Hoje, certamente é daqueles dias que o tigrão virou tchutchuca. Posso até imaginar o quadro em que Bolsonaro se ajoelha no milho, como fez quando ainda era presidente, para, em prantos, pedir a Temer que intercedesse para que Alexandre de Moraes lhe concedesse clemência.
Em delação, Mauro Cid afirmou que Bolsonaro orientou uma mudança na minuta do golpe em que teria como consequência a cabeça de Alexandre de Moraes na bandeja.
Isso parece ter sido de importância vital para Bolsonaro. Agora, o sujeito deve estar em pânico por ter sugerido essa ideia suicida ao portador da minuta.
O biscate gandaieiro, que já tinha experimentado o amargo de seus berros contra Moraes, num desses 7 de setembro, deve estar remoendo não só a raiva de Cid, mas de si mesmo, pela ineficiência eleitoral que lhe deu o título único de perdedor na tentativa de reeleição, além da tortura de perder totalmente os poderes que ainda lhe rendiam um caldo de escora que imprimia uma imagem de valentia.
Tudo isso, agora, caiu por terra.