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Tarcísio anuncia que, para ele, o Brasil é a Faria Lima e o resto

Tarcísio anuncia que é contra o fim do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e é contra cobrar qualquer centavo dos super-ricos

Tarcisio, em discurso como candidato à presidência da República em 2026, foi curto e grosso.

O Brasil é a Faria Lia e o resto.

Tarcísio se pintou para a guerra em defesa da papa-fina do dinheiro grosso da Faria Lima e, junto, ataca o fim do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

O bolsonarista, Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, anunciou ser contra a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil e também contra qualquer imposto dos super-ricos.

Empolgado durante o evento Arko Conference 2025, promovido por Arko Advice e Galapagos Capital, Tarcísio criticou a proposta do governo federal, liderada pelo presidente Lula e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que prevê isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil mensais a partir de 2026, com compensação via tributação mínima de 2,5% a 10% para rendas acima de R$ 600 mil anuais.

Ele defendeu uma política econômica de arroxo contra as camadas mais pobres da população, elogiando as medidas do presidente argentino Javier Milei, que está matando de fome seu povo.

Milei cortou gastos públicos significativamente e está detonando a economia argentina.

Para Tarcísio, priorizar o corte de gastos para os pobres seria mais eficaz do que aumentar a tributação de milionários da Faria Lima .

A proposta do governo federal, enviada ao Congresso em 18 de março de 2025, do IR cerca de 10 milhões de brasileiros que ganham até R$ 5 mil por mês, além de prever descontos parciais para rendas entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.

Essa medida do governo Lula, visa a justiça tributária, aliviando a carga sobre a classe média e baixa renda, enquanto compensa a perda de arrecadação (estimada em R$ 27 a R$ 35 bilhões anuais) com a tributação mínima de altas rendas, especialmente de lucros e dividendos, que hoje são isentos.

Em descarado Looby para os podres de rico, Tarcísio criticou essa autorização, argumentando que “abrir mão de uma base relevante de pagantes” para tributar o capital é uma escolha equivocada.
A proposta do governo estabelece um imposto mínimo progressivo para rendas acima de R$ 600 mil anuais, atingindo cerca de 141 mil brasileiros (0,2% da população), com alíquotas que variam de 2,5% a 10% para rendas de R$ 1,2 milhão ou mais.

Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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