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Saúde

“2021 será literalmente catastrófico”, prevê Assembleia Geral da ONU

A pandemia afetando, principalmente, populações mais vulneráveis, autoridades destacaram que 2021 deve atingir uma verdadeira catástrofe humanitária.

“2021 será literalmente catastrófico, com base no que estamos vendo a esta altura”, afirmou chefe do Programa Mundial de Alimentos (PMA), David Beasley, durante a reunião especial sobre a Covid-19, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta sexta (04).

Com autoridades de alto escalão para lidar com o enfrentamento da epidemia do coronavírus no mundo, os representantes alertaram que a chegada da vacina não acabará, imediatamente, com a pandemia em si, que já infectou 65 milhões de pessoas em todo o mundo.

Ao afetar, principalmente, a população mais vulnerável, as autoridades da Assembleia Geral destacaram que o ano de 2021 deve atingir contornos de uma verdadeira catástrofe humanitária, já provocando este ano um aumento de 40% no número de pessoas que necessitaram ajuda humanitária. As entidades apelaram pela ajuda de financiamento de 35 milhões de dólares para lidar com a fome, que está “batendo na porta” de dezena de países, afirmou Beasley.

Segundo o chefe do Programa Mundial de Alimentos (PMA), 2021 deve ser “o pior ano de crise humanitária desde o início das Nações Unidas”, criada há 75 anos, e que não será possível “financiar tudo”, fazendo com que as atuações sejam focalizadas, “priorizando os icebergs do Titanic”.

Sobre o anúncio da agência reguladora de medicamentos do Reino Unido, aprovando a vacina da Pfizer contra Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) comemorou que as notícias trazem “um impulso” que “nos faz ver a luz no fim do túnel”, mas alertou que é só o começo e que não deve haver uma percepção de que a pandemia acabou.

“A verdade é que muitos lugares hoje estão testemunhando uma transmissão muito alta do vírus, o que coloca uma enorme pressão sobre hospitais, unidades de terapia intensiva e profissionais de saúde”, disse Michael Ryan, chefe de emergências da OMS.

A diretora do Departamento de Imunizações, Vacinas e Produtos Biológicos da Organização, Kate O’Brien, ressaltou, ainda, que a princípio “nenhum país terá um estoque suficiente de vacinas” para todas as pessoas sejam imunizadas.

Já a ONU destacou que a chegada da vacina também deverá ser mediada com cuidado, para que “países ricos não atropelem os paises pobres em uma corrida por vacinas”. De acordo com o secretário-geral da ONU, António Guterres, as vacinas contra Covid-19 devem ser disponibilizadas para todos e pediu que os países ricos ajudem as nações em desenvolvimento no combate e recuperação da pandemia.

 

*Com informações do GGN

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Saúde

Fiocruz vê Rio de Janeiro à beira de um colapso na saúde: aumentam as mortes em casa

Aumento “expressivo” de óbitos ocorridos em domicílio revela, segundo a Fiocruz, “um quadro de desassistência geral, que não se restringe aos hospitais”.

Voltou a subir o número de mortes dentro das casas, sem assistência médica, na cidade do Rio de Janeiro. Subiu também acima da média o número geral de mortes no município. Os dados divulgados na tarde de terça-feira, 1º, pelo MonitoraCovid19, da Fiocruz, indicam que o sistema de saúde da cidade pode estar à beira de um colapso. Nota da UFRJ divulgada na véspera já alertava para o problema.

O município teve um excesso de óbitos de 27 mil desde abril, comparado à média dos anos anteriores no mesmo período – sendo 13 mil causados pela covid-19 e outros 14 mil ligados a outras doenças, como câncer e diabete, confirmando a precariedade do atendimento geral.

O aumento “expressivo” de óbitos ocorridos em domicílio (de dez mil no mesmo período do ano passado para 14 mil este ano), sem assistência médica e por causas mal definidas, revela, segundo a nota técnica da Fiocruz, “um quadro de desassistência geral, que não se restringe aos hospitais, mas também à rede de atenção básica e ao sistema de vigilância em saúde”. Mesmo as mortes por covid-19 que ocorreram dentro dos hospitais foram, na maioria, fora de UTIs, o que demonstra, segundo a nota, a incapacidade de atender com propriedade os casos mais graves.

 

*Com informações da Exame

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Saúde

Brasil tem explosão de casos de contaminação por Covid-19; mais de 50 mil em 24 horas

Taxa de transmissão do novo coronavírus ficou acima de 1 pela 3ª semana seguida, o que indica que doença está se propagando de maneira descontrolada.

Com a taxa de transmissão do novo coronavírus em um nível que mostra expansão da contaminação, o Brasil registrou nesta terça-feira (1º) mais de 50 mil novos casos de Covid-19. Foram exatamente 50.909 diagnósticos confirmados, elevando para 6.386.787 o total de pessoas infectadas pelo Sars-Cov-2 no país desde o início da pandemia.

Nesta terça-feira, o Imperial College de Londres divulgou que, pela terceira semana seguida, a taxa de transmissão do novo coronavírus no Brasil ficou acima de 1. O índice, chamado de Rt, ficou em 1,02. O número indica que, a cada 100 pessoas contaminadas pelo vírus, outras 102 serão infectadas. Isso quer dizer que cada paciente com a doença a transmite a mais de uma pessoa, o que aumenta a chance de propagação. Taxas superiores a 1 apontam para uma contaminação crescente e fora de controle.

O total de mortes devido à Covid-19 registradas nesta terça-feira, segundo o boletim do Ministério da Saúde, foi de 697. Com isso, já são 173.817 os brasileiros que perderam a vida para a doença.

 

*Com informações da Forum

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OMS chama atenção do Brasil sobre a Covid-19: “Situação é preocupante”

O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Gebreyesus, qualificou como “muito preocupante” o salto no número de novas infecções da covid-19 e mortes no Brasil. Em sua coletiva de imprensa em Genebra, ele ainda disse que o país terá de ser “muito sério” diante da nova situação e destacou como os novos casos dobraram em menos de um mês.

Abandonando uma postura que se transformou em sua marca de evitar falar de países diretamente, Tedros fez questão de lançar seu alerta sobre a situação brasileira.

Tedros lembrou como, em seu momento mais crítico, o Brasil registrou 319 mil novos casos por semana. O número, segundo ele, foi um recorde. “A boa notícia é que o número estava em queda até a semana de 2 de novembro, quando 114 mil casos foram registrados no Brasil”, disse. “Foi um terço do que foi registrado quando atingiu o seu climax”, destacou.

Mas, segundo ele, os números voltaram a crescer de forma importante e, na semana de 26 de novembro, a taxa chegou a 218 mil casos por semana. “Os números mais uma vez dobraram”, alertou, insistindo que o período de expansão representou menos de um mês.

Ele também deixa claro sua preocupação em relação ao número de mortes. De acordo com ele, foram 2.538 mortes na semana do dia 2 de novembro. Agora, chega a 3.876 na semana do dia 26 de novembro. “Esse é um aumento significativo”, disse.

“O Brasil terá de ser muito, muito sério”, insistiu. Ele admite que existem diferentes regionais e que a transmissão local precisa ser considerada. “Mas, de forma agregada, é muito preocupante”, completou.

Instantes depois, ao responder uma pergunta sobre a situação mexicana e o fato de o presidente local não usar máscaras, Tedros voltou a lançar um alerta a todos os líderes que adotam tal postura. “Queremos que líderes sejam modelos”, pediu.

Agir rapidamente

Um dia depois das eleições municipais, a cidade de São Paulo vai passar para a fase amarela do Plano SP, reduzindo os horários de funcionamento do comércio e de serviços.

Mike Ryan, diretor de operações da OMS, também alertou que o momento para países como o Brasil era de “agir rapidamente” para frear a nova expansão. Segundo ele, a atenção deve ser concentrada em regiões e que cada local deve ser avaliado de uma forma diferenciada.

Ryan diz ser irrelevante como governos irão qualificar esse período e não entra o debate se o Brasil e outros vivem uma segunda onda ou apenas um novo salto de casos. “Se chama segunda onda ou aumento, o fato é que o número cresce”, alertou.

Para ele, as autoridades devem agir para apoiar o sistema de saúde. Na sexta-feira, ele já tinha alertado sobre o risco de um segundo golpe contra a saúde pública no Brasil e insistiu que governos estaduais e o Palácio do Planalto precisariam agir de forma coordenada desta vez.

 

*Jamil Chade/Uol

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Ministério da Saúde afirma não ter vacina para toda a população em 2021

Além de quantidade insuficiente, grupos não contemplados nas pesquisas de imunizantes para Covid-19 devem ficar de fora, como gestantes e crianças.

BRASÍLIA — Representantes do Ministério da Saúde afirmaram nesta sexta-feira que não vai ter vacina para toda a população brasileira em 2021. Além do quantitativo insuficiente, há grupos que não estão participando dos testes, como crianças e gestantes, e que, por isso, não deverão ser imunizados inicialmente, explicou Francieli Fontana, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações da pasta, ao ser questionada se o ministério já descarta ofertar vacina para todos no ano que vem:

— Nós definimos objetivos (com grupos prioritários) para a vacinação, porque não temos uma vacina para vacinar toda a população brasileira. Além disso, os estudos não preveem estar trabalhando com todas as faixas etárias inicialmente, então não teríamos mesmo como vacinar toda a população brasileira.

Segundo a pasta, o público-alvo para a vacina ainda será definido, quando o imunizante estiver mais próximo de ser disponibilizado, devido à necessidade de se avaliar as características da substância, inclusive as indicações. Mas, segundo Elcio Franco, secretário-executivo do ministério, serão levados em conta os grupos com risco de ter o quadro grave da doença, a faixa etária, comorbidades e até “aspectos étnicos”.

Franco afirmou que a população estará segura, mesmo com grupos não vacinados, comparando o esquema de imunização da Covid-19 com a da gripe (influenza), que ocorre todos os anos com meta de alcançar 80 milhões de brasileiros:

— O fato de determinados grupos da população não serem imunizados não significa que não estão seguros, porque outros grupos que convivem com aqueles estão imunizados e dessa forma não vão ter a possibilidade de se contaminar com a doença. É por esse motivo que não vacinamos toda a população, por exemplo, contra a influenza.

O secretário afirmou que, mesmo do ponto de vista internacional, não há expectativas de se ter vacina para todos, citando que a Covax Facility, consórcio que reúne vários países para produção de imunizantes contra a Covid-19, tem como objetivo “um aceso a 2 bilhões de doses para vacinar todo o mundo”.

— E por aí nós verificamos que é uma meta bastante ambiciosa, porque não se imagina que haverá vacina para se vacinar todos os cidadãos do planeta Terra — destacou o secretário.

No Brasil, há quatro vacinas sendo testadas. Nesta sexta-feira, o laboratório Janssen-Cilag, responsável por um dos estudos no país, enviou um pacote de dados sobre eficácia e segurança verificadas nas pesquisas para avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O objetivo, com o envio parcial dos dados, conforme são produzidos, é agilizar um futuro pedido de registro na agência reguladora. O método, chamado de submissão contínua, foi criado para o contexto da pandemia, que exige urgência dos órgãos públicos. Tradicionalmente, todas as informações só são enviadas ao final das pesquisas.

 

*Com informações de O Globo

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Covid-19: Saúde do Rio de Janeiro à beira de um colapso

Ocupação de leitos de UTI para pacientes com Covid-19 atinge 94% na rede SUS e mais de 90% nos hospitais privados.

O Sistema Único de Saúde (SUS) do Rio de Janeiro atingiu, na manhã desta sexta-feira (27), mais de 94% de ocupação de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) com pacientes infectados pela Covid-19. A rede engloba unidades municipais, estaduais e federais.

No setor privado, mais de 90% das vagas já estão ocupadas.

A fila por um leito de Covid-19 no estado do Rio de Janeiro tinha, até a manhã desta sexta-feira (27), 276 pessoas infectadas com o novo coronavírus ou com suspeita da doença. Entre elas, 123 apresentavam estado de saúde grave e precisavam de uma vaga na UTI.

De acordo com a secretaria Estadual de Saúde, desde o início da pandemia do novo coronavírus no estado, no começo do ano, a maior taxa de ocupação de leitos tinha sido no dia 4 de maio, quando chegou a 98%.

Nesta quinta-feira (26) foram registradas 138 mortes e 1.644 novos casos da Covid-19, o que representou um aumento de 88% de acordo com a média móvel (que é a média de casos ou mortes dos últimos 7 dias).

Mesmo com o aumento de casos e óbitos, parte dos leitos continuava desativada. Em maio, o estado tinha 2.564 leitos e, em novembro, o número é de 1.253.

Ao Bom Dia Rio, o presidente da Associação de Hospitais, Graccho Alvim, lembrou que cirurgias e exames eletivos em alguns hospitais foram suspensos para a abertura de vagas para pacientes com coronavírus.

“Alguns hospitais já suspenderam as cirurgias eletivas e os exames eletivos, porque são ocupações de leitos que a gente pode determinar e orientar para o atendimento de Covid. Esse crescimento se torna preocupante, principalmente porque a gente está com a capacidade quase que máxima, a gente não pode deixar de atender essas outras doenças. A gente está atendendo urgência, emergência e Covid”, disse o presidente.

Ele informou que há uma tentativa de negociação com cidades vizinhas que têm pressão menor nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs).

“A gente está chegando num ponto de estresse grande e aí a rede começa a ficar bastante crítica, essas situações de atendimento. O que a gente tem hoje são medidas de prevenção, que é utilização de máscara, distanciamento social e evitar aglomeração”, afirmou o presidente.

 

*Com informações do G1

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Saúde

Vírus Chapare, aparece na Bolívia, causa febre fatal e é transmitido entre humanos

Arenavírus costumam ser transmitidos a seres humanos pelo contato direto com roedores infectados, como mordidas ou arranhões, e também pelo contato com saliva, urina ou fezes desses animais.

Um vírus raro que causa febre hemorrágica e pode levar à morte foi transmitido entre humanos na Bolívia, no primeiro caso documentado desse tipo de transmissão.

O surto ocorreu no ano passado, na província de Caranavi, no departamento de La Paz. Dois pacientes com febre hemorrágica Chapare, doença causada pelo vírus Chapare, infectaram três profissionais de saúde (um médico residente, um médico de ambulância e um gastroenterologista). Três dos doentes morreram, entre eles dois médicos.

O Chapare faz parte da família dos arenavírus, a mesma de outros vírus que causam diferentes tipos de febre hemorrágica. Os arenavírus costumam ser transmitidos a seres humanos pelo contato direto com roedores infectados, como mordidas ou arranhões, e também pelo contato com saliva, urina ou fezes desses animais.

A confirmação de que houve transmissão de pessoa para pessoa do Chapare na Bolívia foi apresentada nesta semana durante encontro anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene.

A descoberta é fruto de colaboração entre pesquisadores do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças, agência de pesquisa em saúde pública ligada ao Departamento de Saúde dos Estados Unidos), do Centro Nacional de Doenças Tropicais da Bolívia e da Organização Pan-Americana de Saúde.

Acredita-se que a transmissão entre humanos ocorra por meio de fluidos corporais (como sangue, saliva, urina, sêmen e secreções) ou contato com objetos contaminados com fluidos corporais, inclusive durante alguns procedimentos médicos, como intubação.

“É muito provável (que a transmissão seja por meio de fluidos corporais), com base nas evidências que temos nesses casos e também em exemplos na literatura médica sobre outros arenavírus”, diz à BBC News Brasil a virologista Maria Morales-Betoulle, uma das cientistas do CDC que participou da pesquisa.

Mas ela e outros cientistas ressaltam que, diante do pequeno número de casos documentados, são necessárias mais pesquisas para compreender como o vírus se propaga e causa a doença.

Diagnóstico

Enquanto a atenção mundial continua focada na pandemia de coronavírus, cientistas como Morales-Betoulle trabalham para identificar possíveis novas ameaças.

Vírus transmitidos por fluidos corporais costumam ser contidos com menos dificuldade do que aqueles transmitidos pelo ar, como o coronavírus.

Mas a descoberta de que o Chapare pode ser transmitido entre humanos abre a possibilidade de surtos maiores no futuro.

Segundo o CDC, houve outro registro da doença em 2003, também na Bolívia, na província de Chapare, no departamento de Cochabamba. Naquele caso, o paciente morreu 14 dias após o surgimento dos sintomas.

Os cientistas, porém, não descartam a possibilidade de que, no intervalo de 16 anos entre o caso inicial e os de 2019, o Chapare tenha circulado sem ter sido identificado, confundido com outras doenças.

“Como os sintomas são semelhantes aos da dengue, há a possibilidade de que tenha sido diagnosticado de maneira errada”, observa Morales-Betoulle.

Entre os sintomas relatados nos casos de 2019 estavam febre, dor abdominal, vômito, sangramento das gengivas, erupções cutâneas e dor atrás dos olhos. Morales-Betoulle afirma que o primeiro paciente foi inicialmente diagnosticado com dengue.

“O primeiro infectado era um trabalhador agrícola. Ele ficou doente, foi ao hospital, recebeu diagnóstico de dengue e foi enviado de volta para casa. Como continuava a piorar, retornou ao hospital”, relata a virologista.

O genro desse paciente, que trabalhava com ele na lavoura, também foi infectado.

Em áreas agrícolas, roedores silvestres infectados podem contaminar cereais armazenados. Há evidência preliminar do vírus em roedores na região do surto, mas ainda não há confirmação de que eles foram os causadores da doença.

Morales-Betoulle ressalta que o genro passou a noite no hospital ajudando a cuidar do sogro, e há a possibilidade de que tenha sido contaminado lá.

Sem tratamento

Não há tratamento para a doença, e os pacientes recebem apenas cuidados para aliviar os sintomas, como fluidos intravenosos e remédio para aliviar a dor.

O CDC salienta que, devido ao pequeno número de casos documentados, as informações sobre o período de incubação (entre a exposição inicial e o desenvolvimento de sintomas) e a progressão da doença são limitadas.

Os arenavírus costumam ter período de incubação variado, de entre quatro e 21 dias.

Entre outros sintomas relatados nos casos de febre hemorrágica Chapare estão dor de cabeça, dor muscular e nas juntas, diarreia e irritabilidade.

Esses sintomas costumam ocorrer antes do sangramento, que ocorre no estágio mais avançado.

“Sabe-se pouco sobre possíveis complicações de longo prazo ou imunidade após infecção com o vírus”, diz o CDC.

Morales-Betoulle destaca a importância da colaboração entre cientistas de diferentes países e organizações para a identificação dos casos. Ela observa que os pesquisadores isolaram o vírus e desenvolveram um teste para diagnosticar o Chapare.

Mas a virologista ressalta que é preciso continuar estudando o vírus para entender sua capacidade de causar surtos.

“Ainda temos muito a investigar”, diz Morales-Betoulle.

 

*Com informações do G1

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Brasil chega 5,8 milhões de infectados por Covid-10 e se aproxima de 165 mil mortes

País registrou 523 óbitos e 29.052 casos da doença, mostra consórcio da imprensa.

Brasil registrou 523 mortes pela Covid-19 e 29.052 casos da doença, nesta sexta-feira (13). Com isso, o país chegou a 164.855 óbitos e a 5.811.699 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.

São Paulo, mais uma vez, não disponibilizou dados sobre a doença. O estado afirma estar enfrentando problemas no sistema de registro do Ministério da Saúde. O Paraná também não divulgou dados pelo mesmo motivo.

Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 403, o que representa um cenário de estabilidade em relação à média de 14 dias atrás. Nas últimas semanas, o país variou entre situações de queda da média e estabilidade. A média, porém, também foi afetada pelo recente apagão de dados de alguns estados.

Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​​

 

*Com informações da Folha

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Uma onda sobre a outra: Casos de infecção pelo coronavírus avançam em nove capitais do país e dispara a ocupação de UTIs

Pandemia provocou colapso do sistema de saúde dos municípios no primeiro semestre; especialistas alertam que pessoas já contaminadas podem sofrer novo contágio.

Nove capitais brasileiras testemunham um avanço de infecções por coronavírus, segundo levantamento do sistema InfoGripe, assinado pela Fiocruz com base em registros do Ministério da Saúde.

Seu último boletim, referente a dados coletados até o último dia 31, mostrou que oito dos municípios mais ameaçados são das regiões Norte e Nordeste, as primeiras em que o sistema de saúde entrou em colapso diante da Covid-19, entre abril e maio. A exceção é Florianópolis. O aumento, segundo especialistas, pode levar à chegada de uma segunda onda da pandemia no país.

De acordo com o levantamento, uma forte tendência (superior a 95%) de avanço da pandemia foi detectada na capital catarinense, em João Pessoa e Maceió. Houve uma probabilidade moderada de crescimento (maior que 75%) da Covid-19 em Belém, Fortaleza, Macapá, Natal, Salvador e São Luís.

— São cidades em que há um avanço sustentado, e que vem sentido mantido, nos casos de coronavírus — alerta Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe. — Não temos certeza sobre a existência de uma segunda onda, mas é uma possibilidade que deve servir de alerta para que as autoridades locais repensem ou revertam políticas de flexibilização.

 

*Com informações de O Globo

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Mundo bate recorde de casos e mortes diárias pela covid, diz universidade Johns Hopkins

A nova onda de contaminação pelo coronavírus que atinge principalmente a Europa e os Estados Unidos fez com que o mundo batesse recordes diários de casos e mortes ontem. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, instituição americana que é referência em estatísticas da pandemia, foram registrados nas últimas 24 horas ontem 666.053 novos casos de covid-19 e 12.241 mortes causadas pela doença.

As marcas quebraram recordes anteriores estabelecidos ainda na semana passada. Na sexta-feira (6), o mundo registrou 641.152 novos casos diários. Já na quarta (4), o planeta teve um recorde de mortes, com 11.031 óbitos computados pela universidade americana.

No total, desde o início da pandemia, a instituição já registrou 52.274.070 casos e 1.286.790 mortes em consequência do novo coronavírus. Os números diferem um pouco das estatísticas da OMS (Organização Mundial da Saúde).

De acordo com a OMS, o mundo tem até agora 51.547.733 casos confirmados e 1.275.979 mortes. Também segundo a organização, o último informe diário indica 530.118 novos casos e 10.177 óbitos causados pela covid-19.

A análise dos dados da Universidade Johns Hopkins aponta que a segunda onda da doença tem comportamento diferente no mundo. Os casos diários, que tiveram um pico de cerca de 360 mil no fim de setembro e ficaram próximos dos 300 mil em julho e agosto, agora são mais numerosos.

Por outro lado, a pandemia indica um grau de mortalidade menor, já que nos meses de julho e agosto o mundo já havia registrado picos de óbitos em torno ou até acima de 10 mil mortes diárias.

Lockdowns na Europa e explosão de casos nos EUA

As últimas semanas têm sido de apreensão e de tomadas de medidas mais restritivas por partes de governos europeus por causa da intensificação da pandemia no continente. Inglaterra, Irlanda, Alemanha, Portugal, França e Grécia são exemplos de países que decretaram lockdowns locais para tentar conter a transmissão.

Já nos Estados Unidos o presidente Donald Trump não tem tomado novas medidas em meio a uma explosão de casos, que tem sustentado uma média diária superior a 100 mil novas infecções. Ontem, o estado de Nova York restringiu o funcionamento de bares, restaurantes e academias.

Na África, as autoridades também demonstram preocupação com a piora da pandemia. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças, principal autoridade de saúde pública do continente, afirmou que a região teve um aumento médio de 8% dos novos casos de covid-19 em outubro.

 

*Com informações do Uol

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