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Assim na terra como no céu: Augusto Heleno e o mistério dos helicópteros

Depois que Eduardo Bolsonaro barrou, na Câmara, o depoimento do militar pego na Espanha com 39 kg de cocaína, no avião da FAB, que fazia parte da comitiva de Bolsonaro, mais um misterioso caso de “segurança nacional” paira no ar.

O Painel da revista Época noticia: GSI esconde quem voou em helicópteros da Presidência.

“O Gabinete de Segurança Institucional, comandado por Augusto Heleno, se recusa a informar quem voou nos helicópteros da Presidência, dizendo que as informações são reservadas “por questões de segurança”.

Para embasar o sigilo, o GSI cita o artigo 24 da Lei de Acesso à Informação, que diz que é reservada a informação que puder “colocar em risco a segurança do Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as)”.

Mas, se o voo já ocorreu, qual é o risco que fornecer a informação representa para a segurança do presidente, de seu vice e de suas famílias?”.

Na realidade, há sempre um vácuo nas histórias que cercam o mundo bolsonarista. Depois molda-se um figurino mal-ajambrado para explicar a trama. Assim é o caso de Queiroz que ninguém sabe quem paga o aluguel de sua casa no Morumbi e, muito menos o seu tratamento no Hospital Albert Eisntein, já que estamos falando de um humilde motorista com parcos recursos para tal, comparados a seu salário e, convenhamos, uma despesa dessa não se paga com troco miúdo.

Mas o governo Bolsonaro é isso mesmo. Há um cultivo artificial em cada mentira e que recebe relinchos de apoio de alguns dos mais aferrados bolsonaristas.

Esse teatro ambulante, todos os dias, enfolha-se debaixo de uma bananeira para esconder algo e tentar afastar do pescoço de Bolsonaro sua corda derradeira.

Agora foi a vez do General Augusto Heleno apelar para a Segurança Nacional para jogar a história dos helicópteros no pântano de mistérios.

Estranho, porque sua reação parecia tão sólida na guerra de caducos entre ele e FHC, ocorrida neste último fim de semana, agora, o General sai com uma dessa em nome de uma segurança, depois do fato consumado. Só quem dá apoio incondicional a esses camaradas, engole uma papa como essa.

Augusto Heleno está precisando de uma assistente de conversa mole, menos mole, para trazer uma pinturazinha de veracidade nessas histórias pitorescas que arruma para justificar seja lá o que está por trás disso, que já não assusta a mais ninguém.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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