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Governo e estados americanos abrem processo contra o Facebook por práticas anticoncorrência

Promotora de Nova York diz que gigante das redes sociais agiu de forma ‘predatória’ contra concorrentes. FTC diz que pode pedir liminar obrigando empresa a vender WhatsApp e Instagram.

WASHINGTON – A Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) anunciou a abertura de um processo contra o Facebook nesta quarta-feira, por práticas anticoncorrência. Segundo a comissão, ela vai pedir à Justiça uma liminar contra a empresa que pode incluir a exigência da venda dos aplicativos WhatsApp e Instagram.

A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, que lidera um grupo de 48 estados que abriram um processo paralelo contra a empresa, afirmou que a gigante das redes sociais “usou vastas quantias de dinheiro para comprar rivais menores” de maneira ilegal e predatória, e cortou serviços para outras companhias que ameaçavam seu domínio do mercado.

O processo dos estados, aberto em um tribunal federal em Washington, pede que a Justiça “impeça a conduta anticompetitiva do Facebook”, segundo Letitia, que frisou ser fundamental que sejam bloqueadas as “aquisições predatórias”.

A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) está investigando o Facebook há tempos, assim como os procuradores-gerais de estados americanos.

O Facebook é a segunda grande empresa de tecnologia processada nos EUA neste ano. O Departamento de Justiça processou o Google, da Alphabet, em outubro, por monopólio.

Em depoimento ao Congresso em julho, o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, defendeu aquisições muito criticadas como as do Instagram e WhatsApp, dizendo que sua plataforma de mídia social ajudou a transformar as pequenas empresas em potências. Ele também argumentou que o Facebook tem uma série de concorrentes, incluindo outros gigantes de tecnologia.

O Facebook resolveu uma investigação de privacidade com a FTC em 2019, pagando US$ 5 bilhões para resolver as alegações de ter compartilhado indevidamente as informações de usuários com a agora extinta cosultoria Cambridge Analytica, cujos clientes incluíam a campanha de 2016 do presidente Donald Trump.

 

*Com informações de O Globo

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