Local de conferência para a paz foi definido, mas data ainda não foi estabelecida.
A Arábia Saudita, um dos membros do BRICS, foi escolhida como local para a primeira reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, desde que assumiram seus cargos em janeiro.
O anúncio foi feito por Trump nesta quarta-feira (13) após uma conversa telefônica de quase 90 minutos com Putin, na qual discutiram o fim da ofensiva de Moscou na Ucrânia, que já dura quase três anos.
“Nós esperamos nos encontrar. Na verdade, esperamos que ele venha aqui, e eu irei lá, e provavelmente nos encontraremos na Arábia Saudita pela primeira vez. Veremos se podemos conseguir algo”, disse Trump a repórteres no Salão Oval da Casa Branca. A data para o encontro “ainda não foi definida”, mas ocorrerá em um “futuro não muito distante”, acrescentou o presidente americano.
Trump sugeriu que o encontro contaria com a participação do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, que já havia se disposto a liderar um processo de paz. “Nós conhecemos o príncipe herdeiro, e acho que seria um ótimo lugar para nos encontrarmos”, afirmou.
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, anunciou que Putin havia convidado Trump e autoridades de sua administração para visitar Moscou e discutir a questão ucraniana.
“O presidente russo convidou o presidente americano a visitar Moscou e expressou sua disposição para receber autoridades dos EUA na Rússia em áreas de interesse mútuo, incluindo, é claro, o tema do acordo ucraniano”, disse Peskov.
O convite ocorreu após Trump declarar, na quarta-feira (12), que as negociações de paz começariam “imediatamente” e que a Ucrânia provavelmente não recuperaria seu território perdido, causando reações fortes em ambos os lados do Atlântico.
O novo chefe do Departamento de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, reforçou que a Ucrânia não retornará às suas fronteiras pré-2014, que incluíam a Crimeia, Kherson, Luhansk, Zaporizhia e Donetsk. Além disso, Hegseth afirmou que a entrada do país na OTAN não é um desfecho realista nas negociações.