A colunista Maria Cristina Fernandes escreveu em sua coluna no jornal Valor Econômico que bolsonaristas da PM da Bahia já entregaram a Jair Bolsonaro duas ações de interesse da família presidencial: a execução do miliciano Adriano da Nóbrega, ligado a Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro; e o motim na PM que foi instrumentalizado pela deputada Bia Kicis.
A informação foi divulgada no artigo “Bolsonaro entrincheirado”. No texto, a jornalista comenta que as mudanças de Jair Bolsonaro no governo, que culminaram na “maior crise militar já vista desde a redemocratização”, “decorreu de um presidente da República que se entrincheira para proteger os filhos.”
Bolsonaro trocou os comandos das Forças Armadas e ainda botou um aliado no Ministério da Justiça e Segurança Pública. Enquanto a reforma ministerial chamava atenção da mídia, um deputado bolsonarista movimentava um projeto de lei na Câmara dos Deputados, para ampliar os poderes de Bolsonaro sobre as polícias militares em plena pandemia.
“Um esboço do Estado policial apareceu no projeto de lei do líder do PSL, Vitor Hugo (BA), que dá poderes a Bolsonaro sobre polícias estaduais. Ainda que não passe, o projeto, que o vice Hamilton Mourão define como ‘pura espuma’, cumpre a função de manter mobilizadas células bolsonaristas das polícias militares Brasil afora. A da Bahia entregou não apenas a execução de Adriano da Nóbrega, ex-PM bolsonarista da milícia carioca, como o motim do fim de semana”, escreveu Fernandes.
*Com informações do Valor
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