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Gaza registra 147 mortes por desnutrição enquanto Israel mantém cerco e ataques

Pelo menos 43 civis foram mortos nesta manhã, incluindo nove pessoas em busca de ajuda; colonos israelenses atacam vilarejo cristão na Cisjordânia

O Ministério da Saúde de Gaza informou nesta segunda-feira (28/07) que 14 pessoas morreram de desnutrição nas últimas horas, elevando o total para 147 vítimas – incluindo 88 crianças. O número soma-se aos 59.733 civis palestinos mortos desde o início da ofensiva israelense em outubro de 2023.

Após 11 semanas de cerco total a alimentos, combustível e medicamentos imposto por Israel, as forças israelenses anunciaram uma pausa tática das 10h às 20h (horário local) nos bombardeios nas cidades Muwasi, Deir al-Balah e Gaza.

Segundo o comunicado do Gabinete de Imprensa do Governo em Gaza, apenas 73 caminhões entraram no território no domingo (27/07). A maior parte da ajuda foi saqueada sob a vigilância das forças de ocupação, acusadas de impedir a entrega de suprimentos humanitários a centros de distribuição organizados.

Os três lançamentos aéreos que ocorreram durante a entrada de ajuda humanitária, foi descrito pelo gabinete como uma “farsa” na qual a comunidade internacional é cúmplice por meio de falsas promessas e informações enganosas. A declaração concluiu que a única solução é “abrir imediatamente todas as passagens de fronteira, suspender o bloqueio e permitir a entrada livre de alimentos e fórmulas infantis”.

Israel tem sido acusado de usar alimentos como arma política e de violar o direito internacional com seu bloqueio de ajuda. O Gabinete de Imprensa do Governo de Gaza alerta para uma escassez catastrófica de leite em pó para bebês, dizendo que mais de 40.000 crianças menores de um ano correm o risco de uma “morte lenta” devido ao bloqueio de Israel.

A ONU afirmou que mais alimentos são necessários para evitar a fome e uma crise sanitária catastrófica. Sam Rose, diretor interino da Agência da ONU para Refugiados Palestinos em Gaza (UNRWA), disse que a organização “está pronta e apta a entregar ajuda vital em Gaza, mas as restrições israelenses e os ataques contínuos impedem que alimentos, água e assistência médica cheguem aos necessitados desesperadamente, especialmente crianças”.

Mais de 5.000 crianças, menores de cinco anos, receberam tratamento para desnutrição nas duas primeiras semanas de julho. 18% delas foram diagnosticadas com Desnutrição Aguda Grave (DAS), a forma mais letal, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O número de hospitalização, devido a complicações médicas pela desnutrição, dobrou no mês de julho, totalizando 73. Em junho foram registradas 39 crianças. Segundo a OMS, isso demonstra um aumento acentuado que começou em maio, com 6.500 internações em junho, o maior número desde outubro de 2023. Até o momento, em 2025, as internações hospitalares atingiram 263.

O aumento do número de casos está sobrecarregando os únicos quatro centros de tratamento de desnutrição em Gaza, todos operando acima da capacidade, enfrentando escassez crítica de combustível e com previsão de esgotamento dos suprimentos até meados de agosto, observou a declaração da OMS.

Ataques em meio a crise de fome
Pelo menos 43 palestinos foram mortos por ataques israelenses em Gaza desde o amanhecer desta segunda-feira (28/07), incluindo nove pessoas em busca de ajuda, disseram fontes em hospitais de Gaza à emissora catari Al Jazeera.

Um grupo de colonos israelenses lançou um ataque à vila palestina de Taybeh, lar de 1.300 pessoas, a maioria cristãs, na Cisjordânia ocupada, de acordo com a Autoridade Palestina. Os sionistas incendiaram veículos palestinos e picharam “ameaças racistas em hebraico em casas e propriedades”, escreveu a autoridade sediada em Ramallah no X.

*Opera Mundi


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Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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