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Lula faz uma grande sombra em Bolsonaro

A diferença de Lula para Bolsonaro é algo infinitamente gritante, tanto que ele toma todos os espaços da mídia e, simplesmente, desloca Bolsonaro para um vácuo no baixo clero, mesmo sendo “presidente da República”.

Lula, em seu pronunciamento, foi Lula e mostrou um Bolsonaro como ele é, como nunca deixou de ser, o representante da mediocridade nacional que usou uma falsa facada para fugir do debate, enquanto Lula já abre sua fala convocando todos os setores da sociedade para o debate, coisa que Bolsonaro não tem a menor condição de fazer, porque é burro, tosco e depende de uma adoração cega via discurso do ódio para sobreviver. Bolsonaro faz exatamente o oposto do que fez Lula.

Lula colocou Moro como alguém que não fez qualquer arranhão em sua posição focada no povo em toda a sua trajetória. Com isso, Moro ficou aquém de Bolsonaro, o medíocre dos medíocres, o empregado de troco miúdo de Bolsonaro.

Lula falou com a autoridade de Lula que tem uma obra magnífica para mostrar e autoridade para cobrar de um governo inepto, apoplético em que o presidente não tem a mínima noção de como se governa um país.

O resultado de tudo isso não poderia ser outro. Neste momento não se fala em outra coisa que não seja a tragédia provocada por Bolsonaro que, nas últimas 24 horas matou quase 2 mil brasileiros e o papel central de Lula como quem entrou na arena para liquidar o monstro.

Lula não deixou barato, foi propositivo com a objetividade de um goleador com a bola dominada correndo em direção ao gol para resolver a parada.

Lula falou para todos os brasileiros, até para os que o odeiam, ao contrário de Bolsonaro que fala com sua horda de escolhidos e combinados no chiqueirinho, porque não tem cacife político, intelectual ou histórico para falar de verdade com o povo.

Lula chegou como um transatlântico fazendo sombra na canoa furada de Bolsonaro, da qual muita gente está desembarcado. Lula, por sua vez, está oferecendo na sua imensa embarcação uma outra viagem para os brasileiros, viagem que eles conhecem quando, em seu governo, podiam comer uma picanha e beber uma cerveja no fim de semana, sonhar e ver seus filhos entrando em universidades públicas criadas e ou reformadas por Lula, no momento em que o comando do país enxerga a ciência e o conhecimento como algo ameaçador, um inimigo mortal.

Lula fez melhor, lembrou os brasileiros como eles foram felizes no período em que governou o país e como até os que o odeiam, por questão de preconceito de classe, viveram infinitamente melhor do que vivem agora com esse mito de papelão.

Em síntese, Lula chegou chegando, gigante.

*Carlos Henrique Machado Freitas

*Foto destaque: G1

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Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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