Vereador de Belo Horizonte revela detalhes obscuros que associariam Nikolas Ferreira ao crime na capital mineira.
O vereador Pedro Rousseff (PT-MG), de Belo Horizonte, provocou polêmica nas redes sociais neste domingo (1º) ao publicar um vídeo com acusações contundentes contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). As declarações do petista, que rapidamente viralizaram, conectam o parlamentar a um suposto esquema de uso indevido de emendas parlamentares, envolvimento familiar com o tráfico internacional de drogas e possível relação com facções criminosas de caráter religioso.
No vídeo, Rousseff critica a postura pública de Nikolas, a quem acusa de hipocrisia moral, e revela que o deputado destinou, em 2024, verbas milionárias por meio de emendas parlamentares a Nova Serrana (MG), onde, segundo o vereador, o tio de Nikolas, Enéas Fernandes, era secretário municipal e pré-candidato à prefeitura.
A denúncia surge na esteira da recente prisão de Glaycon Raniere de Oliveira Fernandes, primo de Nikolas e filho de Enéas, flagrado com 30 quilos de maconha e pequenas quantidades de cocaína durante uma operação policial em Uberlândia. A prisão, confirmada pelas autoridades, levou Glaycon à custódia no Presídio Professor Jacy de Assis.
“Não era droga para consumo, era tráfico internacional”, afirmou Rousseff no vídeo. Ele questiona o silêncio da mídia tradicional e critica o que considera um tratamento desigual quando casos semelhantes envolvem nomes ligados à esquerda. “Se fosse o Lula, seria manchete nacional. Mas como é Nikolas, ninguém fala nada.”
Outro ponto levantado pelo vereador diz respeito ao que chamou de “narcopentecostalismo”, ao relatar o suposto domínio de uma facção criminosa com viés religioso na Cabana do Pai Tomás, comunidade onde Nikolas cresceu. Segundo Rousseff, o grupo mistura símbolos religiosos com práticas criminosas, como o tráfico de drogas, e usaria a bandeira de Israel como referência simbólica.
O vídeo termina com um apelo à população e às autoridades para que investiguem as denúncias: “A justiça tem que valer para todos, inclusive para aqueles que se escondem atrás de discursos morais e religiosos.”
Nikolas se defende: “Tentativa frustrada de me atingir”
Em resposta, o deputado Nikolas Ferreira se pronunciou nas redes sociais, minimizando o impacto da prisão do primo e negando qualquer envolvimento com as acusações. “Não é algo que me envolve. Se alguém comete crime, tem que pagar. Simples assim”, declarou em publicação no X (antigo Twitter).
Ele também ironizou o timing da divulgação: “Fizeram questão de noticiar no meu aniversário. Agradeço o presente.” Nikolas não mencionou diretamente as acusações de Pedro Rousseff ou o suposto favorecimento ao tio com emendas parlamentares.
Repercussão política
A prisão de Glaycon Fernandes e as acusações de Pedro Rousseff movimentaram o debate político nas redes sociais. A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) questionou a conduta do deputado: “É essa a ‘família’ que Nikolas defende? Será que ele sabia do envolvimento do primo com o tráfico?”
Já o deputado André Janones (Avante-MG) pediu cautela: “Não há prova cabal ligando Nikolas ao narcotráfico, mas as investigações seguem.”
Mais incisivo, o deputado Rogério Correia (PT-MG) ironizou a situação: “Não há nenhuma prova de que as emendas de Nikolas tenham financiado o tráfico na família dele. Deus, Pátria e Farinha!”
Até o momento, Nikolas Ferreira não apresentou esclarecimentos sobre o destino das emendas citadas por Pedro Rousseff. A Procuradoria da República em Minas Gerais ainda não se manifestou sobre a possibilidade de investigação.
Nikolas Ferreira: a caixa preta pic.twitter.com/TtxukGO3Yb
— Pedro Rousseff (@pedrorousseff) June 1, 2025
*Pensar Piauí
Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5
Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110
Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1
Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg==
Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente