Golpista não se perdoa. Se pune pela letra da lei.
A ideia de uma “anistia meia bomba” para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, é uma ideia de jerico altamente contraditória e perigosa.
Isso é um troço estapafúrdio!
Na prática, representará um incentivo a novas tentativas de ruptura democrática.
Anistiar crimes contra o Estado Democrático de Direito, como os de 8 de janeiro, sinaliza com clareza límpida que atos antidemocráticos têm consequências pífias, bobocas.
Uma espécie de ai, ai, ai da vovó para o netinho peralta.
Alexandre de Moraes, por exemplo, afirmou que “não existe possibilidade de pacificação com anistia”, pois “o crime anistiado é um crime impune, e a impunidade vai gerar mais agressividade”.
Juristas, como Vitor Schirato, da USP, reforçam que isso representaria um “enfraquecimento enorme da democracia”
Nossa conclusão é que isso “é uma assinatura uma folha em branco para futuros golpes mais violentos” ecoa preocupações de analistas e manifestantes.
A historiadora Marina Gusmão de Mendonça, ao comentar os esforços golpistas históricos no Brasil, observa que anistias a revoltosos, como na Revolta de Jacareacanga, não sorriram ânimos golpistas, mas os encorajaram.
Posts nas redes sociais como o de @EsquerdaLibre, alertam que anistiar golpistas seria “premiar criminosos e dar espaço para uma nova tentativa de ruptura”.
Sim, isso é dançar valsa na boca de um vulcão.
O atentado com bombas em Brasília em novembro de 2024, perpetrado por Francisco Wanderley Luiz, foi apontado como um exemplo do que pode surgir quando o discurso de ódio e a impunidade são tolerados.
Leonardo Sakamoto, em coluna no UOL, argumenta que o ato “mandou para os ares qualquer chance de anistiar os golpistas”, reforçando a necessidade de punições rigorosas para evitar novos ataques.
Aprovar uma anistia, mesmo parcialmente, poderia gerar um conflito entre poderes.
O STF, que já condenou 371 pessoas pelos atos de 8 de janeiro, provavelmente questionaria a constitucionalidade de uma lei que interfere em decisões judiciais.
Os juristas apontam que a anistia violaria a separação de poderes e o princípio da coisa julgada, além de ser inconstitucional por perdoar crimes contra a democracia.
]Uma pesquisa do Datafolha de abril de 2025 mostrou que 56% dos brasileiros rejeitaram a anistia, contra 37% a favor,
Movimentos de esquerda, como a CUT, MST e frentes como o Brasil Popular, têm organizado atos contra a anistia, como os realizados em março de 2025 em oito capitais. Esses grupos associaram-se à anistia como uma tentativa de legitimar o bolsonarismo e sua retórica antidemocrática.
Enfim, o amplo escopo do projeto poderia beneficiar Bolsonaro e outras figuras de destaque, potencialmente anulando investigações e condenações em andamento.