Em discurso na reunião de Sherpas dos Brics, Lula afirmou que bloco vai trabalhar “em prol de um mundo multipolar e de relações menos assimétricas” assumindo posição de enfrentamento a Donald Trump no cenário mundial.
Presidente dos Brics, grupo econômico fundado por Brasil, China, Rússia e África do Sul – e que conta atualmente com outros 7 membros -, Lula abrirá duas novas frentes de batalha contra o presidente dos EUA, Donald Trump, que desencadeou uma guerra econômica mundial, com taxação desenfreada de parceiros comerciais desde sua posse, em 20 de janeiro.
Em discurso na abertura da Primeira Reunião de Sherpas (enviados dos países membros) da presidência brasileira do BRICS, nesta quarta-feira (26), Lula afirmou que “neste momento de crise, nossa responsabilidade histórica é buscar soluções construtivas e equilibradas”, em recado a diplomacia unilateral de Trump.
“O BRICS continuará a ser peça-chave para que os ideais da Agenda 2030, do Acordo de Paris e do Pacto para o Futuro possam ser cumpridos. A presidência brasileira vai reforçar a vocação do bloco como espaço de diversidade e diálogo em prol de um mundo multipolar e de relações menos assimétricas. Esses objetivos guiarão nossos trabalhos ao longo deste ano”, disse Lula, que listou os seis eixos principais em que o Brasil atuará na presidência do bloco.
- A Reforma da Arquitetura Multilateral de Paz e Segurança
- A Cooperação em Saúde como maiores urgências do Sul Global
- Contribuir para o aprimoramento do sistema monetário e financeiro internacional
- A urgência da crise climática
- Os desafios éticos, sociais e econômicos da Inteligência Artificial
- O aumento da institucionalidade do BRICS
Na prática, à frente dos Brics, segundo Plínio Teodoro, Forum, Lula vai comandar uma das principais frentes de batalha contra Trump: a desdolarização das transações comerciais entre os países.