Candidato infiltrado poderia ter acesso a informações sobre todos os funcionários do sistema penitenciário federal.
O Ministério da Justiça descobriu que um candidato se infiltrou com documentos falsos no processo de seleção de estágio da Secretaria Nacional de Políticas Penais, onde ele poderia ter acesso a informações sobre todos os funcionários do sistema penitenciário federal, dados de inteligência e questões de segurança dos presídios. Após a identificação, o candidato foi afastado e o caso foi enviado para a Polícia Federal, diz Guilherme Amado, Metrópoles.
A descoberta ocorreu no final de agosto, quando uma investigação feita pela Diretoria de Inteligência Penitenciária da secretaria descobriu que o candidato havia apresentado documentação falsa ao Centro de Integração Escola Empresa (CIEE), instituição responsável pelo processo seletivo.
Segundo o ministério, a diretoria investiga a “vida pregressa” de todos os candidatos, com o “objetivo de verificar a moral inatacável e a reputação ilibada dos contratados”.
“Esse rigoroso processo faz parte de nossa missão constante de aprimorar os mecanismos de segurança orgânica, proteção dos ativos institucionais e ações de contrainteligência, reduzindo assim a vulnerabilidade, mitigando riscos e prevenindo possíveis ações por parte do crime organizado”, informou a secretaria em nota enviada à coluna.