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Renan diz que CPI investigará ‘coisas escandalosas’ sobre compra da Covaxin

Renan Calheiros acredita que a CPI da Covid vai investigar “coisas escandalosas” a respeito da compra da vacina indiana Covaxin. Ele afirmou as negociações por esse imunizante tem muitos aspectos atípicos que precisam ser esclarecidos.

A suspeita de Renan acontece porque, no entendimento dele, houve uma pressão inexplicada para compra da Covaxin. Segundo ele, não havia motivos para privilegiar a compra desse imunizante. Mas informações adquiridas recentemente mostraram que o governo federal deu preferência para essa negociação.

“Foi um contrato bilionário, de R$ 1,6 bilhões, para uma vacina que não estava sendo aprovada pela Anvisa, era a mais cara do mercado e tinha um calendário que possibilitaria demora. Isso chamou atenção porque é uma aquisição atípica em todos aspectos. Então vamos ter uma semana para aprofundar tudo o que houve nesse bastidor”, afirmou Renan em entrevista à Globonews.

A CPI da Covid recebeu do MPF (Ministério Público Federal) o depoimento de um servidor público que denuncia essa pressão pela compra da Covaxin. Ele afirmou que o tenente-coronel Alex Lial Marinho era o principal responsável por isso. Renan desconfia da relação entre o governo federal e a Precisa Medicamentos, representante no Brasil da Bharat Biotech, fabricante da Covaxin.

O relator também estranhou as atuações do presidente Jair Bolsonaro e de alguns deputados na negociação pela Covaxin. “Foi a única aquisição que teve telefonema do presidente para o primeiro ministro da Índia. Indicando preferência do presidente mesmo com todos esse problemas. E foi colocado para Câmara dos Deputados, naquele projeto de lei que autorizou compra de vacinas por empresários, a possibilidade de compra da Covaxin. São coisas que sob todos aspectos parecem escandalosas”, analisou Renan.

O senador criticou a postura de Bolsonaro em relação a outras vacinas e também lamentou a postura do presidente diante do registro de 500 mil mortes por covid-19 no Brasil.

“Há 2 dias o presidente desdenhou da eficácia das vacinas e defendeu imunização natural em função do livre trânsito do vírus e da elevação do contágio da população. Isso aconteceu e agora tivemos que lamentar mais de 500 mil mortes. E o presidente sequer lamentou o fato. Ele se omitiu em uma demonstração que seu negacionismo vai até ao luto das pessoas”, concluiu Renan.

*Com informações do Uol

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