Ano: 2024

Moraes: investigação indica que Bolsonaro “estava redigindo decreto” do golpe de Estado

Conclusão é baseada em troca de mensagens entre Mauro Cid, então ajudante de ordens de Bolsonaro, e o general Freire Gomes, que comandava o Exército.

Em sua decisão, na qual se baseou a operação desta quinta (8) da Polícia Federal, o ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mensagens obtidas indicam que o próprio Jair Bolsonaro estava escrevendo o decreto para dar o golpe de Estado. A conclusão se baseia em mensagens que a PF capturou do celular do major Mauro Cid. Elas revelam o envolvimento direto do então comandante do Exército Freire Gomes e do ministro da Defesa de Jair Bolsonaro, Paulo Sergio Nogueira, na trama para um golpe de estado que impediria a posse de Lula, informa Lauro Jardim, em O Globo.

Segundo Moraes, “mensagens encaminhadas por Mauro Cid para o general Freire Gomes sinalizam que o então presidente Jair Bolsonaro estava redigindo e ajustando o decreto e já buscando o respaldo do General Estevam Theophilo (há registros de que este último esteve no Palácio do Planalto em 9/12/2022, fls. 169), tudo a demonstrar que atos executórios para um golpe de Estado estavam em andamento”.

Numa mensagem de áudio, via WhatsApp, do dia 9 de dezembro de 2022, enviada a Freire Gomes às 5h35 Cid cita inclusive uma reunião com “os comandantes” e com o “ministro da Defesa”, ou seja, Paulo Sérgio:

— O presidente tem recebido várias pressões para tomar medidas mais, mais pesada, onde ele vai, obviamente, utilizando as forças, né?, mas ele sabe, ele ainda continua com aquela ideia que ele saiu da ultima reunião, mas a pressão que ele recebe é de todo mundo. (…) E hoje o que que ele fez de manhã? Ele enxugou o decreto, né? Aqueles considerandos que o senhor viu e enxugou o decreto, fez um decreto muito mais resumido,né? (…) por que se não for, se a força não tocar pra frente. (…) Mas ele ainda tá naquela linha do que foi conversado com os comandantes, né? e com o ministro da Defesa. Ele entende as consequências do que pode acontecer. Hoje ele mexeu naquele decreto, né. ele reduziu bastante. Fez algo muito mais direto, objetivo e curto, e limitado, né.

A prova: PF encontra discurso sobre estado de sítio no escritório de Bolsonaro

Segundo a PF, discurso dizia que decretação do estado de sítio seria necessária para restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil.

A Polícia Federal encontrou nesta quinta-feira (8/2), no escritório de Jair Bolsonaro localizado na sede do PL, em Brasília, uma minuta de discurso em que seria anunciado a decretação do estado de sítio, diz Igor Gadelha, Metrópoles.

Segundo apurou a coluna com fontes da PF, o discurso apresentado dizia que a decretação do estado de sítio seria necessária “para restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil”.

O documento foi apreendido na operação Tempus Veritatis, que investiga suposta organização criminosa que atuou na tentativa de “golpe de Estado” para manter Bolsonaro no poder, após a derrota nas eleições de 2022.

Mulher que agrediu casal gay é acusada de golpe de R$ 200 mil em SC

Empresária foi denunciada à Justiça por não cumprir contrato de publicidade; no sábado, ela agrediu e fez ataques homofóbicos a casal em SP.

São Paulo — A empresária Jaqueline Santos Ludovico, de 33 anos, investigada pela Polícia Civil de São Paulo após aparecer em um vídeo agredindo e ofendendo um casal gay em uma padaria (veja abaixo), é acusada de golpe de R$ 200 mil em Santa Catarina.

As acusações que pesam sobre Jaqueline são de extorsão, ameaça e participação em um esquema conhecido como “golpe da publicidade”. A informação é do jornalista Ulisses Campbell, na coluna True Crime, do jornal O Globo.

De acordo com a reportagem, a empresária é dona de uma empresa de marketing e foi contratada, em 2021, por cliente no município de Tubarão (SC) para fazer anúncios na internet.

Mesmo sem ver os anúncios no ar, o contratante diz ter feito pagamentos esporádicos à empresária. Ao perceber que a publicidade não estava sendo feita, ele pediu à Justiça a devolução de um total de R$ 200 mil.

Segundo o processo, Jaqueline não conseguiu comprovar que fez os anúncios contratados. Ela teve duas contas bancárias bloqueadas, mas seu saldo era de pouco mais de R$ 5 mil.

Agressão e homofobia
O episódio de agressão e homofobia em São Paulo ocorreu na madrugada de sábado (3/2), em uma padaria de Santa Cecília, zona oeste da cidade. As vítimas são o assessor de imprensa Rafael Gonzaga e o engenheiro civil Adrian Grasson, ambos com 32 anos.

A confusão teria começado após uma discussão no estacionamento da loja. Já dentro do local, a mulher teria avançado contra o casal e proferido ofensas homofóbicas.

PF prende Filipe Martins, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e major do Exército

PF cumpre 33 mandados de busca e 4 de prisão preventiva no âmbito de uma operação que investiga se aliados do ex-presidente tentaram realizar um golpe de Estado para mantê-lo no poder após as eleições de 2022.

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira dois ex-auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro: o ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência Filipe Martins e o ex-assessor especial da Presidência coronel Marcelo Câmara.

Outro preso preventivamente foi o major do Exército Rafael Martins Oliveira, que atuou no batalhão de Forças Especiais da corporação. Um quarto alvo, que também é militar, está nos Estados Unidos e ainda não foi detido.

Os mandados foram cumpridos no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma organização criminosa que teria atuado para manter Bolsonaro no poder por meio de uma tentativa de golpe Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, segundo a PF. A trama teria envolvido a entrega de uma minuta golpista por Filipe Martins no Palácio da Alvorada e o planejamento de militares treinados em cursos de “operações especiais” que envolvem ações de inteligência contra terrorismo, guerrilha e insurreição.

Entre os alvos de mandados de busca e apreensão estão o ex-presidente, ex-ministros e aliados do governo passado, como o ex-ministro da Casa Civil general Braga Netto, o ex-ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional general Augusto Heleno, o ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Ao todo, a PF cumpre 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, de se ausentarem do país, e a obrigação de entregar os passaportes no prazo de 24 horas.

PF vai à Angra, em casa de Bolsonaro e manda ele entregar passaporte

À coluna, Bolsonaro confirmou que PF foi até sua casa em Angra dos Reis para apreender seu passaporte e o celular de um assessor.

O ex-presidente Jair Bolsonaro também foi alvo da Operação Tempus Veritatis, por meio da qual a Polícia Federal investiga organização criminosa que atuou na tentativa de “golpe de Estado” para manter Bolsonaro no poder, após a derrota nas eleições de 2022.

À coluna, o próprio Bolsonaro confirmou que policiais foram até a sua casa de veraneio em Angra dos Reis (RJ) na manhã desta quinta-feira (8/2). Segundo o ex-presidente, a PF deu 24 horas para ele entregar o passaporte e o proibiu de falar com outros alvos, diz Igor Gadelha, Metrópoles.

Bolsonaro afirmou ainda que os policiais também cumpriram, na residência, um mandado de busca e apreensão contra Tércio Arnoud, assessor do ex-presidente que o acompanha em Angra. Os policiais apreenderam o celular de Tércio, de acordo com Bolsonaro.

Operação da PF mira 16 militares que teriam tentado golpe para manter Bolsonaro no poder

A operação deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (8) mira 16 militares das Forças Armadas que, segundo as investigações, teriam participado da elaboração de um golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Em outubro de 2022, Bolsonaro foi derrotado nas eleições presidenciais em segundo turno. Com isso, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu a presidência em 1º de janeiro de 2023.

Bolsonaro não passou a faixa e, nos meses entre a eleição e a posse, grupos extremistas bloquearam estradas, questionaram a validade do resultado e tentaram invadir a sede da PF em Brasília, entre outros atos, diz o g1.

Segundo o inquérito, os militares atuaram em duas principais frentes:

  • a primeira foi na “produção, divulgação e amplificação” de notícias falsas relacionadas à lisura das eleições presidenciais de 2022. A investigação afirma que eles tinham a finalidade de estimular seguidores a permanecerem na frente de quarteis e instalações das Forças Armadas e criar o ambiente propício para o Golpe de Estado. Ainda de acordo com o inquérito, o grupo incitava outros militares a aderirem à ideia, diretamente ou por meio de influenciadores nas redes sociais.
  • a PF afirma que a segunda frente de atuação dos militares seria no apoio às ações golpistas, reuniões e planejamento de ações para manter os acampamentos em frente aos quartéis militares, incluindo mobilização, logística e financiamento de militares das Forças Especiais.

A GloboNews apurou que, entre os militares que são alvo nesta quarta-feira, estão:

  1. Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro;
  2. almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha;
  3. general Stevan Teófilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército.

A operação desta quinta cumpre 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva.

Segundo a PF, há mandados sendo cumpridos em nove estados e no Distrito Federal:

 

1 – Amazonas
2 – Rio de Janeiro
3 – São Paulo
4 – Minas Gerais
5 – Mato Grosso do Sul
6 – Ceará
7 – Espírito Santo
8 – Paraná
9 – Goiás
10 – Distrito Federal

O apego do Lira pelo orçamento

Do blog de Jeferson Miola

Na abertura do ano legislativo [5/2], Arthur Lira fez uma defesa fervorosa do orçamento da União.

Ele disse que “o orçamento da União pertence a todos e todas e não apenas ao Executivo; porque, se assim fosse, a Constituição não determinaria a necessária participação do Poder Legislativo na sua confecção e final aprovação”.

Engana-se quem imagina que o chefe do sistema de extorsão e achaque da Câmara tenha sido acometido por uma súbita síndrome republicana.

Na verdade, a defesa ardorosa que Lira faz do orçamento tem motivos muito particularistas.

O assalto ao orçamento da União e aos fundos públicos é a fonte do poder descomunal que Lira exerce no país.

Ele herdou isso do governo dos militares com Bolsonaro e age caninamente para manter o esquema no governo Lula.

Os parlamentares aprovaram R$ 53 bilhões para manejarem através de emendas orçamentárias em 2024.

“É um ultraje, é quase o total que o governo terá para investimento”, denunciou a presidente do PT Gleisi Hoffman.

Lira é o grande maestro da alocação clientelística e eleitoreira desses bilhões nas paróquias eleitorais da direita e extrema-direita.

Com este esquema ele fideliza mais de 300 deputados para votarem segundo suas conveniências políticas e conjunturais. Lira consegue quórum para mudar a Constituição e, inclusive, para aprovar um processo de impeachment.

Além de ser fonte do poder político que Lira exerce de modo imperial e oligárquico, observa-se a coincidência de expansão do orçamento secreto com Bolsonaro e a multiplicação do patrimônio do presidente da Câmara no período.

A declaração de bens do Lira à justiça eleitoral mostra um crescimento de 247,1% dos bens dele em 2022 em comparação com 2018 – multiplicou o patrimônio em quase quatro vezes, conforme mostra a tabela.

Mesmo que Lira tivesse conseguido poupar 100% de todos os salários mensais de quase R$ 40 mil, inclusive o 13º e 1/3 de férias, sem gastar um único centavo durante os quatro anos de mandato de deputado federal, ele no máximo teria aumentado seu patrimônio em R$ 1,7 milhão.

Mas ele conseguiu, porém, o milagre de aumentar seu patrimônio em R$ 4,2 milhões.

O santo que operou o milagre do aumento do patrimônio do Lira pode ter sido seu braço direito Luciano Cavalcante, flagrado recebendo uma bufunfa de dinheiro de emendas desviadas no escândalo do kit robótica.

Luciano Cavalcante estava [ou ainda está] para Arthur Lira como Mauro Cid estava para Jair Bolsonaro.

Na planilha de contabilidade de Cavalcante apreendida pela PF em maio de 2023, consta que Lira recebeu R$ 650 mil do total de R$ 834 mil distribuídos entre dezembro de 2022 e março de 2023.

Em outubro de 2023 Lira se safou inteiramente do “incômodo”.

O ministro do STF Gilmar Mendes, que em agosto já havia anulado as provas obtidas nas investigações do esquema de corrupção do gabinete do Lira, mandou a PF promover “a destruição imediata de todos os áudios captados dentro da Operação Hefesto, desencadeada em junho [2023] para investigar supostas irregularidades na compra de kits de robótica pelo FNDE”, conforme noticiou a agência Pública.

Ilustração: Brum chargista

‘Mundo está entrando na era do caos’, diz secretário-geral da ONU

Em seu discurso anual de apresentação das prioridades ao Conselho de Segurança, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse que as guerras e conflitos ao redor do mundo estão criando uma realidade “perigosa e imprevisível”.

“Para milhões de pessoas envolvidas em conflitos em todo o mundo, a vida é um inferno mortal diário e faminto”, disse Guterres na Assembleia Geral da ONU.

Segundo o secretário-geral, o que descreveu como “era do caos” significa a criação de uma “perigosa e imprevisível situação de vale-tudo”, em um momento que o Conselho de Segurança vive um “impasse por fissuras geopolíticas”.

Entre as questões que dividem o conselho, Guterres destacou a guerra de Israel na Faixa de Gaza. Ele acrescentou que esteve inquieto com as pretensões de Israel em concentrar sua ofensiva na região sul de Gaza, onde mais de um milhão de pessoas estão desabrigadas enquanto a localidade sofre com ataques aéreos e terrestres.

“Tal ação aumentaria exponencialmente o que já é um pesadelo humanitário, com consequências regionais incalculáveis”, alertou.

Caso Assange: ONU alerta que fundador do Wikileaks pode sofrer tortura se extraditado aos EUA

Especialista das Nações Unidas sobre Tortura teme que fundador do Wikileaks sofra maus-tratos e punições nos Estados Unidos.

A relatora especial da ONU sobre Tortura, Alice Edwards, pediu nesta terça-feira (06/02) que Reino Unido suspenda a possível extradição de Julian Assange para os Estados Unidos, que pode ser decidida neste mês de fevereiro.

Ela apelou às autoridades britânicas para que considerem o apelo do ativista e fundador do WikiLeaks com base em suspeitas de que, se extraditado, corre o risco de sofrer tortura ou outras formas de maus-tratos e punições.

Edwards também relatou o delicado estado de saúde do jornalista, que “sofre de um transtorno depressivo recorrente e de longa data”, informando que é “avaliado como estando em risco de suicídio” caso sua extradição ocorra.

Nos Estados Unidos, Assange enfrenta inúmeras acusações, inclusive de espionagem, por supostas liberações ilegais de telegramas e documentos diplomáticos via página online conhecida como WikiLeaks.

As acusações do governo norte-americano contra Assange são relacionados aos vazamentos de documentos do Pentágono sobre a atuação dos Estados Unidos no Iraque e do Afeganistão.

“Se for extraditado, Assange poderá ser detido em isolamento prolongado enquanto aguarda julgamento. Se condenado, ele poderá ser sentenciado a até 175 anos de prisão”, alertou Edwards.

Para a especialista da ONU, o risco de ser colocado em confinamento solitário prolongado, apesar do seu precário estado de saúde mental, e de receber “uma sentença potencialmente desproporcional levanta questões sobre se a extradição de Assange para os Estados Unidos seria compatível com as obrigações internacionais do Reino Unido em matéria de direitos humanos”.

A relatora especial da ONU argumenta que os Estados Unidos podem falhar em garantir os direitos de Assange, afirmando que suas “garantias diplomáticas não são suficientes para proteger Assange contra tal risco”.

Assim, Edwards fez um apelo ao governo do Reino Unido para que reveja a ordem de extradição de Assange a fim de garantir “o pleno cumprimento da proibição absoluta e inderrogável de retorno forçado à tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes”.

Ela pediu ainda que as autoridades britânicas tomem todas as medidas necessárias para “salvaguardar a saúde física e mental de Assange”.

Um último recurso interno, após uma longa batalha legal sobre a extradição de Assange, está agendada para ocorrer no Supremo Tribunal de Londres, de 20 a 21 de fevereiro.

Julian Assange enfrenta 18 acusações criminais nos Estados Unidos pelo seu alegado papel na obtenção e divulgação ilegal de documentos confidenciais relacionados com a defesa nacional, incluindo provas que expõem alegados crimes de guerra. Ele está detido no Reino Unido desde 2019, na prisão de segurança máxima de Belmarsh.

*Opera Mundi

 

Vídeo: A verdade sobre as mentiras dos sionistas de Israel

“Essa é uma das maiores fraudes da história. Uma campanha de propaganda para justificar a aniquilação de Gaza”

Bebês decapitados? Esqueça tudo que ouviu sobre o 07 de outubro.

Jeremy Scahill, do @theintercept, investigou os arquivos de “israel”. É tudo mentira. Obrigatório.