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Justiça

Marcos do Val tem celular apreendido e contas em redes sociais bloqueadas

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) teve o aparelho celular apreendido e as contas de redes sociais, como o Twitter, bloqueadas, na tarde desta quinta-feira. O parlamentar é alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal, em razão de uma tentativa de obstrução do inquérito que investiga os atos de 8 de janeiro. As medidas foram deferidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, segundo O Globo.

Os agentes da PF estão cumprindo os mandados no gabinete de Marcos do Val no Senado Federal. Endereços do político em Vitória, no Espírito Santo, sua terra-natal, também estão sendo alvos. Em um desses locais, onde o parlamentar está, é que foi apreendido seu celular.

Marcos do Val é investigado pelos crimes:

— Divulgação de documentos sigilosos;

— Tentativa, com emprego de violência ou grave ameaça, de abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais;

— Tentativa de golpe de estado;

— Organização criminosa

No início de fevereiro, Moraes havia determinado a abertura de uma investigação sobre o relato de Do Val a respeito de uma suposta articulação de um golpe, com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).

Moraes afirmou que, no primeiro depoimento do parlamentar à PF, prestado no fim de janeiro, ele apresentou “uma quarta versão dos fatos por ele divulgados”, ressaltando que todas foram “antagônicas”, e que por isso é preciso investigar os crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação no curso do processo.

O ministro ainda determinou que a revista Veja e as emissoras CNN e GloboNews enviassem a íntegra de entrevistas concedidas por Do Val. A Meta, empresa controladora do Facebook, também deveria enviar uma transmissão realizada pelo senador na qual falou pela primeira vez sobre a suposta articulação.

O relato de Do Val vinha sendo investigado em um inquérito que apura a responsabilidade de autoridades do Distrito Federal — como o governador afastado Ibaneis Rocha e o ex-secretário Anderson Torres — nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Na ocasião, Moraes determinou a criação de uma petição, nome dado para um tipo procedimentos que tramitam no STF, que corre em sigilo.

Do Val denunciou que teria participado de uma reunião golpista com Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira para tentar gravar de maneira escondida Moraes — e forçá-lo a falar algo que poderia ser usado como uma espécie de admissão de alguma irregularidade no processo eleitoral e, com isso, evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o senador, ele poderia usar equipamentos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para gravar conversas com o ministro.

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Política

CPI da Covid: Dominguetti apresenta áudio que compromete Deputado Luis Miranda

Tem coisa estranha no ar. É o que demonstra o relator Renan Calheiros e o presidente da CPI, Omar Aziz.

Com um bate-boca entre senadores, o depoente teve o celular apreendido pela Comissão Parlamentar de Inquérito.

Cabo da Polícia Militar de Minas Gerais, o representante comercial da empresa Davati Medical Supply Luiz Paulo Dominguetti afirmou à CPI da Covid que o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) estaria negociando a venda de vacinas. Ele apresentou um áudio em que o parlamentar pelo Distrito Federal estaria envolvido nas tratativas para a importação de imunizantes.

“Eu tenho a informação de que um parlamentar ou outro estaria negociando. A informação que eu sei que é um. Inclusive tenho o áudio dele tentando negociar. É o Luis Miranda. Ele procurou a Davati”, disse.

O depoente afirmou, no entanto, que não sabe do que Miranda tratava no áudio, pois não tem o contexto. “Quem pode responder é o Cristiano (representante da Davati no Brasil)”, continuou.

“O que acontece é que muita gente me ligava, eu posso isso, eu posso aquilo. Mas eu nunca quis avançar nessa seara porque já ouvi: ‘eu posso isso, eu posso aquilo, eu conheço fulano’. Já tinha um processo todo doloroso dentro do Ministério da Saúde. Agora que eu tenho a informação que um parlamentar tentou negociar a busca por vacina diretamente com a Davati, eu tenho essa informação. A informação que eu sei é um. Inclusive com o áudio dele tentando negociar vacina a princípio para o ministério. Foi aquele que fez acusações contra o presidente da República”, acrescentou.

O deputado Luis Miranda vem denunciando publicamente um esquema de corrupção na importação da vacina Covaxin. As negociações tinham um intermediário e sem vínculo com a indústria de vacina, a empresa Precisa. O valor da compra foi 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela fabricante.

Confira a íntegra do áudio:

“O grande problema é: vou falar direto com o cara. O cara vai pedir toda a documentação do comprador. Meu comprador já está de saco cheio disso. Ele vai pedir prova de vida antes e então faremos negócio. Nem perde tempo. Você sabe que tenho comprador com potencial de pagamento instantâneo.

Ele compra o tempo todo lá, em quantidades menores, obviamente. Se seu produto estiver no chão, o cara fizer um vídeo, falar o meu nome — ‘Luis Miranda tem aqui o produto’ —, meu comprador entende que é fato e encaminha toda a documentação necessária, amarra, faz as travas, os contratos todos e bola pra frente.

Não vou mais perder tempo com esse comprador porque desgastou muito nos últimos 60 dias. É muita conversa fiada no mercado. Não me sinto nem confortável [em falar] ‘encontrei uma carga, vamos dar prosseguimento, vamos mandar toda a documentação novamente logo vamos chegar na SGS e vamos ver que a carga existe’.

O cara faz uma live comigo, um facetime, ou grava um vídeo, o que ele quiser…mostra o produto pra mim, mando pro cara. Na hora o cara fecha negócio. Ele tem cliente fixo, tem recorrência. Fechou alguns contratos com restaurantes…hospitais.”

*Com informações do 247

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