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A grande mídia brasileira e a submissão aos Estados Unidos

Os dois maiores parceiros comerciais do Brasil são a China e os Estados Unidos.

A China é o principal destino das exportações brasileiras, especialmente de commodities como soja, minério de ferro e carne, enquanto os Estados Unidos são o segundo maior parceiro, com destaque para o comércio de bens industrializados e agrícolas.

Balança Comercial do Brasil com a China em 2024
De acordo com dados oficiais da Administração Geral das Alfândegas da China e análises do IBRE/FGV, o comércio bilateral entre Brasil e China totalizou US$ 188,17 bilhões em 2024, com crescimento de 3,5% em relação a 2023.

O Brasil manteve um superávit comercial significativo, impulsionado principalmente pelas exportações de commodities agrícolas e minerais, enquanto as importações de produtos manufaturados (como veículos elétricos e autopeças) cresceram expressivamente.

Principais produtos exportados pelo Brasil: Soja, minério de ferro, carne bovina, petróleo, milho e café.

Principais produtos importados do China: Veículos elétricos (149,9 mil unidades importadas de jan-nov), eletrônicos e bens de capital.

Balança Comercial do Brasil com os Estados Unidos em 2024
Os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC) e análises econômicas indicam que o comércio de bens e serviços com os EUA resultou em um déficit para o Brasil de mais de US$ 28 bilhões em 2024.

Isso reflete o maior volume de importações de bens industriais e serviços (como tecnologia e remessas), enquanto as exportações brasileiras cresceram, mas não o suficiente para equilibrar a balança.

Principais produtos exportados pelo Brasil: Petróleo bruto, semimanufaturados de ferro/aço, café, óleos combustíveis, celulose e carne.

Principais produtos importados dos EUA: Aeronaves, combustíveis refinados, máquinas e serviços (TI, remessas de dólares).

Esses resultados destacam a complementaridade: superávit com a China em commodities e déficit com os EUA em bens de alto valor agregado.

Para 2025, incertezas como tarifas propostas pelo governo Trump podem impactar o comércio com os EUA.

Por que a mídia brasileira dá mais atenção à relação comercial com os EUA e menos à parceria com a China?

A pergunta toca em um desequilíbrio notório na cobertura jornalística brasileira, que prioriza narrativas sobre os Estados Unidos enquanto marginaliza a China, apesar de esta ser o maior parceiro comercial do Brasil há mais de 15 anos, com um superávit de cerca de US$ 44 bilhões em 2024, contra um déficit de US$ 28 bilhões com os EUA.

Essa assimetria não é casual. Reflete fatores históricos, ideológicos, econômicos e geopolíticos.

Em última análise, a mídia, que reflete as classes economicamente dominantes no Brasil, escancara a submissão aos EUA e, junto, um puro preconceito com a China.

Ou seja, a coisa é tocada por puro viés Ideológico e Sinofobia Estrutural.


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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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