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Limpeza étnica no Brasil tem outro nome, agenda fiscal exigida pelo mercado

No Brasil, agenda fiscal é o principal combustível para cravar uma controlada segregação social, tipo a do governo Bolsonaro que agradou o mercado.

A gestão Paulo Guedes, o posto Ipiranga de Bolsonaro, foi uma fábrica de fazer miseráveis.

Afinal, alguém tem que pagar a conta dos recordes de lucros que os banqueiros e grandes rentistas tiveram na época em que Guedes devolveu o Brasil ao mapa da fome com mais de três dezenas de milhões de desvalidos.

Há uma gigantesca diferença entre mercado e economia.
Mercado, o nome já diz, é um balcão de negócios que busca incessantemente e exclusivamente o lucro cada vez maior.

É a alma dos negócios brasileiros!

Isso é parte da economia de um país? Sim, no capitalismo, sim.

Mas é parte, não a economia em si como querem nos convencer os operadores do mercado.

Economia são outros quinhentos, sobretudo a economia de um país com 215 milhões de habitantes, gente de carne e osso, não um papel especulativo, ou uma carteira de crédito.

O problema é que o mercado quer moldar a economia para que ele funcione por suas leis selvagens. O ser humano não tem valor algum.

O centro da economia passa a ser o mercado, não o homem, não quem trabalha e produz a riqueza da nação.

Aliás, a palavra “nação” é tida como palavrão para o neoliberalismo globalizado, onde o rentismo é bicho solto, sem regulamentações.

É nessa hora que entra o grande valor de Lula e o Projeto Neofascista que orientou todo o governo Bolsonaro, via Paulo Guedes.

Guedes tensionou de tal forma a condição humana com sua fábrica de desigualdade que, em quatro anos, o Brasil virou terra arrasada.

Desemprego, fome, desamparo, desesperança e colapso social foram as marcas vitais do governo Bolsonaro.

Aliás isso alimentou e muito o fanatismo dos bolsonaristas que têm horror a pobres e pretos, além da misoginia e homofobia.

A candidatura de Lula à reeleição em 2026 afirma-se como a única capaz de impedir a cristalização desse bloco reacionário em um novo ciclo de governo.

Daí a simpatia que o mercado nutre por um genocida como Bolsonaro que é responsável pela morte de 700 mil brasileiros por Covid; e a antipatia por Lula, que tirou da dor da fome e da miséria 45 milhões de brasileiros operando de forma humana a economia do país.

Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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