreditar que demonstrações militares de apoio a qualquer das partes devem ser evitadas, a fim de que o processo de diálogo em curso pudesse produzir resultados. “O Brasil conclama as partes à contenção, ao retorno ao diálogo e ao respeito ao espírito e à letra da Declaração de Argyle.”

A reivindicação de Essequibo pela Venezuela é um tema que deve estar presente nas conversas bilaterais que Lula terá em Georgetown com Mohamed Irfaan Ali, presidente da Guiana, e que provavelmente terá com Maduro em Kingstown, em São Vicente e Granadinas.

Varsóvia e Gaza, as semelhanças dos métodos nazistas, por Luiz Cláudio Cunha

O trabalho, de 20 mil palavras, tem o título “Varsóvia e Gaza: dois guetos e o mesmo nazismo” e saiu originalmente na Editora Unisinos.

Afinal, a política da Israel aplicada em Gaza tem semelhança com o nazismo? Durante 3 meses, o jornalista Luiz Cláudio Cunha – repórter que ajudou a desvendar a Operação Condor na América do Sul.

Seu trabalho permite uma comparação assustadora entre o premiê sionista Netanyahu e o general nazista Jurgen Stroop que comandou a chacina em Varsóvia.

O trabalho, de 20 mil palavras, tem o título “Varsóvia e Gaza: dois guetos e o mesmo nazismo” e saiu originalmente na Editora Unisinos.

Na abertura, Cunha já extravasa sua indignação com ambos os genocídios:

“O judeu assassinado e o judeu assassino. Oitenta anos separam essa brutal metamorfose de um povo perseguido em 1943 pela barbárie nazista na Polônia e convertido, em 2023, em um Estado vingativo que bombardeia impiedosamente hospitais, escolas, ambulâncias, mesquitas, mulheres, crianças e dois milhões de civis inocentes no enclave palestino de Gaza”.

“A dramática inversão de papéis dos judeus atacados no Gueto de Varsóvia para os judeus atacantes no Gueto de Gaza – a inacreditável degeneração do judeu perseguido para o papel de judeu perseguidor – marca talvez o pior retrocesso moral e ético dos princípios civilizatórios de um povo no curto espaço das últimas oito décadas da Humanidade.”

Cunha reconhece a brutalidade do ataque do Hamas a civis israelenses.

“Foi o maior atentado terrorista no mundo desde o 11 de setembro de 2001, quando 19 membros da Al-Qaeda de Bin Laden sequestraram quatro aviões comerciais nos Estados Unidos – atingindo entre eles as torres gêmeas de 110 andares do World Trade Center, em Nova Iorque”

A reação judaica desonrou a tradição humanista dos judeus:

“Líderes notórios máximos de Israel, incluindo generais, jornalistas, celebridades e destaques das redes sociais, se lambuzaram na defesa da punição coletiva em massa. Um constrangedor surto de desmemória para um povo que sempre lembra ao mundo a brutalidade de que foi vítima na barbárie do Holocausto nazista”

Cunha lembra as declarações de Netanyahu prometendo transformar Gaza em ilha deserta; e do major-general Yoav Galant, Ministro da Defesa d Israel, afirmando que lutavam contra “animais humanos”.

Segue-se um festival horrendo de racismo, de pregação do genocídio por parte de figuras ilustres de Israel. O ápice foram as declarações do general Giora Eiland, 71 anos, um dos militares mais influentes do país:

“Israel deve criar um desastre humanitário sem precedentes em Gaza. Somente a mobilização de dezenas de milhares e o clamor da comunidade internacional criarão a alavanca para que Gaza fique sem o Hamas ou sem pessoas. Estamos em uma guerra existencial”.

A caçada de Israel aos “terroristas”: as tropas de Benjamin Netanyahu no combate implacável ao inimigo…

*Luis Nassif/GGN

Disparos israelenses deixam dezenas de mortos em Gaza, dizem autoridades palestinas

Ministério da Saúde de Gaza, das Relações Exteriores da ANP e diretor de hospital afirmam que palestinos corriam em direção aos comboios de ajuda humanitária que entravam na Cidade de Gaza, norte do enclave.

Autoridades palestinas denunciaram a morte de dezenas de pessoas por disparos feitos por soldados israelenses enquanto corriam em direção aos caminhões de ajuda humanitária, na Cidade de Gaza, nesta quinta-feira. As Forças Armadas de Israel afirmam que estão investigando o caso, e o Hamas alertou que o episódio pode levar ao fracasso das negociações para um novo acordo de cessar-fogo temporário. Neste mesmo dia, o enclave palestino contabilizou mais de 30 mil mortes desde o início da guerra entre o Hamas e Israel, iniciada em 7 de outubro.

Segundo o Ministério da Saúde do enclave palestino, controlado pelo Hamas desde 2007, o balanço é de pelo menos 104 mortos e cerca 760 feridos, em uma atualização dos números, que antes marcavam pelo menos 81 mortos e 700 feridos. “As equipes médicas não conseguem lidar com o volume e o tipo de ferimentos que chegam ao Complexo Médico al-Shifa, devido à fraca capacidade médica e humana”, disse porta-voz da pasta, Ashraf al-Qudra, em um comunicado.

á o Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina (ANP) afirmou que há dezenas de mortos e centenas de feridos, “cujo número final ainda não é conhecido em resultado de bombardeios israelenses e disparos deliberados”. Em nota publicada nas redes sociais, a pasta da ANP condenou a ação, descrevendo-a como “massacre hediondo”.

O diretor da emergência do maior hospital do enclave palestino, o al-Shifa, disse que ao menos 50 pessoas que corriam na direção de caminhões de ajuda humanitária foram atingidas pelos disparos israelenses.

— Há pelo menos 50 mártires e mais de 120 feridos, incluindo mulheres e crianças, pelos disparos das forças de ocupação contra milhares de cidadãos que corriam na direção dos caminhões — disse Amjad Aliwa.

Em uma publicação feita nas redes sociais, as Forças Armadas de Israel afirmam que dezenas de pessoas foram mortas devido “à superlotação, aglomeração e atropelamento”. Nas imagens aéreas divulgadas na mesma postagem, é possível ver uma multidão que parece cercar os comboios.

Segundo o Times of Israel, as forças israelenses alegaram ainda que as tropas abriram fogo contra a multidão que se movia em direção às tropas na região de uma forma que as “colocava em perigo”. O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) disse que estava a “par dos relatórios”.

Testemunhas relataram à AFP que viram milhares de pessoas correndo na direção dos caminhões de ajuda humanitária que se aproximavam da rotatória de Nablus, ao oeste da Cidade de Gaza, principal cidade do norte do território. O Exército israelense afirmou que estava “verificando” os relatos.

— Os caminhões cheios de ajuda chegaram muito perto de alguns tanques do exército que estavam na área e a multidão, milhares de pessoas, simplesmente avançou sobre os caminhões — disse a testemunha, que não quis se identificar por motivos de segurança. — Os soldados dispararam contra a multidão quando as pessoas se aproximaram demais dos tanques.

O Hamas, em um comunicado citado pela Reuters, afirmou que o episódio poderia levar ao fracasso das negociações sobre um novo cessar-fogo temporário para a região. Uma nova proposta tem sido debatida entre as autoridades israelenses, cataris, americanas e egípcias, que contempla também a troca entre reféns e prisioneiros palestinos.

Segundo o acordo, o Hamas deverá libertar 40 reféns, incluindo mulheres, crianças e jovens menores de 19 anos, pessoas com mais de 50 anos e doentes. Já Israel libertaria cerca de 400 prisioneiros palestinos e não os prenderia mais. A proposta também permitiria que hospitais e padarias em Gaza fossem reparados, e que 500 caminhões de ajuda humanitária entrassem no enclave por dia.

“As negociações conduzidas pela liderança do movimento não são um processo aberto à custa do sangue do nosso povo”, disse o grupo em referência às mortes desta quinta-feira, afirmando que Israel seria o responsável por qualquer fracasso nas tratativas.

Escassez de ajuda
A ONU calcula que 2,2 milhões de pessoas — quase toda a população de Gaza — estão ameaçadas pela fome, em particular no norte, onde as incursões terrestres e bombardeios israelenses, além de saques realizados por palestinos desesperados por comida, praticamente impossibilitam a entrega de ajuda humanitária na região.

Segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), quase 2.300 caminhões de ajuda entraram na Faixa de Gaza em fevereiro, com a média de 82 veículos por dia, 50% a menos que em janeiro. Antes do início da guerra, em 7 de outubro, quando as necessidades da população eram menos urgentes, a média diária era de 500 caminhões de ajuda na Faixa, segundo a ONU.

O incidente desta quinta-feira na Cidade de Gaza provocou uma discussão acalorada no Conselho de Direitos Humanos em Genebra, onde o embaixador palestino Ibrahim Mohammad Khraishi confrontou seu colega israelense sobre as mortes relatadas, diz O Globo

— Esses são escudos humanos? São combatentes do Hamas? — disse Khraishi.

Trinta mil mortos
Israel foi vítima de um ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro, no qual 1,2 mil pessoas foram mortas de mais de 240 foram levadas para o enclave palestino como reféns. Em resposta, o Estado judeu prometeu aniquilar o Hamas.

As operações começaram no norte com intensos bombardeios e posteriormente incursões terrestres para desmantelar as forças do grupo. Um “cerco total”, que cortou água, alimento, gás e combustível, também foi implementado no enclave. Contudo, a guerra avança agora para o sul, onde mais da metade da população do enclave busca refúgio e para onde muitos se deslocaram após ordens emitidas pelo Exército de Israel.

Desde então, mais de 30 mil pessoas morreram, em sua maioria mulheres e crianças. A assimetria no número de mortos têm gerado uma pressão por parte da comunidade internacional sobre Israel, incluindo dos Estados Unidos, seu principal aliado.

General investigado diz à PF que se reuniu com Bolsonaro a mando de ex-comandante do Exército

Estevam Theophilo é investigado por ter se reunido com ex-presidente e prometido tropas na rua para sustentar golpe.

O general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira disse, em depoimento à Polícia Federal, que participou da reunião com Jair Bolsonaro, em dezembro de 2022, por ordem do comandante do Exército à época, Freire Gomes. A PF aponta que, no encontro, discutiu-se a possibilidade de um golpe de Estado.

Oliveira é um dos investigado pela trama golpista arquitetada para manter o ex-presidente no poder e foi interrogado na sexta-feira passada, no Ceará. As investigações apontam que o general se encontrou com Bolsonaro em 9 de dezembro de 2022, no Palácio da Alvorada, e “teria consentido com a adesão ao golpe de Estado”.

A informação sobre a reunião foi revelada pelo ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid, na sua delação premiada, e confirmada por Oliveira, que disse ter ido ao encontro de Bolsonaro por ordem de Freire Gomes. Como informou a coluna, militares bolsonaristas passaram a atuar para colocar o ex-comandante na mira da PF, segundo Bela Megale, O Globo.

O relatório policial aponta que, segundo diálogos encontrados no celular de Cid, o general teria concordado com o golpe de Estado, desde o que presidente assinasse a medida que abrisse caminho para uma intervenção militar.

Oliveira era comandante de Operações Terrestres (Coter). Os investigadores afirmam que cabia ao general o “emprego do Comando de Operações Especiais (COpESP)”, os chamados ‘kids pretos”. Esse grupo é treinado em operações de contra-inteligência e guerrilha e seria acionado para prender autoridades durante a tentativa de golpe, conforme diz a PF.

Congresso não prioriza matérias essenciais à população, diz senador Omar Aziz

Senador ilustra desordem ao citar a matéria sobre o tratamento de doenças raras pelo SUS, que está há sete anos sem votação.

O Congresso Nacional tem deixado de priorizar matérias que atendem às necessidades da população. Há aquelas, inclusive, que estão paralisadas há muito tempo, em educação, segurança e saúde, como o tratamento de doenças raras pelo SUS.

A opinião é do senador Omar Aziz (PSD-AM), entrevistado pelo jornalista Luis Nassif no programa TVGGN 20 Horas [assista abaixo]. Omar exemplifica a desordem ao citar a matéria sobre o tratamento de doenças raras pelo SUS, que está há sete anos sem votação.

“O Senado tem uma matéria que voltou à Comissão de Assuntos Econômicos na terça-feira, que está há 7 anos no Congresso Nacional e não foi votada, mas em 24 horas se votou a saidinha [de presos]. É uma loucura, tem que fazer um levantamento”, defende. 

Para impedir que assuntos cruciais se arrastem por tanto tempo, de acordo com o senador, deve-se evitar que possibilidades sobre decisões monocráticas do Supremo Tribunal Federal ou outras pautas menos urgentes, mas midiáticas, ocupem o espaço que deveria ser dedicado a resolver problemas essenciais para o país, e que não podem esperar.

“O presidente Arthur Lira [Câmara] e o presidente Rodrigo Pacheco [Senado] deveriam pegar essas matérias que estão há muitos anos [paradas] e definir o que é prioridade para a população brasileira. Matérias que diariamente a população está precisando que seja aprovada, algo que a beneficia, e que são engavetadas no Congresso. Por ser bicameral, não adianta aprovar no Senado e quando chega na Câmara, ela não anda, ou vice-versa”, explica o senador.

 

Em busca de um terceiro turno, mídia continua tratando um delinquente perigoso como um político qualquer

Ora, quando alguém fizer qualquer matéria sobre Bolsonaro, a primeira coisa que precisa ser dita é que o capitão foi expulso do exército por terrorismo, dentro e fora dos quartéis, o que faz desses oficiais, que adularam a presidência da República, alguém sem classificação, para dizer o mínimo.

Boa parte da grande mídia, que é antipetista, que assim já o é, antes mesmo da criação do Partido dos Trabalhadores, já que ela é cão de guarda da oligarquia, pega carona no discurso de Bolsonaro, de maneira enviesada para causar vertigem política nos brasileiros.

Assim, desaparece o terrorista, expulso do exército, o genocida, que cometeu uma série de práticas criminosas, matou mais de 700 mil brasileiros, que devolveu ao mapa da fome 33 milhões de brasileiros para transformar o Brasil na pátria dos acionistas, rentistas e dos banqueiros, dando a eles, em plena pandemia, recordes de ganhos nunca vistos. Daí o apoio quase total ao delinquente, vindo das classes economicamente dominantes.

Acho que seria um motivo para passar o dia dando a folha corrida desse sujeito, que tem um portfólio de crimes invejável, em quantidade e variedade.

destacando o papel dos quatro filhos que, assim como o pai, nunca trabalharam na vida, sempre mamaram deliciosamente nas tetas do Estado e se dizem conservadores ortodoxos, liberais convictos e sonhadores de um Estado transformado em Estadinho.

Mas a mídia brasileira quer, a fórceps, parir um Bolsonaro, que vive seus últimos horizontes na vida pública, com páreo para Lula, que hoje já tem 62% de aprovação de seu governo e que, se a projeção do mercado estiver correta, como prevê um crescimento de 10% do PIB, resultado dos quatro anos do governo Lula, certamente, o presidente da República alcançará os mesmos 87% de aprovação que teve após oito anos de seus dois primeiros mandatos.

O que se imagina é que a mídia brasileira descreve sua sinopse noveleira plantando bananeira, ´porque não consegue se libertar do ranço preconceituoso que sempre marcou a relação dela com um presidente de fato popular, sobretudo nas ações e que, portanto, muda efetivamente, qualitativamente, determinantemente a vida das camadas mais pobres da população.

Por isso, essa forçação de barra de tentar transformar uma manifestação inflada por números ridículos que, perto do que foi anunciado, apresentou um traque, numa espécie de terceiro turno para ver se empareda Lula, o que significa dar mais benefício aos ricos e menos aos pobres.

 

 

Com bloqueios de Israel por terra, aviões lançam ajuda humanitária sobre a Faixa de Gaza

Imagens foram divulgadas com um avião sendo abastecido com alimentos e medicamentos numa operação com apoio dos Emirados Árabes Unidos e Jordânia.

Pela primeira vez desde o início dos conflitos, as Forças Aéreas Egípcias anunciaram o envio de ajuda humanitária por via aérea para a Faixa de Gaza. Imagens foram divulgadas com um avião sendo abastecido com alimentos e medicamentos numa operação com o apoio dos Emirados Árabes Unidos e a Jordânia.

No início da semana, o Exército jordaniano divulgou que fez uma série de entregas de ajuda humanitária de alimentos e outros suprimentos em Gaza, inclusive usando um avião do Exército francês em uma dessas entregas. Vídeos com imagens de palestinos recolhendo as doações que caiam do céu com paraquedas circulam em redes sociais.

Um deles foi gravado por um jovem que carregava nos ombros o que recolheu e celebrava. “Um saco de farinha. Depois de um mês. Que um mês, um milhão de anos. Eu sinto como se fossem milhares de anos”, disse, mostrando ainda outras muitas pessoas que também carregavam na praia as doações. Em outro vídeo, uma palestina agradece, mas lembra que aqueles que continuam no norte de Gaza passam mais necessidades do que os que se deslocaram para o sul, na fronteira com o Egito.

O responsável pelo UNICEF no Egito, Jeremy Hopkins, disse à RFI estar extremamente preocupado, principalmente, com as 600 mil crianças atualmente deslocadas em Rafah entre toda a população civil que vive em circunstâncias tão terrivelmente difíceis.

Riscos

A falta de água potável, de serviços de saneamento e de instalações sanitárias e de higiene básica está aumentando rapidamente para uma emergência de saúde pública, com o risco de surtos de doenças em grande escala. “Agradecemos a facilitação do governo egípcio no fluxo de suprimentos humanitários para Gaza e continuamos a trabalhar em estreita colaboração com o Crescente Vermelho Egípcio a este respeito. Contudo, isto não é o suficiente”, afirmou.

“Os fornecimentos humanitários que entram em Gaza não são suficientes e o setor privado também deve ser autorizado e habilitado a operar em conjunto com as organizações de ajuda. Mais importante ainda: nenhuma criança em Gaza estará segura até que haja um cessar-fogo e reitero este apelo às partes em conflito, a fim de permitir que o Unicef e outros forneçam apoio humanitário vital onde é tão desesperadamente necessário, e para todas as crianças”, acrescentou.

Críticas a Israel

Organizações internacionais vêm criticando os obstáculos impostos por Israel para a entrega desse tipo de ajuda através de caminhões vindos do Egito, que já recebeu mais de 500 aviões, de diferentes países, incluindo o Brasil, trazendo ajuda para palestinos mantidos em Gaza.

Foram cerca de 15.000 toneladas até agora. Essas doações se concentram na cidade de Al-Arish e vão em caminhões para a Faixa de Gaza, através das passagens de Rafah e Karm Abu Salem. Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), “os comboios de ajuda têm sido atacados e o acesso às pessoas necessitadas tem sistematicamente sido negado. Os trabalhadores humanitários foram assediados, intimidados ou detidos pelas forças israelenses e as infraestruturas humanitárias foram atingidas”.

A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) decidiu suspender todos os procedimentos de coordenação humanitária em missões médicas na Faixa de Gaza “devido à falha em garantir a segurança das equipes de serviços médicos de emergência, dos feridos, e os doentes nos hospitais.”

A organização disse que a ocupação israelense deteve sete integrantes de sua equipe, incluindo técnicos de anestesia e um médico. “Eles foram presos durante o ataque da ocupação israelita ao Hospital Al-Amal e o seu destino permanece desconhecido neste momento”, afirmou o PRCS, que criticou a falta de compromisso e respeito demonstrados pelas forças de ocupação israelenses para com os procedimentos e mecanismos de coordenação acordados com as organizações das Nações Unidas.

Em novo balanço divulgado nesta quarta-feira (28/02), o Ministério da Saúde palestino informou que desde o início do conflito entre Israel e Hamas, 29.954 pessoas morreram e 70.325 ficaram feridas. Estima-se que outras milhares de vítimas ainda estejam sob os escombros, enquanto equipes de resgate tentam encontrá-las mesmo sob ataques israelenses.

Proposta de trégua

O Hamas recebeu e analisa uma espécie de rascunho de uma proposta de trégua em Gaza. Segundo a imprensa, a entrega do documento foi em Paris, durante uma roda de conversas com mediadores que tentam chegar a um cessar-fogo. Esta proposta fala em uma pausa nas operações militares e troca de prisioneiros palestinos por reféns israelenses, inicialmente durante 40 dias.

Também consta na proposta:

– Retorno gradual de todos os civis deslocados – exceto homens em idade de serviço militar – ao norte da Faixa de Gaza.

– Depois de iniciar a primeira fase, Israel reposicionará as suas forças longe das áreas densamente povoadas da Faixa de Gaza.

E sobre ajuda humanitária para a Faixa de Gaza:

– Compromisso de trazer 500 caminhões por dia de ajuda humanitária.

– Fornecer 200 mil tendas e 60 mil caravanas.

– Permitir a reabilitação de hospitais e padarias em Gaza

– Israel concorda com a entrada de máquinas e equipamentos pesados para remoção de escombros e assistência com outros fins humanitários, com o fornecimento de remessas de combustível necessárias para esses fins. O Hamas se compromete a não utilizar estas máquinas e equipamentos para ameaçar Israel.

“Um cessar-fogo humanitário imediato e duradouro é a única forma de acabar com a matança e os ferimentos de crianças, a única forma de proteger os civis e a única forma de permitir a entrega urgente da ajuda vital desesperadamente necessária. Mais do que tudo, as crianças de Israel e o Estado da Palestina precisam de uma solução política duradoura para a crise, para que possam crescer em paz e livres da sombra da violência”, reforçou Jeremy Hopkins.

Enquanto os Estados Unidos anunciaram mais US$ 53 milhões em assistência humanitária aos palestinos, há no mundo árabe uma expectativa para que se chegue logo a uma decisão antes do dia 11 de março, quando começa o Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos dedicado a jejum e orações.

*Opera Mundi