Inflação interanual na Argentina sobe para 160,9% dias após Milei assumir o poder.
Os dados superam todas as medições dos últimos 32 anos, já que é preciso voltar a fevereiro de 1991 para encontrar um recorde superior (27% naquela ocasião).
A inflação de novembro também está 4,5 pontos percentuais acima do indicador de outubro, quando atingiu 8,4%, e também está acima do índice de setembro, quando foi de 12,7%.
O item que mais afetou o aumento de preços em novembro foi saúde, que subiu 15,9% devido aos aumentos de medicamentos e medicamentos privados, seguido pelo segmento de alimentos e bebidas não alcoólicas (15,7%).
As comunicações também apresentaram um crescimento acima da média (15,2%), devido aos aumentos registrados na telefonia móvel e na Internet, assim como nas áreas de lazer e cultura (13,2%).
Abaixo da média, a categoria de equipamentos e manutenção doméstica cresceu (12,4%), superando restaurantes e hotéis (12%), bebidas alcoólicas e fumo (11,8%) e bens e serviços diversos (11,5%).
Habitação, água, luz, gás e outros combustíveis foram os itens que menos aumentaram de preço em novembro (7,1%), seguidos pela educação (8,3%) e pelo vestuário e calçado (10%). A inflação dos últimos 12 meses atingiu o seu nível mais alto em três décadas.
Apesar de a inflação ter atingido 160,9% em termos homólogos, o novo governo do presidente Javier Milei espera um aumento ainda maior nos próximos meses, devido ao pacote de cortes e ajustes anunciado na véspera pelo novo Ministro da Economia, Luís Caputo.
*Sputnik