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Brasil bate recorde histórico de turistas internacionais em 2024 com mais de 6,6 milhões de visitantes

Resultado supera grandes eventos como 2014, quando o Brasil foi sede da Copa do Mundo FIFA, e 2016, quando recebeu os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Em 2024, o Brasil alcançou um marco histórico no turismo internacional, recebendo mais de 6,6 milhões de turistas estrangeiros, número que supera o recorde anterior de 2018, quando o país registrou 6,6 milhões de visitantes. Este resultado representa o melhor desempenho desde o início da série histórica, em 1970, e aproxima o Brasil da meta do Plano Nacional de Turismo (PNT), que visa atingir 8,1 milhões de turistas até 2027.

“Este é um momento de celebração. Conquistar 6,621 milhões de turistas estrangeiros é uma prova de que estamos no caminho certo. Esse crescimento é reflexo da melhoria na infraestrutura do país e da nossa presença em feiras internacionais, que atraem investimentos para o Brasil”, destacou Ana Carla Lopes, secretária executiva do Ministério do Turismo, durante a comemoração do recorde no Aeroporto Internacional de Brasília.

O desempenho de 2024 reforça a maturidade do setor turístico brasileiro, que tem se mostrado cada vez mais capaz de atrair turistas internacionais. O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que este ano entrou para a história como um marco para o turismo nacional. “O Brasil tem mostrado sua capacidade de receber turistas de todo o mundo, com o apoio do Governo Federal, que tem investido na valorização cultural e na promoção da imagem do país no exterior”, ressaltou Sabino.

Este resultado impressionante supera até mesmo os anos de grandes eventos como 2014, quando o Brasil foi sede da Copa do Mundo FIFA, e 2016, quando recebeu os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Juntos, esses dois anos somaram 12,9 milhões de turistas, mas 2024 se destaca como o melhor ano da série histórica.

Além dos esforços em promoção internacional, o Brasil tem investido fortemente na melhoria da infraestrutura turística, com obras de modernização e expansão que abrangem todo o território nacional. “Temos apoiado o setor com recursos do Fungetur, que têm estruturado toda a cadeia turística, deixando o país ainda mais preparado para receber os turistas. Ao mesmo tempo, estamos promovendo nossos destinos em grandes eventos internacionais, mostrando ao mundo o que o Brasil tem de melhor”, afirmou o ministro.

Confira as principais ações para o fomento do turismo no Brasil:

  • Estratégia: O Ministério do Turismo tem trabalhado em diversas frentes para atrair turistas internacionais, incluindo a inauguração do primeiro Escritório da Organização Mundial do Turismo
  • (OMT) nas Américas e no Caribe, no Rio de Janeiro, em dezembro de 2023. A iniciativa coloca o Brasil entre os principais players globais, com foco no desenvolvimento sustentável da região.
  • Marca Brasil: Em parceria com a Embratur, o Ministério do Turismo tem promovido a “Marca Brasil” em grandes eventos internacionais, destacando a imagem do país no exterior com ênfase na sustentabilidade, diversidade e inclusão no turismo.
  • Vários Mundos: O Brasil lançou a marca “Visit South America: um lugar, vários mundos”, em colaboração com Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile. O objetivo é promover os destinos desses países de forma integrada, com foco em atrativos naturais, gastronômicos e de hospitalidade.
  • Futuro: O Governo Federal anunciou investimentos de R$ 63,6 milhões para 2025, com novos editais do Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI) para atrair voos internacionais. A previsão é gerar 500 mil novos assentos e registrar 7,48 milhões de assentos internacionais para o verão 2024/2025, um aumento de 19% em relação ao ano anterior.
  • COP 30 e BRICS: O Brasil se prepara para eventos de grande porte em 2025, como a COP30, que acontecerá em Belém, no Pará, e a reunião do BRICS, em Brasília. Esses eventos devem atrair milhares de visitantes internacionais ao país.

*Diário de Goiás

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Economia

Arrecadação federal bate mais um recorde e alcança R$ 1,2 trilhões no primeiro semestre

Em junho, a receita arrecadada atingiu R$ 208,8 bilhões, alta de 11,02% ante igual mês de 2023.

A arrecadação tributária federal atingiu mais um recorde e somou R$ 1,298 trilhão na primeira metade do ano, um crescimento de 9,08% frente ao primeiro semestre de 2023, já descontada a inflação, divulgou a Receita Federal nesta quinta-feira. O montante representa a maior entrada de recursos tributários para o período desde o início da série histórica, em 1995.

Apenas em junho, a receita alcançou R$ 208,8 bilhões, alta de 11,02% ante o sexto mês de 2023, também um recorde para o período. O melhor resultado até hoje tinha acontecido em 2022 (R$ 194,6 bilhões).

Na última segunda-feira, o secretário da Receita, Robinson Barreirinhas, já havia antecipado o bom resultado da arrecadação do mês passado, já incorporado no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 3º bimestre. O governo conta com a receita de medidas extraordinárias, como os julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), de transações tributárias e de concessões de ferrovias para fechar as contas do ano.

A meta é de resultado primário zero, com tolerância de déficit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Atualmente, a projeção do governo está exatamente no limite de tolerância, prevendo um rombo de R$ 28,8 bilhões em 2024. A estimativa não considera a compensação da desoneração da folha salarial de 17 setores e de municípios pequenos, que deveria alcançar R$ 26,2 bilhões nas contas da Receita. O assunto está sendo discutido no Congresso.

— A arrecadação vai muito bem, mas um pouco inferior à necessidade para cobrir as despesas por causa de algumas desonerações. Já tínhamos considerado a desoneração da folha salarial dos 17 setores da economia (no 2º bimestre) e agora retiramos mais R$ 5,2 bilhões (de receita) referentes aos municípios (no segundo semestre) — disse Barreirinhas, acrescentando que, no total, o Fisco calcula perda de R$ 26,2 bilhões com a medida.

Detalhamento
Em relação às receitas administradas pela Receita Federal, o valor arrecadado em junho de 2024 foi de R$ 200,5 bilhões, representando um acréscimo real de 9,97%, enquanto no período acumulado de janeiro a junho de 2024, a arrecadação alcançou R$ 1,235 trilhão, um aumento de 8,93%, já desconsiderando a inflação, segundo O Globo.

Em junho, o resultado das receitas administradas pelo fisco foi devido ao bom desempenho das arrecadações dos tributos sobre comércio exterior (45,71%), do PIS/Cofins (21,95%), do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) – Capital (10,10%) e Trabalho (12,34%).

No ano, o crescimento real de 18,79% do PIS/Cofins, de 20,59% do IRPF Capital, decorrente dos fundos exclusivos, e de 21,26% do IRPF, devido à atualização de bens e direitos no exterior, foram citados pela Receita como fatores que apoiaram o avanço da arrecadação.

De maneira geral, a Receita afirmou que o desempenho da arrecadação pode ser explicado pelo comportamento da economia, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, pela tributação dos fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior, assim como pela calamidade ocorrida no Rio Grande do Sul.

Sem considerar os pagamentos atípicos, haveria um crescimento real de 10,37% na arrecadação do período acumulado e de 10,72% na arrecadação do mês de junho.

Em junho, os fatores não recorrentes apresentaram um saldo negativo de R$ 3,130 bilhões devido às medidas para atenuar os impactos das chuvas para os gaúchos, de R$ 3,7 bilhões. Isso foi apenas marginalmente compensado pela tributação de fundos exclusivos e a atualização dos bens no exterior.

No ano, as medidas extraordinárias contribuem positivamente com R$ 14,160 bilhões, valor menor que no mesmo período de 2023 (R$ 27,750 bilhões). Nesse caso, a maior contribuição é da tributação de fundos exclusivos (R$12,730 bilhões). As ações relativas ao Rio Grande do Sul representaram perda de R$ 8,0 bilhões em recursos no primeiro semestre, conforme o fisco.