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Pois é, Javier Milei, da extrema direita, vence a eleição na Argentina

O representante da extrema-direita à presidência da Argentina, Javier Milei (La Libertad Avanza), venceu a disputa em segundo turno neste domingo (19). Embora o resultado não tenha sido divulgado, a vitória do candidato oposicionista foi reconhecida pelo seu adversário, Sergio Massa (Unión Por La Patria), atual ministro da Economia.

A apuração provisória deverá ser divulgada daqui a pouco. Pelo sistema eleitoral argentino, o resultado provisório se dá a partir dos dados enviados pelo Ministério do Interior de cada seção e que são enviados para a Direção Nacional Eleitoral. A contagem oficial de votos começa 48h depois do fim da votação. A posse está prevista para 10 de dezembro. Ainda assim, o resultado provisório já é considerado como o indicativo de qual candidato venceu as eleições.

Javier Milei é o presidente eleito pela maioria dos argentinos para os próximos quatro anos”, afirmou Massa. “Foi uma campanha muito longa e difícil, com conotações duras e espero que o respeito por quem pensa diferente seja estabelecido na Argentina”, acrescentou. O instituto AtlasIntel projeta vitória de Milei com 52,5%.

A vitória do candidato de extrema-direita representa um avanço para o grupo político na América do Sul. No Brasil, Milei teve o apoio da família de Jair Bolsonaro (PL) e de seus seguidores. Ligado ao peronismo, Sergio Massa tinha o apoio declarado do PT.

Com a vitória de Milei, a direita espera retomar o espaço perdido nos últimos quatro anos na América do Sul. Em 2019, presidentes considerados de direita comandavam dez dos 12 países do subcontinente. Hoje, são apenas três.

A candidata que alcançou o terceiro lugar nas eleições presidenciais da Argentina, Patrícia Bullrich, apoiou oficialmente Milei no segundo turno da disputa. Ela teve 23% dos votos. Ex-ministra do ex-presidente Maurício Macri, Bullrich faz parte da direita argentina e é adepta de um modelo econômico liberal.

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O risco Milei: Ameaça à democracia argentina é real, diz biógrafo

Para Juan Luis González, país chega ao segundo turno em situação inédita de tensão.

que acontece quando um país instável cai nas mãos de um líder instável? A pergunta aparece no prefácio de “El Loco”, biografia não autorizada de Javier Milei. Autor do livro, o jornalista Juan Luis González confessa não ter encontrado a resposta para o enigma argentino.

“Não há uma experiência passada que permita imaginar como seria um governo Milei. Muitas ideias dele nunca foram aplicadas na Argentina, como dolarizar a economia, fechar o Banco Central e acabar com as obras públicas”, diz o biógrafo. “Além disso, há a instabilidade de Milei, um personagem que fala com seu cachorro morto e pensa que os clones do animal lhe dão conselhos políticos. É muito difícil prever o que acontecerá”, resigna-se.

Lançado em julho, o livro se tornou um best-seller instantâneo. González reconstituiu a trajetória do candidato de extrema direita: de menino solitário, que sofria bullying até do pai, a polemista histriônico, que ganhou fama com gritos e insultos na TV. A morte do bicho de estimação, em 2017, é descrita como um ponto de virada.

“Milei se convenceu de que Conan era seu filho. Quando o cachorro morre, seu discurso ganha um tom messiânico. Ele passa a acreditar que fala com Deus, que foi escolhido”, resume o jornalista. “Isso chama a atenção porque Milei se diz um libertário. Em tese, não deveria usar uma retórica tão religiosa”, observa. Não é a única contradição do deputado de primeiro mandato que pode chegar hoje à Casa Rosada.

Apesar de vociferar contra a política tradicional, que rotula de “casta”, Milei contou com ajuda até de peronistas para fundar seu partido. Ao conquistar a vaga no segundo turno, ele se aliou aos dois líderes da direita tradicional: o ex-presidente Mauricio Macri, que chamava de “covarde” e “repugnante”, e a terceira colocada Patricia Bullrich, que tachou de “montonera assassina”.

Na política internacional, a retórica agressiva permanece. Milei se refere a Lula como “comunista” e afirma que, se eleito, não negociará com o presidente brasileiro. Ele também costuma hostilizar a China, segundo maior destino das exportações argentinas.

“Alguns grupos políticos se definem por seus inimigos. Os inimigos da nova direita são o comunismo, o feminismo, o progressismo e a esquerda em geral”, diz González. Ele aponta outra semelhança com Donald Trump e Jair Bolsonaro: a tática de desacreditar o sistema eleitoral. “Milei disseminou a tese de que só perde se houver fraude. Isso está levando a democracia argentina a uma situação inédita de tensão”, alerta.

No mês passado, o país vizinho celebrou 40 anos do fim da ditadura mais violenta do continente. O peronista Sergio Massa, desgastado pela inflação galopante, repetiu o bordão “Nunca mais”. Milei preferiu questionar as estimativas que apontam 30 mil desaparecidos políticos. Sua vice, Victoria Villarruel, disse na quarta-feira que a Argentina só conseguirá sair da crise “com uma tirania”.

Para o biógrafo de Milei, o discurso da dupla representa um risco concreto, que não deveria ser subestimado. “A democracia já está ameaçada na Argentina. O perigo é real”, adverte González.

 

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Candidato de extrema direita na eleição presidencial argentina, Milei é alvo de protesto em teatro: “lixo, você é ditadura” (assista ao vídeo)

O candidato de extrema direita na eleição presidencial na Argentina, que ocorrerá neste domingo (19), foi alvo de manifestações nessa sexta (17) no Teatro Cólon, em Buenos Aires. A plateia, ao perceber sua presença, começou a gritar palavras de ordem como “Nunca mais”, e “Milei, lixo você é ditadura”. Milei, que disputará a Presidência contra o peronista Sérgio Massa, já negou em declarações o número de mortos durante a ditadura argentina. E sua candidato a vice, nesta semana, afirmou que o país precisa passar por uma “tirania”.

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Mundo

É difícil ser tão ruim quanto Bolsonaro, mas Milei tem tentado

Quem quiser o título deve ser comparável a catástrofes naturais e pragas bíblicas.

A Argentina vai às urnas neste domingo eleger seu novo presidente. O primeiro colocado nas pesquisas é Javier Milei, por vezes chamado de “Bolsonaro argentino”. O clã Bolsonaro, de fato, apoia Milei com entusiasmo.

É preciso tomar cuidado ao dizer que alguém é o Bolsonaro de outro país. Muito pouca coisa no mundo é tão ruim quanto Jair Bolsonaro.

Graças a Bolsonaro, durante alguns meses de 2021 o Brasil teve um terço das mortes por Covid-19 no mundo, mais de dez vezes nossa proporção da população mundial (2,8%). Segundo cálculos do epidemiologista Pedro Hallal, a recusa de ofertas de vacinas pelo governo Bolsonaro causou, só entre janeiro e junho de 2021, 95 mil mortes.

Bolsonaro também desmontou os mecanismos de combate à corrupção no Brasil e permitiu que os congressistas apresentassem emendas secretas ao Orçamento (por isso não sofreu impeachment). Realizou pelo menos duas tentativas de golpe de Estado. A primeira, em 7 de setembro de 2021, quando declarou que não obedeceria mais ao Supremo Tribunal Federal. E outra logo depois de sua derrota ano passado.

Na semana passada, uma Comissão Parlamentar de Inquérito apontou o ex-presidente como mentor intelectual da destruição da praça dos Três Poderes em 8 de janeiro, ápice de uma onda golpista que se seguiu ao resultado das eleições. Um terrorista que havia ocupado cargo no governo Bolsonaro tentou explodir o aeroporto de Brasília na véspera de Natal de 2022.

Ou seja, não basta ser conservador, populista, nem mesmo a versão radical de qualquer uma dessas coisas, para ser “o Bolsonaro” de seu país. Quem quiser o título deve ser comparável, não a outros estadistas, mas a catástrofes naturais e pragas bíblicas.

Embora já tenha mentido sobre o número de desaparecidos durante a ditadura, o currículo de Milei como fascista é bem mais modesto que o de Bolsonaro, um ex-militar que já tinha tentado explodir o próprio quartel. O déficit de fascismo de Milei é só parcialmente coberto por sua candidata a vice, Victoria Villarruel, que tem vínculos históricos com os militares presos por crimes da ditadura argentina e chegou a visitar o ex-ditador Jorge Videla.

Mas o programa econômico de Milei é consideravelmente pior do que o de Bolsonaro. Jair sempre admitiu que era completamente ignorante sobre o assunto. O candidato argentino parece estacionado naquele pico de estupidez em que o indivíduo sabe o suficiente para ter convicções fortes, mas não o suficiente para deixar de ser burro: defende extinguir o Banco Central, dolarizar a economia e eliminar órgãos públicos cujo funcionamento, obviamente, não compreende.

*Celso Rocha de Barros/Folha

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Política

Eduardo Bolsonaro foi à Argentina com apoio do Itamaraty para contratar marqueteiro que criou vídeo com fake news sobre urnas

Em meio à disputa eleitoral de 2022 e a perspectiva de derrota do pai, Jair, na disputa à presidência, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) viajou em “missão oficial” à Argentina, com o apoio do Itamaraty, e contratou com recursos da campanha o marqueteiro Fernando Cerimedo, que criou uma fake news no dia 4 de novembro, após a vitória de Lula, sobre um “dossiê” com informações mentirosas sobre as urnas eletrônicas, segundo a Forum.

Segundo investigação “Mercenários Digitais”, que reúne veículos de mídia para rastrear a indústria das fake news na América Latina, Eduardo Bolsonaro relatou à Comissão de Relações Exteriores da Câmara que viajaria em missão “muito urgente” à Buenos Aires para “participar do Ciclo de Atividades para a Difusão das Ideias de Liberdade, entre 12 e 15 de outubro”.

A Câmara, por meio da Secretaria de Relações Internacionais) notificou o Itamaraty, por meio da Embaixada na Argentina, para “prestar o apoio possível” a Eduardo e dois seguranças, Renan Ornelas Mota e Renato Araújo de Souza.

No entanto, o filho de Jair Bolsonaro viajou acompanhado de Giovani Larosa, correspondente no Brasil do site de extrema-direita La Derecha Diário, de propriedade de Fernando Cerimedo, com quem Eduardo se encontrou na Argentina.

Segundo reportagem de Juliana Dal Piva no portal Uol, Durante a viagem, Eduardo gravou vídeos para a campanha do pai com o apoio de Ceridemo.

Na prestação de contas da campanha, o filho de Bolsonaro lista ao menos um pagamento, no valor de R$ 3,9 mil a Giovani Larosa, jornalista do grupo de Ceridemo no Brasil, com quem viajou à Argentina. A contratação se deu por “divulgação de propaganda eleitoral e apoio à campanha do contratante”.

Após a derrota de Bolsonaro, os perfis do La Derecha Brasil no Twitter, Instagram e Telegram foram suspensos depois que um vídeo em que Cerimedo incita bolsonaristas com uma fake news sobre fraude nas urnas nas eleições foi divulgado.

Com o título “O Brasil foi roubado”, o vídeo fou usado por políticos bolsonaristas e viralizou nas redes ligadas ao ex-presidente, incitando os apoiadores radicais a montarem acampamentos e contestarem os resultados das urnas, que teve seu ápice nos atos golpistas de 8 de Janeiro.

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Lula justifica troca no Exército e diz que Forças Armadas não podem servir a um político

Dois dias após demitir o comandante do Exército, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (23) esperar que a mudança no comando do Exército traga de volta a normalidade da relação com o meio militar..

“As Forças Armadas não existem para servir a um político e sim para proteger o povo brasileiro.”

Em visita à Argentina, o presidente afirmou ainda que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não respeitou a Constituição e se meteu nas Forças Armadas.

“O que aconteceu é que Bolsonaro não respeitou a Constituição e não respeitou as Forças Armadas. E tenho certeza que vamos colocar as coisas no lugar. O Brasil vai voltar à normalidade”, afirmou.

“Todas as carreiras de Estado não podem se meter na política no exercício de sua função, porque essa gente tem estabilidade, essa gente não pertence a nenhum governo, pertence ao Estado brasileiro. Eles precisam aprender a conviver democraticamente com qualquer pessoa.”

Lula admitiu, mas disse não saber explicar, o apoio a Bolsonaro pelas forças de segurança do país, ao que chamou de fenômeno. Ele citou parte das Polícias Militares, das Forças Armadas e da Polícia Rodoviária Federal. “Isso é reconhecido por qualquer cidadão que faça política no Brasil.”

O presidente demitiu no sábado (21) o comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, em meio a uma crise de confiança aberta após os ataques golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília. Arruda ficou menos de um mês no cargo máximo do Exército.

*Folhapress

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Relações Internacionais

Em 1ª viagem internacional, Lula participará de cúpula de bloco abandonado por Bolsonaro

Sputnik – Presidente tomará posse em janeiro e no fim do mês seguirá para território argentino, a fim de retornar a presença do Brasil na CELAC, grupo do qual Bolsonaro suspendeu a participação brasileira há dois anos atrás.

Em uma de suas primeiras viagens anunciadas para o ano que vem, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva seguirá no dia 24 de janeiro para Argentina com objetivo de participar da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e encontrar o presidente argentino Alberto Fernández.

De acordo com o G1, a ida ao país vizinho já está acertada entre o governo argentino e o futuro governo brasileiro. Fernández fez o convite ao petista durante um encontro em São Paulo logo após o segundo turno das eleições.

A ação é contrária à postura da atual administração, uma vez que o presidente, Jair Bolsonaro (PL), suspendeu a participação do Brasil no grupo em 2020.
O impulso do petista de fazer da cúpula da CELAC sua primeira viagem como presidente, segundo a Carta Capital, mostra que Lula tem como meta retomar o protagonismo brasileiro nas relações internacionais.

“Teremos uma volta, mas com um olhar novo, porque o mundo mudou, o mundo não é mais o mesmo. Vamos olhar o mundo com um olhar novo, construtivo, visando sempre a cooperação entre países em desenvolvimento”, ressaltou o futuro ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, sobre o “retorno” do Brasil à arena política.

Ontem (21), Vieira também declarou que o Brasil apoiará retorno da Venezuela e entrada da Bolívia no Mercosul.

Os recentes movimentos mostram uma aproximação brasileira maior dos países vizinhos, um olhar maior da nova administração à política e cultura sul-americana.

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Copa do Mundo

Vitória da Argentina sobre a Holanda; veja memes

Equipes se enfrentam nesta sexta-feira (9) nas quartas de final. Jogo foi para os pênaltis, e ‘hermanos’ levaram a melhor.

A Argentina venceu a Holanda e está na semifinal da Copa do Mundo do Catar. Os dois times se enfrentaram nesta sexta-feira (9). O jogo, que foi para os pênaltis, foi um dos assuntos mais comentados das redes sociais e rendeu vários memes. Confira alguns a seguir.

O jogo começou a repercutir antes mesmo de a partida começar, logo após a derrota do Brasil para a Croácia, nos pênaltis.

A torcida brasileira assistiu ao jogo totalmente desanimada, após a derrota do Brasil para a Croácia.

Prorrogação

A Argentina estava muito próxima de confirmar a classificação para a semifinal, quando a Holanda empatou o jogo no último minuto do segundo tempo.

https://twitter.com/mavanju/status/1601322928985231360?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1601322928985231360%7Ctwgr%5E9bbceb4053d7da5c869299571ca315bbae977113%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-21511726463586920429.ampproject.net%2F2211250451000%2Fframe.html

 

O gol foi o suficiente para dar um pingo de esperança aos brasileiros tristonhos que secavam os hermanos.

https://twitter.com/cincodechaneI/status/1601325082668060672?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1601325082668060672%7Ctwgr%5Ee73880d56fc87da9f9b67aeb539492e6855e834f%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-21511726463586920429.ampproject.net%2F2211250451000%2Fframe.html

*Com G1

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Lula “é um líder como nunca se viu antes”, diz presidente da Argentina

O presidente eleito e o presidente argentino Alberto Fernández reuniram-se nesta segunda (31/10) em um hotel de São Paulo. Expectativa é de retomada nas relações.

O presidente da Argentina Alberto Fernández afirmou, nesta segunda-feira (31/10), que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “é um homem de bem, é um líder da região”, e “um líder como nunca se viu antes”. O presidente argentino se disse ainda muito contente com o resultado das eleições brasileiras, e que veio ao Brasil para dar a Lula “o abraço que ele merece”.

A vinda de Fernández ao Brasil foi anunciada pela agência estatal de notícias Télam na manhã de hoje (31/10) e o encontro ocorreu no segundo andar do Hotel Intercontinental, em São Paulo. O presidente argentino estava acompanhado pelo chanceler Santiago Cafiero e pelo embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli.

Ao chegar ao local Fernández afirmou que queria “dar o abraço que ele (Lula) merece”, e acrescentou: “Lula é um homem de bem, é um líder da região. Estamos muito contentes”. O encontro ocorreu por volta das 13h30. Os dois líderes reuniram-se a portas fechadas, e depois almoçaram no local.

Em suas redes, o presidente argentino publicou o momento do encontro com Lula. “Todo o meu amor, minha admiração e meu respeito, querido companheiro. Temos um futuro que nos abraça e nos convoca”, declarou Fernández.

*Correio Braziliense

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Imprensa internacional destaca orçamento secreto, ataque às urnas e fake news bolsonaristas na reta final da eleição

As práticas bolsonaristas na campanha ganharam espaço em jornais dos Estados Unidos, Argentina, Espanha e França.

Nesta reta final de segundo turno da eleição presidencial no Brasil, a imprensa internacional tem destacado temas já amplamente debatidos internamente, como o orçamento secreto, os ataques às urnas eletrônicas e as fake news bolsonaristas.

A maioria das manchetes estrangeiras abordam as ameaças de Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral. O ex-presidente Lula (PT) é o favorito para vencer o pleito, segundo pesquisas eleitorais.

“The Guardian”, Reino Unido

O periódico britânico afirmou que o orçamento secreto de Jair Bolsonaro (PL) para cooptar apoio no Congresso Nacional pode favorecê-lo no domingo (30), data em que os brasileiros comparecerão às urnas para votar no segundo turno.

O jornal afirma que Bolsonaro ainda é competitivo por causa da verba que utiliza para ‘comprar pessoas’. “Quando os historiadores escreverem livros a respeito de por que tantos brasileiros votaram para a extrema direita, eles vão, justificadamente, focar em temas ideológicos, políticos e sociais. Mas há outra razão importante pela qual o presidente Jair Bolsonaro ainda é competitivo à medida que o segundo turno se aproxima: ele está distribuindo bilhões de um fundo para ‘comprar’ pessoas. O fundo é conhecido como ‘orçamento secreto’ porque não há supervisão da aplicação do dinheiro depois que é entregue aos legisladores”.

“The New York Times”, EUA

O jornal estadunidense focou nos ataques que Bolsonaro – sem provas – tem feito ao sistema eleitoral brasileiro desde antes do início da campanha eleitoral.

A reportagem lista acusações de Bolsonaro em seguida esclarece: “essas alegações são falsas, de acordo com autoridades eleitorais do Brasil, agências de verificação de fatos e especialistas independentes em segurança eleitoral que estudaram o sistema de votação eletrônica do país”.

Segundo o NYT, a campanha de Bolsonaro contra as urnas “torpedeou a fé de milhões de brasileiros nas eleições que sustentam uma das maiores democracias do mundo”.

“El País”, Espanha

O jornal espanhol publicou reportagem também falando sobre os ataques de Bolsonaro à Justiça Eleitoral e destacando o crescimento de denúncias de assédio eleitoral, inclusive por parte de empregadores. “As denúncias registradas, 1.633 até agora na campanha, cresceram 670% em relação às eleições de 2018, segundo dados do Ministério Público até o meio-dia desta quarta-feira. O número de empresas processadas também é doze vezes maior do que há quatro anos”.

“Libération”, França

O periódico francês foi mais um a tratar das acusações de Bolsonaro contra a Justiça Eleitoral, pontuando o trabalho do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater as fake news espalhadas nas redes. “Antes do segundo turno, em 30 de outubro, o tribunal eleitoral busca limitar a disseminação de notícias falsas e difamação nas redes sociais. Um exercício praticado mais por apoiadores de Bolsonaro do que por apoiadores de Lula”

“Clarín”, Argentina

No jornal argentino ganhou destaque a possibilidade de Bolsonaro, junto de seus apoiadores, tentar um golpe em caso de derrota para Lula. Segundo o jornal, os brasileiros temem que o chefe do governo federal tente aplicar no país “experiências tumultuosas” como as que ocorreram nos Estados Unidos na última eleição presidencial, quando Donald Trump foi derrotado por Joe Biden.

“La Nación”, Argentina

O La Nación também abordou a possibilidade de um golpe bolsonarista, além das fake news a respeito de países latino-americanos.

*Com 247

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